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NOTÍCIAS Programa «Escrever Mais

PROGRAMA «ESCREVER MAIS»

E continuamos a escrever: histórias a partir dos livros que estamos a ler, histórias a partir das nossas avaliações e histórias do nosso prédio da Rua do Campo de Flores, o livro de escrita que criámos no Colégio para os nossos alunos!

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Ana Guerra – Coordenadora do Departamento de Português

A turma do 3.ºA escreveu coletivamente uma das muitas histórias do livro do prédio da Rua do Campo de Flores. Desta vez, foi a D. Florinda que quis contar à D. Antónia o que lhe aconteceu. - O INEM levou-me e trataram-me muito bem no hospital. - Sabes que caí no jardim, porque tropecei na trela do meu gato? - Quem te socorreu, estando tu sozinha com o gato??? O porteiro tratou de mim e fez-me as refeições durante estes quinze dias de recuperação. Foi extraordinário. As duas vizinhas perceberam que ter vizinhos amigos é fantástico e que nunca estamos sós. - Foi o porteiro Marcelino, um verdadeiro cavalheiro. - Claro que não, achas!? Com o meu peso?? Ainda caíamos os dois e parecia que estava a cair gente três dias!! - riu-se. - O porteiro Marcelino, preocupado, levou-me pelo braço e sentou-se no banco do jardim, enquanto ligou para o INEM! - disse ela. - Olá, minha querida! Obrigada pela simpatia e por teres vindo. - Olá, bom dia, amiga! Que bela casa - disse a D. Antónia. - Vamos almoçar lombinho de porco com castanhas. O que achas? - Obrigada pelo convite, o que é o almoço? As duas amigas sentaram-se à mesa numa bela conversa, almoçaram tranquilamente e privaram juntas. - Acho uma delícia, está bom tempo para comer castanhas. Numa bela manhã de sábado, a D. Florinda queria muito contar à D. Antónia o que lhe tinha acontecido, então insistiu muito que conversassem. Convidou a D. Antónia para almoçar em sua casa. - Oh! Meu Deus! Que dor! - desabafou a D. Antónia. - Nem imaginas o sofrimento! - respondeu a D. Florinda. - Oh que chatice! E depois? - Uau! Que amoroso! Ele levou-te ao colo?

A Fabiana Eccles, do 3.ºD, e s c r e v e u a h i s t ó r i a d a chegada da Família Sousa ao prédio da Rua do Campo de Flores. Não há melhor prédio do que este para morar, está visto! A chegada da família Sousa No mês de novembro, os moradores do prédio da rua Campo de Flores ficaram a saber que uma casa no último andar tinha sido alugada por novos vizinhos a família Sousa. A D. Florinda quis, de imediato, saber algumas informações sobre eles. Descobriu que era um jovem casal, que tinha chegado de Inglaterra, com três filhos: duas meninas gémeas, a Marília e a Marisa, e um bebé, o Pedro. Ficou também a saber que regressaram a Portugal, porque o Sr. Sousa conseguiu um ótimo emprego numa empresa de detetives. Para lhes dar as boas-vindas, o porteiro Marcelino organizou uma festa. A D. Florinda tratou dos doces e a D. Antónia preparou os salgados. Até havia papa para o bebé! O Marcelino deu-lhes alguns contactos de escolas que recebiam meninos vindos de outros países e de uma senhora que ensinava português a ingleses. A família Sousa ficou surpreendida e sentiu-se tão acarinhada que rapidamente quis comprar a casa.

Era uma vez menina chamada Marília, que tinha uma irmã gémea. A sua irmã gémea chamava-se Marisa. Enquanto estavam a d o r m i r , t i v e r a m u m s o n h o m a r a v i l h o s o . N a h o r a d o pequeno-almoço, elas começaram a falar sobre o sonho que tiveram. - Eu também! - afirmou entusiasmada a Marília. - Como é possível, nós nunca temos sonhos só contamos carneirinhos?! - comentou a Marisa. - Marisa, eu tive um sonho espetacular! - Pois, isso é verdade, só que a fada das crianças fez alguma coisa às nossas cabeças. - Ah, o meu sonho... Eu sonhei que estavam num campo de rosas, e o teu? - - A fada das crianças é uma menina como nós, que faz coisas tornarem-se verdadeiras. - Não podes ver a fada das crianças, porque assim não há surpresas e, já agora, o que era o teu sonho? - perguntou a Marília. As duas irmãs estavam felizes e riam a caminho da escola. - Eu sonhei que estava a fazer um piquenique num campo de lírios, a comer um delicioso hambúrguer. - Eu quero ver essa fada! - exclamou a Marisa. A Madalena Rodrigues, do 3.ºC, criou o diálogo das gémeas do prédio da Rua do Campo de Flores a propósito dos seus sonhos.!

A Maria Mel Nogueira e a L e o n o r G a l r i t o , d o 4 . º C , encontraram, como presente de Natal, o que mais as e n c a n t a v a e c o n t a r a m a h i s t ó r i a d a M a t i l d e e d a raposinha Quica. - Mãe, pai, posso ir fazer um safari à floresta? - perguntou a Matilde aos pais. - Pode ser, filha, mas só durante uma semana! - reagiu o pai. Passado uma semana, a raposinha Quica teve de voltar para a floresta. Num sábado de manhã, a Matilde, uma menina de olhos azuis, loira e muito simpática, acordou e f o i t o m a r o pequeno-almoço. Quando chegou a casa, perguntou aos pais: - Claro que sim, mas arranja uma mochila com tudo o que precisas - disse a mãe. Então, a Matilde correu para o quarto, agarrou numa mochila e colocou lá uma lanterna, uma lupa e um lanche. - Até logo, mãe, até logo, pai - disse a Matilde, despedindo-se dos pais. Andando pela floresta, encontrou uma raposinha bebé. Esta tinha uma ferida na pata! A Matilde teve pena dela e, portanto, levou-a para casa. - Mãe, pai, eu encontrei esta raposinha bebé. Posso ficar com ela, por favor? A raposinha estava cansada, então a Matilde fez-lhe uma cama e deu-lhe o nome de Quica. - A Quica tem mesmo que ir? perguntou a menina aos pais. - Sim, já vi - respondeu a Matilde desanimada. - Sim, já viste a confusão que ela fez? No Natal, a Matilde teve uma extraordinária surpresa. Os pais foram buscar a Quica à floresta e, quando chegaram a casa, deram-na de presente à Matilde. - Obrigada, pai, obrigada, mãe! - agradeceu ela. A Matilde abriu o presente e ficou muito feliz ao ver que era a sua raposinha Quica.

O Rodrigo Carvalho, do 4.ºB, contou a conversa que o Dr. Patrício das Mercês teve com o Marcelino, ao chegar da quinta do seu afilhado em Bragança. A vida lá é tão diferente mas as dores nas costas já não deixam o pobre s e n h o r t r a b a l h a r c o m o antigamente.

- O que é que esteve a fazer? - Como é a quinta? perguntou o Marcelino. - Estive a ajudá-lo a fazer a vindima, mas foi durante pouco tempo, pois começaram as dores de costas! Quando o Sr. Patrício das Mercês estava a sair do táxi, encontrou o porteiro Marcelino e pediu-lhe ajuda para levar as malas. O porteiro disse-lhe: - Correram bem. Estive em casa do meu afilhado em Bragança durante um mês respondeu o Sr. Dr. Patrício das Mercês. E o porteiro perguntou: - Bom dia, como correram as férias? - É grande, com ovelhas, cavalos, porcos, galinhas, vacas e coelhos e tem mil metros quadrados. Fica no cimo de uma montanha. - Eu nunca fui a Bragança, mas já fui ao Porto, a Leiria, à Guarda e ao Alentejo disse o porteiro Marcelino. Então despediram-se e foi cada um para seu lado. - Olhe, Marcelino, gostei muito da conversa, mas tenho de ir descansar.

N u m d i a d e t e s t e d e Português, o Tiago Vidinha, d o 4 . º D , s u r p r e e n d e u a p r o f e s s o r a c o m e s t a composição! Surpreendido, o pássaro pensou, pensou e de repente respondeu ao girassol: - Então tu és o meu pai! Tu és o meu pai! - gritou o girassol cheio de alegria. - Só podes ser tu o meu pai!!!!! - acrescentou muito emocionado. Conversaram os dois durante muito tempo e chegaram à conclusão que afinal aquele girassol era o filho daquele pássaro de penas muito macias, azuis e pretas e com um bico fino e vermelho. Certo dia, mesmo no limite da beirinha da floresta, nasceu um girassol que, como recebia a humidade e também os raios do sol que lhe batiam quase todos os dias, conseguiu crescer forte e muito bonito. - Claro, amigo, o que precisas? perguntou o pássaro já poisado no chão ao pé do girassol. Num vale desconhecido, havia uma grande floresta muito densa, escura e húmida onde nem o sol conseguia entrar e por isso não havia flores coloridas e os animais eram poucos. O seu caule era muito verde e com grandes folhas verdinhas e as pétalas eram tão amarelas que até parecia um sol pequenino. Então o girassol explicou: - Espera lá! Lembro-me que um dia, há algum tempo, eu trazia uma semente de girassol no bico e deixei-a cair por aqui. Mas como os raios do sol não conseguem entrar nesta floresta, porque ela não deixa e nunca cá houve flores, não liguei e nunca mais me lembrei disso. - Que sorte! Já tenho um pai! Finalmente já tenho o meu pai aqui ao pé de mim e já tenho família! - cantou e gritou o girassol muito alto e muito feliz. Desde esse dia, o pássaro pai ia visitar todos os dias o seu filho girassol e conversavam e brincavam durante muitas horas e ficaram muito, mas mesmo muito felizes. - Não sei quem é a minha família e nem sei como vim parar a este lugar! Achas que me podes ajudar? Um dia, viu um pássaro a voar por cima dele e pediu-lhe: Mas o girassol não era feliz. Ele tinha um sonho que era conhecer a sua família e nem sabia como tinha nascido naquele lugar. - Olá, passarinho! Não te importas de vir até cá abaixo para eu falar contigo?

CCF celebra o Dia Mundial da Música No dia 1 de outubro de 2019, alunos e professores do Colégio Campo de Flores celebraram o Dia Mundial Da Música. Todos se divertiram e que grandes talentos. Por volta das 13 horas, no pátio verde da escola, os alunos juntaram-se para ouvir alguns colegas cantarem. Foram apresentadas algumas músicas como: Pedra Filosofal, Nem sequer doeu e muitas outras. Também houve um grupo de alunos que se juntou para tocar alguns instrumentos e outros alunos dançaram.

A Mariana Alves, do 4.ºA, escreveu uma notícia sobre o Dia Mundial da Música.

COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

Assim, foi lançada mais uma edição do Jornal de Parede do 2.º ano! No dia 16 de outubro, celebrou-se o Dia Mundial da Alimentação e, por isso, decidimos comemorá-lo, montando no nosso Colégio um banquete super saudável! Com a ajuda das nossas famílias, construímos pratos saudáveis e originais com os mais diversos materiais. O resultado foi uma mesa cheia de cor, energia e saúde! Para além disso, tivemos a visita da enfermeira Sílvia às salas do 2.º ano para explorarmos a roda dos alimentos e conhecer os diferentes grupos alimentares e respetivos nutrientes.

Alunos do 2.º ano

Gostei de tocar no feijão e no grão na aula da enfermeira.

Caetana Correia, 2.º C Gostei muito de construir a Roda dos Alimentos na aula da Enfermeira Sílvia. Apesar das castanhas serem um fruto, não estão na fatia da fruta na Roda dos Alimentos. Mafalda Jesus, 2.º A Gostei de construir um prato saudável. Aprendi que o sal e o mel não têm prazo de validade. A maior fatia da Roda dos Alimentos é a dos cereais, derivados e tubérculos. A fatia mais pequena é a das gorduras e óleos. A Roda dos Alimentos tem 7 fatias. A Roda está dividida assim por causa dos nutrientes que cada alimento tem. A Roda dos Alimentos é muito importante, porque nos mostra o que podemos comer e o que devemos evitar comer.

António Gonçalves, 2.º A Henrique Ferreira e Anita Marques, 2.º B Alice Correia, 2.º B Lucas Sança, 2.º C Antigamente, a água era uma fatia da Rodas dos Alimentos. Agora está no centro. O pão escuro é mais saudável que o pão branco. As fatias maiores têm alimentos mais saudáveis. Todos os alimentos têm água. Aprendi que a carne e o peixe nos dão ferro. Sara Ribeiro, 2.º C Maria da Luz Duarte, 2.º B Manuel Nunes, 2.ºA Leonor Lopes e Tiago Crawford, 2.º B João Duarte, 2.º A Simão Barreiros, 2.º C Beatriz Lopes, 2.º D Clara Burgos, 2.º C Não se pode comer muitos chocolates e doces, pois podemos desenvolver uma doença chamada Diabetes. Devemos beber água ao longo de todo o dia. Descobri que as castanhas são um fruto.

Diana Jesus, 2.º D Uma alimentação saudável deve ter todos os alimentos da Roda dos Alimentos. Podemos comer carne ao almoço e peixe ao jantar.

Maria Coxo, 2.º D Fábio Rodrigues, 2.º D Santiago Batista, 2.º D Aprendi que é muito importante comer de forma saudável. Na Roda dos Alimentos, podemos saber quais são os alimentos mais saudáveis.

COM TRÊS LETRINHAS APENAS SE ABREVIA A PALAVRA ÁCIDO DESOXIDORIBONUCLEICO

As professoras Margarida Cruchinho e Fátima Diogo começaram por nos ajudar a recordar as regras de segurança no laboratório e o nome de alguns materiais que utilizamos nas nossas descobertas científicas. Foi o estudo do Genograma (esquema familiar), na disciplina de Estudo do Meio, que levou os cientistas do 3.º ano ao novo laboratório do nosso Colégio, para aprender um pouco mais sobre genética. É verdade! Foi o 3.º ano que “inaugurou” as atividades experimentais do novo espaço do Colégio! Como cientistas entusiasmados que somos, procurámos esclarecer algumas curiosidades para as quais obtivemos imediatamente resposta: - Por que usámos detergente na preparação? O detergente vai ajudar a dissolver as membranas das células para extrairmos mais facilmente o ADN. - Sal? Para dar um gosto salgado ao preparado? Temos de o comer? Se quiséssemos saber mais sobre a história genética do quivi e da banana, tal como os cientistas a sério fazem com os genes humanos, poderíamos estudar, aprofundadamente, as moléculas de ADN que resultaram desta experiência. Apesar de se tratar de fruta, não podemos comê-la, pois não conseguimos garantir as regras de segurança alimentar. Quanto à utilização do cloreto de sódio, o verdadeiro nome do sal, é de esclarecer que este estabiliza a molécula de ADN. - Os genes e o ADN são a mesma coisa? Demos início ao propósito que nos levou ao laboratório, observando os lóbulos das orelhas uns dos outros, pois a sua forma solta ou “a terminar” junto ao rosto, é uma das muitas heranças genéticas do nosso pai ou da nossa mãe. Avançámos com a nossa experiência a partir de uma banana e de um quivi esmagados, cada um no respetivo almofariz, e com a devida preparação à base de água, detergente, sal e álcool, conseguimos observar uma mistura filtrada num tubo de ensaio, que, pacientemente, resultou na formação de uma espécie de “novelos” de átomos. Estão relacionados: a Genética estuda os genes e estes são porções de ADN que definem as características dos seres vivos. E assim tivemos o privilégio de ter mais um momento de aprendizagem fantástico, interessante e muito eficiente.

Os cientistas do 3.º ano

VISITA AO OCEANÁRIO

No dia 11 de outubro, fomos visitar o Oceanário de Lisboa! Viajámos pelo mundo na companhia de Fernão de Magalhães e conhecemos o nosso planeta por terra e por mar. Aprendemos muitas curiosidades sobre as diferentes espécies e, infelizmente, ficámos muito preocupados com a poluição marinha atual.

Alunos do 2.º ano

As lontras-marinhas partem as carapaças dos caranguejos para conseguirem comer. – Miguel Franco, 2.º B Vimos papagaios do mar. – Mafalda Jesus, 2.º A Gostei de ver o peixe-lua. É um pouco diferente, mas é engraçado. – Guilherme Pereira e Vicente Brízida, 2.º A Conhecemos o tubarão-pijama. Ele tem riscas. – António Gonçalves, 2.º A

O peixe que parece a Dori chama-se na realidade peixecirurgião-paleta. – Tiago Crawford, 2.º B Os tubarões não comem assim tanto como pensávamos. Estes animais só comem uma vez por mês. No Oceanário, os tubarões são alimentados duas vezes por semana para não terem fome e não comerem os peixinhos que estão no aquário. – Maria da Luz Duarte, 2.º B

O animal que mais gostei foi o papagaio-do-mar. – Isabel Mendes, 2.º D Gostei muito dos tubarões. – Santiago Batista, 2.º D O Pinguim de Magalhães está em vias de extinção. – Inês Francisco, 2.º B

Adorei as lontras! – Maria Coxo, 2.º D Gostei de ver os mergulhadores a darem comida aos tubarões. – Mário Figueiredo, 2.º C

Gostei muito dos pinguins. – Caetana Correia, 2.º C Gostei muito de fazer a viagem à volta ao Mundo no barco Vitória. – Pedro Santos, 2.º D Gostei de ver os mergulhadores a limparem o fundo do aquário. – Salvadores Antunes, 2.º C Gostei muito de ver as esculturas construídas com o lixo que encontraram no mar. - Leonor Lopes, 2.º B Adorei as mantas! – Mariana Mesuras, 2.º C Os sons que ouvimos cá fora são cinco vezes mais altos dentro de um aquário. – Guilherme Pardal, 2.º B O tubarão touro tinha o dente a cair! Foi muito interessante de ver. – Michael Bungart e Francisco Gonçalves, 2.º A.

HÁ 100 ANOS QUE SOMOS

Centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen 1919 - 2019

Foi daquela forma bonita que só as coisas simples conseguem ter que comemorámos o centenário de Sophia de Mello Breyner. Acabou por ser um dia diferente, em que a poesia deu vida à escola, em lugares e momentos em que não é habitual pensarmos nela. ASofia Pereira e o Guilherme Antunes, os nossos alunos do secundário que tão bem homenagearam a escritora e poetisa, misturaram na voz o respeito, o talento e a emoção, deixando bem claro que, também com as novas gerações, o futuro da poesia estará em boas mãos.

Fernanda Neves – Professora de Português

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