Novembro 2010

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valorizasse os trabalhadores, recebemos apenas o descaso como resposta”, comenta Elias Jordão, presidente da FETEC-CUT-PR. “Foi preciso enfrentarmos os banqueiros e unirmos todas as forças para arrancar uma proposta descente”, completa. O resultado foi uma campanha salarial com novas e importantes conquistas. Assim, desde 2004, a categoria vem somando grandes avanços na CCT e nos acordos aditivos. Com fortes mobilizações, os bancários dos bancos privados já somam um total de 26,3% de aumento real no piso e 12,3% nos salários. Também melhoraram a PLR Nosso maior ganho, e incorporaram outras concomo o valor adiciocom toda certeza, foi quistas, nal da PLR, a cesta-alimentaa tomada de ção e a 13ª cesta-alimentação, a ampliação da licença-maconsciência dos ternidade para 180 dias, enbancários, de tre tantos outros (acompanhe a evolução das conquistas no bancos públicos e rodapé destas páginas).

principalmente de instituições privadas, que aderiram maciçamente à greve.”

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Melhores condições de trabalho Além de conquistar o maior aumento real dos últimos tempos, nesta campanha salarial, os bancários também garantiram avanços em questões que preveem melhores condições de trabalho, com cláusulas de prevenção e combate ao assédio moral e medidas de reforço à segurança bancária. “Desde o início das negociações, já tínhamos como bandeira principal os temas Saúde e Condições de trabalho, porque tão ou mais importante que a remuneração é a qualidade de vida e o bem-estar de todos os bancários”, explica o presidente.

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A CCT 2010/2011 determina que, em caso de assalto ou ataque, consumado ou não, o bancário tem direito a atendimento médico ou psicológico logo após a ocorrência, e será feita comunicação à Cipa, onde houver. O banco também fica obrigado a registrar Boletim de Ocorrência Policial (BO) em casos de assalto, tentativa ou sequestro. “Apesar de ser uma atitude óbvia, os bancos eram apenas recomendados pela Fenaban a registrar BO, mas não havia um controle se isso era realmente realizado”, explica Otávio Dias. Outra conquista garantida ao trabalhador é a possibilidade de realocação das vítimas de sequestro, que podem mudar de agência caso queiram. Além disso, a Fenaban se comprometeu a divulgar estatísticas semestrais à Comissão Bipartite de Segurança Bancária dos casos de assalto a instituições financeiras em todo o país. “Nossa estratégia este ano foi de insistir na mesa de negociação quanto a estes temas, a tal ponto que em vários momentos os banqueiros chegaram a admitir a existência de problemas nestas áreas”, contextualiza o presidente da FETEC-CUT-PR, Elias Jordão. “Muita coisa ainda será discutida nas mesas temáticas, mas com nossa insistência já conseguimos cláusulas importantes para os trabalhadores”, finaliza. Ainda no que diz respeito às condições de trabalho, os bancários obtiveram uma conquista histórica. Pela primeira vez, o acordo prevê a inclusão de uma política com mecanismos para prevenir e combater o assédio moral. O Comando Nacional considera que a proposta, arrancada da Fenaban pela força da greve, é o maior avanço das últimas negociações. A cláusula aditiva para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho é de adesão voluntária e prevê a “valorização de todos os empregados, promovendo o

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8,15% e 10% de reajuste Manutenção dos direitos 6% de reajuste 13ª cesta-alimentação

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novembro 2010

3,5% de reajuste BB e Caixa assinam CCT


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