SOBRE O P A R A ' .
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ça proferida em processo legal á vista dos corpos de delicto e exacta devaca, a que procedeo o D é sembargador Ouvidor Geral Pascoal de Abranches Madeira Fernandez, que para estes actos de Jus tina no dito anuo remontara o R i o Negro com o Capitao General do Para Francisco Xavier de M e n donca Furtado. Elles assim pagárao a grande fi gura, que fizerao no odioso e abominoso quadro das maldades humanas. Eis o que haviao praticadò. No primeiro dia de Junho de 1757 invadirao a casa do Missionario de Lamalonga, que nao achárao; desconstruirao-lhe os movéis todos; espargiraò na Igreja os Santos Oleos; roubaraó os or namentos e vasos sagrados; derruiro o a Capella Mor; e lançaraò fogo á povoarao, que rapidamente pelas chammas foi comida: no dia 24 de Setembrojá alliancados com muitos Indios, com o Principal Uanocacari e com o Principal Mabó do Lugar de Poiares, dirigirao-se aò Lugar de Moreira, matarao o Missionario Carmelitano F r e í Raimundo de Santo Eliseu, o Principal Cabuquena, e outras pessoas, perpetraran latrocinios, e queimárao a Igreja: no dia 2.8 do mesmo mez marchamo con tra a Aldea de Bararoa ( depois Villa de Thomar) que acharao abandonada pelo Destacamento cominandado pelo Capitaò de Gramadeiros Joaò T e l les de Menezes e Mello, despojarao da sua p e quena preciosidade a Igreja, destroncaras a cabe9.a da imagem de Santa Rosa para ser posta na proa de uma canoa, incinerárao o resto sobre o altar, e deraò a Aldea ás chammas: quasi toda o in cendio deixou em cinza: passarao depois à mar gem fronteirá do rio, onde mataraù dous Solda dos, escapando outros, que ali se achavaò com mais pessoas, e retirárao-se para a ilha de Timoni. Nel-