Congresso SciCom.Pt 2016 | Livro de Abstracts

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lacuna, desenvolvemos no ano letivo 2014/2015, junto dos grupos disciplinares de Física e Química e de Biologia e Geologia, uma abordagem integradora e holística, particularmente nas unidades temáticas de “reprodução”, “transmissão de vida, bases fisiológicas da reprodução” e “da atmosfera aos oceanos”, a fim de aproximar este público-alvo, a ciência e os investigadores científicos do Instituto Politécnico de Bragança (IPB). Sendo para nós importante a promoção de conhecimento, pensamento crítico, interesse e envolvimento sinérgico de cientistas, professores e alunos, este projeto teve como objetivos: (i) levar às escolas o conhecimento produzido pelo nosso parceiro do Ensino Superior - IPB integrado com o currículo escolar dos alunos (ii) estimular o interesse científico dos alunos, potenciando a sua aprendizagem, (iii) proporcionar o contato de alunos com investigadores, e (iv) incrementar a Literacia cientifica. Assim, a estratégia conduzida baseou-se no sinergismo entre os conceitos científicos per ser aliados a uma estruturação facilitada na comunicação dos mesmos. Nesta fase piloto participaram já afincadamente152 alunos, com o empenho de 4 investigadores, desafiados a adaptarem as diferentes atividades experimentais e tecnologia disponível ao nível de ensino em questão. Este programa veio assim promover o contacto direto entre o CCVB, escolas secundárias (alunos) e investigadores do IPB, possibilitando aos alunos, através da realização de vários trabalhos experimentais, cimentar os conhecimentos adquiridos na sala de aula, utilizando equipamentos tecnologicamente inovadores. Possibilitou-se também, aos investigadores do IPB, o desenvolvimento e aprimoramento de novas competências em comunicação de ciência, estimulados por um público diferente do habitual.

Saberás tu? - uma ponte entre os cientistas e o público Autores: Maria Abreu (jornal i), Rosário Oliveira (Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica), Amilton Moreira (Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica), Marta Daniela Santos (Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais (ce3c), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) Porque é que gostamos de açúcar? O que são células estaminais? Tocar numa planta afecta o seu crescimento? Porque choramos quando cortamos cebola? Durante um ano a secção “Saberás tu”, uma iniciativa da Ciência Viva em parceria com o jornal i, desafiou mais de 200 investigadores portugueses a responder de forma breve e acessível a estas e muitas outras perguntas. As perguntas, aparentemente simples, focavam desde aspectos do quotidiano à investigação científica de fronteira em todas as áreas da ciência. As respostas foram publicadas numa base diária e continuam disponíveis ao público na página da Ciência Viva ( www.cienciaviva.pt/saberastu/ ). Nesta comunicação pretendemos apresentar as principais características que distinguem o “Saberás tu”, a metodologia adoptada e o impacto que o projeto alcançou, não apenas na sua relação com o público mas também no envolvimento dos cientistas com a comunicação de ciência. O projeto fundamentou-se no contacto com o público, com a comunidade científica e com a comunicação social. Os cientistas, que se encontram numa posição privilegiada para explicar a sua área de trabalho, aderiram ao desafio com entusiasmo. Por sua vez, o público também foi desafiado a enviar as suas próprias perguntas, que foram encaminhadas pela equipa Ciência Viva aos investigadores. Deste modo, para além de envolver um grupo alargado de investigadores portugueses na comunicação da (sua) ciência, o “Saberás tu” trabalhou no sentido de despertar a curiosidade do público e aproximá-lo da investigação de fronteira feita por investigadores portugueses dentro e fora de Portugal. Houve um elemento comum às mais de 250 perguntas publicadas: as respostas consistiram sempre em parágrafos curtos e escritos numa linguagem acessível. Esta abordagem não deve ser interpretada como simplista e redutora da ciência mas sim como forma de despertar a curiosidade do leitor. Este foi também o maior desafio apontado pelos investigadores ao longo do processo de escrita das respostas, na medida em que foi um apelo à sua criatividade e à reflexão sobre a sua área de investigação.

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