Ensino religioso I. Lourenço, Inês Alves II. Rupolo, Iraní

1. Fundamentação Teórica

Na disciplina de Ensino Religioso, da Sociedade Caritativa e Literária São Francisco de Assis, Zona Norte (SCALIFRA-ZN), estudam-se princípios do humanismo franciscano, valores espirituais e éticos, inspirados em São Francisco de Assis e em Madre Madalena. Os fundamentos da filosofia franciscana consideram a pessoa como um ser integral, sagrado, à imagem e semelhança de Deus. Para a ação educacional, o estudante é compreendido como ser em relação, dialogante, consciente, protagonista do processo e atuante na vida em sociedade. Dessa forma, e por meio desses valorosos princípios, objetiva-se, no Ensino Médio, uma formação humanista e integral, orientada pelo respeito ao diferente e pela reverência à criação.

Para tanto, considera-se Francisco de Assis iluminação e referencial de vida, pois, no processo educativo, encontram-se, em sua experiência de vida e fé, vários exemplos de expressão máxima da comunhão com o Transcendente. Também chamado de Alter Christus, o Homem de Assis avançou no conhecimento de si mesmo, na mesma proporção que aprofundava sua espiritualidade. Esse movimento aconteceu por meio de interrogações pessoais, ressignificação das experiências vividas em família, na tomada de decisões e na conversão. Assim, o sonho cultivado na juventude, como cavaleiro e guerreiro nas cruzadas, aponta para alguém que procurou o sentido da vida. A prisão e a enfermidade tornaram-se fundamentais para que o Santo se confrontasse em seus objetivos.

Após a vivência desses fatos, sentia-se mudado, de forma que tudo o que parecia certo havia perdido o sentido: percebeu que “nem a beleza dos campos, nem o encanto dos vinhedos, nem coisa alguma agradável de ver conseguia satisfazê-lo” (CELANO, 2004, p. 188). Esse vazio só foi preenchido, quando, por ocasião do beijo no leproso, do encontro com o crucifixo de São Damião e do sonho com o Senhor, Francisco interiorizou a sua espiritualidade. Dedicou-se à oração, buscou lugares mais solitários e sentiu que o “intercâmbio espiritual começa pelo desprezo do mundo e que, para alguém ser soldado de Cristo, é preciso já ter conseguido a vitória sobre si mesmo” (BOAVENTURA, 2016, p. 16). Esses relatos destacam o itinerário espiritual de Francisco de Assis, expressão do verdadeiro renascer da Igreja e marco inequívoco na história da civilização ocidental.

Destaca-se também, como referencial de vida, Catarina Damen, seguidora de São Francisco de Assis. Educada no seio familiar, com base nos fundamentos da fé e na confiança em Deus, dizia: “Deus é bom. Deus é muito bom. Ele proverá”. Respondendo ao chamado de Deus, adotou o nome Madalena e mostrou-se decidida e fiel à sua missão. Pertencente à Ordem Franciscana Secular (OFS), buscou, na fonte franciscana, a base da espiritualidade, de modo a responder ao apelo social e à sua pulsão interior espiritual. Assumiu, inicialmente, o cuidado de crianças, educando-as pelo exemplo. Fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas da Penitência e Caridade Cristã, Madre Madalena desenvolveu uma ação que logo foi seguida por jovens simpatizantes desse carisma. No cumprimento da missão, Catarina e as primeiras religiosas iniciaram uma escola em que eram ensinados fundamentos de leitura, escrita, matemática, atividades manuais e artes. Essa ação educativa não se encerrou no tempo, mas ultrapassou fronteiras e mantém o legado vivo nos dias atuais. Entre os frutos desse trabalho, destacam-se, em diversos continentes, escolas e obras sociais.

Assim, São Francisco de Assis e Madre Madalena inauguraram um modo de ser e de viver a dimensão espiritual. Nesse horizonte, situa-se o Ensino Religioso, como instrumento de autoconhecimento, de percepção do processo formador da identidade pessoal, da fé e da internalização de princípios e valores de vida. Nesses termos, a premissa de oportunizar uma educação formativa traz uma essência voltada aos princípios que, nas escolas da SCALIFRA-ZN, identificam o ideário de vida e de padrões comportamentais da sociedade, guiam-se por uma releitura da ação no mundo, assumindo caráter relacional.

Dessa forma, são definidos os princípios assumidos pelas escolas: paz, verdade, justiça, ética e solidariedade. Em se tratando de valores, são compreendidos como emoções que influenciam escolhas e comportamentos, representando metas pessoais e critérios para decisões. A confiança em Deus, a fraternidade, a espiritualidade franciscana, o diálogo, o respeito e o conhecimento são valores a serem desenvolvidos na ação educacional e que, uma vez internalizados, expressam-se em respostas positivas ou negativas, em diferentes situações da vida. Com essa fundamentação, as atitudes originam-se da assimilação de um ideário, perpassam a interioridade da pessoa e se expressam em palavras e comportamentos.

Nas escolas franciscanas, respeito, cuidado, reverência, acolhida, escuta, ternura, vigor, cortesia e alegria são atitudes cultivadas pelos professores, familiares

e estudantes. Sob a premissa de oportunizar ao estudante sua formação integral, o Ensino Religioso contribui como espaço relacional de conhecimento, de modo a favorecer o encontro com o diferente e expressar atitudes franciscanas, reconhecendo o outro como ser sagrado. Trata-se do diálogo com todos e do respeito em relação às pessoas, independente de gênero, credo, origem e posição social. As escolas da SCALIFRA-ZN promovem a abertura relacional e o diálogo religioso, assumidos pela Igreja Católica, na declaração Nostra Aetate, de 28 de outubro de 1965, em que afirma:

O gênero humano se torna cada vez mais unido e aumenta as relações entre os vários povos, e a Igreja considera mais atentamente qual a sua relação com as religiões não cristãs. E, na sua função de fomentar a união e a caridade entre os homens e até entre os povos, considera, primeiramente, tudo aquilo que os homens têm de comum e os leva à convivência. Com efeito, os homens constituem, todos, uma só comunidade, todos têm a mesma origem, pois foi Deus quem fez habitar em toda a terra o inteiro gênero humano (1), têm também todos um só fim último, Deus, que a todos estende a sua providência, seus testemunhos de bondade e seus desígnios de salvação (2), até que os eleitos se reúnam na cidade santa, iluminada pela glória de Deus e onde todos os povos caminharão na sua luz (3). Os homens esperam das diversas religiões resposta para os enigmas da condição humana, os quais, hoje como ontem, profundamente preocupam seus corações: quem é o homem? qual o sentido e a finalidade da vida? que é o pecado? donde provém o sofrimento e para que serve? qual o caminho para alcançar a felicidade verdadeira? que é a morte, o juízo e a retribuição depois da morte? Finalmente, que mistério último e inefável envolve a nossa existência, do qual vimos e para onde vamos? (NOSTRA AETATE, 1965, p. 01).

No decorrer do histórico da educação no Brasil, o Ensino Religioso experienciou diferentes perspectivas teórico-metodológicas, geralmente de viés confessional ou interconfessional. Independente do viés assumido e dos ditos ideais de democracia, inclusão social e educação integral, vários setores da sociedade passaram a reivindicar a abordagem do conhecimento religioso e o reconhecimento da diversidade religiosa nos currículos escolares. Nesse viés, enfatiza-se que,

embora as reivindicações desses setores defendam a inclusão do Ensino Religioso na matriz curricular, somente nos anos 1980 e 1990, confirmou-se a disciplina no currículo, conforme dispôs a Constituição Federal/1988, a LDBEN/1996 e a Lei 9.475/1997. Isso ocorreu em meio a mudanças no cenário religioso e social brasileiro que, por sua vez, produziu ressignificação desse saber, aproximando-o das demais áreas de conhecimento e dos componentes curriculares. Posteriormente, a Resolução CNE/CEB, nº 04/2010, e a Resolução CNE/CEB, nº 07/2010, reconheceram o Ensino Religioso como uma das áreas de conhecimento do Ensino Fundamental. A BNCC, com o objetivo de salvaguardar o respeito à pluralidade religiosa e ao estudo não proselitista, propôs unidades temáticas: identidades e alteridades, manifestações religiosas e crenças religiosas, e filosofias de vida.

Respeitadas as bases legais e a identidade confessional franciscana, as escolas promovem uma releitura e redefinição dessas Unidades Temáticas, definindo o estudo temático das identidades e alteridades; manifestações religiosas: símbolos, mitos, ritos e textos; relação com o transcendente; reverência e cuidado com a vida e, por fim, a celebração da vida. Dessa forma, o Ensino Religioso, no Ensino Médio, possibilita ao educando realizar um percurso formativo que irá ampará-lo em seu presente e futuro, segundo os princípios franciscanos, oferecidos pela escola em seu currículo. A Escola, aqui entendida como um espaço de articulação do processo de formação integral, promove aprendizagens significativas pela relação entre razão e fé, alinhando a dimensão cognitiva à espiritualidade. É, portanto, um espaço formativo que objetiva aprofundar conhecimentos relacionados ao significado e ao sentido da vida. Ainda, procura ajudar o educando no interesse por novos conhecimentos, incentivando-o à busca por novas ciências e descobertas em relação ao ser e conviver.

Nesses termos, o Ensino Religioso parte da reflexão, análise e busca do conhecimento religioso em diferentes expressões e manifestações do fenômeno religioso, que constitui seu objeto de estudo. Assim, por meio desse estudo, ampliam-se possibilidades de compreensão do ser religioso e viabiliza-se um melhor entendimento social e cultural da diversidade religiosa. Para tanto, são reassumidas as Unidades Temáticas, dispostas para o Ensino Fundamental, ampliando a abordagem de novos saberes e conceitos. Nessa perspectiva, é necessário conhecer e explorar o sentido religioso na ciência, como fonte plural e de garantia dos direitos

fundamentais de liberdade e de expressão religiosa a todos. Oportuniza ao jovem do Ensino Médio conhecimentos sobre organizações religiosas, fundamentos de vida não religiosa, filosofias de vida, história cultural e religiosa das sociedades, possibilitando compreensão da realidade.

Esses conhecimentos, enriquecidos pelo professor, contribuem para a construção, reflexão e socialização de aprendizagens de diversas culturas, proporcionando, por meio das ciências religiosas, a formação integral e o respeito à convivência e às inter-relações. Portanto, nas escolas da SCALIFRA-ZN, com esses pressupostos, objetiva-se que o educando aprenda a conhecer, a ser, a fazer, a conviver e a compreender que possui potencial para aprender a crer. O ato de crer resulta de um processo educativo no qual são apresentados referenciais que remetem à Transcendência. Nessa perspectiva, o Ensino Religioso é espaço de ressignificação da vida e da realidade, a ponto de oferecer possibilidades ao jovem, muitas vezes, tão desprovido de referenciais. Trata-se de um conhecimento fundamental para problematizar a existência, articular respostas éticas e morais às questões da sociedade, apontando perspectivas futuras.

Com base nessas questões, no Ensino Religioso, como Área de Conhecimento, articulam-se a leitura, decodificação, análise e compreensão ampliada do fenômeno religioso, ou seja, do olhar sobre o ser humano, tanto na esfera pessoal quanto social. Apresenta-se o ser humano enquanto ser em busca de transcendência, para superar limites da imanência e alcançar estágios mais elaborados na dimensão da espiritualidade. Sem negar a adesão à fé, propõe-se um estudo do conhecimento religioso como construção, fruto do esforço humano para descrever o fenômeno religioso e, por isso, elegem-se as dimensões antropológica, sociológica, psicológica, filosófica, metafísica e teológica. Os fundamentos, conceitos e a pluralidade da religião são, portanto, estudados com autonomia epistemológica, a fim de aprofundar o paradigma do Ensino Religioso e superar posturas catequéticas ou proselitistas.

2. Metodologia do Ensino Religioso no Ensino Médio

O Ensino Religioso consolida-se nas Escolas da SCALIFRA-ZN como Área de Conhecimento e, portanto, compõe a organização curricular no que tange à articulação dos itinerários formativos, com carga horária e conhecimentos próprios, trazendo para o trabalho pedagógico uma metodologia que parte do estudante, como agente de sua formação. Nessa perspectiva, a realidade do estudante é o

ponto de partida e o ponto de chegada do processo de ensino-aprendizagem, consideradas as peculiaridades da comunidade escolar, a fim de propiciar ao aluno a compreensão das diferentes manifestações do sagrado, ressaltando o respeito às opções das pessoas na busca da espiritualidade e no exercício do diálogo inter-religioso.

Na metodologia proposta pelas escolas franciscanas, fundamenta-se a organização do conhecimento religioso e das relações do ser humano com o Transcendente, presentes nas manifestações religiosas e no sagrado do fenômeno religioso. Possibilita-se uma relação dialética e um fazer pedagógico dinâmico que permita a interação e o diálogo no processo de construção e de socialização do conhecimento, de maneira que professor e aluno, juntos, possam ressignificar o conhecimento, por meio da observação-reflexão-informação (Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso - FONAPER, 2000, p. 34 e 35). Dessa forma, oportuniza-se a problematização do conhecimento religioso, vivenciado na família e na escola, como expressão do fenômeno religioso presente em todas as culturas, enquanto conhecimento humano, historicamente constituído. Busca-se compreender o conhecimento revelado, fundamento de crenças, assumido a partir da acolhida do ser humano, o que supõe adesão como ato de fé (PCNER 1997, p. 22).

Nesses parâmetros, o conhecimento do fenômeno religioso fundamenta-se nas ciências humanas, sociais e nas denominações religiosas, suporte mínimo e necessário ao desenvolvimento do Ensino Religioso, como saber que remete à construção da identidade religiosa no ser humano e cujo entendimento parte de diferentes possibilidades, como proposta pedagógica que respeita as diversas expressões religiosas na comunidade escolar.

O saber, nesses termos, pode ser classificado como: ■ Saber em si - ocorre quando há um olhar acerca de algo, de alguém, de algum lugar, que se resume no repasse de informações; é a informação pela informação. Isto também ocorre no Ensino Religioso, quando se faz o ensino da doutrina (doutrinação). Nesse sentido, o “saber”, construído a partir das respostas elaboradas pelas tradições e culturas religiosas, é caracterizado como um “saber em si”, veiculado como informação, mesmo que seja na perspectiva da pluralidade (mais de uma), o que não corresponde ao posicionamento das escolas da SCALIFRA-ZN.

■ Saber em relação - é o saber a partir de múltiplas relações sociais, políticas, econômicas, ideológicas, expresso pelo currículo organizado na perspectiva das relações do ser humano consigo mesmo, com os outros, com o mundo e o Transcendente. ■ Saber de si - parte de si mesmo na busca de respostas existenciais (Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Por que vivo?), procurando construir a sua identidade religiosa.

Para melhor entendimento, o saber em si (expresso pelos conteúdos), considerado na perspectiva das relações históricas, desencadeia uma valoração de ética (comportamento decorrente) que, hoje, é explorado como unidade temática, objetos de conhecimento, articulação dos saberes aos princípios e valores de vida e suas respectivas atitudes. Essa ação metodológica se aloja na antropologia, visto que surge no humano e para o humano, na teia das relações constituídas historicamente. O saber em relação ancora-se na perspectiva franciscana, visto que, no âmbito relacional, o ser humano confere sentido a partir de experiências realizadas com o diferente (o outro). Trata-se do fundamento da fraternidade em que se cria a unidade na diversidade e onde se instaura o diálogo que parte do respeito e da reverência ao outro, como “imagem e semelhança” do Criador. O saber de si busca o entendimento de si, que se dá na reconstrução de significados pela releitura (análise, interpretação) dos elementos do fenômeno religioso, pois, para todo ser humano, culturas e tradições religiosas são elementos significativos, densos e tensos, que se conectam na formação do cidadão. Assim, o saber de si fundamenta-se na fenomenologia religiosa e na capacidade de assumir e atribuir significados à vida.

Com base nesses pressupostos, o saber em relação e o saber de si são os pressupostos norteadores da metodologia adotada pelas escolas da SCALIFRA-ZN e, por meio deles, visa-se a desenvolver a autonomia do sujeito diante do conhecimento proposto. Nesses termos, considerando a autonomia do aluno e a mediação do conhecimento, promovidas pelo professor, como elemento preponderante do processo de ensino-aprendizagem, é objeto do Ensino Religioso, como as demais disciplinas, pensar a dinamização do trabalho docente, como área do conhecimento que se apoia em formas metodológicas da observação-reflexão-informação. A observação, dessa forma, deve atender ao saber-fazer do educando, por meio de atividades operatórias diretas, trabalhos escritos, entrevistas, seminários e contação de histórias. Na avaliação, objetiva-se um processo gradual,

permanente e evolutivo, de forma que o aluno perceba as razões, construa conceitos e ressignifique o que já sabe. A observação, portanto, não é apenas uma experiência visual, mas algo que se ajusta às condições externas e internas do observador, sua caracterização e etapas da fé (FOWLER, 1992).

A reflexão, por sua vez, é um procedimento que acompanha todo o processo, desde a observação à informação, nas múltiplas relações sociais nas quais se estruturam, numa dinâmica de movimentos constantes. Sugere-se, portanto, que o professor encaminhe a reflexão por meio de questionamentos, diálogos, problematizações que promovam a conscientização e o entendimento do objeto de estudo, no caso o fenômeno religioso. Essa compreensão progressiva permitirá ao aluno ampliar sua visão, libertar-se de preconceitos, perceber a unidade na diversidade das tradições religiosas, para alcançar a etapa da informação que remete à consolidação e à apropriação do conhecimento.

De acordo com os objetivos a que a disciplina se propõe, esses elementos metodológicos devem respeitar formas de compreensão distintas, isto é, conforme a idade, os jovens compreendem diferentemente realidades, por conta de seu desenvolvimento cognitivo, psicossocial e moral. Esses elementos metodológicos devem oportunizar aos pais e responsáveis o conhecimento da proposta do Ensino Religioso, com ênfase na identidade espiritual e pessoal, de característica não proselitista, evitando, assim, a imposição religiosa no espaço escolar e o respeito ao caráter plural e multicultural do componente curricular. Dessa forma, certifica-se a importância de: a. Planejar as atividades, conforme a caracterização psicossocial, moral e cognitiva de cada idade, ciclo, série e realidade. b. Organizar o espaço educativo para facilitar o diálogo e a interação entre alunos e professores, de acordo com o os objetos de conhecimento e a metodologia. c. Organizar o tempo, prevendo carga horária específica para o Ensino Religioso. d. Realizar a interdisciplinaridade do Ensino Religioso, contextualizando a inter-relação da filosofia e da espiritualidade franciscana com as demais áreas de conhecimento. e. Selecionar e estabelecer critérios de uso de materiais (objetos simbólicos, fotos, textos, entre outros) e recursos didáticos.

f. Estabelecer relações entre os saberes, facilitando o diálogo na mediação de conflitos. g. Proporcionar experiências religiosas ao aluno e a sua família para a construção e a socialização do conhecimento religioso. h. Compreender a complexidade do fenômeno religioso. i. Possibilitar o aprofundamento gradativo do fenômeno religioso dada a amplitude dos assuntos abordados. j. Adotar linguagem pedagógica adequada ao contexto escolar, permitindo a decodificação do conhecimento religioso e a sua compreensão. k. Demonstrar atitude de respeito e reconhecimento do direito à liberdade de consciência e de opção religiosa do aluno. l. Realizar celebrações e compreender símbolos das culturas e tradições religiosas. m.Apropriar-se de múltiplas leituras na abordagem da pluralidade religiosa.

Para tanto, serão definidas Competências e Habilidades Específicas que, em articulação com as habilidades dos Eixos Estruturantes, delinearão a organização curricular para o Ensino Religioso, ao mesmo tempo em que serão definidos os objetivos de aprendizagem para cada ano do Ensino Médio. Com base nesses fundamentos, o professor determinará a metodologia adequada para alcançar o desenvolvimento de competências e habilidades objetivadas.

3. Competências Específicas

O Ensino Religioso ocupa lugar central na ação educacional, visto que contribui eficazmente para a função humanizadora, comportando princípios e valores de vida, expressos por meio de atitudes franciscanas. Nessa compreensão, dada a importância da Área de Ensino Religioso para a formação integral do aluno, nas escolas da SCALIFRA-ZN, salienta-se a importância de a carga horária estar inserida na organização dos Itinerários Formativos, definindo Competências e Habilidades específicas e seus respectivos objetos de conhecimento.

Cabe destacar que, em razão da necessidade legal e da garantia de um ensino contextualizado e prático para o Ensino Médio, as Habilidades dos Eixos Estruturantes convergem para um trabalho interdisciplinar e transversal no Ensino Religioso, compondo a organização curricular assumida na escola. Destaca-se que,

para cada ano do Ensino Médio, existe um tema articulador no qual serão desenvolvidos saberes que favorecem a autopercepção, a cidadania, a espiritualidade e a vocação. Ainda, em torno do eixo temático definido para o Ensino Religioso, são elencadas Competências Específicas que, a saber, podem ser caracterizadas em sua especificidade.

COMPETÊNCIA 1: Desenvolver a identidade religiosa e relacionar-se com o Transcendente por meio de atitudes fraternas e respeitosas com o próximo.

Nesta Competência, parte-se da identidade religiosa como elemento fundamental para a formação do caráter e da personalidade. Trata-se do respeito à integralidade do ser, à dimensão espiritual, como fundamento da pessoa, ao desenvolvimento da identidade religiosa, pela autopercepção e autoconhecimento, a partir de pesquisas, entrevistas e coleta de informações, em que o estudante reconhece aspectos relacionados à herança e à cultura familiar e a experiências pessoais. Franciscanamente, por meio dessa competência, atribui-se valor à dimensão relacional, posto que destaca a relação com o Transcendente, que se materializa pelo cuidado, respeito e reverência ao próximo (Mt 25, 31-39). Objetiva-se que o estudante reconheça, valorize e acolha o caráter singular e diverso do ser humano, com base na identificação e no respeito às semelhanças e diferenças entre o eu (subjetividade) e os outros (alteridades), na compreensão dos símbolos e significados e na relação entre imanência e transcendência.

COMPETÊNCIA 2: Aprofundar a espiritualidade, analisar as diversas experiências pessoais e coletivas, como a busca da realização, da confiança em si mesmo e do respeito às diferenças.

Por meio desta Competência, busca-se reconhecer a espiritualidade para esclarecimento de questões essenciais, como finitude, eternidade, ser, imanência e transcendência. Na procura por compreensão, o ser humano confere valor de sacralidade a objetos, coisas, pessoas, forças da natureza ou seres sobrenaturais e transcende a realidade. Para tanto, utiliza-se uma abordagem interdisciplinar que integra conceitos da psicologia transpessoal ou integrativa, discussão sobre

metanecessidades, sobre fundamentos da antropologia e demais Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Consideram-se construções subjetivas e coletivas, alimentadas por diferentes práticas espirituais e ritualísticas, que incluem cerimônias, celebrações, orações, festividades, peregrinações, entre outras. Enquanto linguagem gestual, os ritos narram, encenam, repetem e representam histórias e acontecimentos religiosos. Dessa forma, se o símbolo é uma representação que significa outra, o rito é um gesto que aponta para outra realidade.

COMPETÊNCIA 3: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em âmbito local, regional, nacional e mundial, em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a posicionar-se criticamente em relação a esses processos e a possíveis relações entre eles.

Com base na competência 3, objetiva-se ampliar a capacidade do estudante quanto à elaboração de hipóteses e à formulação de argumentos com base na sistematização de dados, leitura e interpretação de textos, análise de contextos e abordagens de diferentes concepções filosóficas religiosas. Objetiva-se também utilizar determinadas ferramentas para compreensão da sistematização e transmissão de textos sagrados, sejam eles orais sejam escritos, de grupos e instituições religiosas e não religiosas; aplicar conceitos de dogmas e verdades que atribuem sentido e finalidade à existência, bem como orientar formas de relacionamento com a(s) divindade(s) e com a natureza na temporalidade, nas sociedades e territorialidades; esclarecer também sobre a importância de diferentes linguagens e narrativas que expressam conhecimentos, crenças, valores e práticas que acessam informações, resolvem problemas e, especialmente, favorecem o protagonismo.

Por fim, avaliar processos de longa e curta duração, discutir razões sobre formas de ruptura, avaliar mecanismos de conservação ou transformação e analisar mudanças de paradigma, como as decorrentes dos impactos tecnológicos, são objetivos metodológicos relevantes para uma prática reflexiva e ética na presente disciplina.

COMPETÊNCIA 4: Participar pessoal e coletivamente do debate público, de forma consciente e qualificada, respeitando as diferentes posições, com vistas a escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida autônomo, crítico e responsável.

Com base no estudo desta competência, aprofundam-se conceitos de diversos aspectos da vida humana e social, evocando questões relacionadas à política, economia, religião e cultura, bem como à pesquisa e à devida interpretação de temas relacionados à vida. Procura-se reconhecer e analisar o conjunto de elementos que originam narrativas religiosas, de modo mais ou menos organizado, passadas de geração em geração, por meio da oralidade. Desse modo, historicamente, cosmovisões, crenças, ideias de divindade, narrativas e mitos sagrados constituíram tradições específicas, inicialmente orais.

Em algumas culturas, o conteúdo dessa tradição foi registrado em textos escritos. As interpretações podem ser variadas e o uso de determinadas palavras no cotidiano podem levar a polêmicas e conflitos, em especial, por envolver doutrinas políticas que, não raro, são controvertidas. Diante desse desafio, oportuniza-se o aprofundamento de conhecimentos adquiridos, capacidade crítico-argumentativa, bem como o reconhecimento do diferente, de forma respeitosa e dialogal. Com isso, a violência física, virtual, verbal e simbólica deve ser superada, com base na valorização de diferentes culturas, em especial, de povos indígenas e afrodescendentes. Por fim, nesta competência, alude-se ao debate acerca da temática dos Direitos Humanos, em especial, sobre a aquisição de consciência e responsabilização pessoal, comunitária, nacional e internacional.

COMPETÊNCIA 5: Participar, pessoal e coletivamente, de celebrações, ritos e práticas religiosas, respeitando diferentes concepções e expressões de fé, com vistas à valorização da pluralidade cultural e religiosa.

Com esta competência, procura-se desenvolver a capacidade de conhecer a fenomenologia religiosa por meio da participação em ritos, festas, cerimônias e

celebrações, com vistas à compreensão e à valorização de diferentes concepções e manifestações de fé. Dessa forma, o estudante poderá exercitar a postura dialogal e a reverência ao sagrado em suas diferentes expressões.

COMPETÊNCIA 6: Demonstrar a relação com o Transcendente, por meio da reflexão sobre os valores humanos e da vivência da espiritualidade, para autorrealização e concretização do projeto pessoal de vida.

Com base nesta competência, visa-se ao desenvolvimento da dimensão espiritual, inerente a toda pessoa. Trata-se do reconhecimento de que, acima de qualquer seguimento religioso, todos são dotados de espiritualidade, o que confere sentido ao ser e ao viver. Nesses termos, o estudante, ao desenvolver a presente capacidade, atingirá maior potencial de autorrealização e de concretização de seu projeto pessoal de vida.

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 1º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: AUTOCONHECIMENTO E CUIDADO COM A VIDA Desenvolver a identidade religiosa e relacionar-se com o Transcendente por meio de atitudes fraternas e Competência 1: respeitosas com o próximo. Competência 2: Aprofundar a espiritualidade, analisar as diversas experiências pessoais e coletivas, como a busca da realização, da confiança em si mesmo e do respeito às diferenças.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DE CONHECIMENTO

UNIDADES TEMÁTICAS Valorizar a pessoa como imagem e seme lhança do Criador. Construir o eu pessoal à luz do sagrado. Provocar reflexões e práticas de valoriza ção da vida em suas diversas instâncias. Reconhecer a dimensão humana por meio da empatia e do cuidado com o outro. Interiorizar os conceitos e perceber a reali dade divina de forma real e sobrenatural. Praticar atitudes de pertença e de vínculo com a espiritualidade franciscana.

(EM1ER01SCALIFRA) Desenvolver a autoaceitação e a autoestima, reconhecendo a própria vida como dom sagrado. (EM1ER02SCALIFRA) Identificar as etapas pessoais de definição da sacralidade na estruturação da personalidade, com vistas à construção do projeto de vida. (EM1ER03SCALIFRA) Expressar princípios de vida e internalizar valores pessoais e familiares em reverência à vida. (EM1ER04SCALIFRA) Desenvolver o senso fraterno nas relações pessoais e interpessoais, a fim de primar pela capacidade do diálogo e da acolhida à diversidade. (EM1ER05SCALIFRA) Caracterizar significativa - mente os conceitos e as vivências de Transcen - dência e de Imanência e determinar sua correlação interdependente. (EM1ER06SCALIFRA) Conhecer os valores e virtu - des franciscanos e despertar para a vivência de sua espiritualidade.

A pessoa humana • Autoestima e dignidade • Autoconhecimento • Projeto de vida (O que é? Qual • a sua importância?) Valor da família na formação • da pessoa Relações interpessoais e • autoconhecimento Valor da diversidade • Seres em relação conosco, • com o mundo, com o outro e com o Transcendente Deus – Transcendente: Criador • e criatura Valores e virtudes francis • canos: reverência, gentileza, cortesia, fraternidade, diálogo A experiência religiosa e a • noção do Sagrado: Imanência e Transcendência Espiritualidade Franciscana •

RELAÇÃO COM O TRANSCENDENTE

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 1º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: AUTOCONHECIMENTO E CUIDADO COM A VIDA Competência 3: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em âmbito local, regional, nacional e mundial, em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a posicionar-se criticamente em relação a esses processos e a possíveis relações entre eles .Competência 4: Participar pessoal e coletivamente do debate público, de forma consciente e qualificada, respeitando as diferentes posições, com vistas a escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida autônomo, crítico e responsável.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Assumir a identidade religiosa e respeitar as demais. Valorizar a diversidade religiosa e agir de forma respeitosa diante de todas as manifestações e concepções do sagrado, desde o lugar de vivência.

(EM1ER07SCALIFRA) Reconhecer, em pesquisas e estudos, as identidades religiosas presentes na dimensão humana. (EM1ER09SCALIFRA) Analisar expressões de fé e práticas religiosas a partir de comportamentos, culturas, diferen tes ritos, símbolos e celebrações.

O Transcendente na diversidade • religiosa: religi ões e sociedades O cultivo do Sagrado na cons • trução e vivência do projeto de vida Compreender a importância de princípios morais e éticos para a vivência em socie - dade, realizar escolhas e se empenhar em ações em prol do bem comum. Construir o projeto de vida na dimensão ética e coletiva e refletir sobre ele.

(EM1ER10SCALIFRA) Demonstrar capacidade de assumir, com autonomia, consequências de escolhas feitas, com vistas à autorrealização e ao bem comum. (EM1ER11SCALIFRA) Elaborar o projeto pessoal, respeitar a defesa da vida e visar ao exercício da ética social em atitude cidadã. Reconhecer exemplos e testemunhos de vida, alinhados à pedagogia franciscana. Entender a vida como dom sagrado em todas as suas dimensões. Construir o projeto de vida de acordo com afinidades.

(EM1ER12SCALIFRA) Conhecer e analisar referenciais de vida, líderes religiosos e pessoas que serviram de modelo ao longo do tempo em diversas sociedades. (EM1ER13SCALIFRA) Reconhecer a vida como presente de Deus e valorizá-la em todas as suas dimensões.

A vida, dom Sagrado: valor e • defesa Reverência e cuidado com o • corpo e com a vida Humanismo Franciscano: vivên • cia da espiritualidade francis cana (EM1ER15SCALIFRA) Realizar escolhas pautadas em dons pessoais e voltadas à idealização do projeto de vida.

Visão integradora da vida: do • pensar ao agir Projeto de vida: relação traba • vocação/profis lho/emprego; são

BOLOS, MITOS, RITOS E TEXTOS MANIFESTAÇÕES DO SAGRADO: SÍMCOM A VIDA REVERÊNCIA E CUIDADO

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 1º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: AUTOCONHECIMENTO E CUIDADO COM A VIDA Competência 5: Participar, pessoal e coletivamente, de celebrações, ritos e práticas religiosas, respeitando diferentes concepções e expressões de fé, com vistas à valorização da pluralidade cultural e religiosa.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Engajar-se em atividades que promovam o bem. Valorizar e praticar a gratidão como me mória do coração. Vivenciar a fé. Manifestar respeito frente às expres - sões de fé, celebrações, ritos e práticas religiosas.

(EM1ER16SCALIFRA) Conhecer práticas e ações que condu zam à cultura de paz e bem. (EM1ER17SCALIFRA) Celebrar e agradecer a vida em todas as suas expressões. (EM1ER18SCALIFRA) Desenvolver uma atitude reverente diante da transcendência.

Campanha da Fraternidade • (temática anual) Celebrações e Festas • Religiosas Festas Franciscanas • Aplicar o carisma e a espiritualidade fran ciscana em busca de relações fraternas. Demonstrar respeito em relação às di - ferentes formas de vida e engajar-se em ações que priorizem o cuidado, a susten tabilidade e o bem comum.

(EM1ER19SCALIFRA) Apropriar-se da espiritualidade fran ciscana, como forma de celebrar a vida, a divindade e as relações fraternas.

CELEBRAÇÃO DA VIDA

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 2º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: ATITUDES E ESCOLHAS DE SENTIDO À VIDA Desenvolver a identidade religiosa e relacionar-se com o Transcendente por meio de atitudes fraternas e respeitosas

Competência 1: com o próximo .

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Assumir atitudes de respeito para com o próximo, superando preconceitos, rótulos e discriminações. Conceber o outro como extensão de si por meio de atitudes como a empatia, cooperação e envolvimen to afetivo e responsável. Partilhar experiências religiosas por meio do diálogo. Conhecer e desconstruir preconceitos acerca de outras manifestações religiosas, por meio da escuta, do diálogo e da troca de experiências.

(EM2ER01SCALIFRA) Desenvolver a identidade pesso al em atitude de respeito para com o diferente.

Construção da identidade e • da relação com a alteridade A identidade no compromis • so com o outro a serviço da vida A experiência religiosa e • a noção do Sagrado e do Profano (EM2ER02SCALIFRA) Compreender a experiência pessoal-religiosa, dialogando com pessoas de diferentes crenças religiosas numa perspectiva ecumênico-relacional.

Cultivo do Sagrado • Vivenciar a religião e a religiosidade. Compreender que o sagrado e o profano são duas possibilidades de experienciar a vida: o sagrado é um modo de ser da pessoa religiosa, e o profano, um modelo de se relacionar com o mundo da pessoa não religiosa.

(EM2ER03SCALIFRA) Compreender as religiões, como espaço de relação com o Transcendente. (EM2ER04SCALIFRA) Conceituar a dimensão sagrada e profana da vida em correlação com as experiências religiosas e os elementos relacionais.

RELAÇÃO COM O TRANSCENDENTE Compreender o sagrado como elemento fundamen tal do campo religioso.

(EM2ER05SCALIFRA) Apresentar respeito e reverência , demonstrando fé ou atitude de para com o Sagrado abertura dialogal. Participar de experiências de meditação, contempla ção, oração e reflexão que visam à conexão com o sagrado.

(EM2ER06SCALIFRA) Cultivar a dimensão espiritual, reconhecendo-se como um ser religioso e sagrado.

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 2ª ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: ATITUDES E ESCOLHAS QUE DÃO SENTIDO À VIDA. Competência 2: Aprofundar a espiritualidade, analisar as diversas experiências pessoais e coletivas, como a busca da realização, da confiança em si mesmo e do respeito às diferenças. Competência 3: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em âmbito local, regional, nacional e mundial, em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a posicionar-se criticamente em relação a esses processos e a possíveis relações entre eles Competência 4: Participar pessoal e coletivamente do debate público, de forma consciente e qualificada, respeitando as diferentes posições, com vistas a escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida autônomo, crítico e responsável.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Valorizar o pluralismo religioso à luz do testemunho de vida de São Francisco de Assis, de forma a identificar o que há de comum em cada expressão religiosa.

(EM2ER07SCALIFRA) Analisar o pluralismo religioso na perspectiva franciscana e dialogal, respeitando as diferentes concepções de fé.

Pluralismo religioso: ecumenismo • e diálogo inter-religioso Textos, ritos e símbolos sagrados • Espiritualidade Franciscana • Compreender e interpretar os símbolos e ritos, como forma de comunicação e organização da vida humana. Conhecer o contexto histórico-geográfico em que foram escritos os textos sagra - dos, de forma a compreender o sentido e experiências de vida. Agir, de forma reflexivo-crítica, diante da realidade, tendo como referência os princípios e valores franciscanos.

(EM2ER08SCALIFRA) Identificar diferentes ritos e sím bolos sagrados em diferentes instituições e expres sões religiosas. (EM2ER09SCALIFRA) Ler textos sagrados para desen volver a espiritualidade pessoal. Desenvolver princípios e valo (EM2ER10SCALIFRA)

res franciscanos para assumir a identidade religiosa.

RITOS E TEXTOS SÍMBOLOS, MITOS, MANIFESTAÇÕES DO SAGRADO:

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 2º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: ATITUDES E ESCOLHAS QUE DÃO SENTIDO À VIDA. Competência 2: Aprofundar a espiritualidade, analisar as diversas experiências pessoais e coletivas, como a busca da realização, da confiança em si mesmo e do respeito às diferenças. Competência 3: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em âmbito local, regional, nacional e mundial, em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a posicionar-se criticamente em relação a esses processos e a possíveis relações entre eles.Competência 4: Participar pessoal e coletivamente do debate público, de forma consciente e qualificada, respeitando as diferentes posições, com vistas a escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida autônomo, crítico e responsável.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Refletir sobre ações individuais e coletivas para agir, eticamente, em relação ao bem comum. Identificar situações que não dialogam com a DUDH, discutir ações e projetos que sintonizem demandas da comunidade, engajando-se social mente. Conhecer biografias e histórias de vida que fi zeram diferença no mundo, inspirando-se nelas para projetos pessoais, dentro de uma perspec tiva de bem comum. Refletir sobre a importância de parâmetros para a convivialidade, participando da discussão e da elaboração de projetos e de práticas em prol do bem comum (na perspectiva franciscana). Conhecer aspectos da vida de São Francisco e reconhecer, em seu legado, inspiração para a vida ou para as relações com o outro e com toda a Criação. Compreender o significado de vocação na pers pectiva cristã-católica, de forma a subsidiar a reflexão acerca do papel e da missão que cada pessoa pode desempenhar na comunidade e na sociedade como um todo.

(EM2ER11SCALIFRA) Conceituar ética, cidadania e moral. (EM2ER12SCALIFRA) Conhecer e interpre tar a Declaração Universal dos Direitos Humanos na perspectiva da liberdade e responsabilidade pessoal. (EM2ER13SCALIFRA) Compreender legados, valores e conceitos de grandes líderes da humanidade. (EM2ER15SCALIFRA) Participar, com auto nomia, da elaboração de compromissos de vida, regras de convívio, colaborando para o bem comum com base na utopia franciscana. (EM2ER16SCALIFRA) Desenvolver a espiri tualidade pessoal, assumindo os princí pios do humanismo franciscano. (EM2ER17SCALIFRA) Aprofundar as esco lhas pessoais e profissionais, participan do de diferentes atividades vocacionais.

Ética e Cidadania: direitos e deveres • A Constituição Brasileira e o cuida • do com a vida Declaração Universal dos Direitos • Humanos Liberdade e responsabilidade • Testemunho de Vida - Líderes reli • giosos e civis: conceitos e legados A utopia de paz e bem • Mandamentos da juventude fran • ciscana Cultivo franciscano: vivência da • espiritualidade franciscana Projeto de Vida: relação trabalho/ • emprego; vocação/profissão O valor da vivência da espirituali • dade na vida pessoal e profissional Experiências com o mercado de trabalho (visitas, palestras, práti cas a serviço do bem comum, entre outros)

COM A VIDA REVERÊNCIA E CUIDADO

ANO - ENSINO MÉDIO

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 2 º

TEMA: ATITUDES E ESCOLHAS QUE DÃO SENTIDO À VIDA.

Competência 5: Participar, pessoal e coletivamente, de celebrações, ritos e práticas religiosas, respeitando diferentes concepções e expressões de fé, com vistas à valorização da pluralidade cultural e religiosa.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Identificar, no sagrado, uma atitude de em - patia e respeito, tendo em vista a unidade na diversidade.

(EM2ER19SCALIFRA) Demonstrar reve rência para com as práticas celebrativas de diversas expressões religiosas. Contemplar e celebrar a Criação para desper - tar atitudes de autocuidado, cuidado com o outro e com a valorização de todas as formas de vida.

(EM2ER20SCALIFRA) Participar de cele brações franciscanas, apropriando-se de valores e atitudes significativos para a vida. (EM2ER21SCALIFRA) Compreender ritos, símbolos e práticas celebrativas, con - textualizando as diferentes culturas e tradições religiosas.

Campanha da Fraternidade (temática • anual) Celebrações e Festas Religiosas • Festas Franciscanas • Cultivo franciscano: vivência da espiri • tualidade franciscana Caminhada Franciscana pela PAZ • Celebrações e Festas Religiosas: místi • ca da Páscoa e do Natal, entre outros

DA VIDA CELEBRAÇÃO

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 3º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: O SAGRADO COMO FUNDAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL Competência 2: Aprofundar a espiritualidade, analisar as diversas experiências pessoais e coletivas, como a busca da realização, da confiança em si mesmo e do respeito às diferenças

. Competência 6: Demonstrar a relação com o Transcendente, por meio da reflexão sobre os valores humanos e da vivência da espiritualidade, para autorrealização e concretização do projeto pessoal de vida.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Entender que somos seres relacio - nais em sintonia com o outro, com Deus e com a natureza.

(EM3ER01SCALIFRA) Compreender diferentes expressões da relação pessoal e social, ana lisando identidades, culturas e tradições com respeito e diálogo. Conhecer a história familiar por meio de diálogos, relatos de vida que resgatam memórias e vivências religiosas, para ressignificar e valo rizar a própria identidade.

(EM3ER03SCALIFRA) Valorizar a tradição fa - miliar, como primeiro espaço de construção da identidade religiosa e ética.

Vocação fundamental e específica da • pessoa: vocação/ideal/sentido da vida Chamado de Deus e vocação • O valor da família na vida do jovem • O valor das relações • Reverência e compromisso com a vida e • com o outro

O TRANSCENDENTE RELAÇÃO COM Compreender o significado con - ceitual e prático do diálogo para além de relações exclusivamente humanas, mas fundamentais em qualquer relação.

(EM3ER04SCALIFRA) Demonstrar capacidade de dialogar com o outro, para conferir sentido às relações e à vida. Entender a dimensão do diálogo na perspectiva franciscana.

(EM3ER05SCALIFRA) Assumir o diálogo fran ciscano, como forma de aproximação e acolhi da fraternal para com o diferente.

O diálogo e o sentido da vida •

TEXTOS SÍMBOLOS, MITOS, RITOS E MANIFESTAÇÕES DO SAGRADO:

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 3º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: O SAGRADO COMO FUNDAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL Competência 3: Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, em âmbito local, regional, nacional e mundial, em diferentes tempos, a partir de procedimentos epistemológicos e científicos, de modo a posicionar-se criticamente em relação a esses processos e a possíveis relações entre eles.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Compreender a vida em sua totalidade e discernir, por meio de atos e atitudes, o melhor caminho a ser tomado. Identificar princípios religiosos que dialo guem com as normas éticas e que orien tem o exercício de todas as profissões. Compreender o desenvolvimento da espi - ritualidade como potencializador da vida pessoal e profissional. Reconhecer diferentes formas de trabalho e a importância de todas as profissões na dinâmica da sociedade. Diferenciar os significados de trabalho e a relação com a liberdade entre TER e SER. Desenvolver a autoconfiança, explorar as oportunidades de forma a se comprometer com a carreira, a família e demais respon sabilidades.

(EM3ER07SCALIFRA) Discernir, com sabe doria, conflitos e complexidade da vida, demonstrando autonomia e autoconfiança. (EM3ER08SCALIFRA) Relacionar a vivência de uma religião ou espiritualidade à escolha de uma profissão. (EM3ER10SCALIFRA) Perceber-se pessoa de valor no contexto da vida. (EM3ER11SCALIFRA) Valorizar o trabalho como fonte de vida humana e cristã. (EM3ER12SCALIFRA) Reconhecer a escolha de uma profissão como etapa da autorreali zação.

Diversidade e escolhas do jovem • Os mandamentos da Juventude • Franciscana Dons e serviço • O Sagrado em nossos projetos • : valores fundamentais para o Ethos • mercado de trabalho O sentido do trabalho (na história, • na contemporaneidade e no francis canismo) Projeto de Vida: relação trabalho/ • emprego; vocação/profissão O valor da vivência da espiritualida • de na vida pessoal e profissional Experiências com o mercado de tra • balho (visitas, palestras, práticas da colocação de dons a serviço, entre outros) Conhecer e dialogar com profissionais de diferentes áreas.

(EM3ER13SCALIFRA) Analisar o mercado de trabalho e o potencial pessoal, avaliando o projeto de vida.

A VIDA REVERÊNCIA E CUIDADO COM

REFERENCIAL PEDAGÓGICO FRANCISCANO SCALIFRA- ZN – ENSINO RELIGIOSO – 3º ANO - ENSINO MÉDIO TEMA: O SAGRADO COMO FUNDAMENTO PARA A CONSTRUÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL Competência 4: Participar pessoal e coletivamente do debate público, de forma consciente e qualificada, respeitando as diferentes posições, com vistas a escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida autônomo, crítico e responsável.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

HABILIDADES

OBJETOS DO CONHECIMENTO

UNIDADE TEMÁTICA Valorizar celebrações na escola e na co munidade. Compreender e respeitar os rituais sagra dos das diferentes manifestações religio sas.

(EM3ER14SCALIFRA) Cultivar as celebrações e festas, aproximando-as da sua vivência pessoal. (EM3ER15SCALIFRA) Analisar as práticas celebrativas em diferentes crenças, filoso fias e religiões, reconhecendo identidades e expressões de fé.

Campanha da Fraternidade: temáti • ca do ano Festas Franciscanas: 10 de maio: • Madre Madalena Damen - fundado ra da congregação das Irmãs Fran ciscanas da Penitência e Caridade Cristã 04 de outubro - Francisco de Assis • Cultivo franciscano: vivência da • espiritualidade franciscana Caminhada Franciscana pela PAZ • Celebrações e Festas Religiosas: • mística pascal e natalina, entre outras Planejar e participar de campanhas e projetos solidários na comunidade e se engajar em ações que visem ao cuidado com a Casa Comum.

(EM3ER16SCALIFRA) Vivenciar a espirituali dade franciscana, engajando-se em ações, celebrações e projetos que visem à transfor mação da realidade local, regional e global.

CELEBRAÇÃO DA VIDA