SA Varejo - Empregos

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CARDÁPIO DE LOJAS

Vai investir em expansão? Saiba qual o melhor formato para o seu negócio

CONHEÇA O MVP

A técnica utilizada por startups chega às empresas para agilizar as inovações

0 0 2

SAVAR E J O.CO M.B R S E T E MB R O DE 2018 A N O 01

Robôs varrerão milhares de vagas de trabalho. Vai ser uma catástrofe total, certo? Apenas se você quiser. A tecnologia traz, sim, ameaças, mas também boas chances. Veja qual é a real


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alessandra morita

editora alessandra.morita@savarejo.com.br

o que o “hoje” nos ensina

“A modinha de hoje é o padrão de amanhã”. A frase foi dita por Romeo Busarello, diretor de marketing e ambientes digitais da Tecnisa, durante o primeiro evento realizado por SA Varejo, que aconteceu na capital paulista em agosto (veja cobertura nesta edição). O que parece hoje uma coisa simples e pequena é rapidamente absorvida em nosso cotidiano. E, num mundo cada vez mais digital, isso acontece com uma velocidade nunca vista antes. Quem diria, por exemplo, que o MVP (Produto Minimamente Viável), muito usado por startups, dividiria espaço com o plano de negócio. A metodologia consiste na observação e coleta de dados sobre clientes, criando situações práticas de negócio para aprender rapidamente sobre um produto ou serviço em que se deseja investir ou lançar, por exemplo. Ele não substitui o método tradicional, mas está cada vez mais na pauta de profissionais, empresários e executivos. E o que dizer das mudanças relacionadas ao emprego? É fato que, em algum momento, robôs e outras tecnologias vão reduzir mais e mais postos de trabalho. Mas, por outro lado, surgem possibilidades não imaginadas. Estudantes de letras, por exemplo, ganham novas oportunidades no mercado de trabalho treinando robôs para falar igual ao ser humano. Mas sempre haverá espaço, nas empresas, para pessoas ousadas e empreendedoras, desde que consigam fazer da tecnologia sua aliada para inovar e tocar o negócio.

Publicação Cinva – Centro de Inteligência de Negócios do Varejo CEO Fundador – Sergio Alvim (sergio.alvim@savarejo.com.br) site (savarejo.com.br) Apoio diretoria: Carla Morais (carla.morais@savarejo.com.br) Conselho: Sheila Hissa, Marcelo Luz, Rogério Zetune, Renato Fonseca e Lilian Bizio Editoras: Sheila Hissa e Alessandra Morita (redação@savarejo.com.br) Colaboradores: PROJETO gráfico e direção de arte FmaisG Projetos Visuais Tratamento de Imagens: J. Soza Eventos: Rogerio Zetune (eventos@savarejo.com.br) Assinaturas: Sueli Simão (circulação@savarejo.com.br) Comercial: Marcelo Luz (marcelo.luz@savarejo.com.br) São Paulo: Alexandre Niccolai (alexandre.niccolai@savarejo.com.br) São Paulo: Ação - Vanderlan Gonçalves (vanderlan.acao@terra.com.br) RIO DE JANEIRO: Carla Morais (carla.morais@savarejo.com.br) INterior de São Paulo: Interage – Rosemeire Sesso (roseinterage@terra.com.br) Interior de São Paulo: SPI – Fabricio Baroni (fabrício@spimidia.com.br) Paraná: Spala - Gilberto Paulin (gilberto@spalamkt.com.br) Rio Grande do Sul: In Trade – Cesar Pereira (cesar.intrade@globo.com) Minas Gerais: SBF - Cibelle Bernardes (cibelle@sbfpublicidade.com.br) Nordeste: Oficina – Magali Provazzi (oficinademidia@uol.com.br). Distribuição mensal gratuita para executivos e profissionais do varejo alimentar, tiragem 32.000 exemplares Impressão: D’Arthy Gráfica / Distribuição Treelog.


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s a v a r e j o. c o m . b r . . . s e t e m b r o d e 2 0 1 8 . . . a n o 0 1

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62

cultura digital

O tema foi discutido por cerca de 100 varejistas no primeiro evento de SA Varejo, em São Paulo

72

empregos

Estima-se que robôs substituirão 800 mi de pessoas no mundo até 2030. Mas o cenário não é tão ruim. Depende de você

78

MVP: é o mínimo...

...que se precisa para lançar um produto ou serviço. Trata-se de um atalho para o plano de negócios, que visa dar maior agilidade à inovação

66

pg.

Se, no passado, era fácil escolher o formato de loja na hora de expandir, hoje a história é bem diferente. Há diversos modelos que atendem às mais variadas necessidades do consumidor. Veja qual se encaixa em seu negócio

cardápio de lojas


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Sustentável

015

Opinião – Lucas Marques

034

Giro pelas Tecs

036

TI ou equipe de tecnologia?

Monitoramento de gôndola e outras tecnologias para sua loja

Para lavar a roupa

SellOut

040

Lilica, a consumidora

040

Conheça a maratona de visitas a diferentes tipos de lojas dos seus clientes

015

Produzido de plástico reciclado, o Cora Ball limpa a roupa e também preserva os oceanos

NovosMapas

016

20% mais vendas

016

Se o seu marketing utilizar dados para tomar decisões, mostra estudo do BCG e do Google

Inovação para todos

020

Exemplos

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GPA cria laboratório para incentivar a inovação em processos e serviços

Veja como o uso da tecnologia mudou o rumo de um país e de alguns varejistas. E saiba o que você pode tirar de lição disso

Fake marketing

Vendas em um clic

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Supermercados estão aderindo a uma plataforma de venda pela internet que se encarrega de toda a operação: da venda online até a entrega

Foco na marca própria

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Categorias crescem

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Kroger prioriza esses itens em seu delivery para se diferenciar Conheça 6 categorias que cresceram em valor e volume

De Olho na Prateleira

Conheça produtos que estão chegando ao mercado

TodosNós A tecnologia não faz. Ainda?

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Três coisas que as máquinas não copiam do homem CAPA imagem: 123rf

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Britânica Tesco é acusada de mentir sobre comprar carne de pequenos produtores

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LáFora Robô separa pedidos no delivery

058

O Alphabot está sendo testado pelo Walmart em uma loja dos EUA. A ideia é agilizar a separação de pedidos. Entenda como funciona

058

Entrega ruim

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A gigante Amazon está patinando na entrega de alimentos para os consumidores nos EUA

alimentos impressos em 3d

Startup espanhola criou impressora para facilitar a culinária

082




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04/09/2018 10:41:55


015 tecnologia

comportamento

gestão

bate-papo

opinião

categorias

fotos divulgação

inovação

Sustentável

para lavar a roupa

Cora Ball é o nome do objeto que muitas donas de casa gostariam de encontrar no Brasil. Feito de plástico reciclado e repleto de discos, é usado na máquina de lavar roupas, para captar microfibras e evitar que elas sejam despejadas nos encanamentos depois da lavagem. Em Nova York, pelo menos 300 milhões de microfibras são despejadas no mar em apenas um dia. A bola promete melhorar as condições dos oceanos, uma vez que as microfibras resultam no envenenamento e morte de peixes, segundo a ONG Rozalia Project, responsável pelo projeto. Já vendido para americanos e britânicos, o objeto custa ao consumidor US$ 30. Em pacotes com três ou oito bolas, o valor unitário é menor.


016

20 NovosMapas

%

mais vendas se o marketing usar dados

O setor de marketing da sua empresa já utiliza dados do consumidor para tomar decisões? E, se usa, com qual profundidade? Para responder a questões como essas, a consulto-

ria BCG e o Google realizaram um estudo com mais de 60 profissionais dessa área que trabalham em diversos segmentos da economia, incluindo o varejo. O levantamento encontrou quatro estágios de maturidade no uso de informações para decisões de marketing: nascente, emergente, conectado e multimomento – nesta ordem. A maioria das empresas varejistas está no segundo nível. Ou seja, tem dados, mas eles não estão integrados on e off line ou conectados com análises de retorno do investimento. Além disso, as decisões geradas não são personalizadas a partir do comportamento individual do cliente. Mas, afinal, qual é a vanta-


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Uso de dados pelo Marketing

gem de dar passos na direção do estágio mais avançado, em que tudo isso já acontece? Segundo o estudo, as empresas que avançam no uso de dados na área de marketing elevam em até 20% seu faturamento e reduzem em até 30% seus custos. Tudo isso graças à assertividade das decisões. “No caso do varejo alimentar, é possível definir, por exemplo, se os folhetos de ofertas precisam ser personalizados para cada loja ou não, se serão distribuídos online ou em papel, etc.”, explica Eduardo Leone, sócio do BCG. “E mais: o varejista consegue entender em quais produtos o consumidor é mais sensível a preço e em quais não é, o que evita ofertas desnecessárias”, comenta. Para ele, também é importante que os varejos que trabalham com e-commerce integrem os dados obtidos nesse canal com os das lojas físicas. O cruzamento deles permite personalizar o sortimento nos dois canais, entre outros benefícios.

Estágios de maturidade no uso de dados em marketing Nascente

Decisões de marketing menos complexas pautadas em dados de terceiros, baixa ligação com resultados de vendas

emergente

Campanhas baseadas em dados próprios, com profundidade menor que em outros estágios, teste independente de canais de mídia

conectado

Dados integrados e ativados nos diferentes canais com clara conexão com retorno do investimento e resultado de vendas

multimomento

Execução dinâmica, otimizada e personalizada para cada cliente em todos os canais

O que você precisa para alcançar novos estágios

Dados conectados

Interligar todas as fontes de informação, online e off line

Tecnologia

Contar com um conjunto de ferramentas tecnológicas de marketing, como de análise de web, sistemas de CRM e de personalização de mensagens

Métricas

Gerar indicadores que permitam analisar o impacto nas vendas e no lucro

Competências estratégicas

Além de contratar cientistas de dados e experts, é importante que esses profissionais interajam com os demais talentos das empresas. Há companhias que contam com um desses profissionais no time de cada área

Novas formas de trabalho

Implantar a cultura de “testar e aprender” e “falhar rápido” ajuda a ser mais ágil e a encontrar ciclos mais curtos de planejamento (veja matéria sobre MVP nesta edição)

18

sa. varejo setembro 2018


Sem tĂ­tulo-1 1

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020 NovosMapas

Inovação vem de todos GPA não acredita que inovação deve ser assunto restrito a um departamento da empresa. Ao contrário, a crença da companhia é de que novas ideias e tecnologias devem brotar de todas as áreas. Em janeiro deste ano, a companhia deu mais um passo para fortalecer a cultura de inovação ao criar o GPA Lab, um espaço com mais de 100 m2 na sua sede, na cidade de São Paulo, que conta com o apoio da LG. Com três ambientes modernos, o local é destinado a palestras, workshops, reuniões, treinamentos e outros eventos internos. Illan Israel, head de inovação do GPA, conta que a ideia é estimular todos os setores a participar do processo, mas com uma estrutura corporativa dedicada exclusivamente à inovação para processar e encaminhar as novidades. Essa estrutura vai colaborar para que a companhia se mantenha atenta aos movimentos do mercado, buscando parcerias e novas soluções. “Queremos todas as boas ideias e inovações que possam contribuir para melhorar a experiência de compras dos clientes e

alexandre Battibugli

O

gpa lab: SETE primeiros meses

eXPERIÊNCIA

Atividades a todo o vapor e grande adesão

mais de

50 2.500 atividades

participantes envolvidos

Em um espaço de 100 m2, funcionários do grupo, de diferentes áreas, exercitam ideias e soluções para melhorar a experiência de compra do consumidor


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31/08/2018 10:52:38


Laboratório GPA

Projetos que saíram de lá

os fluxos internos da companhia, além de iniciativas inovadoras que colaborem para o caminho do GPA rumo à transformação digital”, destaca o diretor. O GPA percebe que o consumidor brasileiro está cada vez mais multicanal e utiliza todas as tecnologias ao seu alcance para obter o máximo de vantagem em suas compras. “É fundamental que as empresas acompanhem esse cenário. No entanto, a cultura de inovação deve ir além de uma área com pessoas dedicadas a isso, já que a transformação digital é transversal e passa por todos os setores da empresa”, acredita o head de inovação do Grupo.

alexandre Battibugli / ilustração caio oliveira

Um dos “produtos” do laboratório é o “Minhas Preferências”, disponível no aplicativo do Pão de Açúcar Mais. Ele permite aos clientes cadastrar as informações que agilizarão seu atendimento nos checkouts. Exemplo: CPF na nota e recarga para celular, entre outras. Além da satisfação do cliente, a funcionalidade aumenta a velocidade dos caixas, evitando filas.

Como funciona Quando você associa conhecimento a inspiração de várias pessoas, as soluções aparecem São realizados eventos abertos e fechados Nos abertos, os colaboradores podem se inscrever Nos fechados, a participação é restrita a um mailing de convidados, pois envolvem a solicitação de áreas específicas da empresa

22

sa. varejo setembro 2018

Aproximação com Startups Parcerias com startups surgiram de conversas no laboratório de inovação. Segundo Illan Israel, essas empresas detêm soluções para continuar modernizando as relações do varejo com seus consumidores e aumentando a eficiência nas operações de backoffice Além de realizar pitch, concurso de inovação voltado para startups, o GPA fechou neste ano parceria com a Liga Ventures, aceleradora focada em gerar negócios entre startups e grandes corporações. A empresa fará parte dos dois próximos ciclos de aceleração da Liga Retail – programa que prospecta, seleciona e acelera startups com soluções para o varejo Os projetos deste ano envolvem comparadores de preço, experiência na loja, logística, lawtechs (produtos e serviços para melhorar a área jurídica), gestão de loja, realidade aumentada, além de Big Data e IoT (internet das coisas). “Sempre há espaço para mais inovações”, afirma o diretor Illan Israel.


MINALBA BRASIL. Uma marca que nasceu para nutrir o apetite dos brasileiros.

Hoje é o começo de uma nova história que está sendo escrita por várias mãos e com muito trabalho. A Minalba Brasil nasce com apetite e energia para crescer e oferecer seus produtos em todo o país: do barzinho ao supermercado, do almoço ao treino e do café da manhã à festa no trabalho. É com esse apetite e essa mistura, que é a cara do Brasil, que nasce a Minalba Brasil. E você, qual o seu apetite?

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Experimentar ĂŠ o segredo para inovar

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Em seus 180 anos de história, a inovação sempre foi fundamental para o sucesso da P&G. A empresa de bens de consumo está presente na rotina de bilhões de pessoas no mundo e tem como propósito melhorar suas vidas com produtos inovadores. No Brasil, não poderia ser diferente: comemorando 30 anos no país em 2018, a operação brasileira figura entre os 10 principais negócios da P&G no mundo e o Brasil é o 3º maior mercado mundial de consumo. Isso só é possível com muito investimento. Anualmente, a P&G investe cerca de US$ 2 bilhões em Pesquisa & Desenvolvimento. São mais de 7,5 mil cientistas e 1 mil PhDs em 17 centros de inovação, em oito países, sendo um deles no Brasil. Essa inovação não está apenas em produtos, mas também nas parcerias com o varejo para melhorar a experiência de compra dos consumidores. Mas como seguir inovando para um consumidor que está em constante mudança? “O mundo mudou, os hábitos dos consumidores mudaram e hoje há muito mais canais de compra do que há 30 anos. Por isso é necessário pensar diferente, comunicar-se de uma nova maneira e acompanhar a velocidade dessas mudanças. Ter a agilidade de uma organização jovem com espírito de startup”, avalia André Felicíssimo, Vice-Presidente de Vendas da P&G. Pensando nisso, a P&G sugere três passos que podem ajudar o varejo a inovar e implementar uma cultura de startup:

1. Identificar claramente o problema O primeiro passo para inovar é entender a real necessidade do consumidor, sua jornada e os canais em que compra. Quando usa o produto? O que usa? Quando compra? Onde compra?

De acordo com Andréia Moraes Ferreira, Gerente de Inteligência de Mercado da P&G, um bom exemplo é a venda de fraldas no varejo alimentar. As vendas neste canal estão em queda e muitos acreditavam que o problema era o excesso de promoção. Porém, ao buscar o real problema, a percepção foi diferente. “Percebemos que os consumidores com filhos não estavam mais comprando no canal. Eles estavam, por exemplo, indo às drogarias, onde se encontram 50% das vendas da categoria, por ser mais prático. Logo, conveniência é um grande fator de decisão”, explica Andréia.

2. Experimentar

Após identificar o problema, é preciso definir hipóteses de como resolvê-lo e aplicar experimentos para encontrar uma solução de forma rápida. Seguindo no exemplo de fraldas, realizamos mais de 20 testes para tornar a compra mais conveniente, desde anunciar a categoria de fraldas via rádio a trocar a localização do ponto extra de fraldas para lembrar o consumidor da compra. Também experimentamos uma vaga de estacionamento exclusiva para quem compra fraldas. A ideia era que o cliente gastasse o menor tempo possível na compra. Outra ação foi colocar uma gôndola no próprio estacionamento, para que o cliente não precisasse sair do carro para adquirir os produtos. “Em algumas semanas, os resultados apareceram, com um crescimento de mais de 20% na categoria. Conseguimos entender o que funcionava para lembrar o consumidor da compra e, assim, expandir algumas dessas soluções” ressalta, Andréia.

3. Ir atrás de recursos

E como é possível experimentar? No contexto de startups, um produto viável mínimo (MVP, de Minimum Viable Product) é a versão mais simples de um produto, que pode ser lançada com uma quantidade mínima de esforço e desenvolvimento. Portanto, o último passo é aplicar o MVP com agilidade, gastando menos e aprendendo com o segmento. “A inovação é um processo feito com o mercado e não para o mercado. Uma das principais características do varejo brasileiro é sua parceria. Para experimentarmos e chegarmos a resultados satisfatórios, é necessário desenhar soluções juntos, que agreguem valor à marca do varejo e à marca da indústria”, finaliza Andréia.

Ao desenhar um projeto, a perfeição não é o objetivo, mas sim encontrar soluções com mais agilidade e medir as mudanças de hábito do consumidor. O importante é aprender. Em um mundo em que a velocidade é o que dita as regras do jogo, a única forma de crescer é fazendo diferente e experimentando.

IMPORTANTE: A P&G não determina nem mede o lucro ou a margem dos clientes, que são determinados apenas por eles. A medição de lucro e margem em qualquer scorecard tem a intenção somente de verificar como o cliente está avaliando a performance dos produtos P&G por categoria. Todas as decisões de preços, promoções e distribuição são critérios do revendedor.

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026 NovosMapas

Inovação comanda hoje o movimento de todos os setores da economia. Acompanhe algumas iniciativas para entender os rumos tecnológicos

IMAGENS THE COMMONS

EXEMPLOS DO MERCADO

01.

Localizada na Europa, ao lado da Rússia, a Estônia pode se tornar o primeiro país integrado digitalmente. Lá é possível, sem sair de

casa, abrir uma empresa, matricular-se numa escola, licenciar o carro, marcar uma consulta, votar, fazer transações em dinheiro. Tudo online. O cidadão conta com um cartão com o qual é possível acessar informações de outros documentos, como carteira de identidade, título de eleitor, passaporte, habilitação. Se a pessoa for à farmácia comprar um remédio, não precisa levar a receita, o medicamento consta ali, no cartão dela. Tudo isso é possível porque todas as informações da população constam em uma plataforma digital chamada X-Road, que conecta dados dos setores público e privado. As informações podem ser cruzadas, o que confere maior assertividade aos atendimentos, além de maior agilidade. Mas as mudanças, vale a pena lembrar, só saíram do papel porque foram encabeçadas pelas lideranças do país.

Se um país pode ser digital, por que sua empresa não?

95%

das solicitações de serviços do governo acontecem digitalmente

2000 No início da década começaram as mudanças

ESTÔNIA POPULAÇÃO

1,48 milhão

(equivale à cidade de Porto Alegre, RS) LOCALIZAÇÃO

Europa

ao lado da Rússia ÁREA TERRITORIAL

45.227 km2 CAPITAL

Tallinn (foto) PIB

US$ 30,8 bilhões PIB per capita

US$ 23.610 Fonte: Portal Sua Pesquisa


02.

divulgação

Única brasileira preparada para o

“apocalipse do varejo”

38

%

Crescimento das vendas totais (inclui lojas físicas, e-commerce e marketplace) no 1ºsemestre/2018

28

%

outras varejistas preparadas Zalando

(Alemanha) ZD.com

(China) Home Product Center

(Índia)

Burlington Stores

(EUA) Asos

(Inglaterra)

Alta nas lojas físicas no período

54

%

A empresa atua de forma integrada nos diversos canais: site, loja física, aplicativo. Criou até uma assistente virtual (foto) para interagir com o público Seu centro de distribuição é o mesmo para todos os canais

Alta no e-commerce tradicional

Trabalha com microtransportadoras exclusivas, que se abastecem na loja mais próxima de onde foi feito o pedido. Isso agiliza a entrega a um custo viável

65

Criou o Magazine Você. Nele, o cliente monta sua própria loja virtual para revender produtos da rede, recebendo uma comissão. Hoje cerca de 50 mil pessoas aderiram ao modelo

%

Alta no e-commerce com marketplace

Dufry

(Suíça)

Já ouviu falar no “apocalipse do varejo”? É um termo que tem sido usado globalmente para retratar a onda de fechamento de lojas físicas pertencentes a grandes redes do setor, especialmente nos EUA, onde se intensifica desde 2010. O assunto tem preocupado tanto, que o banco de investimentos Credit Suisse fez um levantamento para identificar quem são as varejistas mundiais de capital aberto capazes de sobreviver a movimentos como esse. A instituição considerou preço da ação e retorno financeiro sobre investimentos dos últimos cinco anos, que foram comparados com a previsão para 2019, além da presença de um braço digital forte e de preços competitivos. Entre as empresas, apenas uma é brasileira: a Magazine Luiza. A varejsta é um dos exemplos nacionais mais bemsucedidos de integração on e off line, com resultados supreendentes. Veja algumas iniciativas da companhia:

Fonte: Balanço do 2º Trimestre/2018

Apostou na digitalização das lojas físicas. As 890 unidades têm autonomia para investir em marketing digital. Elas recebem um cartão pré-pago para fazer suas ações Os 11 mil vendedores trabalham integrados ao online. Se o cliente consulta um item antes de ir à loja, a informação aparece em seu tablete. A ideia é ser mais assertivo


Exemplos do Mercado

03.

O cliente quer produto de graça? Ofereça, ué! “Dos Toros” é o nome de uma rede de restaurantes de Nova York e Chicago (EUA). Oliver e Leo Kremer, os nomes dos irmãos-sócios. Eles resolveram popularizar a marca e atrair novos consumidores criando um aplicativo, bem simplesinho, no qual oferecem burritos de graça uma vez por dia a quem receber notificações no celular. Chamado de Burrito Time (Hora do Burrito), o aplicativo foi desenvolvido para oferecer comida de graça. Ele não mostra sequer o menu dos restaurantes. Sua função é surpreender e conquistar. “Conhecemos um monte de aplicativos que fazem de tudo e são bem complicados. Queríamos algo extremamente simples para atravessar toda essa bagunça”, comentaram os irmãos Kremer, em entrevista à Forbes. “Somos uma marca que quer crescer, e sentimos que essa seria uma chance divertida de avançar rapidamente. A Hora do Burrito é a única notificação que os usuários realmente aproveitam.” É claro que a relação custo x benefício foi calculada. O app só está disponível para iPhones e as notificações são disparadas diariamente, porém em horários diferentes. Só os dez primeiros que clicarem e abrirem o aplicativo ganham o burrito.

Não dá uma boa ação promocional? Quem sabe um pãozinho, que seja especialidade de sua padaria? Ou uma tortinha de morango que você queira transformar em destino na loja? Ou ainda um par de sushi, se a peixaria quiser atrair mais consumidores?

28 SA. VAREJO SETEMBRO 2018

DIVULGAÇÃO

Veja se essa ideia inspira: uma rede de restaurantes de comida mexicana resolveu atrair novos clientes de um jeitinho inusitado, mas eficiente


A marca que está na boca dos seus consumidores não pode faltar na sua gôndola.

Líder absoluta em escovas dentais infantis *

Entre as 3 marcas mais vendidas de escovas dentais *

* Fonte: KANTAR WORDPANEL- 2017.

Marca que mais cresce entre as 5 maiores do segmento de escovas dentais *

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31/08/2018 14:31:54


Exemplos do Mercado

04.

Wi-fi por LED

fabricante francesa de aeronaves, já está testando a tecnologia em aviões. Em 2011, Harold Haas, pesquisador de tecnologias mobile da Universidade de Edimburgo, Escócia, advertiu que as frequências de rádio são limitadas e as conexões de internet dividem espaço com a transmissão de sinal de televisão, entre outras. Logo, o wi-fi correria risco em longo prazo, e estaria na hora de ter uma opção diferente. Ele propôs, então, a li-fi: conexão por luz. Os dados seriam transmitidos e captados por um sensor colocado nos aparelhos, como smartphones e computadores, que estivessem na direção da luz. Seria necessário apenas implantar um microchip em cada lâmpada LED utilizada. Ela receberia a conexão da operadora de internet e transmitiria os dados para os dispositivos finais. Os experimentos chamaram a atenção da Airbus, que já iniciou testes na cabine de comando de aeronaves. A ideia é permitir que cada passageiro tenha acesso ao li-fi durante o voo, graças às lâmpadas acima de sua poltrona. Como muitas companhias aéreas introduzem a conexão wi-fi dentro dos aviões, contar com novas e eficientes formas de usar a internet pode se tornar um diferencial competitivo. Mas não é só isso. Pilotos e copilotos recebem informações das torres por meio de equipamentos e cabo, o que aumenta bastante o peso da aeronave. Implementar uma conexão li-fi (diretamente da luz do teto da cabine para o painel dos pilotos) pode ajudar a reduzir esse peso, com os consequentes benefícios ao desempenho das aeronaves. O sistema, inclusive, é superior ao wi-fi, pois pode evitar eventual roubo de informações sensíveis por hackers a bordo dos voos. Outra vantagem: não haveria a possibilidade de interferência causada por outros instrumentos que usam ondas de rádio.

30 sa. varejo setembro 2018

Testes realizados por cientistas já alcançaram uma velocidade de 15 Gigabits por segundo em transmissões de conexão por luz – o que já é mais rápido do que muitas conexões existentes no Brasil hoje. Mas os cientistas estimam chegar até 100 Gigabits por segundo, o que permitiria baixar 12 filmes em alta resolução em menos de um minuto, por exemplo

the commons / ilustração caio oliveira

A transmissão de dados por meio da luz, e não mais por meio de ondas de rádio, poderá ser utilizada em breve. A Airbus,


Nielsen Homescan - Penetração Exclusiva e Mista / MAT17 - Dez’17

1. Comparado ao rendimento da versão líquida anterior em condições de pré-tratamento.

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31/08/2018 11:26:48


Apresentado por

É POSSÍVEL RENTABILIZAR A GÔNDOLA SEM

PROMOÇÃO DE PREÇO? UMA REDE DO INTERIOR PAULISTA ESTEVE ABERTA A EXPERIMENTAR UMA AÇÃO DIFERENTE, FUGINDO DAS HABITUAIS OFERTAS. COM ISSO, AUMENTOU VENDAS DE UMA CATEGORIA INTEIRA E ELEVOU A MASSA DE MARGEM

I

magine uma categoria que você gostaria de desenvolver. Agora, diga qual seria a estratégia para atingir seu objetivo. Se você pensou em promoção de preço, provavelmente irá se deparar com dois problemas: o crescimento vai ser pontual, incentivando a compra por oportunidade, e não se sustentará quando o preço voltar ao normal. Essa situação foi vivida por uma rede do interior paulista, que queria elevar seus ganhos. Muitas estratégias poderiam ser utilizadas, como ações de sell out, descontos, entre outras. Em parceria com a Vigor, a varejista embarcou num projeto de grandes mudanças na exposição, cujos primeiros resultados apareceram logo no mês seguinte. A ideia era elevar a rentabilidade do varejista. Para isso, decidiu-se trabalhar com queijo ralado – em que a fabricante é líder de mercado com 59,8% de participação em volume (dados Nielsen) – por ser rentável e ter alta margem. Entretanto, trata-se de uma categoria competitiva, com muitas marcas e preços e que concorre com outros queijos, como o tropical, que é vendido como parmesão ralado. Adicionalmente, o desafio era rentabilizar o negócio sem grandes investimentos. Uma análise da gôndola mostrou que o ponto natural do queijo ralado deixava a desejar. Somado a isso, o produto não consta na lista de compras, embora seja muito consumido, e oferece margem superior à do macarrão, que, além de estar na lista, possui um grande espaço de exposição. A partir disso e do fato de que 70% das decisões de compras ocorrem no ponto de venda, a decisão foi dar maior visibilidade ao queijo ralado, substituindo um módulo da gôndola de macarrão por esse produto. Dessa forma, a compra por impulso aumentou – e não a de oportunidade –, o que contribuiu para um crescimento sustentável. Outro ponto foi movimentar a gôndola ao elevar o fluxo de pessoas, interessadas em ver algo diferente no corredor. E mais: a categoria de macarrão, que complementa a de queijo ralado, também cresceu em vendas. Hoje, o projeto foi estendido a todas as filiais da rede, além de cerca de 60 lojas de outros varejistas, que, ao verem o resultado, aderiram ao projeto. Mas o que atraiu essas empresas? As respostas estão a seguir.


Após a mudança da gôndola, em março, o volume cresceu substancialmente. Isso aconteceu pela conjunção dos seguintes fatores:

319%

ESPAÇO ADEQUADO + VISIBILIDADE + BOA EXECUÇÃO = MAIS VENDAS

EM QUEIJO RALADO

(evolução em volume - sobre igual mês de 2017)

+43%

100%

Alta do volume em 2018 sobre o ano passado

25 janeiro

-1%

fevereiro

42%

%

março

abril

maio

junho

-29%

EM MACARRÃO (em volume)

2017

+16% F oi o crescimento mesmo com readequamento do espaço

Os desafios

Encontrar uma maneira de aumentar as vendas sem reduzir preço é um grande desafio. Mas há alternativas, como incentivar a compra por impulso com geladeiras e displays nos checkouts e promover cursos que explicam os diferentes tipos de queijos especiais, cervejas e vinhos, entre outros. No caso do queijo ralado, além dos desafios já apresentados, a exposição costuma ser nas prateleiras inferiores, o que exige a utilização de pontos extras por meio de clistrips (faixas que permitem pendurar o produto) e de cestos para torná-lo mais visível. Em contrapartida, o produto faz cross merchandising com macarrão, que as pessoas já estão acostumadas a comprar. Essa categoria tem fre­quência de compra alta e está na lista do shopper, ao contrário do queijo ralado – embora sejam consumidas juntas –, além de contar com muitos módulos de exposição. Daí a necessidade de ampliar a visibilidade do queijo ralado.

A grande mudança

Para atrair mais o shopper, substituiu-se um módulo inteiro de macarrão por queijo ralado, no meio da gôndola. Nesse local, o faixa azul – mais premium – foi colocado ao lado de um macarrão também premium, enquanto o queijo Vigor ficou perto de um produto mais tradicional. O modelo foi implementado inicialmente numa loja-piloto, em março deste ano, e os resultados foram medidos semanalmente. O acompanhamento mostrou que o sell out de macarrão cresceu 16% em volume neste ano, apesar de contar com um módulo a menos de exposição. Inicialmente, havia uma preocupação de que as vendas do produto pudessem cair, uma vez que não seria viável fazer uma categoria crescer em detrimento de outra.

2018

Os resultados em queijo ralado

Após a implementação da gôndola, a rede alcançou vendas em volume de 34,38 toneladas neste ano, contra 24,12 toneladas de 2017. Isso representou uma alta significativa de 43%. Outra vantagem importante é que o queijo ralado oferece maior rentabilidade, o que traz maior massa de margem.

Por que o projeto deu certo

ALEXANDRE BATTIBUGLI

?

Com nova exposição, as vendas na loja-piloto cresceram

Um dos motivos é que novidades chamam a atenção do consumidor. Assim, ao se deparar com algo que foge ao convencional, o shopper aprova, o que gera compra por impulso. O novo modelo de exposição também aumentou o tráfego no corredor. Muitas vezes, o cliente vai até lá com outra missão de compra, leva o macarrão, mas esquece o queijo e o molho. Com a mudança na gôndola, as chances de o shop­per se lembrar do produto aumentam, elevando a compra orgânica. Isso porque se aproveita a onda da frequência do macarrão para igualar a do queijo ralado. Se fosse apenas uma promoção de preço, o shopper levaria o queijo por estar barato, mas, na próxima visita, se esqueceria dele. Outro ponto importante é que o varejista esteve aberto a novas possibilidades. Muitos se restringem à rebaixa de preço e às mesmas promoções. Uma forma para criar iniciativas que gerem mais ganhos em dinheiro e massa de margem é contar com parceria da indústria, que pode combinar dados de mercado e conhecimento da categoria para ajudar a criar novas soluções.


NovosMapas Opinião

PROFISSIONAIS DE TI OU TIME DE TECNOLOGIA?

LUCAS MARQUES

COO DA MÉLIUZ

O varejo tem de investir nos dois sempre. Cada um tem um papel relevante no crescimento da empresa

Você sabe a diferença entre ter profissionais de TI e profissionais de tecnologia? Vou explicar as diferentes funções e por que você deve investir em ambas. O pessoal de TI, Tecnologia da Informação, é responsável por um conjunto de atividades que possibilitam a realização dos processos da companhia. Exemplos: garantir o bom funcionamento e a manutenção de todos os computadores, resolver problemas que possam surgir com os equipamentos, organizar a rede das lojas, solicitar a compra de novos materiais, etc. Já o time de tecnologia tem a função de atualizar a empresa e desenvolver novos projetos, capazes de gerar economia e crescimento. São profissionais que mantêm um olhar sobre a estratégia do negócio e podem alavancar os resultados. Eles tanto podem trabalhar com sistemas já existentes no mercado, como desenvolver as próprias soluções. Vejamos o Grupo Pão de Açúcar. Para manter as lojas em funcionamento, a rede conta com o esforço dos profissionais de TI, garantindo que os caixas estejam em operação e realizando todas as funções (pagamento, CPF na nota, cadastro do Cliente Mais, etc.). PRÓXIMO TEMA

Como formar um time para a transformação digital

Por outro lado, para desenvolver soluções ou contratar parceiros que já detenham essas soluções, conta com o esforço do pessoal de tecnologia. Esse time é responsável, por exemplo, pelo CRM, que permite conhecer o cliente a fundo. O CRM, que em português significa Gestão de Relacionamento com o Cliente, torna viável a observação do padrão de consumo, o que é essencial para o varejista realizar ações assertivas. Ao coletar dados diariamente, o sistema dá acesso a várias informações. Exemplos: quem são os consumidores recorrentes, quais seus produtos preferidos, que formas de pagamento são mais usadas, qual o ticket médio por compra e mensal, que clientes têm criança em casa (pelo consumo de higiene infantil e fraldas), se o cliente é grande consumidor de vinho. Todos esses e outros dados viabilizam promoções sob medida, além de ações de merchandising na loja. Assim, os clientes se sentem próximos da marca, o que aumenta recorrência e ticket. Olhando esse panorama, entendemos que hoje é fundamental investir em tecnologia. O uso dos dados diminui a incerteza dos investimentos, aumenta a competitividade e, consequentemente, puxa o crescimento do negócio. Hoje, as oportunidades de melhoria estão em fatos concretos, e não em suposições.

FOTO LEO LARA / ILUSTRAÇÃO 123 RF

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NovosMapas

EXECUCAO NA GÔNDOLA Plataforma permite monitorar o espaço de produtos nas prateleiras e a velocidade de reposição de cada item. Indústrias já estão usando a ferramenta

Com uso de inteligência artificial, a startup brasileira Shelfpix criou uma plataforma de reconhecimento digital de imagens para medir automaticamente a execução na gôndola, entre outros indicadores. Por meio de um smartphone, a plataforma captura imagens das gôndolas, reconhecidas por fotos ou vídeos, e transfere essas imagens para servidores. As informações são processadas por algoritmos de rede neural, que realizam milhares de operações. Em questão de segundos, a tecnologia gera os relatórios desejados: espaço destinado a cada produto, velocidade na reposição dos itens, dados sobre planograma e ruptura, entre outros. A tecnologia, segundo o diretor da Shelfpix, Hildo Rocha, já está sendo implementada por grandes indústrias de bens de consumo. “Nossa proposta é fazer uma auditoria rápida e de alta qualidade sobre os investimentos realizados no ponto de venda. A competição pela exibição dos produtos é intensa e desafiadora, e o processo de digitalização é inevitável para o sucesso”, afirma.

THE COMMONS

Giro pelas Tecs


O sucesso da marca Itambé em parceria com a Fini, a marca de balas mais amada do Brasil.

Esta nova delícia não pode faltar em sua gôndola!

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Giro pelas Tecs

Planejando as promocoes Relatório de desempenho

Por meio de gráficos é possível analisar, por exemplo, a performance do plano e o resultado da promoção em vendas incrementais

38 sa. varejo setembro 2018

Inteligência artificial para planejamento de promoções no varejo é uma das ferramentas disponíveis no mercado brasileiro. Uma das opções chega pelas mãos da Symphony Retail: a SR Promotion PlanningAI. Centrada no cliente, promete ajudar gerentes de categoria e de marketing a melhorar os resultados


O QUE PROMETE 4 vezes mais eficácia no retorno

O QUE FORNECE Análises e recomendações para ajudar equipes a planejar promoções e criar tabloides, além de medir a eficácia das ações durante o processo. Isso permite corrigir rotas

COMO FUNCIONA A análise da efetividade das promoções é feita ano a ano e aponta as promoções que mais funcionaram e podem ser repetidas com ajustes. E as que menos funcionaram e podem ser modificadas ou evitadas

PERMITE TESTES A loja pode fazer testes baseados em suposições para prever qual das estratégias (descontos percentuais, em dinheiro ou por produtos) será a mais eficaz

SYNPHOFY RETAILAI.COM

RESULTADOS Em uma grande rede, quatro antigas promoções foram selecionadas para comparar a previsão de vendas feita pela empresa versus a previsão gerada pela SR Promotion. Em uma dessas promoções, a previsão da rede ficou 89% distante do que, de fato, foi vendido. Já a da ferramenta, apenas 20% distante


040 SellOut

Vida louca Vida

L

embrei-me do Cazuza um dia desses. Talvez por andar num ritmo frenético, talvez por querer mais poesia no meu dia a dia. Mas deixando isso de lado e indo ao que interessa, é bem cansativo visitar lojas diferentes ao longo do mês para acomodar meu tempo e interesses por ofertas, produtos, marcas, hortifrútis fresquinhos. Porém... faço tudo pelo bem da família e de mim mesma. Acompanhe a maratona e veja o que me incomoda e me agrada

Marca própria não dá Visito o Carrefour com frequência, mas, dependendo da loja, saio dela sabendo que, em algum dia não muito distante, terei de complementar a mesma compra. A rede trabalha com muita marca própria e de segunda linha, o que para mim, dependendo do produto, não dá para encarar. Às vezes também faltam itens básicos, e aí fica dificil.

Eba! validade quase vencida Outra rede que visito é a GPA. Adoro as promoções Leve 6 e pague 5 e as ofertas de produtos com validade próxima do vencimento. No hortifrútis, a geladeira está bem sinalizada. É hora de aproveitar.

Sabe onde compro azeite? Pergunte onde compro azeite, champignon e palmito em conserva. Na feira! Tem uma barraca, na qual os produtos são de altíssima qualidade e o preço inferior ao dos supermercados. Só para comparar, um extravirgem bom fica em média 24% mais barato. O palmito, em média 14% mais barato. Sem falar de delícias como queijo canastra e amêndoas fresquinhas. Tem outra coisa que gosto muito. Posso barganhar e sei que o feirante vai até onde é possível para ele.

A lojinha da esquina... Eu nem sei o nome da loja. É pequena. Tem dois caixas. Na vasca de verduras só tem espinafre, couve-manteiga, alface crespa e tomate. Na de frutas, só maçã, banana, laranja e manga. Mas meus filhos vão até lá rapidinho, seja para comprar a mistura do dia, o leite que acabou, ou pão quentinho, saído do forno. É sempre uma alternativa.

Uma loja que amo e de vez em quando me dou ao luxo de frequentar é o Oba Hortifruti. Os preços pesam em qualquer bolso, mas a qualidade e a diversidade compensam. Tem muita degustação: espetinho de carne, frutas pouco conhecidas, queijos finos e bolinhos de bacalhau.

Lilica Exigente

A consumidora tem 37 anos, é administradora de empresas, o marido é dono de lojas de materiais de construção, e tem filhos de 2, 9 e 13 anos. Ela estará aqui outras vezes (reclamando, sonhando e elogiando), ajudando você a entender o que afasta e atrai clientes * Lilica representa consumidores ouvidos por Sa Varejo

gesebel

Desembolso que vale a pena


Skol Hops é o novo lançamento da Ambev. É uma cerveja puro malte completamente diferente das outras. Traz em sua receita um lúpulo exclusivo que confere sabor e aroma marcantes, além de uma sensação de refrescância a cada gole.

E como posicionar Skol Hops na sua loja?

Plano de mídia completo:

tv

digital gôndola

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mobiliário urbano

rádio

ponto extra

31/08/2018 14:29:21


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SellOut

ão bastassem as fake news, noe preservar postos de trabalho, “Muitas empresas têm tícias falsas que proliferam em além de contar com produtos que, se arriscado no chamado sites, redes sociais e aplicativos de pelo menos na teoria, são mais mensagem, crescem os (péssimos) saudáveis. A Tesco estaria indifake marketing, com exemplos de fake marketing.Se você cando, na embalagem das carnes, resultados duvidosos. ainda não ouviu falar, certamente o nome de fazendas que não exisAfinal, não é na publicidade tem ou não fornecem os produtos. escutará muito sobre esse assunto no futuro. Não se trata exatamente ONGs e associações asseguram enganosa e na divulgação de uma novidade no mundo dos é tudo fake marketing. Dementirosa que se constrói a que negócios. Mas do recrudescimennúncias, apresentadas desde reputação, a identidade e to de uma prática que já foi bastan2016, devem se tornar alvo de te combatida, e hoje se ampara na a longevidade de uma marca. medidas legais. A ONG Feedback, onda “vale-tudo”, inclusive o falso. por exemplo, promete processar Alguns profissionais O fake marketing se caracteriza a Tesco, caso ela não retire o nocontinuam confundindo pela associação de produtos, marme da fazenda Woodside Farm’s cas ou serviços a atributos que o de suas embalagens. Duas assoconceitos e ações. E isso consumidor admira, mas que de ciações, a The National Farmer’s sempre traz consequências Union e a The Soil Association, fato não existem. O assunto voltou à tona recentemente na Europa em também condenam publicamenruins para o negócio” função da iniciativa de uma das sute o uso dos nomes falsos. Não se as maiores redes: a britânica Tesco. Ela tem divulgado sabe exatamente a veracidade dessas acusações. Mas o linhas de carnes, especialmente de porco, como sendo fato é que a rede britânica tem conseguido arranhar sua produzidas por pequenos produtores rurais, o que seria imagem, o que não é nada bom. Afinal, se ficar provado falso. O europeu já há algum tempo valoriza empresas que tem mesmo agido de má-fé, a empresa estará quepequenas, como forma de estimular as economias locais brando um elo importante da confiança de seu cliente.

Luiz Peres

Coordenador do Grupo de Pesquisa em Comunicação, Consumo e Ética da ESPM

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Tesco e o fake marketing


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31/08/2018 14:34:03


044 SellOut

Vendas em um clic

D´avó, Emporium São Paulo, Hirota e St. Marche são algumas redes que aderiram ao chamado marketplace para oferecer a opção de compra online a seus consumidores.

divulgação

Nesse modelo, uma plataforma hospeda as varejistas em seu site e se encarrega de toda a operação de delivery. Trata-se de uma alternativa para varejistas que não querem – ou não podem – investir numa solução própria de e- commerce. Uma das empresas que oferecem essa alternativa é o Supermercado Now, que atende 11 varejistas, incluindo as citadas acima. A startup se inspirou no Instacart e no Shipt, dos EUA. Quer saber como a plataforma funciona?

free-lancers separam pedidos

A plataforma contrata pessoas responsáveis pela separação dos produtos nas lojas parceiras e também pela entrega


Participe da versão brasileira da maior feira de alimentos e bebidas do mundo

AGRIFOODS

MEAT

CHILLED & FRESH FOOD

DAIRY

DRINKS & HOT BEVERAGES

FINE FOOD

BREAD & BAKERY

ORGANIC

SWEETS & SNACKS

FOOD SERVICE

CREDENCIE-SE

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31/08/2018 15:26:40


Vendas em um clic

pergunta frequente

Devo aderir a um marketplace? Compare o serviço oferecido, diante da proposta de atendimento, e veja se é melhor investir nessa solução ou em outra própria

Investimento

Área de influência

Nenhum. “Queremos ser uma extensão do mercado na internet. Assim os parceiros têm uma página personalizada, com as árvores de categoria e os destaques definidos por eles, etc.”, diz Marco Zolet, CEO da Supermercado Now

Enquanto a loja física dos clientes atende em torno de 1,5 km ao seu redor, a venda online pela plataforma amplia esse raio para 4 km a 5 km. “Com isso, agregamos novos clientes para as redes. Entre 80% e 90% dos nossos compradores não eram clientes daquelas redes”, afirma Zolet

Remuneração à plataforma

Cesta de compras

A startup recebe de 10% a 12% do valor das vendas realizadas para cada varejista, dependendo da negociação (por exemplo: se o Supermercado Now é parceiro exclusivo da varejista ou não)

50% são produtos frescos ou de consumo imediato, como frutas, legumes e congelados

Tíquete médio

Região atendida

Cidade de São Paulo e região do Grande ABC

Separação e entregas

R$ 260. Segundo o executivo do Supermercado Now, o valor é até três vezes superior ao gasto em lojas físicas de alguns parceiros

Free-lancers, chamados de shoppers ou compradores, são contratados pela plataforma a fim de separar os pedidos para cada varejista e entregar aos consumidores

Frequência de compra online

Prazo de recebimento

Participação das vendas online

O cliente recebe em até duas horas. É cobrada taxa de serviço entre R$ 9,90 e R$ 17,90

2 vezes/mês nas redes presentes na plataforma

No caso de redes que aderiram há mais tempo, a representatividade chega a 5% das vendas

Vendas do Supermercado Now

O crescimento acelerado se dá pela conquista de novos clientes a cada ano. Para os próximos, a expectativa é de entrar em novas regiões

em reais

100 milhões

*

30 milhões

*

5 milhões 2017 * Estimativa

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sa. varejo setembro 2018

2018

2019


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SellOut

delivery: marcas proprias Serviço da Kroger terá sortimento personalizado e cupons de desconto de diferentes tipos para ganhar a fidelidade do público

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Para competir com empresas como Walmart, Target e Amazon, a rede norte-americana Kroger, com mais de 2,8 mil lojas, lançou um novo sistema de delivery para seus clientes. Levada inicialmente às cidades de Houston, Cincinnati, Louisville e Nashville, a solução entrega benefícios como cupons de desconto e prioriza as marcas próprias do supermercado. Chamado de Kroger Ship, o serviço oferece mais de 4,5 mil itens de várias marcas próprias da rede, que, portanto, não estão disponíveis em nenhum outro lugar. Além de cerca de outros 50 mil SKUs entre alimentos embalados e itens de cuidado com o lar essenciais. O portfólio é definido pela empresa de pesquisas 84.51°, criada pela Kroger para identificar tendências e comportamentos do cliente, e contará com mais versões dos produtos do que as disponíveis nas lojas. Outra facilidade será a possibilidade de criar listas para reposição periódica de itens. Haverá descontos específicos para essas compras. Para atrair os consumidores, a rede vai dar, nas primeiras semanas, entrega grátis a todos os pedidos, sem o requisito de um valor mínimo da compra. Os primeiros clientes também ganharão descontos de 15% na sua compra inicial. Depois desse período, a política será de entrega grátis na casa dos consumidores de pedidos acima de US$ 35. Abaixo disso, será cobrada uma taxa de US$ 4,99.


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SellOut

06 categorias

avancam em volume e valor

01

Com maior valor agregado, a manteiga também tem apelo à saúde, já que mais pessoas estão migrando das gorduras vegetais para as lácteas. Tarley Maia Kotsifas, diretor-presidente da paranaense Bom Dia, explica que a rede anuncia pelo menos uma marca da categoria todas as semanas nos panfletos e insere o produto nos anúncios em TV

o que fazer

Degustação ainda é uma boa opção para incentivar a compra. Aqui, vale até trazer um especialista – como um nutricionista – para explicar as vantagens da manteiga à saúde

istockphotos

manteiga

alta em 2017 Valor 38,1% Volume 14,3%


C

om a ligeira melhora no cenário econômico,

ria deles volte a crescer. “A greve dos caminhoneiros

alguns produtos estão sendo mais consumi-

fez com que algumas categorias básicas de não pe-

dos ou retornaram à cesta de compras depois de

recíveis ganhassem impulso no primeiro momento.

terem sido excluídos devido à crise. Manteiga, batata

Agora, com a situação normalizada, esperamos que

congelada, salgadinho, chá pronto, chocolate, além

principalmente as categorias ligadas à praticidade

de produtos para incontinência cresceram tanto em

mantenham o avanço”, afirma Simone Terra, diretora

volume quanto em valor no ano passado, segundo a

da STerra Soluções Estratégicas. Para aproveitar a

Nielsen. Para este ano, a expectativa é de que a maio-

alta nas vendas, saiba mais sobre as categorias.

chá pronto

02

alta em 2017 Valor 38,1% Volume 14, 3% Saúde aliada à praticidade é o que explica a alta em vendas. No SuperVille, em São Paulo, uma parte do produto foi deslocada para a frente da loja, com destaque para o preço

the commons

O que fazer

As lojas podem mudar os produtos em exposição conforme o horário, adequandose à necessidade do consumidor em diferentes momentos. No fim do dia, por exemplo, quando a pessoa busca algo fácil e rápido para resolver o jantar, expor bebidas como chá pronto é uma boa estratégia


Categorias avançam

salgadinho

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alta em 2017 Valor 38,1% Volume 14, 3% Além de ter apelo à indulgência, o produto também cresce pela praticidade. Como se sabe, as pessoas estão passando mais tempo em casa, transferindo para o lar os encontros sociais, o que explica o aumento na venda

O que fazer

fotos the commons

istockphotos

Estimular a exposição “casada” com bebidas. Aproveite a proximidade de feriados para expor o produto em ilhas, em pontos de alto fluxo

chocolate

04

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sa. varejo setembro 2018

alta em 2017 Valor 10,6% Volume 5,4% Apelo à indulgência e investimento dos principais fabricantes impulsionaram a categoria. Outro fator foram as ações realizadas pelo varejo. A Coop, 32 lojas no Estado de São Paulo, adotou ações do tipo “leve 4 e pague 3”, além de ofertas com até 50% na segunda unidade

o que fazer

A compra de chocolates costuma ser por impulso, o que contribui para elevar o tíquete médio. Exposição no checkout e com categorias correlatas impulsiona a compra


Produto descartável para incontinência

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Batata congelada

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alta em 2017 Valor 6,6% Volume 11,0% Entre os principais motivos para a alta, estão os investimentos em marketing dos fabricantes, além do próprio aumento da população com mais idade

o que fazer

É preciso quebrar o paradigma de que produtos para incontinência só se compram em farmácia. Um primeiro passo é trabalhar melhor o sortimento, com várias opções de marcas, preços e versões

alta em 2017 Valor 3,1% Volume 12,7% O crescimento da categoria está associado à queda no consumo da alimentação fora do lar, dizem os varejistas

o que fazer

Entre as medidas para alavancar vendas está expor a categoria entre hambúrgueres e nuggets, já que são produtos de consumo correlato. Manter boa organização das embalagens no freezer é outra recomendação, pois melhora a visibilidade do produto

setembro 2018 sa. varejo

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SellOut

de olho na prateleira Rastreados e livres de antibiótico Cabo ergonômico Com tecnologia Dual Core, a nova escova SlimSoft Advanced, fabricada pela Colgate, traz cerdas superflexíveis e ultramacias capazes de limpar profundamente sem machucar a gengiva. Segundo a empresa, as cerdas da nova escova alcançam sete vezes mais fundo abaixo da linha da gengiva e limpam 2,4 vezes mais profundamente entre os dentes. No design do produto, destaque para o cabo ergonômico, pensado para garantir melhor manuseio durante a escovação.

A linha Sadia Bio chega ao mercado com oito cortes de frango livres de antibióticos e hormônios, provenientes de aves alimentadas com ração 100% vegetal e criadas de acordo com preceitos de bemestar animal. A embalagem traz impresso o número do lote, pelo qual é possível rastrear a origem, conhecendo detalhes dos criadores.


Nova marca de chás prontos

fotos divulgação

O Laticínios Bela Vista, conhecido pela marca de lácteos Piracanjuba, acaba de estrear na categoria de chás prontos para beber, comercializados sob a nova marca Viva Bem. Chá Preto com Pêssego, Chá Mate com Limão e o Chá Mate Original são os primeiros sabores, escolhidos após análises de hábitos de consumo. Podem ser encontrados em embalagens Tetra Pak de 250 ml e de 1 litro. A empresa lembra que os chás vêm ganhando adeptos entre os consumidores brasileiros, entre outras razões por serem considerados bebidas saudáveis.

Queijos e cremes sem lactose

Chocolates com sabor intenso

Marca premium de queijos e lácteos brancos, a Danubio amplia o portfólio com quatro produtos “zero lactose”, todos na versão light: Requeijão, Queijo Frescal, Cream Cheese e Creme de Queijo Frescal. “Nosso trabalho é acompanhar o que o consumidor busca e, a partir disso, investir constantemente no desenvolvimento de nossos produtos”, afirmou Luis Bueno, diretor de negócios da marca. A nova linha, voltada a adeptos de dieta com restrição de lactose, está disponível nos supermercados de todo o Brasil.

O consumidor anda interessado em guloseimas menos doces. Antenada com essa tendência, a Lacta investiu em três versões de produtos “dark”, com sabor de chocolate mais intenso. Um dos lançamentos é o Bis Black, desenvolvido para realçar a intensidade do sabor e também da crocância. As outras duas novidades reforçam a linha de chocolates Amaro, cujos produtos são elaborados com 40% de cacau. Chegam agora às gôndolas o Amaro Crocante de Coco e o Amaro Mix de Nuts, que leva amendoim e amêndoas.


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o que a tecnologia Tudo o que está nos desenhos ao lado já é feito por robôs ou, é provável, será feito em breve. Com o avanço das pesquisas, cada vez mais atividades serão incorporadas pela tecnologia, o que vai mudar a vida das pessoas. O trabalho será, sem dúvida, um dos mais impactados (veja matéria nesta edição). As máquinas farão desde uma reposição de gôndola até orientar clientes. Mas, para especialistas, não tomarão o lugar das pessoas tão cedo em áreas associadas à emoção. O ideal, dizem eles, é que a inteligência artificial e a emocional se completem. Veja a seguir três situações em que o homem não será substituído

Empatia

Colocar-se no lugar do outro para entender suas motivações é algo “humano”, que continuará sendo importante nas empresas. Afinal, uma característica marcante da nova economia é o compartilhamento. E sem entender o outro não dá para ter cooperação, o que inibe a troca de ideias e novos questionamentos. É certo que o robô fará com precisão uma série de tarefas, mas não terá aquele olhar crítico que leva a mudanças

lado a lado com o robô

Pesquisa da Expert Market, especializada em informações para empreendedores, aponta:

Ousadia

Criatividade

Arriscar-se a fazer algo diferente, a apostar num produto ou negócio em que só você vê potencial e, no final, descobrir que a aposta deu certo. O que muda nessa história, comum a tantos empreendedores do varejo alimentar, é o suporte que a tecnologia poderá dar. Mas empresas e oportunidades continuarão nascendo da cabeça de homens que ousam ao tentar algo novo e, muitas vezes, inusitado. Dificilmente caberá às máquinas o papel do empreendedorismo

70

%

dos gestores considerariam ter um robô em sua equipe

Criar está intrinsicamente ligado à capacidade de ser crítico, de questionar, de se incomodar com a rotina, de tentar buscar algo melhor e mais “funcional”. Por mais que as máquinas aprendam e tragam um amplo portfólio de soluções para as empresas, cabe ao homem combinar tudo isso com sua experiência de vida e com seu conhecimento da empresa e do mercado para ter ideias novas e relevantes para o negócio

47

%

não se sentiriam culpados em substituir um funcionário humano pela máquina

Apesar disso, boa parte dos líderes acredita que os robôs são inadequados para lidar com emoção e criatividade

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não faz (ainda?)


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Para mostrar como funciona o Alphabot, o Walmart disponibilizou um vídeo em seu site institucional global. Ele também pode ser acessado na página da startup Alert Innovation, responsável pelo projeto

imagens divulgação

Torre de coleta: presente em 200 unidades Também na loja de Salem está sendo testada a Pick Tower, voltada para bens duráveis. Após fazer o pedido online, o cliente recebe um aviso de que o produto está separado. Aí, basta ele se dirigir à torre, escanear o QR code fornecido e o produto é enviado pela Pick Tower

LáFora

Walmart testa robô O

Walmart está testando um novo método automatizado para entregar as compras aos clientes. Em um supercenter na cidade norte-americana de Salem, a rede criou um armazém com quase 2.000 m2, onde irá operar o robô Alphabot, desenvolvido em parceria com a startup Alert Innovation. Em seu site, a rede anunciou que o Alphabot deve tornar mais fácil o trabalho da equipe que monta os pedidos encomendados previamente pelos clientes. Um sistema de trilhos e carrinhos circula pelo armazém colhendo os itens solicitados. Eles chegam para um funcionário, que irá embalar as compras para serem entregues ao shopper, em casa ou na estação de retirada da loja. A ideia é que o robô possa coletar praticamente todos os produtos industrializados ou embalados disponíveis no supermercado, deixando para o consumidor apenas a tarefa de selecionar os alimentos frescos, que são a razão pela qual muitos ainda relutam em fazer suas compras online.

O Walmart prepara o Alphabot como parte de uma grande renovação que está sendo concluída na loja de Salem, onde será feito o primeiro teste da tecnologia. “Esperamos ter o robô online e funcionando até o final do ano”, afirma a empresa em comunicado. Se tudo der certo, pode significar um novo caminho para entregar as compras com maior facilidade. “É um pequeno piloto, mas esperamos grandes coisas dele”, garante o Walmart.


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31/08/2018 15:50:00


060 LáFora

AMAZON VAI MAL NA ENTREGA DE ALIMENTOS

THE COMMONS / ILUSTRAÇÃO CAIO OLIVEIRA

Não é só no Brasil que as empresas sofrem para entregar alimentos na casa dos clientes. A Amazon, que nasceu no e-commerce e investe em tecnologias para atuar com eficiência e qualidade, vem patinando nas entregas da Amazon Fresh

S egundo o portal Business Insider, clientes da Amazon Fresh de Los Angeles, Nova York e Washington têm reclamado bastante do serviço de entregas. Eles afirmam que os produtos são de baixa qualidade e mal embalados. Alguns protestam contra pedidos cancelados na última hora e entregas de cestas incompletas. No site de avaliação da própria Amazon Fresh, os consumidores conferem apenas 3,3 estrelas, de um total de cinco. E nas redes sociais da marca é possível verificar as avaliações ruins. “Seu serviço é horrível”, comenta um dos clientes no facebook. “Não perca seu tempo e dinheiro”, avisa outro. “Eles simplesmente entregaram meu pedido em outro endereço”, protesta um terceiro. A empresa tem devolvido dinheiro aos clientes insatisfeitos, porém a frustração já foi experimentada. Ela também vem respondendo a cada comentário feito nas redes

sociais, inclusive os mais desfavoráveis, o que atenua as conse­quências, mas igualmente isso não resolve o problema. A um cliente que reclamou no facebook por ter recebido o queijo mofado, a resposta foi: “oh não! eu me desculpo por seu queijo ter chegado nessas condições. Nós gostaríamos de ajudar. Quando você tiver tempo, por favor nos procure pelo fone ou chat.” Ou seja, a resposta não foi bem o que um cliente gostaria de receber. Há pouco tempo, a Amazon Fresh excluiu do seu site produtos de terceiros, que usavam o espaço como um marketplace. E pode ser que a marca se torne obsoleta em breve à medida que se consolidar a integração da rede Whole Foods ao comércio eletrônico da companhia. A cadeia de supermercados tem seu sistema de entregas e deve participar em breve dos benefícios do clube de vantagens Amazon Prime.


Sem tĂ­tulo-1 1

31/08/2018 15:57:54


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Primeiro evento de SA Varejo, o Encontro para a Alta Gestão, destinado ao mercado paulista, reuniu cerca de 100 participantes na capital em agosto último. Muitos vieram do interior e até de outros Estados. Durante o dia, foi discutido como a tecnologia e o uso de dados são essenciais para o desenvolvimento e a perenidade do negócio, além das dificuldades e lacunas de implementação. O evento contou com palestras da Amazon Web Services e dos especialistas Romeo Busarello e Ronan Maia. Foi patrocinado por Vigor, Santa Helena e MegaMidia, além de ter apoio da Lolly

Sergio Alvim, CEO da SA Varejo, ressaltou a importância de o varejista iniciar o processo de transformação digital na empresa. “O primeiro passo é a cultura, porque a mudança vem de cima. Se o varejo conhecer melhor o cliente, vai ter maior produtividade, vai conseguir ser preditivo, antecipando, por exemplo, perdas do futuro”, afirmou durante o Encontro

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sa. varejo setembro 2018


“Devido à dinâmica do setor, é comum o varejista achar que sobreviverá fazendo a mesma coisa. Na maioria das vezes, ele tem receio de entrar em um negócio que não conhece. Mas o cliente está mudando rápido e é preciso ter suporte da tecnologia, como soluções de CRM” THULIO FERNANDES MARTINS Vice-presidente comercial e de marketing da rede ABC (MG)

“A SA Varejo começa com grande prestígio em seu primeiro evento, lotando a plateia de varejistas. Achei importante o passo a passo de implementação da cultura de dados que os palestrantes trouxeram” BRUNO ABRANTES Diretor comercial do Sempre Vale (SP)

Murilo Tadeu Gouveia, diretor comercial do Bergamais (esquerda), e Edevaldo Retondo, proprietário do Supermercado Monte Serrat, trocam impressões sobre os temas apresentados Cerca de R$ 41 bilhões/ano é o faturamento das empresas de varejo que estiveram presentes ao evento

Helio Claro Giorgiano, diretor comercial do Comercial Esperança (direita), e Adriano Santos, gerente comercial da rede, não perderam nenhum detalhe das palestras

Atentos às palestras: Juliano Kerth e Polyne Lopes da Silva, diretor administrativo e gestora da rede Barbosa

Celso Takashi Kayo, gerente comercial da rede Hirota, lê a revista SA Varejo, lançada em agosto

O presidente da rede Veran, Marco Antonio Cury (centro), e Carla Cury, presidente do conselho da varejista, conversaram sobre o uso de tecnologia com Sergio Alvim, de SA Varejo

SETEMBRO 2018 SA. VAREJO

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Palestras

Inovação e colaboração estiveram na pauta das apresentações

Diretor de marketing e ambientes digitais da Tecnisa, Romeo Busarello agitou a plateia ao tocar em temas como as mudanças que já estão em curso, novas visões de mundo, necessidade urgente de mudar o pensamento e sobre a imprevisibilidade do futuro. “Muitas empresas morreram por não entender o espírito da sua época”, pontuou

“Há uma lacuna entre ter dados e usar dados”, afirmou Ronan Maia, executivo que atuou por 17 anos na TOTVS, em sua apresentação. Ele também falou sobre as dificuldades enfrentadas pelas empresas, apontou alguns caminhos e destacou que pessoas são chave nesse processo

Rodrigo Herrera, gerente executivo de trade marketing da Vigor, falou sobre crescimento e ganhos de market share e apresentou algumas iniciativas para elevar o sell out. Entre elas, geladeiras no checkout e terminais de gôndola temáticos

Como trabalhar melhor as categorias de amendoim a partir de informações do shopper, árvore de decisão e exposição recomendada esteve entre os temas abordados por Carlos Gorgulho, gerente de trade marketing da Santa Helena

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sa. varejo setembro 2018

Transformação do Negócio na Era Digital foi o tema da palestra de Arthur Basbaum, gerente de desenvolvimento de negócios da Amazon Web Services. Para enfatizar a importância da inovação, citou frases do fundador Jeff Bezos, como: “nós não ganhamos dinheiro quando vendemos coisas. Nós ganhamos dinheiro ajudando os clientes a tomar uma decisão”

Eduardo Jaime Martins, diretor comercial da MegaMidia, ressaltou em sua apresentação as alternativas de rentabilização a partir da gestão de trade marketing e comunicação. Ele lembrou que o trabalho pode começar pelo mapeamento de oportunidades e se estender até a execução de mídias


AMENDOIM CRESCE 20% EM 3 ANOS E TRANSFORMA A CATEGORIA DE SALGADINHOS

Rede Covabra mostra como os parceiros da Santa Helena estão aproveitando esta tendência e alcançando resultados expressivos.

O

amendoim tem demonstrado força e é responsável por segurar a queda da categoria de snacks. A oportunidade não foi desperdiçada pela rede de supermercados Covabra, de Campinas, que reorganizou a gôndola e definiu espaços extras e estratégicos. Como resultado, um aumento expressivo em vendas: as lojas organizadas cresceram 27% vs. 10% das lojas que ainda não aderiram ao projeto. Os esforços no desenvolvimento da categoria são apoiados pela Santa Helena, a fabricante com maior aceitação pelos consumidores**.

ÚNICA CATEGORIA �UE CRESCE +5,5% 2016

* Vs. lojas da rede que não aderiram ao guia de execução com crescimento médio de 10 p.p. (fev a mai 17x18). **Fonte: Nielsen | Retail Index Enhacement

+4,5% 2017

2018

-3,5% -7,2%

T. Amendoim

T. Salgadinhos

A REDE SEGUIU OS 4 PASSOS DE EXECUÇÃO:

Sem título-1 1

31/08/2018 15:54:27


Vai investir em expansão? Quer saber qual é o melhor formato de loja para seu negócio? Conheça as várias opções, cada uma com suas características Texto a l e s s a n d r a m o r i ta alessandra. morita@savarejo.com.br

f o t o s divulgação

Cardápio de lojas

Até algum tempo atrás, escolher um modelo de loja era algo simples: ou você abria uma loja dentro de um bairro ou optava por um hipermercado, mais afastado. Hoje, o leque de possibilidades é maior. Caso queira investir em um novo supermercado, contará com uma diversidade grande de formatos, cada qual com uma área de influência, missão de compras e sortimento específico. E caso pense em inaugurar um estabelecimento que atraia grande número de pessoas, poderá optar também por um atacarejo. Para ajudá-lo a definir um bom projeto de expansão, contamos com Renato Giarola, profissional com experiência nas áreas de proximidade, marketing e comercial de varejistas como Dia% e GPA. 66

sa. varejo setembro 2018


?

Conveniência

exemplos: Carrefour Express e Meu Dia

tamanho

cerca de

200

m2

Tipo de compra

Pontual, por impulso ou emergência (por exemplo, quando falta algum produto em casa)

Localização

Esse modelo tem sido adotado sobretudo nas grandes cidades. Normalmente, ficam em regiões de alta densidade e em ruas de alto tráfego devido à presença de escritórios e comércios ou em locais cujo público tem renda per capita alta

X

500/600 metros

Raio de influência

Sortimento É mais voltado à conveniência, com profundidade em categorias de impulso ou algumas mais premium. É o caso de cervejas especiais, chocolates, salgadinhos, entre outras. Somam-se a isso alimentos prontos para o consumo, como saladas e sanduíches

Fique atento Como as lojas estão próximas do consumidor, não exigem deslocamento de carro, pois o raio de influência é restrito e a compra acaba sendo menor. É importante que a escolha do modelo esteja sempre consistente com a estratégia da empresa

setembro 2018 sa. varejo

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Cardápio de lojas

Proximidade

exemplos: Carrefour Market, Walmart Todo Dia e grande parte das lojas do Dia %

tamanho

em torno de

200 m2 600 m2

Tipo de compra

Atende necessidades de reposição e de abastecimento fracionado (aquele feito por pessoas que não fazem mais compras mensais, apenas semanais)

a

Localização

Nesse caso, já acontece de o consumidor percorrer uma distância maior, utilizando automóvel, o que exige área para o estacionamento

Raio de influência pode ultrapassar,

X

1000 metros

Sortimento Contempla todas as categorias de que o shopper precisa

Fique atento Renato Giarola lembra que é possível agregar “pequenos atributos” a esse modelo. Na Europa, há lojas que têm máquinas para preparar suco de laranja na hora e forno para o próprio cliente assar os pãezinhos. “O modelo exige, contudo, custo baixo para viabilizar a loja”, adverte o especialista

68

sa. varejo setembro 2018


Supermercado

exemplos: boa parte das unidades operadas por redes regionais de todo o País, como Condor (PR) e Nagumo (SP)

tamanho

de

500 m2 2000 m2

a

Tipo de compra

O modelo atende compras de reposição e também compras mensais, voltadas ao abastecimento da casa

Raio de influência de

Localização

Dentro de um bairro, porém com alcance bem maior de consumidores. Requer estacionamento grande, pois a loja atrai bem mais pessoas

1000 metros a

2000 metros

X

ou mais

Sortimento Além das categorias básicas e de reposição, as de impulso e conveniência também complementam o mix

Fique atento Esse modelo tem, como principal característica, estar encravado em um bairro com boa densidade demográfica, podendo ser acessado rapidamente pelos moradores do local e das vizinhanças. Normalmente funciona para proteger o entorno de novos competidores

setembro 2018 sa. varejo

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Cardápio de lojas

Lojas de atração

exemplos: Hipermercados como Carrefour e Extra, além de cash & carry como Assaí, Atacadão, Tenda e Roldão

tamanho

acima de

2000 m2

Tipo de compra

Maior participação da compra de abastecimento

Localização

Pode variar bastante, porém, como são lojas de grande superfície, normalmente ficamem importantes vias de acesso, fora dos bairros

Sortimento Contempla todas as categorias, inclusive não alimentos, como eletroeletrônicos e móveis

Fique atento Sua principal alavanca está na capacidade de atrair clientes – como tem espaço maior, pode entregar uma proposta de valor mais competitiva

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sa. varejo setembro 2018

Raio de influência pode ir de X

2000 metros a

20 000 metros


Sem tĂ­tulo-1 1

04/09/2018 10:46:40


O novo tempo pede: não negar a realidade, não se jogar no precipício e se reprogramar como empresa, profissional e indivíduo. Pede ainda confiança para ocupar um desconhecido bom lugar

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empregos de maos dadas com a realidade

Estimativas apontam que robôs substituirão 800 milhões de empregados em todo o mundo até 2030. Mas não se prenda às ameaças. A tecnologia, acredite, traz muitas (e novas) chances ao mercado de trabalho, além de inúmeras melhorias socioeconômicas. Vem conferir

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empregos de maos dadas com a realidade

U

m cenário catastrófico tem sido apontado por universidades, centros de pesquisas, consultorias e empresas e já está sendo debatido por instituições públicas e privadas de todo o planeta: o do desemprego em massa gerado pelo avanço da inteligência artificial, aqui representada por eficientíssimos robôs. Máquinas que substituem a mão de obra humana. Como o homem não consegue frear seu impulso para a invenção e o progresso, a inteligência artificial promete varrer do mapa profissões, cargos, vagas e setores inteiros da economia mundial. Mas promete também garantir ganhos de produtividade espetaculares, conquistas e benefícios para todos nós. E uma vida melhor, bem melhor. É só voltar no tempo e comparar como eram as condições antes e depois da revolução industrial e de outras que vieram. Em termos de avanço da humanidade, apesar de profundas desigualdades em todos os níveis, a mortalidade diminuiu, a longevidade aumentou, a alimentação em escala respondeu ao boom populacional do planeta, a escolaridade tornou-se regra, a qualidade de vida deu saltos e a própria inteligência humana se ampliou e se sofisticou. 74

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Tecno-ameaça desemprego no mundo

800

milhões

de desempregados até 2030

1,2

bilhão

de trabalhadores impactados

14,6 trilhões

de salários afetados

% 80 dos empregos de retaguarda

no varejo alimentar eliminados

Fonte: Estimativas de McKinsey, StartSe, PwC, Retail Gazette


“Tarefas complexas continuarão a ser feitas por pessoas, mas tarefas simples ou mecânicas serão substituídas por algoritmos” Alexandre Winetzki

Diretor de P&D da Stefanini

Motivos para comemorar

A evolução tecnológica entrega para a humanidade conquistas que todos querem: robôs que ajudam em cirurgias com uma precisão fantástica. Máquinas que produzem laudos de exames médicos com alto grau de confiança – trabalhando 24 horas, sete dias por semana. Computadores que, rapidamente, analisam um caso de justiça considerando legislação, precedentes e aplicabilidade em cada caso. E mais um milhão de aplicações em atividades de qualquer natureza. Na visão de Rafael Vidal Aroca, professor do Departamento de Engenharia Mecânica e diretor da Agência de Inovação da Universidade Federal de São Carlos, os robôs já estão gerando benefícios, com menos riscos e menores custos. O desaparecimento de atividades profissionais, segundo ele, faz parte da história humana. Igor de Oliveira, engenheiro e sócio da Aerolito, empresa de futurismo e experimentação de tecnologias exponenciais, concorda.

“Mudanças na forma de trabalho acabam por criar outras formas de trabalho. Tem sido assim por séculos.”

Tecno-chance

Segundo ele, com essas mudanças talvez possamos fazer coisas que hoje abandonamos por absoluta falta de tempo.

avanço socioeconômico % 0 ,4 avanço econômico

com os primeiros robôs (1993 a 2007)

com sistemas de tecnologia de informação ( 1995 a 2005)

123rf

% 0 ,6 avanço econômico

% % 0 ,8 a 1,4 taxa de avanço anual

da produtividade com inteligência artificial (1995 a 2065) Fonte: McKinsey

setembro 2018 sa. varejo

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de maos dadas com a realidade

empregos Responda rápido O que você prefere? Fila de caixa ou caixa eletrônico? Telefone analógico ou smartphone? Máquina de escrever ou computador? Cobrança de caderneta ou cobrança automática? Salas entupidas de arquivo morto ou armazenagem de dados em nuvem? Negociação com o fornecedor na ponta do lápis ou na ponta dos dados? Controle de estoque no olho ou pelo sistema integrado? Compra de produtos no feeling ou “braining”?

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sa. varejo setembro 2018

Motivos para se preparar

Em um ponto os especialistas concordam: cada vez mais será necessário desenvolver novas habilidades e competências para enfrentar um mercado tão diferente e tão mutável. Funções como a de reposição tendem a desaparecer, assim como de operadores de caixa. Posições hoje ocupadas por pessoas com ensino médio, como assistente de contabilidade ou RH, também devem cair bastante. E profissões hoje qualificadas deverão abrir espaço para outras ainda mais qualificadas e especializadas. A graduação e a especialização desde já representam apenas o começo do jogo. Estudar de maneira contínua, formal ou informalmente, em cursos extensos ou curtos, deverá ser regra e não exceção. Importante: tudo isso agregando à formação o conhecimento tecnológico e seus avanços.

Análises indicam que surgirão profissões como de conselheiros genéticos, autores de realidade aumentada, especialistas em antienvelhecimento e experts em mitigação de desastres naturais urbanos. Outros estudos indicam que atividades artesanais, artísticas e ligadas à psicologia poderão ter novo impulso para compensar o excesso de tecnologia na vida das pessoas. Os empreendedores continuarão surgindo e desaparecendo, conforme a disponibilidade para ousar e ser eficiente. Mas a verdade é que as mudanças ocorrerão e continuarão ocorrendo com tanta força e rapidez, que o essencial será a capacidade de adaptação e reinvenção.


Novo perfil

do profissional “Diante das mudanças frenéticas em todas as áreas econômicas e, portanto, da imprevisibilidade no mundo dos negócios, as empresas precisam contratar profissionais capazes de aprender.” A opinião é de Marcia Vazquez, gestora do capital humano da Thomas Case & Associados. A executiva explica que quase todas as atividades de uma organização estão se tornando independentes do controle humano, daí a importância de contar com profissionais que ajam como fios condutores das transformações. A era industrial, segundo Marcia, já foi substituída pela era do conhecimento, na qual o capital intelectual é bem mais importante que o capital financeiro. Cabe a cada profissional adquirir conhecimento de alto nível e desenvolver novas competências.

Mundo estável, de poucas mudanças (previsibilidade/estabilidade) Quantidade Mão de obra especializada Capital financeiro Organograma com muitos níveis hierárquicos Policiamento e controle O gerente é o cabeça e planeja. O trabalhador apenas executa O dinheiro é o motivador máximo

era do conhecimento Mundo complexo, de mudanças velozes e constantes (imprevisibilidade) Quantidade Profissional empreendedor e multifuncional Capital intelectual Organograma achatado Parceria e compromisso Todos são cabeças e a atuação é integrada A motivação é decorrente de desejos em várias dimensões Fonte: Elaborado a partir de dados de consultores e da FGV

Quando os bancos iniciaram o processo de automação foi um Deus nos acuda. De fato, muita gente ficou desempregada (e o processo continua), mas muitas delas encontraram novas opções e, nós, clientes, não imaginamos uma vida passada na fila do banco. O mesmo vale para o resto, não é?

123rf / ilustração caio oliveira

era industrial


MVP ĂŠ o mĂ­nimo...

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...que se precisa para inovar em um produto ou serviço. Trata-se de um atalho para o plano de negócios. Mas não significa que você deve abandonar o método tradicional. Ao contrário, experimente combinar os dois

123rf

E

star aberto a novas ferramentas de gestão e saber quando elas são úteis e quando é melhor utilizar as tradicionais fará cada vez mais parte do seu dia a dia. Afinal, novas e mais modernas técnicas surgem a todo momento a fim de garantir maior agilidade e assertividade. Uma das metodologias que devem entrar no radar de quem trabalha no varejo é o MVP ou Minimum Viable Product (Produto Minimamente Viável, na siga em inglês). Muito utilizada por startups, consiste na observação e coleta de dados sobre clientes, criando situações práticas de negócio para aprender rapidamente sobre um produto ou serviço em que se deseja investir, por exemplo. A ideia é descobrir de forma ágil o que é essencial, como fun-

reportagem Pat r í c i a B ü l l redacao@savarejo.com.br

setembro 2018 sa. varejo

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MVP é o mínimo... cionalidades esperadas pelo cliente, para oferecer algo inovador. O MVP ajuda a estruturar claramente o problema que se pretende resolver. Também pode ser usado para validar ideias, testá-las e aprimorá-las rapidamente. É um atalho em relação ao plano de negócios tradicional, que exige entendimento profundo do mercado, dos clientes, dos fornecedores e concorrentes para identificar a viabilidade de uma ideia ou a ampliação de um serviço ou produto. Arthur Igreja, especialista em inovação, tecnologia, startups e empreendedorismo, explica que o termo se tornou conhecido no livro “The Lean Startup”, de Eric Ries, justamente pela “urgência”, uma das características dos empreendedores digitais. “É, na verdade, uma forma de entregar um produto ou serviço que represente a versão final, mas de uma maneira mais enxuta”, resume.

MVp

ou plano de negócio? O uso de uma metodologia não exclui a outra. Em muitas situações, dizem os especialistas, elas podem ser usadas de maneira combinada. Veja o que eles dizem sobre os dois modelos:

A diferença entre o MVP e o plano de negócios está principalmente na implementação. “Nos dois casos o objetivo é tirar uma ideia do papel. O MVP também exige um plano, mas o tempo de execução é muito menor. Por isso, o investimento é inferior ao do modelo tradicional”, diz o especialista em inovação e tecnologia Arthur Igreja Para ele, o plano de negócio é mais indicado para estruturar uma operação, a fim de evitar custo inesperado por algum erro no meio do caminho Já Bruno Portela, professor associado da FDC (Fundação Dom Cabral), diz que novos gestores têm preferido o MVP por verem o plano de negócio como uma metodologia morosa. Isso acontece porque não entendem que existe uma integração entre ambos Segundo o professor, o MVP estimula o pensamento criativo e facilita a aplicabilidade. Por outro lado, os riscos são os mesmos que o plano de negócios oferece Coordenador do Centro de Referência em Estratégia e Negócios da FDC, Fabian Salun alerta para o fato de que utilizar uma única metodologia de análise limita a capacidade de sucesso e impõe maior risco de fracasso ou de retrabalho da ideia Por conta disso, Salun recomenda considerar o uso do MVP somado a seções específicas do plano de negócios, como a construção de um fluxo de caixa; a correta separação de custos, despesas, receitas, etc.

Amazon: testes para aprender

A inovação da loja autônoma só foi possível depois de entender e “ensinar” as máquinas sobre como o shopper compra. O cliente baixa um aplicativo no celular, que libera o acesso à loja, registra os itens tirados da prateleira e realiza o pagamento

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fotos the commons

Amazon Go

exemplo de como usar

Para Arthur Igreja, especialista em inovação e tecnologia, a principal contribuição do MVP está na criação de novas experiências de compra. Ele exemplifica citando o Amazon Go, supermercado sem checkouts da gigante da Amazon, localizado em Seattle (EUA). Durante um ano, todas as funcionalidades foram

testadas com funcionários da companhia para garantir uma experiência de compra impecável aos consumidores.

A ideia era acumular conhecimento antes de abrir as portas ao público. Assim, quando uma pessoa entra no supermercado, câmeras e sensores detectam seus movimentos e identificam os produtos retirados das prateleiras (e eventualmente quais são colocados de volta). Com base nisso, sabe-se o que cada pessoa está comprando. Quando o cliente sai da loja – sem pegar nenhuma fila ou passar por qualquer tipo de checkout – a compra é debitada no cartão de crédito que o usuário registrou na Amazon.

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comida impressa em 3D

Uma startup espanhola, Natural Machines, criou a Foodini, impressora de alimentos, que simplifica as rotinas difíceis e demoradas da culinária

Quiches de espinafre em formato de dinossauro? Raviólis ou cookies?

divulgação – Máquinas naturais

Fácil. Basta misturar os ingredientes da receita, colocar em cápsulas, escolher na impressora um dos designs existentes e imprimir. A máquina é acompanhada de cinco cápsulas e inúmeros moldes e vem com software que pode ser acessado por computadores ou tablets na mesma rede wi-fi. Já vendida para restaurantes e empresas de catering, a ideia é transformar a impressora em um eletrodoméstico. Veja www.naturalmachines.com/faq/

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