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22 de novembro de 2012. Ano 10. Nº 100. Faculdade de Jornalismo - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Veja nesta edição o

Perseverança e fé no Caminho do Sol

o

Os sabores do Circuito das Frutas

o

Rio Atibaia: Projeto visa limpeza

.... e mais Fotos: Divulgação

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser organiza

Malvinas: 30 anos da guerra que devastou o Atlântico Sul Fonte de discórdia e peça-chave de uma disputa que se prolonga por quase dois séculos, as Ilhas Malvinas (ou Falklands, como são chamadas pelos

britânicos), voltam a cena depois de exatos 30 anos de uma disputa territorial que foi levada as últimas conseqüências, em 1982, pelos países protagonistas

desta história, Argentina e Reino Unido. Desde o início deste ano, o premiê britânico, David Cameron, e a presidente argentina, Cristina

Kirchner, se desentendem a respeito do assunto. Apesar da ameaça de uma nova guerra, como a que se sucedeu há três décadas, ser, em muito, descartada,

Orquídeas trazem paz ao ambiente O evento, que acontece no Parque Municipal, conta com a apresentação da Orquestra de Violas do município e uma exposição de automóveis antigos Valinhos sedia nos próximos dias 03, 04 e 05 de junho, de sexta a domingo, a 5ª Exposição Nacional de Orquídeas, no Parque Municipal “Mon-

senhor Bruno Nardini”.O evento, que acontece no Parque Municipal, conta com a apresentação da Orquestra de Violas do município e uma exposição de automóveis antigos Valinhos sedia nos próximos dias 03, 04 e Confira depoimentos 05 de junho, de sexta a sobre os benefícios domingo, a 5ª Exposição da super plantinha. Nacional de Orquídeas, no Parque Municipal. Pág. 8

as rusgas tendem a continuar por uma série de fatores agravantes, como a possibilidade da existência de petróleo nas águas da região virtude. Págs. 4 e 5


22 de novembro de 2012. Ano 10. Nº 100. Faculdade de Jornalismo - Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Foto: Divulgação

RESSENTIMENTO! Três décadas após o conflito entre Argentina e Reino Unido pela posse das Malvinas, as feridas continuam abertas. Páginas 4 e 5

Menina observa nomes de argentinos mortos durante o conflito no Atlântico Sul


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Campinas, 22 de novembro de 2012

Antero Greco

Táticas de campo Fonte de discórdia e peça-chave de uma disputa que se prolonga por quase dois séculos, as Ilhas Malvinas (ou Falklands, como são chamadas pelos britânicos), voltam a cena depois de exatos 30 anos de uma disputa territorial que foi levada as últimas conseqüências, em 1982, pelos países protagonistas desta história, Argentina e Reino Unido. Desde o início deste ano, o premiê britânico, David Cameron, e a presidente argentina, Cristina Kirchner, se desentendem a respeito do assunto. Apesar da ameaça de uma nova guerra, como a que se sucedeu há três décadas, ser, em muito, descartada, as rusgas tendem a continuar por uma série de fatores agravantes, como a possibilidade da existência de petróleo nas águas da região e também, em virtude dos exercícios das Forças Armadas britânicas no Atlântico Sul, vistos por Buenos Aires como uma forma de militarização dos arredores das ilhas e uma ameaça a soberania argentina. De acordo com o geógrafo e professor da PUCCampinas, Rui Campos, uma nova guerra, semelhante à ocorrida em 1982, provavelmente, não deve ocorrer, pois, não existem condições militares de a Argentina, no momento, vencer o Reino Unido. Ele explica que “o melhor caminho para a Argentina é procurar os organismos internacionais e uma união sulamericana para fazer pressão política. A opção militar levaria à perda de vidas humanas, o que seria hoje, algo muito mais complicado do que antes. E, militarmente, a Grã-Bretanha ainda possui maior poder”. Segundo o cônsul geral da República Argentina em São Paulo, Agustín Jorge Molina Arambarri, o governo de seu país já reiterou por diversas vezes que o emprego da força militar não é uma opção e que o país platino pretende recuperar as ilhas de maneira pacífica, “de acordo com tudo o que foi proposto pela comunidade internacional, bem como, respeitando os princípios de Direito Internacional e o modo de vida de seus habitantes, conforme estabelecido na Constituição argentina”. Porém, a irredutibilidade de ambos os lados, em especial do Reino Unido, que diz não querer negociar, por conta dos malvinenses todos, em sua imensa maioria, descendentes de britânicos, preferirem permanecer com sua nacionalidade atual, fez com que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), apoiassem a Argentina na questão. na empresa. “Utilizamos a internet para mandar mensagens pessoais, e já recebemos algumas advertências por isso, mas nunca ninguém foi demitido”. Ela ainda diz que já aconteceu de seu chefe proibir o uso da internet no local de trabalho, mas que depois, ele acabou mudando de ideia. De acordo com Ana, é impossível não utilizar a internet no horário do expediente: “Passamos a maior parte do nosso dia no local de trabalho, quando chegamos em casa já anoiteceu e temos que nós preocupar.

Alasca

Viagem ao fim do mundo

José Almeida Fonte de discórdia e peça-chave de uma disputa que se prolonga por quase dois séculos, as Ilhas Malvinas (ou Falklands, como são chamadas pelos britânicos), voltam a cena depois de exatos 30 anos de uma disputa territorial que foi levada as últimas conseqüências, em 1982, pelos países protagonistas desta história, Argentina e Reino Unido. Desde o início deste ano, o premiê britânico, David Cameron, e a presidente argentina, Cristina Kirchner, se desentendem a respeito do assunto. Apesar da ameaça de uma nova guerra, como a que se sucedeu há três décadas, ser, em muito, descartada, as rusgas tendem a continuar por uma série de

Ohio

fatores agravantes, como a possibilidade da existência de petróleo nas águas da região e também, em virtude dos exercícios das Forças Armadas britânicas no Atlântico Sul, vistos por Buenos Aires como uma forma de militarização dos arredores das ilhas e uma ameaça a soberania argentina. De acordo com o geógrafo e professor da PUCCampinas, Rui Campos, uma nova guerra, semelhante à ocorrida em 1982, provavelmente, não deve ocorrer, pois, não existem condições militares de a Argentina, no momento, vencer o Reino Unido. Ele explica que “o melhor caminho para a Argentina é procurar os organismos internacionais e

uma união sul-americana para fazer pressão política. A opção militar levaria à perda de vidas humanas, o que seria hoje, algo muito mais complicado do que antes. E, militarmente, a Grã-Bretanha ainda possui maior poder”. Segundo o cônsul geral da República Argentina em São Paulo, Agustín Jorge Molina Arambarri, o governo de seu país já reiterou por diversas vezes que o emprego da força militar não é uma opção e que o país platino pretende recuperar as ilhas de maneira pacífica, “de acordo com tudo o que foi proposto pela comunidade internacional, bem como, respeitando os princípios de Direito Internacional e o modo de vida de seus.

O Estado que decidiu

Lúcio Pinha Fonte de discórdia e peça-chave de uma disputa que se prolonga por quase dois séculos, as Ilhas Malvinas (ou Falklands, como são chamadas pelos britânicos), voltam a cena depois de exatos 30 anos de uma disputa territorial que foi levada as últimas conseqüências, em 1982, pelos países protagonistas desta história, Argentina e Reino Unido. Desde o início deste ano, o premiê britânico, David Cameron, e a presidente argentina, Cristina Kirchner, se desentendem a respeito do assunto. Apesar da ameaça de uma nova guerra, como a que se sucedeu há três décadas, ser, em muito, descartada, as rusgas tendem a continuar por uma série de

Jornal laboratório produzido por alunos da Faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas, do Centro de Comunicação e Linguagem (CLC). Diretor: Prof. Dr. Rogério E. R. Bazi. Vice-diretora: Profa. Maura Padula. Diretor da Faculdade: Prof. Lindolfo A. de Souza. Tiragem: 2.000. Impressão: RAC.

fatores agravantes, como a possibilidade da existência de petróleo nas águas da região e também, em virtude dos exercícios das Forças Armadas britânicas no Atlântico Sul, vistos por Buenos Aires como uma forma de militarização dos arredores das ilhas e uma ameaça a soberania argentina. De acordo com o geógrafo e professor da PUCCampinas, Rui Campos, uma nova guerra, semelhante à ocorrida em 1982, provavelmente, não deve ocorrer, pois, não existem condições militares de a Argentina, no momento, vencer o Reino Unido. Ele explica que “o melhor caminho para a Argentina é procurar os organismos internacionais e

uma união sul-americana para fazer pressão política. A opção militar levaria à perda de vidas humanas, o que seria hoje, algo muito mais complicado do que antes. E, militarmente, a Grã-Bretanha ainda possui maior poder”. Segundo o cônsul geral da República Argentina em São Paulo, Agustín Jorge Molina Arambarri, o governo de seu país já reiterou por diversas vezes que o emprego da força militar não é uma opção e que o país platino pretende recuperar as ilhas de maneira pacífica, “de acordo com tudo o que foi proposto pela comunidade internacional, bem como, respeitando os princípios de Direito Internacional e o modo de vida de seus.

Expediente: Prof. responsável: Amarildo Carnicel. Editor: Reinaldo Jorge. Diagramação: Murillo R. Maranga. Reportagens: Daniel Rocha, Murillo Jorge, Paula Selin, Guilherme Righetto, Marcela Moya. Endereço: CLC - Campus I - Rodovia D. Pedro, Km 136. CEP: 13086-900.


Campinas, 22 de novembro de 2012

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Uma década após Acordo, rio Atibaia volta a ter vida e agrada a população Entre Valinhos e Vinhedo têm 100% de sua população atendida pela rede coletora de esgotos e Itatiba, 93% Fotos: Divulgação

J.L. Corrêa

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser

Responsável pelo abastecimento de 11 municípios e tido como um dos mais importantes cursos d’água da Região Metropolitana de Campinas (RMC), o rio Atibaia passou por um enorme processo de degradação a partir da década de 1970, causado pelo lançamento de efluentes domésticos e industriais em seu leito sem o devido tratamento e pela ocupação desordenada de suas margens. Após décadas de descaso por parte das autoridades, em março de 2001, foi assinado um convênio entre as prefeituras de Campinas, Itatiba, Valinhos e Vinhedo e o Consórcio Intermunicipal das Ba-

cias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, com o objetivo de reenquadrar o Manancial como um rio de Classe 2, de acordo com o estipulado pelo Decreto Estadual 10.755/77, que definiu o enquadramento das águas superficiais do estado de São Paulo. Para Alexandre Vilella, gerente técnico do Consórcio PCJ, “de maneira geral, o rio Atibaia, pelo menos até Campinas, tem conseguido se manter numa qualidade relativamente boa e isso tem permitido que os municípios às suas margens se utilizem de suas águas para abastecimento”. Atualmente, Valinhos e Vinhedo têm 100% de sua população atendida pela rede coletora de esgotos

“quanto mais você investir na educação dos mais jovens, em relação ao meioambiente, melhor” Pedro Rocha Lemos

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser

e Itatiba, 93%, segundo dados das empresas que cuidam dos efluentes em ambas as cidades, SANEBAVI e SABESP, respectivamente. Campinas, por sua vez, trata 80% de seu esgoto. No entanto, a meta é que até o fim deste ano, o município seja o primeiro no Brasil, com mais de um milhão de habitantes a tratar 100% de seus descartes. Alcançado o objetivo primário do acordo, àqueles que vivem às margens do Atibaia, ou se utilizam de suas águas para beber, pescar ou pura e simplesmente se divertir, hoje agradecem. É o caso do marceneiro Laerte Sidnei, que freqüenta o rio há décadas. Ele diz que o Atibaia, “é o melhor rio que tem, o mais piscoso” e que a quantidade de peixes e a qualidade d’água melhoraram bastante. Mas o professor Pedro

Rocha Lemos, diretor da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-Campinas e diretor-fundador da ONG Jaguatibaia, ressalta que para acordos como esse terem efeitos, a educação ambiental é fundamental. Ele comenta ainda que “quanto mais você investir na educação dos mais jovens, em relação ao meioambiente, melhor”, mas que é preciso que “as pessoas mais maduras também entendam a necessidade da preservação da natureza e, conseqüentemente, da vida”. Alcançado o objetivo primário do acordo, àqueles que vivem às margens do Atibaia, ou se utilizam de suas águas para beber, pescar ou pura e simplesmente se divertir, hoje agradecem. É o caso do marceneiro Laerte Sidnei, que freqüenta o rio há décadas. Ele diz que o Atibaia, “é o melhor rio que.


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Malvinas: 30 Campinas, 26 22 de novembro de 2012

de discórdia e peça-chave de uma disputa que se prolonga por guerra Fonte quase dois séculos, as Ilhas Malvinas (ou Falklands, como são chamadas pelos britânicos), voltam a cena depois de exatos 30 anos do conflito. Fotos: Divulgação

Paulo Coelho

Fonte de discórdia e peça-chave de uma disputa que se prolonga por quase dois séculos, as Ilhas Malvinas (ou Falklands, como são chamadas pelos britânicos), voltam a cena depois de exatos 30 anos de uma disputa territorial que foi levada as últimas conseqüências, em 1982, pelos países protagonistas desta história, Argentina e Reino Unido. Desde o início deste ano, o premiê britânico, David Cameron, e a presidente argentina, Cristina Kirchner, se desentendem a respeito do assunto. Apesar da ameaça de uma nova guerra, como a que se sucedeu há três décadas, ser, em muito, descartada, as rusgas tendem a continuar por uma série de fatores agravantes, como a possibilidade da existência de petróleo nas águas da região e também, em virtude dos exercícios das Forças Armadas britânicas no Atlântico Sul, vistos por Buenos Aires como uma forma de militarização dos arredores das ilhas e uma ameaça a soberania argentina. De acordo com o geógrafo e professor da PUCCampinas, Rui Campos, uma nova guerra, semelhante à ocorrida em 1982, provavelmente, não deve ocorrer, pois, não existem condições militares de a Argentina, no momento, vencer o Reino Unido. Ele explica que “o melhor caminho para a Argentina é procurar os organismos internacionais e uma união sul-americana para fazer pressão política. A opção militar levaria à perda de vidas humanas, o que seria hoje, algo muito mais complicado do que antes. E, militarmente, a Grã-Bretanha ainda possui maior poder”. Segundo o cônsul geral

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a

da República Argentina em São Paulo, Agustín Jorge Molina Arambarri, o governo de seu país já reiterou por diversas vezes que o emprego da força militar não é uma opção e que o país platino pretende recuperar as ilhas de maneira pacífica, “de acordo com tudo o que foi proposto pela comunidade internacional, bem como, respeitando os princípios de Direito Internacional e o modo de vida de seus habitantes, conforme estabelecido na Constituição argentina”. Porém, a irredutibilidade de ambos os lados, em especial do Reino Unido, que diz não querer negociar, por conta dos malvinenses todos, em sua imensa maioria, descendentes de britânicos, preferirem permanecer com sua nacionalidade atual, fez com que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a Comunidade de Estados LatinoAmericanos (Celac) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), apoiassem a Argentina na

questão. O cônsul Arambarri comenta ainda que a vontade britânica de manter um enclave colonial na América do Sul vai de encontro aos progressos obtidos ao longo da segunda metade do século XX naquilo que se refere a este tema. “É um anacronismo que responde a autopercepção do Reino Unido como uma potência imperial”, explana Arambarri. Ele explica ainda que “através de sua forte presença militar

no Atlântico Sul, o Reino Unido exerce controle total sobre os acessos interoceânicos (Atlântico-Pacífico e Atlântico-Índico), desde a costa oriental sulamericana até a costa ocidental africana. Ou seja, o conceito império-naval que motivou a ocupação das ilhas, em 1833, segue vigente na atualidade”. O professor Campos, por sua vez, a respeito de uma possível militarização do Atlântico Sul, diz que esta somente surtiria

efeito se ela fosse coordenada pelo Brasil, que tem assumido posições favoráveis ao pleito argentino. A descoberta de petróleo na plataforma continental, segundo ele, pode ajudar a Argentina, no sentido de trazer à tona a discussão a respeito das áreas prospectadas por empresas do Reino Unido, de elas serem ou não, parte do território do país sulamericano. Ainda de acordo com o

O contra-ataque britânico

Na Europa, o Reino Unido, governado pela conservadora Margaret Thatcher, se movimenta em busca de aliados, e mais rapidamente do que a Argentina, consegue fazer estar ao seu lado países poderosos, dentre eles, todos os da então, Comunidade Econômica Europeia (CEE), atual União Europeia, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), da Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth) e de grande parte dos pertencentes à Organização das Nações Unidas (ONU). Com o descumprimento do Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), do qual Estados Unidos e Chile fazem parte e com o apoio destes ao Reino Unido, o acordo cai em descrédito, uma vez que a nação norte-americana dá preferência a OTAN, e o Chile, que no momento, tinha problemas de cunho territorial com a Argentina, acha por bem ficar ao lado de Londres. Apesar de nenhuma declaração formal de guerra ter sido emitida por quaisquer das partes, conforme o mês de abril passa, Argentina e Reino Unido entram cada vez mais em brutais batalhas pelo controle das ilhas, em demasiadas frentes, por terra, água e ar.


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anos depois Campinas, 22 de novembro de 2012

Campinas, 26 de novembro de 2012

cônsul argentino, o Reino Unido tem a intenção de explorar os recursos naturais da área em litígio, contrariando resoluções da ONU que pedem as partes em disputa que não introduzam inovações na região em questão. Em contrapartida, o segundo secretário da Embaixada do Reino Unido no Brasil, Chris Brealey, diz que não existe nenhum tipo de tentativa de militarização do Atlântico Sul. O que existe, segundo ele, é a manutenção da missão que se encontra no arquipélago desde 1982, a fim de protegê-lo de ataques estrangeiros. Brealey explica ainda que “as forças nas ilhas permanecem as mesmas há muito tempo. O envio do (destróier) HMS Dauntless foi feito como parte de um processo contínuo de modernização da frota britânica em todo mundo. Ele foi enviado apenas para substituir uma fragata que estava nas Falklands anteriormente”. Retrospecto da guerra 2 de abril de 1982, 1h30. 102 soldados argentinos, divididos em dois grupos atracam nas Ilhas Falklands, chamadas por eles de Malvinas, localizadas no Atlântico Sul, a 550 quilômetros do território sul-americano e pertencentes ao Reino Unido desde a invasão por contingentes deste país, em 1833. O avanço das tropas platinas continua até a capital do arquipélago, Port Stanley ou Puerto Argentino, onde tomam o palácio do governador e o capturam, enviando-o a Montevidéu, no Uruguai. No dia seguinte, após forte resistência britânica, os argentinos fazem a bandeira de seu país tremular por sobre a capital. Pela primeira vez, na história recente do planeta, um país, até então, considerado subdesenvolvido, vence uma superpotência mundial. As fotos de soldados

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“ As Malvinas são argentinas e nós iremos até o fim para termos o arquipélago de volta”. Leopoldo Galtieri

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser

“ As Malvinas são argentinas e nós iremos até o fim para termos o arquipélago de volta”. Cristina Kirchner

“ As Malvinas são argentinas e nós iremos até o fim para termos o arquipélago de volta”. David Cameron

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser

britânicos feitos prisioneiros rodam o mundo. A Junta Militar que governa o país sul-americano, chefiada pelo general Leopoldo Galtieri, ganha prestígio em um momento em que sua popularidade, depois de seis anos de ditadura, começa a degringolar. Está feito. O poderio do Reino Unido por sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, que já durava 149 anos, se esvai em questão de horas. A partir deste momento, as tropas argentinas começam as mudanças toponímicas no arquipélago e instituem a legislação do país, inclusive no que se refere ao trânsito,

acabando com a chamada “mão inglesa”, substituindo-a por aquela usada na maior parte dos países do continente americano. Segundo o cônsul Arambarri, a guerra, de fato, não foi uma decisão do povo argentino, mas de uma ditadura que buscava se perpetuar no poder. Ele recorda que o conflito “só trouxe dor e morte, uma vez que se perdeu a vida de centenas de seres humanos, de ambos os lados”. Porém, ele explica que “é bom deixar claro que a guerra não alterou a natureza da controvérsia existente naquilo que se refere às Malvinas, Geórgia do Sul, Sandwich do

Sul e os espaços marítimos circundantes, que continuam pendentes de negociação e solução”. O fim Em 11 de junho, após pouco mais de dois meses de intensos combates, o papa João Paulo II chega a Buenos Aires, onde é recebido com fervor pela população local. Ele pede pela paz e a diplomacia vaticana tenta um cessarfogo entre ambas as partes. Os países ocidentais se dividem e a União Soviética é quem se beneficia do desgaste ocasionado pelo confronto. No mesmo dia, o exército britânico inicia a retomada da capital das.

“ As Malvinas são argentinas e nós iremos até o fim para termos o arquipélago de volta”. Dama de Ferro


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Campinas, 22 de novembro de 2012 Fotos: Divulgação

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser organiza

Circuito das Frutas: Ruralidade nos campos do progresso

Constituído em uma das regiões mais economicamente prósperas do país, entre a capital pasta e Campinas Vitor Jorge Jr.

Constituído em uma das regiões mais economicamente prósperas do país, entre a capital paulista e Campinas, a maior cidade do interior do Brasil, o Circuito das Frutas traz à tona o estilo de vida do campo, em meio à maciça industrialização e especulação imobiliária que não cessam nas cidades situadas às margens do sistema rodoviário AnhangueraBandeirantes e arredores. Atualmente, Atibaia, Indaiatuba, Itatiba, Itupeva, Jarinu, Jundiaí, Louveira, Morungaba, Valinhos e Vinhedo são mais do que vizinhos. O conjunto destes dez municípios, com população superior a um milhão de

habitantes e área de 2.318 Km², tem uma identidade comum, onde se destaca a importância da fruticultura e a disponibilidade de infraestrutura turística apta a receber os visitantes.

Oficializado em outubro de 2002, após a assinatura de um termo de cooperação entre produtores e prefeituras das cidades interessadas e o governo do Estado de São Paulo, o

“quanto mais você investir na educação dos mais jovens, em relação ao meioambiente, melhor” Pedro Rocha Lemos Prova viva disso são as fazendas localizadas no entorno destes municípios, que conseguem trazer com força, o sotaque e a cultura caipira, intrínsecos a maior parte dos moradores de cada uma das localidades do roteiro turístico.

Polo Turístico do Circuito das Frutas, desde então, tem se mostrado um dos mais importantes destinos de viajantes de todo o país, em especial, da Grande São Paulo, que deixam a megalópole para se dirigirem a um interior.

Festas e contatos Atibaia - Festa da Uva – Janeiro/Festa do Morango e Expo Legumes (com Jarinu) – Junho Indaiatuba - Festa das Nações Unidas (FENUI) – Julho Itatiba - Festa do Caqui e Cia. – Abril Itupeva – Expo Uva – Dezembro Jarinu – Festa da Ameixa – Dezembro/Festa do Morango e Expo Legumes (com Atibaia) - Junho Jundiaí – Festa da Uva – Janeiro/Festa do Morango – Agosto Louveira – Festa da Uva e Expo Caqui – Maio Morungaba – Festa do Maracujá – Julho Valinhos – Festa do Figo e Expo Goiaba - Janeiro Vinhedo – Festa da Uva e Festa do Vinho - Fevereiro Telefones – Agências de Turismo Atibaia Turismo (0 XX 11) 4413-4498 e 9654-2942 Nostro Canto (0 XX 19) 3826-2667 e 9779-4722 / (0 XX 11) 7530-4551 Rizzatour (0 XX 11) 4527-2000 e 3963-8723

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser organiza


Campinas, 22 de novembro de 2012

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1, 2 e 3 Peregrinos no Caminho do Sol. 4e5 Casa de Santiago, ponto final da rota

O caminho onde o Sol encontra a Fé

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Fotos: Divulgação

Marina Siqueira

Ao longe, um homem. Em nenhum momento, ele pensa em desistir de caminhar. Porém, as dores que aparecem ao longo da jornada, em especial, nos primeiros dias, tendem a contribuir para uma possível resignação. Mas aquela dor, que, a princípio, incomoda, posteriormente, passa a ser parte dele. Ela não o aborrece mais. A sensação que se tem ao caminhar é, infinitamente, mais agradável do que as dores que ele sente. Esta é a imagem e o sentimento que se espalha pelo Caminho do Sol. Roteiro turístico-religioso, que desde julho de 2002, acolhe os milhares de peregrinos que, anualmente, percorrem as suas estradas de terra, asfalto e paralelepípedos, passando por inúmeras cidades, serras, rios e canaviais, bem como, por resquícios de um dos mais importantes ecossistemas brasileiros, a Mata Atlântica. Com o objetivo primário de oferecer aos caminhantes um ambiente agradável, de características rurais, em pleno coração do Estado de São Paulo, o Caminho do Sol surgiu, principalmente, pela falta de um roteiro que pudesse abarcar tais paisagens, naturais e histórico-arquitetônicas, dentro de um contexto de introspecção e despojamento material. Concentrado, principalmente, às margens do Rio Tietê e arredores, o caminho permite ao peregrino, de acordo com o empresário José Palma, idealizador da rota, não só o alcance do autoconhecimento, mas também, de tempo para reflexão e para a resolução de problemas emocionais. Cada vez mais pessoas, em grupos, seja a pé ou de bicicleta, tem utilizado o trajeto para estes fins. De acordo com a economista e peregrina Neide Esteves, o Caminho do Sol a tornou mais corajosa para enfrentar os problemas do dia a dia. Ela diz ainda que “durante o caminho, eu senti a sensação de estar deixando minha vida para trás e recomeçando uma nova, pois, você larga a sua família, seu serviço e acha que vai fazer falta, mas... quando você volta... todos sobreviveram sem você”. Ela comenta ainda que aprendeu a se sentir bem sem a materialidade, uma vez que peregrinou por “11 dias com uma mochila e poucas roupas e sobrevivi, então... cortar os exageros é bom. Aprendi a dividir meus espaços com outras pessoas, pois, quando você fica hospedado em um albergue, é preciso sair do conforto da sua casa para dividir o banheiro, o quarto, com outras pessoas,

então, você valoriza mais ainda o que você tem e nem sempre está atento”. Para o publicitário e fotógrafo Eduardo Salzane, também peregrino, que percorreu o Caminho do Sol pela primeira vez em 2003, o que o motivou foi à vontade de provar algo novo que pudesse materializar um momento de transição ao qual estava vivendo. Ele diz ainda que o que ele sentiu “foi justamente isso, uma percepção de mundo e de valores que eu não conhecia, um amor fraternal que até então eu não tinha vivenciado”. A segunda vez foi em 2011. Salzane disse estar passando por um momento difícil e precisava tomar uma decisão importante, então, resolveu experimentar mais uma vez o caminho. “Isso significou uma transição em minha vida, uma descoberta que cada um tem ao percorrê-lo”, diz. Organização As características topográficas da região por onde passa o roteiro e o alto nível da qualidade de vida dos municípios margeantes foram importantes na criação da “Organização Caminho do Sol”, que administra os passeios ao longo de seus 11 dias e por todo o percurso de 241 quilômetros, entre Santana de Parnaíba e Águas de São Pedro. Nesta última, fica a Casa de Santiago, término oficial do caminho. José Palma explica ainda que “a preocupação maior sempre foi a de que a rota permitisse o contato permanente com a natureza e que as distâncias entre as pousadas não ultrapassasse 24 km. O objetivo era sair de Santana de Parnaíba e chegar a Águas de São Pedro, local onde termina o Caminho do Sol, cujo aniversário coincide com o dia consagrado ao Apóstolo São Tiago, hoje padroeiro da cidade, através de decreto promulgado pelo, à época, Bispo de Piracicaba, Dom Moacyr Vitti”. A pedra fundamental do santuário foi lançada em 1º de dezembro de 2001. A rota, por sua vez, foi entregue aos caminhantes em 25 de julho do ano seguinte, dia do Apóstolo Tiago. Passando ainda por Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva, Itú, Indaiatuba, Elias Fausto, Salto, Capivari, Mombuca, Saltinho, Piracicaba e São Pedro, o trajeto conta com terreno bastante plano, apesar de ser preciso muita disposição para caminhá-lo. Para o padre Francisco de Paula Cabral de Vasconcellos, o padre Xico, pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia, que abriga um santuário ecológico, em Indaiatuba, o Caminho do Sol não tem, somente, uma importância religiosa, mas uma importância.


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Campinas, 22 de novembro de 2012

Valinhos sedia Exposição de Orquídeas

Fotos: Divulgação

Constituído em uma das regiões mais economicamente prósperas do país Vinicius de Jesus

O evento, que acontece no Parque Municipal, conta com a apresentação da Orquestra de Violas do município e uma exposição de automóveis antigos Valinhos sedia nos próximos dias 03, 04 e 05 de junho, de sexta a domingo, a 5ª Exposição Nacional de Orquídeas, no Parque Municipal “Monsenhor Bruno Nardini”. A entrada para o evento é franca e o visitante tem a oportunidade de assistir a palestras sobre o plantio de mudas, apresentação da Orquestra de Violas “Cultura Caipira” e ainda conferir uma feira de artesanato e exposição de carros antigos. O evento é uma realização da Associação dos Orquidófilos de Valinhos e conta com o apoio da Secretaria da Cultura do município. De acordo

com o presidente da Associação, Christian Neumann, a exposição, que é coordenada pela CAOB (Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil) surgiu, principalmente, por conta de Valinhos ser um núcleo famoso de orquidófilos e que, atualmente, conta com cerca de 30 pessoas mantenedoras de orquidários. Além do mais, ele lembra que, o município tem um clima ameno e bastante variável, o que é essencial para o cultivo destas flores. Neumann ressalta ainda que “um evento como esse é muito bom para que o nome de Valinhos possa ser promovido e projetado, bem como, pra que possamos mostrar a nossa hospitalidade e para que os próprios valinhenses tenham um foco de lazer, pois orquídea também é cultura, a exposição em si o é, mas também as apresentações artísticas e a fei.

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não soldados a violência precisa ser

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Impressões

A vida secreta das flores

“quanto mais você investir na educação dos mais jovens, em relação ao meio-ambiente, melhor” Pedro Rocha Lemos

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“quanto mais você investir na educação dos mais jovens, em relação” Pedro Rocha Lemos

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não

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“quanto mais você investir na educação dos mais jovens, em relação ao instintos” Pedro Rocha Lemos

Soldados a violência precisa ser organizada, ela não

Cerca de mil vasos de plantas raras e exóticas pertencentes a colecionadores estão sendo expostos durante o evento, além disso, sete orquidários de Valinhos e região e cerca de trinta associações de cidades do sul de Minas Gerais, entre elas, Guaxupé, São Sebastião do Paraíso e Poços de Caldas, participam da exposição. Para a dona de casa Maria da Graça Bezerra, que reside em Valinhos e sempre acompanha eventos relacionados a flores, “a variedade é o que mais chama a atenção. É o que eu sempre procuro e um evento deste porte em Valinhos, sem dúvida nenhuma, chama a atenção e isso é importante pra cidade”, ressalta. Na opinião de Carla Vieira, que também é dona de casa e mora em Vinhedo, município vizinho, “um acontecimento desse tipo é muito bom, porque faz com que muita gente, como eu, de fora da cidade, venha pra cá. Além de ver as flores, o lugar acaba se tornando até um ponto de encontro”, explica. O evento conta ainda com a participação dos alunos do grupo sócio-ocupacional da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Valinhos, que participarão de uma oficina de plantio de mudas. Para Raquel Nanuncio, coordenadora do grupo, essa é uma experiência bastante interessante para os jovens da entidade, pois, além de incentivá-los a extrapolar os seus próprios limites, em relação ao que é realizado na APAE, ajuda na conscientização da preservação da natureza e do contato com o meio ambiente.


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Campinas, 22 de novembro de 2012

Graciliano Ramos será homenageado da Flip 2013 Brandão Entre o Mar e o Amor. n Histórias de Alexandre. n Viagem, póstuma. n Linhas Tortas, póstuma. n Viventes das Alagoas. n Histórias Incompletas. n Alexandre e outros Heróis. n Cartas, póstuma. n O Estribo de Prata.

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Foto: Divulgação

Amir Souza

Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892, na cidade de Quebrangulo, sertão de Alagoas, filho primogênito dos dezesseis que teriam seus pais, Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Viveu sua infância nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE), sob o regime das secas e das suas que lhe eram aplicadas por seu pai, o que o fez alimentar, desde cedo, a idéia de que todas as relações humanas são regidas pela violência. Em seu livro autobiográfico “Infância”, assim se referia a seus pais: “Um homem sério, de testa larga (...), dentes fortes, queixo rijo, fala tremenda; uma senhora enfezada, agressiva, ranzinza (...), olhos maus que em momentos de cólera se inflamavam com um brilho de loucura”. Em 1894, a família muda-se para Buíque (PE), onde o escritor tem contacto com as primeiras letras. Em 1904, retornam ao Estado de Alagoas, indo morara em Viçosa. Lá, Graciliano cria um jornalzinho dedicado às crianças, o “Dilúculo”. Posteriormente, redige o jornal “Echo Viçosense”, que tinha entre seus redatores seu mentor intelectual, Mário Venâncio. Em 1905 vai para Maceió, onde freqüenta, por pouco tempo, o Colégio Quinze de Março, dirigido pelo professor Agnelo Marques Barbosa. Com o suicídio de Mário Venâncio, em fevereiro de 1906, o “Echo” deixa de circular. Graciliano publica na revista carioca “O Malho” sonetos sob o

Graciliano Ramos foi um escritor brasileiro romancista que nasceu em 27 de outubro

pseudônimo de Feliciano de Olivença. Em 1909, passa a colaborar com o “Jornal de Alagoas”, de Maceió, publicando o soneto “Céptico” sob o pseudônimo de Almeida Cunha. Até 1913, nesse jornal, usa outros pseudônimos: S. de Almeida Cunha, Soares de Almeida Cunha e Lambda, este usado em trabalhos de prosa. Até 1915 colabora com “O Malho”, usando alguns dos pseudônimos citados e o de Soeiro Lobato. Em 1910, responde a inquérito literário movido pelo Jornal de Alagoas, de Maceió. Em outubro, muda-se para Palmeira dos Índios, onde passa a residir. Passa a colaborar com o “Correio de Maceió”, em 1911, sob o pseudônimo de Soares Lobato. Em 1914, embarca para o Rio de Janeiro (RJ) no vapor Itassuoê. Nesse ano e parte do ano seguinte, trabalha como revisor de provas tipográficas nos jornais cariocas “Correio da Manhã”, “A Tarde” e “O Século”. Colaborando com o “Jornal de Alagoas” e com o fluminense “Paraíba do Sul”, sob as iniciais R.O. (Ramos de Oliveira). Volta a Palmeira dos Índios, em meados de 1915, onde trabalha como jornalista e comerciante. Casa-se com Maria Augusta Ramos. Sua esposa falece em 1920, deixando quatro filhos menores. Em 1927, é eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios, cargo no qual é empossado em 1928. Ao escrever o seu primeiro relatório ao governador Álvaro Paes, “um resumo dos trabalhos realizados pela Prefeitura de Palmeira dos Índios.


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