O dia vai embora e com ele leva todos os meus disfarces Deixando-me a sós com a minha verdade única O espelho mais cruelmente fiel A nudez indesejada São horas perigosas Nas quais percebo o quão terrível é ser eu mesmo São horas de fraqueza e desamparo São horas de franqueza e desespero São lacunas que surgem na alma Mas o álcool há de me trazer algum conforto E o sono, por ele evocado, recolocará o véu sobre meus olhos