JS PAULISTA 24-10-2009

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Sábado, 24 de outubro de 2009

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Prefeitos fazem mobilização por mais recursos do governo

Em Taquarituba, a manifestação reuniu autoridades e funcionários municipais na Praça São Roque

O Brasil teve uma queda na arrecadação do IPI, que fez com que o FPM, o Fundo de Participação dos Municípios, também fosse prejudicado. O FPM é o nome dado ao repasse de verbas do Governo para as cidades. Que é feito de acordo com o número de habitantes estimado pelo IBGE. É esse dinheiro que garante investimentos nos diversos setores como educação, saúde, transporte e outros mais. Por causa da crise, que começou em julho do ano passado, o presidente Lula exonerou a carga tributária, espe-

rando que isso contribuísse para reanimar a economia. O reflexo foi menos dinheiro para que os municípios invistam no que estava planejado e é necessário. É por isso que a Confederação dos Municípios do Brasil definiu que cada região vai se mobilizar para pedir mais recursos. Ontem a grande maioria dos municípios brasileiros participou de uma mobilização referente ao "Dia Nacional em Defesa dos Municípios". Em Sarutaiá, foi realizada conforme programação agendada pelos prefeitos perten-

centes à Associação dos Municípios do Vale do Paranapanema (Amvapa), a manifestação encabeçada pelo presidente Isnar Freschi Soares (prefeito de Sarutaiá), sendo parados máquinas e funcionários de diversos setores, oportunidade em que ao lado de Betinho - presidente da Câmara, vereadores Nani, Cacadi e João Rosa, diretores e coordenadores, o prefeito explicou a situação aos funcionários, dizendo que a queda no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tem gerado grandes problemas financeiros, dentre eles o atra-

so na conclusão de obras, prestação de serviços à população e ainda contenção de despesas. "Nosso município é essencialmente agrícola e dependemos desse dinheiro do governo para manter as atividades em funcionamento. Além disso, essa é a prova de que a crise de fato já atingiu os pequenos municípios da nossa região", frisou. Em Taquarituba, o prefeito Miderson Zanello Milléo reuniu máquinas e funcionários na Praça São Roque, onde explicou que essa é uma manifestação apartidária. Salientou que existem dois Brasis, um da mídia, das propagandas em jornais e na TV, de inaugurações de obras que nem foram iniciadas, e outra com uma realidade bem diferente, onde recursos são cortados e as responsabilidades financeiras dos municípios aumentam a cada dia. "Paramos hoje alguns setores da prefeitura para esta manifestação pacífica, mas os setores essenciais continuam normalmente para não prejudicar a população. O governo federal precisa saber que os cidadãos não moram na federação ou no estado, mas no município, e este é quem tem que arcar com as despesas de saúde, educação, ação social, e é por este motivo que estamos nos manifestando hoje". Os municípios de Riversul e Barão de Antonina também aderiram ao movimento, colocando faixas e veículos da municipalidade em frente à prefeitura. Chico Neres salientou a importância da participação dos municípios neste movimento. Sendo esta paralisação de grande porte, pois envolve a maioria dos municípios brasileiros.

Prefeito de Barão de Antonina Chico Neres também aderiu ao movimento

Celeste, Conceição, Pedro Rocha, Cacadi, Nani, Betinho, prefeito Isnar, Vicente, Vamberto e João Rosa

Os funcionários estiveram atentos às palavras do prefeito Isnar sobre o problema causado pela crise


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