Entre o rio e a serra

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O segundo enfoque, adotado nesse trabalho, procura olhar para dentro de um trecho de cidade para identificar seus padrões edificados, dividindo tal trecho em partes ou elementos morfológicos e estudando sua constituição específica e sua relação com os demais elementos morfológicos em uma mesma escala de abordagem. 37 Os elementos morfológicos são as partes claramente identificáveis que constituem uma formação urbana, como as edificações, as ruas, os quarteirões, os bairros, etc. Os elementos morfológicos de eleição aqui serão a edificação individual (tipo) e os conjuntos edificados (tecido), por permitirem a identificação dos padrões de edificação e dos conjuntos edificados. Nesse caso, procura-se compreender as formas específicas através das quais as pessoas se organizam ao construir seus ambientes de vida e, mais precisamente, o resultado dessa construção. O enfoque do estudo da forma urbana recai, neste caso, muito mais sobre as edificações e seus conjuntos, sendo um contraponto teórico do estudo do espaço livre de edificação, já que este põe em evidência o espaço não-edificado, onde se dá a circulação e boa parte das atividades de lazer e recreação, assim como onde são localizadas as reservas biológicas e de mercado. Introdução

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Formas urbanas características. À direita, Óbidos em Portugal, cidade que conserva parte da forma urbana característica da Idade Média. À esquerda, Paris, na França, cuja forma urbana se consolida após as reformas empreendidas no século XIX. Fonte: Sidney Vieira Carvalho - Novembro de 2005 (Óbidos) e Agosto de 2006 (Paris) - Acervo do autor

37 LAMAS, José Manuel Ressano Garcia. Op. cit. P. 38-39


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