Edição 120

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FU CA integração DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

GUARAPUAVA | PARANÁ 11 A 20 DE OUTUBRO DE 2017 EDIÇÃO 120 | ANO IV

ESPECIAL PRODUZIDO EM

PARCERIA COM O CURSO DE

JORNALISMO DA UNICENTRO TRAZ SETE MATÉRIAS QUE OFERECEM

PONTOS DE VISTA DIFERENCIADOS SOBRE O FESTIVAL UNIVERSITÁRIO DA CANÇÃO 2017.

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ED. 120 | ANO IV - DE 11 A 20 DE OUTUBRO DE 2017

integração

R/Unicentro e ao À turma do 1º JO rigada! o nosso muito ob professor Márcio,

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Imagem: Mayara Ma

ier

Imagem: Ana Júlia

Olá leitor, quem não gosta de uma boa música, não é mesmo? Nós também e principalmente se for para valorizar a produção e os talentos locais, para democratizar o acesso à cultura e à arte. O Festival Universitário da Canção (FUCA), realizado em sua 7ª edição nos dias 27, 28 e 29 de setembro, cumpre com esses objetivos plenamente. Mas não é só por isso que esta edição traz um especial sobre o evento realizado pela Unicentro. Acreditamos que a Universidade deve ser, por excelência, lugar de questoinamento, de provocação - tanto para seu público interno, quanto para a sociedade em geral. E é nesse contexto que o trabalho da turma do 1º ano do curso de Jornalismo da Unicentro encaixou-se perfeitamente em nossas páginas em uma parceria que, esperamos, renda bons frutos. A partir da orientação do professor Dr. CARTA AO Márcio Fernandes, na cadeira de Apuração LEITOR Jornalística, os 17 acadêmicos assumiram seu

"Escrevo PORQUE NÃO SEI FAZER

Tiellet

lugar de jornalistas em formação e tiveram que produzir pautas que fossem além da notícia. O desafio era apresentar ao público leitor novos olhares sobre o FUCA. Chegaram à nossa Redação, 11 matérias. Todas elas com boa qualidade técnica, escritas criativas, algumas já esboçando certo estilo. Todas com o fundamental rigor jornalístico - da apuração ao texto final. E todas mereciam estampar nossas páginas centrais, mas tivemos que selecionar apenas sete. O espaço é um limitador para os veículos de comunicação impressos e, portanto, nosso especial FUCA 2017 continua na web, com todas as pautas publicadas no www.integracaoonline.com.br. Independente da plataforma, esperamos não apenas que a leitura dessas matérias seja agradável e interessante. Mas que este trabalho conjunto contribua para ampliar os horizontes sobre a expressão musical e a cultura; sobre a importância da formação acadêmica e sobre a responsabilidade dos veículos de comunicação para com a sociedade.

música" ANA JÚLIA TIELLET, EDITORA GERAL

* A FRASE É DE FELIPE PENA, AUTOR DO LIVRO 'JORNALISMO LITERÁRIO'

SEDE E REDAÇÃO Rua Senador Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR

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DIRETORA COMERCIAL Lourdes Dangui Pinheiro JORNALISTA RESPONSÁVEL, REDAÇÃO E EDIÇÃO GERAL Ana Júlia Tiellet MTB. 12758 DRT/RS

SEMANÁRIO INTEGRAÇÃO LTDA ME CNPJ: 22.997.926/0001-36 Rua Senador Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR (42) 3035-1234 e (42) 99111-9195 redacao@integracaoonline.com.br comercial@integracaoonline.com.br

COLUNISTAS Claudio Andrade, João Nieckars, Lourdes Leal, Ricardo Pedrosa Alves, Victor Andrade, Valdir Michels, Hélvio Mariano e Manuel Moreira da Silva.

DIAGRAMAÇÃO Anderson Antikievicz Costa IMPRESSÃO GRAFINORTE 03.758.336/0001-06 Tiragem | 4 mil exemplares

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ED. 120 | ANO IV - DE 11 A 20 DE OUTUBRO DE 2017

PA R ÁC L I TO SUSPEIÇÃO

delatores dizem que a PGR ficou “frustrada” quando ouviu pela primeira vez o grampo que o dono da JBS fez com Temer.

Em meio ao rumoroso impasse entre o STF e o Congresso, o ministro Alexandre de Moraes devolveu à pauta a ação que discute o alcance do foro privilegiado. Em junho, o relator do caso, Luís Roberto Barroso, votou para que autoridades só tenham acesso ao foro quando cometerem crimes relacionados ao exercício do cargo e durante o mandato. Três integrantes da corte acompanharam seu entendimento. Moraes liberou o plenário para retomar o julgamento.

O Planalto recebeu resultado de pesquisa que encomendou sobre seu programa de privatizações. Entre os entrevistados, 52% disseram ser contra a venda da Eletrobras e 37% a favor.

Segundo colocado em pesquisas de intenção de voto na disputa presidencial de 2018, Bolsonaro fará palestras em instituições do mainstream, frequentes no roteiro de políticos brasileiros em visita àquele país, como a corretora XP, a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e o Council of the Americas.

LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

OPERAÇÃO QUADRO NEGRO AVANÇA

Um grupo de bandidos furtou 25 cabeças de gado em uma fazenda do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) na cidade de Maiquinique, sudoeste da Bahia. Segundo a Polícia Civil, os bandidos entraram na fazenda por um acesso dos fundos. Estacionaram um caminhão no local e o carregaram com gado bovino.

A 9ª Vara Criminal de Curitiba decretou o sequestro de um apartamento do ex-diretor da Superintendência de Estado da Educação (Sude) Maurício Fanini e da mulher dele. O bloqueio do imóvel visa garantir a possibilidade de ressarcir o erário, em caso de condenação do acusado. Fanini está preso, em decorrência da Operação Quadro Negro – que apura desvio de recursos que seriam destinados a obras em escolas estaduais. Fotos anexadas ao processo pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) ao processo mostram que o ex-diretor da Sude era bastante próximo do governador Beto Richa (PSDB).

PERCEPÇÃO POPULAR

VOLTOU ATRÁS Depois de criticar o STF por afastar Aécio Neves (PSDB-MG), o PT vai endossar o discurso de que o Senado deve esperar a corte deliberar a respeito da prerrogativa de o Congresso avalizar medidas contra parlamentares para definir o destino do tucano. Se houver pressão para que Casa se manifeste na próxima semana, os senadores do PT não devem comparecer.

BOLSONARO SE MOVIMENTA O deputado Jair Bolsonaro (PSCRJ) quer mostrar a sua "evolução liberal" a investidores e empresários nos Estados Unidos. O objetivo da viagem que fará ao país neste

JOGO DE BASTIDORES O governo vai explorar trecho do novo áudio de Joesley Batista divulgado pela “Veja” em que os

mês, segundo aliados, é desfazer a imagem de desenvolvimentista/ nacionalista.

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ED. 116 | ANO IV - DE 01 A 10 DE SETEMBRO DE 2017

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GUARAPUAVA AMADOR - 1987 EM PÉ - JULIO, WIONZEC, HUGO, FABIO, BISCOITO E CIRO MARINS. AGACHADOS- JÚLIO CEZAR, IVAN, IRINEU CABELEIRA E ABEL.


FUCA 2017

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ED. 120 | ANO IV - DE 11 A 20 DE OUTUBRO DE 2017

Realizado nos dias 27, 28 e 29 de setembro, o 7º Festival Universitário da Canção (Fuca), promovido pela Unicentro, mantém-se firme nos propósitos de divulgar e valorizar a produção musical local. Com 20 finalistas, divididos nas categorias Composição e Interpretação, por mais um ano, o

Festival lotou o auditório Francisco Contini, no Campus Santa Cruz, em Guarapuava. Mais do que a concorrência por um prêmio, o Fuca consolida-se em um momento de entrega para os que sobem ao palco e de vivência intensa da expressão artística seja você o público ou o artista.

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Imagem: Coorc/Unicentro/Divulgação

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m um universo tão vasto de possibilidades, as inspirações dos concorrentes do Fuca em 2017 estiveram centradas em temas como amor, superação, experiências de vida e a situação do País. Mesmo alguns dos vencedores das edições anteriores não fogem dessa linha. Um exemplo é Renan Martins, campeão do Fuca 2015, com a música Mais além - ele teve nas situações cotidianas a sua fonte inspiradora para compor. A inspiração varia muito na hora de compor, isso porque depende muito de onde o compositor está e do que ele está sentindo. O retrato atual do Brasil se tornou um dos temas que serviu de base

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Tudo é inspiração

Inspirado no livro Ensaios fotográficos, de Manoel de Barros, Lucas Cabral (à dir.) escreveu a música vencedora da sétima edição do Fuca

Por Daiara Souza

para alguns dos compositores que cantaram suas obras nas três noites de 2017. Entre eles, está Anderson Sierpinski, 32 anos. Ele conta que a canção Nosso Brasil foi escrita em conjunto com seu parceiro, Elinton Bastos, 29. “Essa música fala sobre a situação que nosso País está passando hoje”, comenta Anderson. Thiago Juraski, 21, tem como referência a natureza, as pessoas e as situações que ele vivencia. Porém, a composição que lhe rendeu o segundo lugar na competição em setembro passado é resultado de uma superação. A música o ajudou a superar um momento de depressão. “Isso me salvou, a arte me salva”, conta Thiago.

Entre os finalistas de 2017, também esteve Erivelson Ortiz. O educador infantil de 26 anos tem suas inspirações para compor durante o tempo de ociosidade. A música Cansei, com a qual concorreu, foi escrita em um momento de calmaria, após um período de muito estresse. Já Lucas Cabral, 19 anos, que conquistou o primeiro posto na categoria Composição em 2017, buscou na obra do poeta Manoel de Barros elementos para escrever a letra de Ensaios fotográficos, livro homônimo do escritor mato-grossense. Ele conta que abriu o livro e uma das fotos lhe chamou mais a atenção do que outras. Nascia ali Ensaios fotográficos.

+fortes somos

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itória Neri está prestes a subir ao palco e, para ajudar a segurar a transpiração das mãos e no rosto, muita água mineral. São cerca de 20h da segunda noite do Festival Universitário da Canção e ela sabe que a sudorese logo vai passar. “Eu subo no palco e é o meu lugar, sabe? Eu acalmo assim, do nada, na hora”, diz a concorrente da categoria Interpretação e estudante de Letras na Unicentro. “Um ataque de ansiedade geralmente vem acompanhado de alguns sinais físicos. Taquicardia e sudorese são os mais comuns”,

explica Amanda Marilia Leite, psicóloga e professora da Faculdade Campo Real de Guarapuava. A especialista comenta que o indivíduo é tomado por uma grande angústia e muitas vezes acaba não conseguindo exercer atividade alguma, com medo do que possa acontecer. A angústia também estava atingindo Thiago Juraski, ator e compositor de 22 anos, instantes antes de se apresentar no Festival, ainda na primeira noite. Por volta das 20h30 daquela

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Thiago Juraski e Lucas Araújo: “Estávamos trocando energias boas para que aconteçam coisas boas”

quarta-feira, quem circulava pelos camarins atrás do palco podia ver Thiago e seu cunhado e parceiro musical Lucas Araujo concentrados, em silêncio, mãos dadas, em busca de calmaria. “Estava trocando energias boas para que aconteçam coisas boas”, conta ele à reportagem. Minutos depois, eles estão diante de uma plateia de mais de 500 pessoas, entoando Deserto, composta por Thiago. O pequeno ritual das energias acabou repetido na noite da final do Festival, quando a dupla conquistou o segundo lugar em Composição. Estudante de Artes Cênicas em Curitiba, Thiago pare-

ce administrar bem a ocorrência da ansiedade. Para ele, é uma sensação que se faz necessária para que a Arte não se torne habitual. “A Arte não tem essa função de rotina, ela é diferente sempre”, diz, referindo-se especificamente à música e ao ofício de encenar. Mas Thiago não está só. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior taxa de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo, onde cerca de 9,3% da população têm algum transtorno desta natureza. O

CONTRA A

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patamar consegue ser três vezes maior que a média mundial. Nos países do Cone Sul, por exemplo, o Paraguai registra 7,6% de casos, enquanto que o percentual no Chile é de 6,5%. “A Arte, em geral, é a minha salvação”, define o vocalista da dupla. Minutos depois, ao deixar o palco do Fuca, Thiago repete outro pequeno ritual: nem bem desce as escadas que levam aos bastidores, solta um sopro de alívio. Ele e praticamente todos que retornaram por aqueles degraus nas três noites.

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FUCA 2017

música

Vitória Neri: “Parece que tudo que me afeta vai ser tirado (dela) quando estou cantando”

ANSIEDADE,

TEXTO E IMAGENS POR: ÁGATA NEVES

Imagem: Samilli Penteado

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Eufrem, em primeiro plano da foto: ele está na equipe do Fuca desde a primeira edição, em 2011

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amila da Silva começa a cantar Believe, um clássico dos anos 1990 da cantora americana Cher, e quem está pelos corredores em frente ao Auditório Francisco Contini começa a ser guiado até o local de onde vem a música – como se fosse uma festa de aniversário, quando o bolo começa a ser cortado e há a disputa para ver quem garante um pedaço antes. Neste caso,

POR SAMILLI PENTEADO

um assento. Entre Camila e a audiência, Eufrem Kurhan. Atrás de uma mesa em que sobram botões de equipamentos de som e luz, como se comandasse um navio, Eufrem vê muito lá de cima, tanto os que

Imagem do fundo do Auditório, onde os equipamentos para controlar o som ficavam: naquela sala, Eufrem é quem comanda

Créditos: Elminda Chaves

cantam como aqueles que só olham, na plateia. Aos 47 anos, o técnico de som tem 26 anos de Unicentro e acompanha o Fuca desde a primeira edição, em 2011. “Não há uma apresentação predileta nem um candidato favorito ao prêmio”, comenta ele à reportagem. “Fico mesmo no incentivo a todos os participantes, torcendo através do olhar”. Autodidata, Eufrem é um dos espectadores árduos do show, auxilia em quase tudo

no Festival - desde os dias anteriores, na montagem dos fios e o que mais pudesse ser usado no som e na iluminação. Eufrem conta que os shows são importantes na Universidade, pois são oportunidades de interação entre as pessoas. “Vejo o Fuca como uma forma de valorizar sobretudo os compositores e, cada ano, sinto como se fosse a primeira edição mas

de uma forma sempre melhor que a anterior”, avalia o técnico, com a segurança de quem não tem horário definido para entrar ou sair nos dias em que o evento ocorre, acompanhando todas as entradas dos participantes no Auditório, fornecendo um suporte que é vital para quem está no palco.


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se Damiani, cantar no Fuca é sinônimo de grande alegria. Pouco antes de entrar em palco, na primeira noite (27), no breve vídeo que contava um pouco de sua vida artística, ela revelou seus gostos fonográficos: MPB, como Elis Regina e Marisa Monte. Sertanejo, como Chitãozinho e Xororó, Chrystian e Ralf, Victor e Léo. O vídeo contava ainda com um depoimen-

to especial da participante: desde cedo convivendo com a música, ela relembrou as manhãs de domingo nas quais seu pai despertava a casa toda cantando. À reportagem, Evelise revelou gostar de se ver como uma cantora popular, não necessariamente interpretando a MPB, mas popular em um sentido de cantar os mais variados gêneros. Na maioria das vezes interpretando em dupla, em 2017 ela encarou um desafio diferente ao cantar solo, levando ao palco Voa, Liberdade, de

Por Ygor Lemes Dores

MUSICAIS

INSTRUMENTOS

INSTRUMENTOS

QUE RESSALTAM

INSTRUMENTOS

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ais uma edição do Festival Universitário da Canção acabou em ótimo tom para ficar na memória de quem fez parte do evento. Nesse ano, muitos instrumentos passaram pelo palco, dando ritmo às interpretações e composições de 40 artistas de toda a comunidade da cidade e região, caso do primeiro lugar em composição, Lucas Cabral, de Ponta Grossa. Como grande parte

Jessé (1952-1993), uma canção que, segundo ela, marcou sua infância. Sobre a importância dos Festivais, Evelise disse também que são oportunidades importantes para “quem quer se lançar” no universo musical. Cabe destacar que, ainda em 2017, mais dois eventos similares devem ocorrer: um do gênero Sertanejo e outro de Gospel, ambos promovidos pela Prefeitura, no mês de dezembro.

Imagem: Ágata Camila

Imagem: Camila Nascimento

vibes

GUARAPUAVA EM

Evelise Damiani, com a música Voa, liberdade, na categoria Interpretação, no primeiro dia do Fuca 2017

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uarapuava está em vibes musicais há meses. O Festival de Música Sertaneja da Comunidade Maria Mãe da Igreja, em maio, e o 17º Festival da Canção Ecológica em agosto são dois exemplos dessa agitação. O Fuca é o caso mais recente, no final de setembro, reunindo os mais variados estilos musicais em apresentações. De MPB a Rock and Roll, o Fuca trouxe muitas vozes veteranas mas também novos talentos, que buscavam a classificação para a grande final, no dia 29. E Festival significa oportunidade. Para a veterana Eveli-

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dos candidatos, ele usou o violão como acompanhamento. Nas edições anteriores, era possível ver saxofone, percussão, flauta e um teclado adicional, como conta Fagner Busmayer, o tecladista da banda Fuca. O grupo, aliás, utilizou nas três noites violão e a guitarra (com Tiago Mosh), o baixo (Felipe Pires), a bateria (com Gustavo Probst) e o teclado (Fagner Busmayer). Fagner, o mais experiente da banda em termos de Fuca

(cinco edições), contou à reportagem que os ensaios do quarteto haviam iniciado cerca um mês antes do evento começar. De acordo Elizabete Lustoza, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade, a estrutura de som e palco leva cerca de 12 horas para ser montada, enquanto o equipamento da banda demanda metade desse tempo para ser organizado. Entre os instrumentos mais inusitados que ela já viu passarem no

palco do Fuca estão um conjunto de flautas, uma banda de tambores, uma ocarina (instrumento de sopro, também do gênero das flautas), e há seis anos um ukulele, espécie de violão de quatro cordas, combinado com uma gaita de boca, na apresentação de Fabio Pontarolo. A edição de 2017 teve ainda a presença de elementos de percussão para agitar as

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FUCA 2017

A bateria é recorrente no Fuca a cada ano, tanto em Interpretação como em Composição

TEXTO E IMAGEM POR: CAMILA NASCIMENTO MACIEL DE OLIVEIRA

noites, como bongo, carrilhão, meia lua e caxixi – na apresentação da banda Nas Canelas de Josué -, e do Cajon, tocado por Lucas Araújo, na composição de Thiago Juraski. Já a apresentação de Jean Cosa foi acompanhada de três instrumentos inéditos nesta edição: o trombone, o saxofone e a corneta.

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FUCA 2017

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Quem também disputou em Composição foi a banda Four Hands (Quatro mãos). Criado em 1997, o grupo subiu ao palco na segunda noite e recebeu o apelido de “a banda dos cinquentões”, pois todos os membros estão na faixa de 40 a 50 anos. Hoje, o quarteto inclui os três fundadores - Marcos de Olivieira (Marcão), vocalista; Alfredo Silvério (Macarrão), vocalista e contrabaixista; Junior Dall’Agnol, guitarrista e um novo membro, Carlos Ricardo Malfatti, baterista e percussionista. A banda apresentou a música Close the door (Fe-

Ariel Gomes, abaixo à esquerda, na apresentação de sua música O estranho de mim mesma: um tema contemporâneo no palco. Da esq. para dir: Alfredo, vocalista e contrabaixo; Marcos de Olivieira, vocalista e Junior Dall’Agnol, guitarrista e backing vocal, fundadores da banda

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uas noites de eliminatórias no Fuca 2017, duas noites de muita criatividade nos temas das letras da categoria Composição. “Mesmo não sendo uma pessoa trans, acho importante trazer esse tema, que é muito discutido na sociedade. Acho que é importante alguém cantar sobre isso”, diz Ariel Gomes, explicando sobre o que o motivou a compor O estranho de mim mesma. Ariel chegou à final do Festival, ficando entre os 10 primeiros colocados na sua modalidade.

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che a porta), letra composta pelo próprio grupo e que fala sobre oportunidades. “Tínhamos um repertório de 10 músicas autorais e escolhemos essa porque envolve muito sentimento e é muito bem trabalhada, instrumentalmente falando”, contou Júnior, lembrando que, depois de uma parada por muitos anos, a Four Hands voltou em 2017, ainda bastante influenciada pelo Rock. “É uma mistura de for-

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ma harmônica e equilibrada do Metal com Pop Rock”, explicou o guitarrista. Quem esteve no auditório ou acompanhou pela Internet pode também ver e ouvir a mescla feita pelo vencedor em Composição, Lucas Cabral, 19 anos. Com Ensaios fotográficos, ele e o amigo Luiz Guilherme Sandeski, 20, cantaram o amor, a poesia e a fotografia. “Essa composição surgiu por causa do meu amor pela Fotografia, pela qual eu me apaixono a cada dia”, arrematou Lucas.

COM COMPOSIÇÕES

CRIATIVIDADE(S) POR LUCAS HERDT IMAGENS: ÁGATA NEVES

TRÊS NOITES,

CINCO JURADOS

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entre as tantas pessoas que trabalharam nas três noites do Fuca 2017, cinco delas praticamente não tiveram como sair de seus postos, os jurados da edição deste ano. Quatro homens e uma mulher tiveram a tarefa de decidir quem levaria o prêmio máximo de R$ 2 mil (para cada um dos vencedores das duas categorias), enquanto os vice-campeões escolhidos por eles recebe-

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riam R$ 1 mil e, por fim, os terceiros colocados que ficariam com R$ 500,00 (quartos e quintos recebiam troféus). Formada em Música pela Escola de Belas Artes do Paraná, Marcia Rickli é professora na área em Guarapuava, além de regente do Coral Juvenil Municipal, unidade vinculada à Secretaria de Edu-

cação e Cultura da cidade. À reportagem, ela contou que aprendeu em casa seu primeiro instrumento, o piano, com a mãe. Já Aurélio Bona Jr., jurado pelo segundo ano consecutivo e também músico, comentou que, para buscar encantar o corpo de avaliadores, era necessário, por exemplo, ter domínio de palco e entonação. Professor da Unicentro, Aurélio já atuou como jurado em diversas outras competições. Outro expe-

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TEXTO E IMAGENS POR ELMINDA CHAVES

Jurados do Fuca em ação na primeira noite: da esquerda para a direita Drausio Ney Pacheco, Aurélio Bona Jr, Rafael Gomes Cavalcanti, Marcia Rickli e Marcelo Luiz Vieira

riente no quinteto era o professor Drausio Ney Pacheco, docente há 26 anos no Ensino Superior (na Universidade Estadual do Paraná/Unespar). Estreando como jurados, estavam Rafael Gomes Cavalcanti (professor na Unicentro e ganhador da primeira edição do Fuca, em 2011, na categoria Composição) e Marcelo Luiz Vieira, produtor musical e locutor da Rádio Unicentro Entre Rios FM 99.7.


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OPINIÃO Hoje (23-09) o dia em Guarapuava amanheceu lindo. Finalmente teríamos chuva. A terra já estava virando areia. Pois bem, num dia convidativo aos passeios ao ar livre como este, umas 50 pessoas gastaram seu sábado de manhã ouvindo uma palestra sobre “O genocídio do negro brasileiro”. O professor Jefferson Cavalcanti esteve conosco na Unicentro para participar do projeto que já existe desde o início de 2017: I Ciclo de palestras sobre o Pensamento Social Brasileiro. No ciclo, promovido pela professora Rosemeri Moreira e por mim, 16 livros importantes da interpretação do Brasil vêm sendo esmiuçados por professores de instituições como Unicentro, Faculdade Guarapuava, UTFPR e UFPR. O fato de 50 pessoas discutirem a questão do racismo no Brasil, num sábado de sol em Guarapuava, mostra-nos que há uma importante presença social na cidade que não aceita a tese da “democracia racial”. O livro de Abdias do Nascimento, “O genocídio do negro brasileiro”, é uma excelente introdução à voz de um intelectual negro (o primeiro que discutimos no Ciclo). Pode-se dizer que o livro é exatamente a negação, em forma de manifesto (como bem o tratou o professor Jefferson), da tese de Gilberto Freyre que pode ser sintetizada na ideia de “democracia racial”. Para Freyre, o Brasil teria a mestiçagem como contribuição positiva ao mundo. Ocorre que o livro de Freyre é o livro de um ponto de vista branco, que via afetividade entre brancos e negros mesmo em situações de submissão. Como falamos de um contexto colonial de escravidão (e de sua continuação sob outras vias posteriormente, como defende o sociólogo Jessé Souza), pode-se considerar que a totalidade das relações sociais entre senhores e escravos foi da ordem da expropriação, submissão, expugnação dos valores africanos, etc. Assim, é a um intelectual negro que devemos ouvir quando quere-

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RACISMO PORTUGUÊS, BRASILEIRO E MUNDIAL – PT 2

RICARDO PEDROSA ALVES, SOCIÓLOGO, DOUTOR EM LETRAS E PROFESSOR NAS FACULDADES GUARAPUAVA

mos saber como são as relações raciais no país. Abdias do Nascimento pensa a história brasileira como a história do genocídio (físico e cultural) do afro-brasileiro. É a partir da palavra de Abdias, portanto, que passamos a descrever o racismo brasileiro. O livro “O genocídio do negro brasileiro” é do fim dos anos 1970, quando a discussão racial estava engessada pela ditadura militar. Abdias, militante do movimento da negritude brasileira desde a primeira metade do século (foi o fundador do Teatro Experimental do Negro, em 1944), desenvolve sua argumentação a partir da ideia de genocídio. Duas questões importantes da discussão racial brasileira são mobilizadas pelo ator e economista Abdias do Nascimento: as teses do branque-

amento e a ideologia da democracia racial. O branqueamento foi defendido por intelectuais brasileiros tão diferentes como Sílvio Romero e Monteiro Lobato. Era uma discussão corrente na intelectualidade brasileira, tendo até versões mais radicais como as dos filiados às correntes eugenistas. Um dos nomes mais famosos dos eugenistas brasileiros foi Renato Khel, médico que chegou a defender a esterilização como política de Estado pelo branqueamento. Para esses autores, o Brasil hoje já deveria ser um país branco. Acreditava-se não só no incremento da entrada de imigrantes europeus, mas principalmente na tese da mestiçagem que seria uma diluidora da negritude nas sucessivas gerações de brasileiros.

Dia

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Rafael Baltresca Hipnólogo

O Poder é seu - Os Aspectos Subconscientes do Sucesso

EXCELÊNCIA EM CEREAIS DE INVERNO

Dia

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Leila Navarro

Medicina Comportamental

Mudança de Atitude

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integração A discussão racial, nesses termos, é naturalmente uma ignorância cínica dos aspectos sociais que moldaram e moldam as relações raciais no Brasil, a começar pelo fato de termos sido o país com o maior número de pessoas escravizadas do capitalismo mundial. Abdias contesta as teorias do branqueamento e aponta seu inegável caráter genocida, literalmente com objetivos de extinção das pessoas negras. O que o Estado brasileiro já fizera com documentos relativos à escravidão (queimando-os no início da República), deveria agora ser pensado, pelos defensores do branqueamento, como extinção do Brasil negro. A outra tese é a da democracia racial, ainda tão presente na mídia e no senso comum brasileiro. Abdias explica já no início do livro: num país em que os brancos detêm o poder social, econômico e político, como falar em democracia racial? Para os nossos dias, nos quais a opressão racial persiste, é de se fazer a única pergunta cabível aos que defendem vivermos numa democracia racial: se assim é, como explicar a diferença? As explicações dos “democratas raciais” deverão ser, obrigatoriamente, as respostas racistas da inferioridade, do desregramento, da lascívia. Isto, é, pela redução de pessoas (isto é, de seres culturais) à condição de natureza. Fataliza-se uma condição que decorre de processos históricos e mesmo de um fetiche branco em relação ao negro (tema discutido por Frantz Fanon). O Brasil, em resumo, teve sempre a política deliberada de extinção, submissão ou invisibilização dos afro-brasileiros. As teses de Abdias vão muito além do meu breve resumo e por isso recomendo sua leitura. Eu havia prometido, na primeira parte do artigo, que discutiria a seguir o racismo em Portugal. Como se vê, só a discussão do racismo brasileiro nos tomou todo este texto. Fica para a próxima, então, como conclusão, a discussão do racismo em Portugal.

Dia

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Valter Casarin IPNI Brasil

Manejo de Nutrientes para Sistemas de Produção de Alta Produtividade

Dia

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William Waack Jornalista

Cenários e Perspectivas Políticas e Economicas


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ENTREVISTA

integração

Seu nome pode não ser muito conhecido e seu rosto talvez não figure na memória de muitos, mas as histórias que ele escreve, com certeza marcam gerações. Escritor dedicado ao público

infanto-juvenil,

com

CRIANÇA QUE NÃO LÊ. VOCÊ IMAGINA?

mais de 35 títulos publicados; e; roteirista dos programas Castelo Rá-Tim-Bum e Mundo da Lua; este é Flávio de Souza. Ele esteve em Guarapuava com a Caravana Literária, promovida pela Biblioteca Pública do Paraná, no mês de setembro. Em entrevista exclusiva à reportagem do Integração, destaca a importância da formação de leitores, analisa os fenômenos editoriais que conquistam crianças e adolescentes e ainda dá uma dica de leitura que pode ser um bom presente neste Dia das Crianças!

Imagem: Ana Júlia Tiellet

ESCRITOR FLÁVIO DE SOUZA PARTICIPOU DE BATE-PAPO COM CRIANÇAS NA BIBLIOTECA MUNICIPAL

INTEGRAÇÃO - NA ABERTURA DA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO RIO DE JANEIRO, A ESCRITORA ANA MARIA MACHADO PEDIU A VOLTA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS AO INCENTIVO DA LEITURA NO PAÍS. VOCÊ CONCORDA COM ELA? POR QUE? Flávio de Souza - Com certeza. Inclusive tínhamos vários programas de (não tem como dizer de outra forma), entrega de livros. Havia lugares que era preciso ir de canoa para entregar livros. E era assim, cerca de seis livros, acontecia duas vezes por ano e deixou de acontecer... A maioria das pessoas não tem acesso a livros. Eu até falei (na palestra) que muitas pessoas não sabem como é livro ao vivo. O que esse programa fazia era exatamente isso: além dos livros didáticos. A pessoa tem que ler gostando de ler. Não só “agora estou aprendendo” mas "agora estou me divertindo enquanto estou lendo", entendeu?! E QUAL A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DE LITERATURA, ESPECIALMENTE PARA O PÚBLICO INFANTO-JUVENIL? É desenvolver a imaginação. Porque televisão, que é o que as pessoas mais consomem, e agora o celular... Já é tudo pronto, tem a imagem. Não tem muita margem ou quase nenhuma margem para você usar imaginação. E a imaginação é o que faz você aprender, na verdade. Para você aprender Matemática, você tem que desenvolver a imaginação porque Matemática é uma coisa abstrata. Esse que é um dos grandes problemas, eu acho, do povo brasileiro: as pessoas, primeiro, não comem o que precisa comer para conseguir aprender. Certo? E isso: as pessoas não têm oportunidade de desenvolver a imaginação. Então, chega na hora de aprender equação de segundo grau, por exemplo, fica impossível porque ela não tem a capacidade de fazer uma coisa 'no ar'. Tem uma parte desse raciocínio que é abstrata e a pessoa tem que ter a capacidade de imaginar e, se não foi desenvolvido, a pessoa não aprende. E é a literatura que faz isso! É o que permite você estar conhecendo uma história e, ao mesmo tempo, estar imaginando. EM 2017, A SAGA HARRY POTTER COMPLETOU 20 ANOS. COMO VOCÊ ANALISA FENÔMENOS EDITORIAIS COMO ESSE? HÁ CONTRIBUIÇÃO PARA A FORMAÇÃO DE LEITORES? Com certeza! Tem gente que chama de porcaria, etc. Imagina! Primeiro que é super bem escrito, é uma história completamente bem desenvolvida. Inclusive, tem um monte de coisas que é de mitologia grega, não é a partir do nada, não é

bobo... E os livros foram ficando cada vez maiores, isso é louco. A mesma geração começou a ler um livro que tinha 150 páginas e os últimos tinham quase 500. E as pessoa leram. Acho sensacional acontecer isso, com certeza. SEGUINDO ESSA LINHA, DUAS DÉCADAS DEPOIS DE HARRY POTTER, OS FENÔMENOS TÊM OUTRO PERFIL: BLOGUEIROS E YOUTUBERS, MUITOS CRIANÇAS, DOMINAM AS PRATELEIRAS DAS LIVRARIAS, AS FEIRAS LITERÁRIAS E A ATENÇÃO DO PÚBLICO INFANTO-JUVENIL. COMO VOCÊ CLASSIFICA ISSO? Como eu não li nenhum desses livros, nem pretendo pois já acho chato o cara lá no YouTube... Seria injusto da minha parte dizer se é bom ou ruim, tem a ver com uma coisa que não tem a ver comigo. Eu não tenho 16 anos neste século. Mas acho que a maioria é monólogo autobiográfico que não dá espaço para a imaginação. Fica faltando a literatura, não é literatura! É uma continuação do que eles fazem lá no YouTube. ESSE ENTRETENIMENTO ACABA TOMANDO UM TEMPO QUE A CRIANÇA PODERIA DEDICAR À LEITURA DE LITERATURA, NÃO? Tem um outro lado. De repente, um menino de 13 anos gosta de uma blogueira X. Ele vai à livraria, compra o livro dela e lê esse livro. Acontece uma coisa muito interessante que é, em primeiro lugar ele querer ir a uma livraria. Ele comprar, levar para casa e ler. Então, o fato de ele chegar na última fase que é realmente ler o livro até o fim, de repente, é bom. Pois leitura é um costume - quanto mais você lê, mais fácil fica. É uma coisa difícil de começar a fazer. PARA FINALIZAR, PODERIA DAR UMA SUGESTÃO DE LIVRO PARA O PÚBLICO INFANTO-JUVENIL E JUSTIFICAR A INDICAÇÃO? Esse livro é sensacional: A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson (traduzido por Verônica Romano). É maravilhoso, todo mundo deveria ler esse livro. Eu já vi várias adaptações de cinema e séries de TV mas não é a mesma coisa. Lembro que quando eu li, não queria que acabasse nunca. Você fica querendo saber o que vai acontecer, torcendo! E tem uma virada na história maravilhosa... Com certeza, é uma excelente sugestão. É fácil de ler, não era para criança, foi escrito no final do século XIX quando a maioria das pessoas não tinha grande vocabulário e ele queria escrever algo popular. Então, o vocabulário não é muito grande e é escrito de um jeito super claro, ele (Stevenson) é um excelente escritor.

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Por Izabel Cardoso*

Confesso que não era muito dessas coisas. Porém, noite dessas resolvi pedir algumas coisas e agradecer por outras. E nisso, pedi pelo seu modo, por sua vida, pedi por você, meu protegido ser de luz. Porque sou teu anjo, mesmo sem querer ou pedir para ser anjo de alguém, descobri que sou, e gostei da sensação de poder cuidar de alguém, nem que em oração. *DO BLOG TUA-IPSEIDADE.TUMBLR.COM

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COLÉGIO ANA VANDA INSCREVE PARA CURSOS TÉCNICOS GRATUITOS Colégio Estadual Ana Vanda Bassara está com inscrições abertas para cursos de nível Técnico totalmente gratuitos. São sete opções diferentes, todas com início em 2018: Agente Comunitário de Saúde, Edificações, Enfermagem, Estética, Informática, Segurança do Trabalho e Informática para a Internet, este para quem está concluindo o 9º ano.

Para realizar a inscrição, é necessário que o candidato apresente cópia dos seguintes documentos, na secretaria da escola: histórico escolar com a conclusão da 3ª série do Ensino Médio, histórico escolar com a conclusão do Ensino Fundamental, carteira de identidade, CPF, certidão de nascimento ou de casamento, documento militar

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O mercado literário em Guarapuava e região, o processo editorial em editoras públicas e privadas; dicas sobre escrita e desenvolvimento de roteiros. Esses serão os principais ingredientes do 2º Café Literário da Universidade Paulista (Unip) polo de Guarapuava. O evento acontece no sábado(14), a partir das 14h e é aberto a todos os interessados e contará com a participação dos escritores Norbert Heinz, Fabiano Queiroz e Wiliam Correa, com mediação do professor Rodolfo Neto. A Unip fica na rua Guaíra, nº 3170, em frente a loja Agroboi. Mais informações sobre o Café Literário podem ser obtidas através do telefone (42) 3035-3456 ou (42) 99932-0568.

Curitiba, a capital brasileira com maior proporção de famílias endividadas por três anos consecutivos, registrou taxa de endividamento de 89,6% em setembro. No Paraná, a maior concentração de dívidas está nas famílias de maior poder aquisitivo, com 93,5%, justamente pela maior capacidade de compra. A média nacional ficou em 58,4%. Nas famílias com renda de até de dez salários mínimos, o índice

PARANÁ TEM 93,4% DAS FAMÍLIAS DAS CLASSES A E B ENDIVIDADAS

UNIP - Polo Guarapuava

UNIP CONVIDA PARA 2º CAFÉ LITERÁRIO

(para homens), certidão de nascimento de filhos menores de 18 anos, se houver; e; comprovantes de renda e de residência. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (42) 3633-5954. A escola fica na Avenida das Acácias, nº 60, bairro Pérola do Oeste. As inscrições podem ser efetuadas até o dia XX de outubro.

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de endividamento foi de 88,8%. No entanto, a dificuldade para pagamento em dia das contas é mais evidente entre classes C, D e E, nas quais 31% das famílias estavam com dívidas em atraso e 11,6% admitiram que não conseguirão pagá-las, permanecendo inadimplentes. Já nas classes A e B, os casos de atraso foram de 12,4% e a impossibilidade de pagamento atingiu apenas 2,9% dos consumidores.


OUTUBRO ROSA

ED. 120 | ANO IV - DE 11 A 20 DE OUTUBRO DE 2017

Rosa? POR QUE OUTUBRO É

LOURDES DE FIGUEIREDO LEAL, FARMACÊUTICA Todo ano, ao iniciar o mês de outubro, a cor rosa inunda as vitrines, as lapelas (na forma de laços), os outdoors, as fachadas de prédios, em fim – outubro é sinônimo da cor rosa. O primeiro Laço Cor-de-Rosa foi introduzido pela Fundação do Câncer de Mama Susan G. Komen. A fundação ofereceu bonés cor-de-rosa às sobreviventes do câncer de mama que participavam da Corrida para a Cura desde 1990. Alguns meses mais tarde, em 1991, todos os participantes da Corrida de Nova Iorque receberam um Laço Cor-de-Rosa. No entanto, o laço não teve a importância que se esperava, na medida em que era um detalhe num evento com bastante importância. Alexandra Penney, que em 1992 era editora chefe da “Self”, uma revista de saúde para mulheres, trabalhava então na segunda edição anual do National Breast Cancer Awareness e Evelyn Lauder, que era então vice-presidente da empresa Estee Lauder se lembraram de

criar um laço e de fazer com que as grandes distribuidoras de cosméticos os distribuíssem nas lojas em Nova Iorque. Mais tarde Evelyn Lauder prometeu distribuir os laços por todo o país embora a cor do laço não tivesse ainda sido decidida. No entanto, uma senhora de 68 anos de nome Charlotte Hayley que acabara de combater o câncer de mama produziu laços laranja. Charlotte vendeu-os com um cartão que dizia “O gasto anual do Instituto Nacional do Câncer é de 1,8 bilhões de dólares, e somente 5% vai para a prevenção contra o câncer. Ajudem-nos a acordar os nossos legisladores e a América, usando este laço. A mensagem rapidamente se divulgou, o que fez com que Penny e Evelyn se interessassem pelo conceito de Hayley. Ambas viram potencial na ideia de se associarem a Charlotte. Mas esta rejeitou a proposta alegando que Penny e Evelyn eram demasiado comerciais. Após uma discussão com

Lauder, Hayley e seus advogados foi então acordada uma nova cor. A cor-de-rosa fora então escolhida para a cor do laço, tornando-se assim um símbolo internacional para a luta contra o câncer de mama. O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido enquanto outros são mais lentos. Existe tratamento para câncer de mama, e o Ministério da Saúde oferece atendimento por meio do Sistema Único de Saúde, o SUS. No Brasil, foi estimado para o ano de 2016 57.960 novos casos de câncer e o de mama representa 28,1% dos novos casos de câncer a cada ano. Por isso, é importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em outra situação do

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OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DO CÂNCER DE MAMA SÃO:

- Caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente indolor; - Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; - Alterações no bico do peito (mamilo); - Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço; - Saída espontânea de líquido dos mamilos. cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas alterações mamárias. Diante de qualquer sintoma a mulher deve procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica para esclarecer se trata de câncer ou não. O Câncer de mama, assim como todos os demais tumores, terá sua maior chance de cura quanto mais precocemente for diagnosticado, ou seja, quanto menor for o tamanho do nódulo mamário no momento do diagnóstico, associado à ausência de metástase (quando o câncer se espalha além do local onde começou, para outras partes do corpo) nos gânglios da axila e nos demais órgãos. Por isso é tão importante a campanha “Outubro Rosa”, de conscientização sobre o câncer de mama. Mais é muito importante que a população seja orientada a mudar de hábitos para evitar novos casos. Se toque, isso faz toda a diferença.

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