
2 minute read
4.1 EXEGESE E EISEGESE
ESCATOLOGIA GERAL
mará. Entretanto, a Bíblia nitidamente interpretada e proclamada segundo as leis que governam a comunicação humana, tem surtido efeitos notáveis no decurso dos séculos.
Advertisement
A ela se deve a derrota da escravidão, dos vícios, da corrupção do Império Romano. Tem transformado os corações e vidas de milhões de cristãos verdadeiros. Certamente e sem dúvida, um estudo sistemático de como interpretar a Bíblia deve ser uma prioridade para todo estudioso sério da Bíblia.
Há regras de interpretação que disciplinam a interpretação de qualquer comunicação. Quando falamos a respeito das leis que governam a interpretação correta, não nos referimos a uma lista que varia de pessoa para pessoa, ou até mesmo entre escritos seculares e os escritos inspirados. Referimo-nos às regras que as pessoas têm usado durante milhares de anos para a compreensão e transmissão de todas as formas da comunicação entre pessoas. Tais regras, aplicada especificamente à interpretação da Bíblia, são denominadas de hermenêutica bíblica.
A hermenêutica é a ciência que nos ensina as leis e métodos para a interpretação das comunicações. Hermenêutica é uma palavra grega derivada do nome Hermes (gr. Ermhv), o mensageiro dos deuses mitológicos gregos que entregavam e interpretavam mensagens “divinas” aos mortais, também chamado de Mercúrio pelos romanos.
4.1 EXEGESE E EISEGESE
Exegese deriva-se de uma palavra grega que significa “conduzir para fora” e eisegese deriva-se de uma palavra que significa “conduzir para dentro”. Sendo assim, a exegese é o processo de ir até o texto a fim de determinar o seu sentido e “trazer para fora” a interpretação. A eisegese, por outro lado, ocorre quando a pessoa aborda o texto com preconceitos e torce a mensagem da Bíblia, extraindo dela um sentido que a pessoa deseja de antemão.
Mais uma distinção que será beneficial para o estudante deste curso, é diferenciar a hermenêutica e a exegese. A primeira é o estudo das regras da interpretação bíblica, ao passo que a outra se refere à aplicação daquelas regras.
138
ESCATOLOGIA GERAL
4.2 MÉTODOS DE INTERPRETAÇÃO DO APOCALIPSE
O Livro de Apocalipse tem sido estudado segundo muitos conceitos e métodos de interpretação diferentes. Demonstraremos os principais deles.
a) Preterista – Relaciona as profecias do Apocalipse com os eventos registrados no final do primeiro século da nossa era, tendo o Império Romano como pano de fundo, ou seja, a maior parte do Apocalipse já se cumpriu, sobrando somente fatos históricos. b) Histórico – Os interpretes que assumem essa posição procuram encaixar todos os acontecimentos previstos no Apocalipse em várias épocas da história humana. c) Simbólico ou Místico – Alguns estudiosos crêem que o Livro de Apocalipse não é essencialmente profético e nem histórico, mas uma vivida coletânea de símbolos místicos que visam ensinar lições espirituais e morais. Isso significa que não esperemos qualquer cronologia de acontecimentos passados ou futuros nesse Livro. d) Futurista – Há os futuristas extremos, que pensam que o Livro inteiro é preditivo, incluindo os capítulos 2 e 3, que representam sucessivos estágios da história eclesiástica, até a vinda de Cristo. Mas, há os futuristas moderados, que admitem que os capítulos 2 e 3 referem-se ao passado (ou ao presente), mas que a começar no capítulo 4 temos o futuro, o que deverá acontecer imediatamente antes do segundo advento de Cristo. e) Eclético – Alguns intérpretes misturam todas as idéias acima expostas de modo que nenhuma domine as demais.
Como se vê, cada geração de eruditos vem retrabalhando a interpretação do Apocalipse, numa tentativa de encaixar as profecias em suas respectivas épocas.