Gestão de logística e operações

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Gestão de Logística e Operações

previsões somente com base na análise e projeções a partir de dados históricos, porém, esse critério não garante, absolutamente, a repetição, no futuro, do que ocorreu no passado. O mais adequado seria o entendimento mais aprofundado das circunstâncias norteadoras da demanda, consideradas variáveis a serem, por sua vez, previstas. É o caso, por exemplo, de demandas relativas a produtos de consumo sazonal, onde dificilmente a simples análise de dados históricos seria um bom ponto de partida para o dimensionamento de consumo em períodos futuros. Para artigos de consumo, as previsões podem se abordadas tanto “de cima para baixo”, também conhecida como abordagem analítica, através da qual parte-se de previsão em âmbito nacional, por exemplo, para a posterior decomposição de volumes por regiões, estados ou cidades. Já a abordagem “de baixo para cima” exige descentralização do ponto de vista organizacional, pois privilegia análises regionais partindo da consideração de características de consumo regionalizadas a partir das quais os números mais abrangentes são compostos. Basicamente há três tipos de técnicas para a elaboração de previsões: a qualitativa, de séries temporais e a causal. A qualitativa baseia-se principalmente na experiência e no conhecimento específicos e são bastante onerosas em termo de custos, além de demandarem tempos considerados longos. São recomendadas para situações onde haja pouca disponibilidade de dados históricos, e serão fundamentadas em boa parte por julgamento gerencial. As técnicas baseadas em séries temporais utilizam-se de ferramentas estatísticas principalmente a partir de dados históricos considerados representativos de relações e tendências estáveis. São principalmente utilizadas para identificar variações sistemáticas na demanda resultantes de aspectos sazonais, ciclicidade em padrões de consumo, tendências e intensidade de variação em tendências. As técnicas causais buscam estabelecer relações entre ocorrências e prováveis causas. Picos de venda de guarda-chuvas no varejo estão normalmente relacionados a chuvas de verão, cuja imprevisibilidade dificulta às pessoas prevenirem-se ao sair de casa, sendo surpreendidos, desprovidos do acessório e estimulando a aquisição do produto. Preocupação especial é dada ao assunto referente às previsões como instrumento de suporte ao planejamento e controle de operações logísticas a 236


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