Edição 111

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i integração SEMANÁRIO

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA GUARAPUAVA | PARANÁ 10 A 20 DE JULHO DE 2017 EDIÇÃO 111 | ANO IV

“EU QUERO ME SENTIR MULHER E QUE OS OUTROS NÃO NOTEM QUE EU JÁ FUI UMA OUTRA PESSOA” REPORTAGEM ABORDA A HISTÓRIA, O PRESENTE E OS SONHOS DE UMA MULHER TRANS QUE SE PROSTITUI NA AV. MANOEL RIBAS

P. 06

Fotos para efeito ilustrativo. Valores baseados na tabela do fabricante. Sem taxa de adesão. Preços sujeitos a reajuste pelo fabricante sem aviso prévio. Use capacete. Não jogue este impresso em vias públicas.

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ED. 111 | ANO IV - DE 10 A 20 DE JULHO DE 2017

SEDE E REDAÇÃO Rua Senador Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR

DIRETORA COMERCIAL Lourdes Dangui Pinheiro JORNALISTA RESPONSÁVEL, REDAÇÃO E EDIÇÃO GERAL Ana Júlia Tiellet MTB. 12758 DRT/RS

CARTA AO LEITOR ANA JÚLIA TIELLET JORNALISTA E EDITORA GERAL

SEMANÁRIO INTEGRAÇÃO LTDA ME CNPJ: 22.997.926/0001-36 Rua Senador Pinheiro Machado, 1794, Sala 01 - Centro. Guarapuava PR (42) 3035-1234 e (42) 99111-9195 redação@integracaoonline.com.br comercial@integracaoonline.com.br

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COLUNISTAS Claudio Andrade, João Nieckars, Lourdes Leal, Ricardo Pedrosa Alves, Victor Andrade, Valdir Michels, Hélvio Mariano e Manuel Moreira da Silva.

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OLÁ, PRAZER EM ESCREVER PARA VOCÊ A edição número 111 do Semanário Integração é a primeira com nova jornalista responsável – no caso, eu, Ana Júlia Tiellet. Por isso, desta vez, escrevo em primeira pessoa. Afinal, cada um e cada uma que passam por aqui deixam sua contribuição, ajudam a lapidar a identidade do veículo e, espero, assim seja comigo.

Então, vamos lá! Com 12 anos de experiência profissional, tendo passado por veículos educativos e comerciais; jornais impressos e revistas; rádios e assessorias de imprensa das mais variadas (desde empresariais e políticas, até institucionais e sindicais), vim de mala e cuia do Rio Grande do Sul para os Campos Gerais do Paraná. Encaro essa oportunidade de fazer jornalismo como uma grande possibilidade de aceitar desafios. São desafios que a equipe do Integração me apresentou, mas que fazem parte do universo da Comunicação como um todo e do Jornalismo em especial. A inquietude é característica de quem trabalha nesse campo, mas, nos últimos tempos, mudanças sociais, novidades tecnológicas, misturas culturais e surpresas geopolíticas tornam o ato de informar e reportar a realidade a outrem ainda mais complexo.

O que é notícia? Quem faz a notícia? Como escrever para ser realmente lido? O que tem relevância e merece ser aprofundado? As respostas para essas indagações não são uníssonas e muito menos permanentes. Aqui no Semanário, acreditamos que elas passam pela análise e pela renovação; pela disposição em buscar alternativas; pela real integração com leitores, críticos, assessores e instituições das mais diferentes áreas. Seguiremos com a reportagem como carro-chefe, mas teremos novidades nas redes sociais; continuaremos valorizando a opinião, mas queremos que ela se manifeste não só em texto como também em vídeo, áudio ou ilustração. Não deixaremos de valorizar a cultura no âmbito dos clássicos, mas buscaremos cada vez mais realçar a diversidade local. Ouviremos, sempre, as vozes e os fatos na versão oficial, mas queremos também que o não-oficial saia do anonimato. Trabalharei, junto com nossa equipe e nosso time de colunistas, para que ao folhear estas páginas ou acessar um link, você abra também uma janela para um “outro jornalismo possível”. Boa leitura, conto com a sua participação!

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ED. 111 | ANO IV - DE 10 A 20 DE JULHO DE 2017

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PARÁCLITO RODRIGO MAIA PREPARE-SE PARA ASSUMIR A PRESIDÊNCIA Em encontro com parlamentares da oposição na semana passada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, teria dito que “não quer fazer com Temer o que ele fez com Dilma”, mas avaliou que “a situação do governo é insustentável”. Maia, segundo esses parlamentares, disse ter dúvidas se Temer conseguirá sobreviver à votação da primeira denúncia e teria indicado que a base sabe que “tudo o que tem com Temer manterá comigo”.

EM 15 DIAS TEREMOS NOVO PRESIDENTE, DIZ TUCANO Em fala a um grupo de investidores, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) disse que, se depender do processo na Câmara, “dentro de 15 dias o país terá um novo presidente”. Para o tucano, a “instabilidade aumentou” com a prisão de Geddel Vieira Lima, o avanço da delação de Eduardo Cunha e a escolha de Sergio

Zveiter (PMDB-RJ) como relator da denúncia na CCJ. Evidenciando que uma ala do tucanato rifou Michel Temer, afirmou que “o governo caiu”.

MEIRELLES CANDIDATO? Henrique Meirelles foi uma das estrelas da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. O evento reuniu mais de 4 mil pastores e não estava na agenda oficial do ministro da Fazenda. A aproximação de Meirelles com a igreja está sendo monitorada por dirigentes partidários. Eles desconfiam que o movimento pode estar relacionado a uma eventual pretensão do ministro de ser candidato à Presidência em 2018. A igreja tem mais de 20 milhões de seguidores.

ÁLVARO EM ALTA Pelo terceiro levantamento seguido, o senador Álvaro Dias (Pode-PR) mantém a liderança das intenções de voto para a disputa pela Presidência da República em 2018 entre os eleitores paranaenses,

na pesquisa estimulada (quando os nomes dos candidatos são apresentados ao participante). É o que mostrou um levantamento do instituto Paraná Pesquisas sobre em quem os paranaenses votarão para presidente no ano que vem, realizado entre os dias 2 e 5 de julho

BOLA DE CRISTAL? Se o ex-senador Osmar Dias (PDT) parece já ter abandonado a possibilidade de contar com o apoio de Beto Richa (PSDB) para a disputa ao governo do Paraná em 2018, o próprio governador, entretanto, não admite ter escolhido um candidato para apoiar na disputa do ano que vem. Em resposta à declaração dada por Osmar, de que o governador já teria outro candidato para chefiar o Executivo paranaense, Richa disse que o pedetista deve ter bola de cristal. “Não sei de onde ele tirou isso, mas tudo bem. Não quero aqui polemizar com o ex-senador Osmar Dias. Quem sabe ele tem bola de cristal, já está prevendo o que vai acontecer lá na frente, porque eu mesmo não sei quem é meu candidato”, afirmou.

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SAÚDE

OS RISCOS DA

AUTOMEDICAÇÃO Quem nunca tomou um analgésico sem prescrição médica, para acabar com aquela dor de cabeça irritante, febre ou dor no corpo? Pois é, a automedicação é um hábito entre a maioria dos brasileiros. De acordo com a Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (ABIFARMA), 80 milhões de pessoas têm o hábito de se automedicar. A automedicação é a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são “percebidos” pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde (médico ou odontólogo). O uso indiscriminado de medicamentos

não se restringe à automedicação. Está relacionado à medicalização, ou seja, uma forma de encontrar a cura para as doenças e promover o bem estar usando exclusivamente o medicamento. Uma das preocupações em relação a automedicação e ao uso indiscriminado de medicamentos é o risco de intoxicação. Os analgésicos, os antitérmicos e os anti-inflamatórios representam as classes de medicamentos que mais intoxicam. A propaganda muitas vezes induz e incentiva o consumo de determinado medicamento que nem sempre é o indicado para aquela necessidade. Ainda, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde por grande parte da

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LOURDES DE FIGUEIREDO LEAL, FARMACÊUTICA

população acaba contribuindo para o consumo de medicamentos por conta própria. A automedicação é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A intoxicação por medicamentos ocupa o primeiro lugar dentre as causas de intoxicação registradas em todo o país, à frente dos produtos de limpeza, dos agrotóxicos e dos alimentos estragados. De acordo com o Ministério da Saúde, nos últimos cinco anos, quase 60 mil casos de internações por automedicação foram registrados no Brasil. O uso de medicamentos de forma incorreta pode levar ao agravamento de uma doença, uma vez que a utilização inadequada pode escon-

der determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada. O uso inadequado destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microrganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. Outra preocupação em relação ao uso de remédios refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe o uso racional de medicamentos (URM) - quando os pacientes recebem medicamentos apropriados às suas necessidades clínicas, em doses e períodos adequados às

particularidades individuais, com baixo custo para eles e sua comunidade. E existe o uso irracional – quando há o uso abusivo; uso inadequado de antimicrobianos, em doses incorretas ou para infecções não bacterianas; uso excessivo de injetáveis nos casos em que seriam mais adequadas formas farmacêuticas orais; prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas e o uso inadequados de medicamentos. A automedicação constitui, portanto, uma forma de uso irracional de medicamentos e pode trazer, ainda, consequências como: reações alérgicas, dependência e até a morte. “Ictus – o importante é se importar com a vida”.

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CAPA

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OS CAMINHOS QUE LEVAM UMA TRANSEXUAL À AV. MANOEL RIBAS DA REDAÇÃO

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muitas das milhares de mulheres transexuais no Brasil. ACEITAÇÃO E PRECONCEITO Débora tem apenas 21 anos de idade. Natural de Prudentópolis, foi lá, ainda adolescente, que começou a sua transformação e junto com isso uma peregrinação em busca de trabalho, direitos e aceitação. Ela conta que tinha 16 anos e sentia-se uma mulher em um corpo masculino. Foi a partir da pesquisa na Internet que tomou conhecimento sobre o que deveria fazer para adequar seu corpo ao gênero feminino. — Fui na farmácia já com tudo anotado. Perguntei sobre os hormônios e quais são os efeitos, aí ninguém quis dar informação e não queriam vender pra mim por que eu era de menor. Aí pesquisei na Internet que precisava de uma receita médica e fui consultar num

posto de saúde. Também não quiseram dar informação e não receitaram. Foi preciso que Débora assumisse sua identidade de gênero para uma tia que então a ajudou comprando os hormônios. Se com a tia a reação foi tranquila, com os pais nem tanto e muito menos com a vizinhança. O espanto, a incompreensão e os comentários alheios fizeram a jovem sair da pequena cidade e rumar para a capital paranaense. A CAPITAL E A ONG Apesar de algumas políticas públicas com capilaridade estadual e municipal, como o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (2009), sabe-se que informação e assistência a essa população ainda são deficitárias. Nesse sentido, o papel de Organizações Não Governamentais (ONGs) e movimentos sociais é essencial. Foi o que

Imagem: Ana Júlia Tiellet

São 20h e estamos na Avenida Manoel Ribas, faz 11o. As únicas pessoas que vemos nas calçadas são moças com pouca roupa para a temperatura. Além disso, carros passam demoradamente, com olhares furtivos através dos vidros, como alguém que aprecia uma vitrine. Há alguns dias, três dessas mulheres, transexuais, haviam sido abordadas pela Polícia Militar e assinaram Termo Circunstanciado por atentado violento ao pudor – mostravam seios e glúteos em local público. Procuramos alguém que concorde em contar a sua história para além da editoria policial. Ao estacionarmos em uma esquina, encontramos Débora*. —Podemos conversar sim, sem problemas — diz a morena de cabelos lisos, seios fartos e olhos verdes. Pelos próximos 10 minutos, ouço com atenção uma história que é comum a


GÊNERO E DIREITOS

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O BRASIL É RECORDISTA MUNDIAL EM ASSASSINATO DE TRAVESTIS E TRANSEXUAIS – FORAM 127 EM 2016, 15 DELES NO PARANÁ.

Débora vivenciou em Curitiba, aonde enfim conseguiu o que precisava – amparo legal, acompanhamento psicológico, psiquiátrico e social. Ela morava com a irmã, conseguiu emprego em um supermercado e entrou em contato com a ONG Transgrupo Marcela Prado. — Conversei com as travestis do grupo aí elas me informaram que primeiro tem que tomar hormônio. Conversei com uma psicóloga e uma psiquiatra e elas deram o resultado de que eu sou uma mulher. Aí eles falaram que se eu quisesse podia mudar o meu nome, que agora é gratuito mas tem que ter esse processo. A CALÇADA De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), a maioria das pessoas trans recorre à prostituição – 90% – por não

CENTRO NACIONAL DE FÉ E POLÍTICA DOM HELDER CÂMARA - CEFEP

>> Em 2017 já são: 91 homicídios, 40 tentativas de homicídios, 67 casos de violação de direitos humanos >> A cirurgia de mudança de sexo é oferecida no sistema único de Saúde (SUS) e para obter atendimento os pacientes devem atender requisitos como: maioridade, acompanhamento psicoterápico pelo mínimo de dois anos, laudo psicológico/psiquiátrico favorável e diagnóstico de transexualidade. A idade mínima é de 21 anos para a cirurgia e 18 para demais procedimentos. >> Em Guarapuava, a assistência e garantia de direitos à popu-

conseguir inserção no mercado de trabalho formal. Débora não fugiu à estatística e o principal motivo foi o preconceito. — Comecei a me prostituir porque no supermercado não dava mais. Já tava o comentário do povo, do que eu queria ser… Entendeu? Aí eu já sabia aonde as meninas trabalhavam e fui me informar. Elas falaram que pra eu trabalhar tinha que pagar pedágio porque não tem como trabalhar numa rua sem pagar. Pagando para vender seus serviços sexuais, a jovem ficou três anos nas calçadas de Curitiba. Foi assim que conseguiu custear sua transformação, montou seu guarda-roupas feminino, adquiriu maquiagens e as tão sonhadas próteses de silicone. — Todas as travestis e transexuais querem se realizar se olhando no espelho e vendo uma mulher totalmente né?

lação LGBT estão compreendidos no Plano Municipal de Políticas Públicas para Mulheres. Alguns dos pontos são: >> Eliminar conteúdos sexistas e discriminatórios e promover a inserção de temas voltados para a igualdade de gênero e valorização das diversidades nos currículos, materiais didáticos e paradidáticos da Educação Básica. >> Garantir a educação permanente dos servidores com ações de enfrentamento ao racismo, fobia LGBTs, e todas as formas de discriminação as mulheres, incluindo a temática da ética e da laicidade do Estado na

O silicone ajuda a gente a ter traços mais femininos… A VOLTA Com experiência e informação na bagagem, Débora resolveu voltar para o interior e mudou-se para Guarapuava. Por aqui, não desistiu de levar uma “vida de pessoa normal”. Ela faz questão de circular pela cidade também à luz do dia, um ato de resistência que desafia quem por ela passa. — Eu não gosto de ficar me escondendo e não tenho vergonha da pessoa que eu sou, eu ando normal na rua. As pessoas não ficam xingando, mas tem olhares pra gente, porque a gente é diferente. A diferença também existe no comportamento dos clientes. Débora lembra que em Curitiba presenciou casos de violência com amigas e ela mesma sofreu agressões verbais e físicas.

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formação profissional com vistas a humanização do SUS. >> Criar, até 2026, do Conselho Municipal de Promoção e Defesa dos Direitos de LGBT. >> Garantir a representatividade do público minoritário nas campanhas publicitárias municipais. >> Criar e implantar, até 2021, o Centro de Referência para atendimento da Comunidade LGBT. Fontes: Portal Brasil com informações do Ministério da Saúde e Agência Brasil Associação Nacional de Travestis e Transexuais, Rede Trans Brasil, Plano Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Guarapuava.

— Aqui eles são mais tranquilos, mais calmos. Têm de 30 anos para cima, são de todos os estilos, todas as classes sociais. O que não têm em casa, vêm procurar na rua. Eu noto isso, eles querem carinho, querem atenção. Além de menos perigoso, trabalhar à noite na Manoel Ribas também compensa financeiramente. O equivalente ao salário de um mês que ganhava no supermercado, Débora fatura em uma semana – de segunda a sábado. Ainda assim, o sonho dela é abandonar a prostituição. A VIDA Da mesma forma que muitos jovens de sua idade, Débora quer fazer uma faculdade, se qualificar para uma profissão, mesmo que para isso tenha grandes barreiras a superar. É por um futuro diferente da realidade atual que ela faz seus planos.

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— Isso aqui não é pro resto da vida. Uma hora a gente vai ficar velha, não vai ficar com o mesmo corpo, com a mesma beleza e tudo vai acabar. Eu quero fazer um curso de Estética ou Maquiagem porque é onde tem menos preconceito. Se eu for trabalhar numa loja, tem gente que prefere ser atendido por heterossexual do que uma transexual. Desafiando a estatística brasileira que indica a expectativa de vida da população trans em apenas 35 anos; é a partir daí que Débora pensa em ter uma nova vida. — Eu quero fazer a cirurgia quando eu tiver 30 anos. Não quero ter minha genital feminina e minha aparência masculina. Eu quero ficar 100% feminina, me sentir mulher e que os outros não notem que eu já fui uma outra pessoa no passado. *Nome fictício para preservar a identidade da fonte

Todas as quarta-feiras, às 19 horas, no auditório do Ed. Nossa Sra. De Belém (Rádio Cultura). Rua Quinze de Novembro, 7466 - Centro, Guarapuava - PR. CEP 85010-000 - (42) 3623-6423

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CULTURA

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DA REDAÇÃO

NA SEMANA DO DIA MUNDIAL DO ROCK, 13 DE JULHO, VALE A PENA PENSAR SOBRE POR QUE ESSE GÊNERO NUNCA VAI MORRER

Em 1979, Neil Young lançou a canção “Hey hey, My my” na qual cantava que o rock nunca poderia morrer. Nessa época, Llittle Richard já era clássico; Elvis assumira o posto de Rei; “Sgt. Peppers...” não era mais tão revolucionário e todos perguntavam-se o que viria depois. Teria esse gênero musical um fim próximo ou uma vida longa? Para o jornalista e músico curitibano Roberto Muggiati, o Rock and Roll é feito de grito e mito – nasceu da revolta, embala grandes mudanças de comportamento e tem em sua identidade a diversificação necessária para existir ainda hoje, em

plenos anos 2000. Um marco de resistência e persistência em Guarapuava é o festival Guarapuava Rock City que propõe entretenimento e compromisso social através da música. É a expressão local de tudo que Dylan, Geldof, Raulzito, Iggy, Rita Lee, Jonny Rotten, Kurt ou Chico Science ajudaram a construir. “O rock deixou o círculo da música e expandiu para várias áreas. Tem um grande poder, de formar opinião… Tem um cunho político, esclarecedor e contestador né? E é um estilo de vida. A gente defende muito o que acredita”, afirma o fundador do

Guarapuava Rock City, Leandro Küster. ENGAJAMENTO SOCIAL Desde 2006, (com uma pausa de 2008 a 2012), sobem ao palco do Festival 16 bandas por ano; o público total ultrapassa as 10 mil pessoas e já foram arrecadadas e doadas à Secretaria de Assistência Social cerca de 2,5 toneladas de alimentos. Para Küster, a principal contribuição do evento é a formação do cidadão. “Potencializar o quesito humano é uma das coisas mais importantes para nós. Talvez não tenhamos hoje grandes artistas das primeiras edições, mas te-

mos grandes profissionais que o rock ajudou a formar”. Além dos shows, com bandas exclusivamente guarapuavanas e posterior gravação de um álbum, o festival também realiza workshops com grandes artistas do cenário mundial “e toda essa troca de informação contribui para que a gente expanda nosso campo de visão e perceba que o nosso mundo é um pouquinho maior do que o que nos cerca”, observa o produtor. TUDO, TUDO VAI DAR PÉ E, para confirmar a profecia de Young, o panorama roqueiro em Guarapuava é

animador. Küster, que também é músico e empresário do ramo, acompanha a movimentação nos estúdios, a formação de bandas, a demanda por instrumentos musicais e analisa o cenário atual como um hiato para uma nova fase. “A gente viveu um pico fantástico de 2013 a 2016. Em 2017, talvez também por causa da crise, o pessoal esteja investindo menos. Mas estamos começando a subir a ladeira novamente”, analisa Küster que também é integrante da banda Dzarmy, que indica: “final de ano e 2018 serão promissores. Muitas coisas boas aparecerão”.

algumas bandas da cidade! Pedro Chass Urban Box

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KINGARGOOLAS, DE VOLTA A GUARAPUAVA APÓS TOUR NA EUROPA

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4 perguntas sobre o passado, presente e futuro do Rock

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Vale a leitura

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O bom e velho Rock and Roll mais vivo do que nunca

ANÁLISE ANTIGA MAS QUE INDICOU, HÁ 30 ANOS, O CENÁRIO ATUAL. ABORDA O ROCK PELO VIÉS POLÍTICO, SOCIOLÓGICO E DA COMUNICAÇÃO. ROBERTO MUGGIATI -EDITORA VOZES, 1981. Capa: Reprodução


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COLUNISTA

integração

O FIM DA HETEROSSEXUALIDADE E SUAS CONSEQUÊNCIAS POLÍTICAS (1)

PROF. DR. MANUEL MOREIRA DA SILVA DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA, UNICENTRO

INTERPELAÇÕES SURDAS À FILOSOFIA, À PSICANÁLISE E À POLÍTICA TRADICIONAL

POLITEIA DESVAIRADA – CRÔNICAS ANTROPOFÁGICAS, 010

A rede britânica BBC publicou em março último, em seu site BBC Future, um importante artigo de Brandon Ambrosino, traduzido para o português e publicado, no último dia 11 de junho, na versão brasileira do domínio. O artigo, intitulado “Como foi criada a heterossexualidade como a conhecemos hoje”, discute a invenção do conceito moderno de heterossexualidade em fins do século XIX e inícios do século XX, bem como acena para a sua dissolução atual. De fato, para os estudiosos do comportamento humano ou mesmo para as pessoas mais atentas, muitas das informações veiculadas no artigo já eram sabidas ou, se não, já estavam sob suspeita. Contudo, o au-

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tor parece um tanto quanto cuidadoso no que diz respeito ao que se poderia denominar a existência real do conceito referido pelo termo ‘heterossexualidade'. Ora, como a conheceram os séculos XIX e XX, a heterossexualidade – ou antes, o seu conceito – não existe mais. Tal constatação, porém, impõe desafios descomunais ao pensamento – em todas as suas instâncias: em particular ao pensamento filosófico e ao psicanalítico; mas também, e de modo ainda impensado, ao pensamento político. Ao pensamento filosófico porque este, nos últimos trezentos anos, aproximadamente, tornou-se cada vez mais e mais um mero invólucro cujo conteúdo há

muito se perdera; conteúdo em grande parte originado de um pensamento patriarcal. Ao pensamento psicanalítico pelo fato deste, em muitos aspectos, ser a expressão mesma do pensamento patriarcal e, em tantos outros aspectos, haver se constituído a partir de uma teoria que, em suas linhas gerais, pressupõe a heterossexualidade como seu fio condutor, como sua norma de desenvolvimento e como o limite da constituição de seu objeto próprio enquanto ciência, prática, técnica, etc. Ao pensamento político porque, enfim, este assume para si a tarefa de manter uma ordem social hoje puramente superestrutural, sem qualquer lastro social.

O fundamental, no entanto, e isso vale como o desafio a um pensamento a um tempo filosófica, psicanalítica e politicamente inovador, é a compreensão de que a dissolução da heterossexualidade não implica um retorno ao instinto sexual supostamente normal da procriação ou da perpetuação da espécie, nem a algo como a vitória final da homossexualidade (masculina ou feminina). Antes disso, tal dissolução permite a cada um e a cada uma observar-se e assumir-se, como tal e em seu todo, no espectro do desenvolvimento pleno do próprio desejo sexual em todas as suas nuances, graus e especificidades. Embora ainda não saibamos o quanto pode ser repressora e castradora a

sociedade que ora emerge, sabemos de maneira bastante confiável o quanto o foi a que emergia em fins do século XVIII e início do século XIX, a qual se consolidou no século XX e, com ela, a heterossexualidade. Ambas atualmente em desaparecimento. A estrutura repressora das sociedades dos séculos XIX e XX, contudo, está hoje afrouxada; em certos casos, extinta. Talvez por isso conservadores sem matilha se arvorem em inscrever na alma aquela que, nos inícios do século XX, era tida como uma condição sexual anormal. A política, entretanto, não se faz sem matilha; essa cuja perda se impõe como a condição primordial de neuroses, psicoses e perversões de todos os tipos.


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O POVO VITORIOSO PABLO NERUDA* (CANTO GERAL)

*12/7/1902 + 23/9/73

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ESTÁ MEU CORAÇÃO NESTA LUTA. MEU POVO VENCERÁ. TODOS OS POVOS VENCERÃO, UM POR UM. ESTAS DORES SE ESPREMERÃO COMO LENÇOS ATÉ ESMAGAR TANTAS LÁGRIMAS VERTIDAS EM SOCAVÕES DO DESERTO, EM TÚMULOS, EM ESCALÕES DO MARTÍRIO HUMANO. MAS PERTO ESTÁ O TEMPO VITORIOSO. QUE SIRVA O ÓDIO PARA QUE NÃO TREMAM AS MÃOS DO CASTIGO, QUE A HORA CHEGUE A SEU HORÁRIO NO INSTANTE PURO, E O POVO ENCHA AS RUAS VAZIAS COM SUAS FRESCAS E FIRMES DIMENSÕES. AQUI ESTÁ MINHA TERNURA PARA ENTÃO. VÓS A CONHECEIS. NÃO TENHO OUTRA BANDEIRA.

ALAC ESCOLHE DIRETORIA PARA PRÓXIMO BIÊNIO DA REDAÇÃO

LUCI JORGENSEN, DA COMISSÃO ELEITORAL; CLÁUDIO ANDRADE E O ATUAL PRESIDENTE NIVALDO KRÜGER

A Academia de Letras, Artes e Ciências de Guarapuava (ALAC) escolheu, no sábdo, 8, nova diretoria. Pelos próximo biênio (2018-2019), estará à frente da entidade, como presidente, o Doutor em História e Sociedade e professor de Filosofia (Unicentro) Cláudio César Andrade. Ele destaca a instituição como um espaço especial para adquirir e compartilhar conhecimento. "É assim que vejo nossa histórica Academia e foi com esta intenção que me inscrevi em dado momento. Entendo a participação na Presidência como

uma ‘grande oportunidade’ para fazer algumas coisas que, para nós das Humanidades, não se trata de perfumaria, mas sim pautas necessárias em defesa da cultura e de nossa memória". Para a vice-presidência foi eleito o Dr. Gilberto Saciloto. O Conselho Consultivo conta com Maria Magdalena Nerone, Murilo Walter Teixeira e Rita Camargo Caldas. O Conselho Fiscal é integrado por Luci Zempulski Jorgensen, José de Paula Bessa e Alcioly Gruber de Abreu. A posse da nova diretoria está prevista para o mês de setembro.

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FESTIVAL DE INVERNO SEGUE ATÉ O DIA 30 DE JULHO A estação mais fria do ano chegou e a cidade ganha o tom de rosa delicado das flores de cerejeira. A sakura, como dizem os japoneses, já empresta sua beleza à paisagem urbana e indica o Festival de Inverno de Guarapuava. Atividades variadas são um convite para que todos saiam de casa e apreciem as belezas do inverno guarapuavano. Com realização da Prefeitura e parceiros; churrascada, noite cultural e exposição de carros antigos fazem parte da programação que segue até o dia 30 de julho.

PROGRAMAÇÃO

CIDADE

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CHURRASCADA DE INVERNO SÁBADO (15) E DOMINGO (16), DAS 10H ÀS 18H NO PARQUE DO LAGO EXPOSIÇÃO DE CARROS ANTIGOS DOMINGO (23), DAS 9H ÀS 16H NO PARQUE DO LAGO 1º FESTIVAL DE CERVEJA DE INVERNO DOMINGO (23), ÀS 12H NO ESTACIONAMENTO DO LONDON PUB NOITE CULTURAL TERÇA-FEIRA (25), ÀS 19H NO CENTRO DE ARTES IRACEMA TRINCO RIBEIRO HORA DO CHIMARRÃO DOMINGO (30), ÀS 14H NA PRAÇA DA UCRÂNIA

EDUCAÇÃO FINANCEIRA

CAIXA ENSINA A USAR PLANILHAS PARA DETALHAR ORÇAMENTO DOMÉSTICO A SUL BRASIL EM GUARAPUAVA OFERECE ATENDIMENTO AO PÚBLICO DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, EXCETO FERIADOS, DAS 9H30 ÀS 17H, PELO TELEFONE 42 3035-3334. NA INTERNET DÚVIDAS PODEM SER ENVIADAS PARA WWW.SBSSULBRASIL.COM.BR PARA INVESTIR PARTE DO DINHEIRO DA POUPANÇA NA PREVIDÊNCIA PRIVADA, CONSULTE A SULBRASIL

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Em tempos de instabilidade econômica, detalhar o orçamento é tarefa obrigatória para quem precisa deixar as finanças no azul. A Caixa Econômica Federal disponibiliza, em seu site, uma série de aulas de educação financeira e uma delas é sobre a utilização de planilhas para acertar o orçamento doméstico. Destacamos as principais dicas para utilização desse instrumento simples mas eficaz para identificar gastos desnecessários, enxugar despesas, encontrar possíveis alternativas de renda ou mudanças no estilo de vida para melhorar as finanças. Confira:

>> Anote todas as fontes de receita e todas as despesas, mesmo as menores e eventuais. >> Quando listar as despesas, tenha o hábito de posicionar o depósito em investimentos logo no começo, para estimular o hábito de poupar

como um compromisso em vez de investir só o que sobrar. >> Planeje os gastos futuros, como presentes em datas especiais para as pessoas mais queridas. Assim, fica mais fácil criar uma pequena poupança para fazer essas compras à vista. É interessante criar esse mesmo hábito para despesas como IPVA, DPVAT e IPTU. >> Antes de olhar as somas da sua planilha, faça um exercício e liste os gastos que você imagina que tem no dia a dia. Depois, compare com a realidade e identifique os ajustes necessários. >> Se você gasta mais do que ganha, é hora de agir. Para mudar essa balança, nem sempre o melhor caminho é cortar todos os gastos possíveis. Às vezes, basta diminuir a frequência de determinado gasto, mudar uma rotina e aprender a gastar melhor de maneira consciente.

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COLUNISTA

BENDITO AUXÍLIO

Uma cifra: R$ 4.377,73 (quatro mil trezentos e setenta e sete reais e setenta e três centavos). Valor significativo, não? Valor que corresponde a quase cinco vezes o salário mínimo nacional ou, ainda, a quase quatro vezes a renda média do brasileiro em 2016. Foi o Ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o pagamento do benefício à classe de magistrados em 26 de setembro de 2014 e, de lá pra cá, esse é o valor que os juízes de todo o Brasil recebem sob a rubrica de auxílio-moradia. Considerando que o país tem mais de 17 mil magistrados, o valor mensal desembolsado pelo Judiciário para o pagamento dessa verba é R$ 74.409.000,00 (setenta e quatro milhões quatrocentos e nove mil reais). Ao deferir pedido de antecipação de tutela na ação originária 1773 do STF, o ministro Fux entendeu que os magistrados faziam jus ao auxílio, uma vez que se trata de verba indenizatória e, portanto, seria compatível com o regime do subsídio. Juiz precisa ter moradia, isso é certo. Agora, a pergunta que me faço é se os demais servidores da União, estados e municípios, também não precisam ter residência. E os trabalhadores da iniciativa privada, também não carecem, da mesma forma, de uma casa para morar? Se a resposta é sim, para todos os casos, fica a dúvida do porque só os juízes recebem o auxílio-moradia. A justificativa para a conces-

são está no fato de que, em regime distinto dos demais servidores, os magistrados são amparados na Lei Complementar n.º 35, de 14 de março de 1979 (conhecida como Lei Orgânica da Magistratura Nacional), que dispõe em seu artigo 65, inciso II, que, além dos vencimentos, poderá ser outorgada aos magistrados, entre outras vantagens, ajuda de custo para moradia, nas localidades em que não houver residência oficial à sua disposição. Entendo a perspectiva de que o valor, portanto, é pago porque tem previsão legal, mas nem sempre tudo o que é legal pode ser considerado moral. Gastar quase um bilhão de reais por ano com auxílio-moradia, exclusivamente para uma classe que já ganha salários muito acima da média nacional, é razoável? Em um país em que quase a metade da população sobrevive com até um salário mínimo, não me parece ser. Um ponto interessante para ser ressaltado é a agilidade com quem foi proferida a decisão ministerial que concedeu o pagamento do dito auxílio. Diferentemente da demora rotineira que observamos no Judiciário, entre o deferimento da liminar por Fux e a regulamentação do pagamento feito pelo Conselho Nacional de Justiça em 7 de outubro daquele ano, através da Resolução nº 199, tivemos incríveis 11 dias. A título de comparação, uma sentença em processo em desfavor do Estado do Paraná, nas maiores co-

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JOÃO NIECKARS É ADVOGADO, ECONOMISTA E PROFESSOR DE DIREITO EMPRESARIAL.

marcas, não sai muito antes de dois anos e, após ela, ainda se tem a espera do julgamento do recurso obrigatório que demora outros dois anos. Em não tão recente entrevista concedida pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, foi dito que “esse auxílio-moradia, na verdade, disfarça um aumento do subsídio que está defasado há muito tempo. Aparentemente o juiz brasileiro ganha bem, mas ele tem 27% de desconto do Imposto de Renda, ele tem que pagar plano de saúde, ele tem que comprar terno e não dá pra ir toda hora à Miami comprar terno, pois a cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, uma camisa razoável, um sapato decente, ele tem que ter um carro, né? Espera-se que a Justiça que ali personifica uma expressão da soberania, esteja apresentável…”. Não tenho certeza se o desembargador sabe, mas todo brasileiro, via de regra, também paga imposto de renda. Talvez surpreenda o juiz, mas todos nós, não juízes, também precisamos de atendimento médico e de roupas e, em especial, realmente não é todo brasileiro que consegue ir para Miami a toda hora. Não há dúvidas que todo funcionário da iniciativa privada ou servidor público merece recomposição do seu salário, inclusive os juízes. É exatamente por esse mesmo motivo que todo ano vemos a greve dos bancários, dos metroviários, dos

motoristas de ônibus, e antos outros trabalhadores que não podem substituir um mal sucedido pleito de recomposição por auxílio-moradia. O que me parece inaceitável é empregar o auxílio como um engodo para a recomposição não recebida, inclusive porque não se perde o direito a ela com a concessão da indenização de moradia. Um juiz do Rio Grande do Sul chamado Celso Fernando Karsburg negou-se a receber o auxílio e disse, em uma publicação on-line: “se desde 1979 já existia o direito ao recebimento do auxílio-moradia, por que somente agora, passados 35 anos, alguém se lembrou de requerer seu pagamento? Será que ninguém percebeu que esse direito estava ao alcance de todos os juízes mas que, por alguma insondável razão de bondade, não foi exercido durante todo esse tempo? À evidência que não. E a resposta é simples. Porque durante todos esses anos o pagamento da vantagem, indistintamente a todos os juízes, era visto como algo indevido, para não dizer absurdo, imoral ou antiético. E somente deixou de assim ser visto quando a magistratura percebeu que o Poder Executivo não iria conceder a reposição do poder aquisitivo causado pela inflação que ele mesmo produz”. Pode piorar? Pode. O Ministério Público também quer receber o mesmo auxílio e existem aproximadamente 15 mil promotores no país, faça as contas.

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