A Menina Que Semeava - Lou Aronica

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Becky abriu seus olhos. Para se ver em outro mundo.

Miea quase tinha perdido as esperanças de Becky voltar, a expectativa e o otimismo do início da semana haviam sido substituídos, metodicamente, pelo contratempo com os thorns, a agitação laboral com a guilda dos carpinteiros e até mesmo o desacordo entre seus funcionários em relação à troca do segundo assistente de Sorbus. Adicionado a tudo isso, ainda havia a invasão das manchas matando mais e mais plantas a cada dia. A equipe de Thuja não estava nem um pouco perto de descobrir uma causa ou solução. Quão tola a confiança que ela havia expressado na semana anterior parecia para ele agora? Miea havia terminado seus compromissos do dia, e seu secretário tinha acabado de sair do escritório. Notavelmente, ela não tinha de estar em nenhum lugar naquela noite, um imprevisto na agenda causado pela doença de um dignitário em visita. Miea não estava necessariamente feliz que uma infecção viral houvesse afligido o prefeito de Cosmas, mas ela estava aliviada pela oportunidade de jantar em seus aposentos e de, talvez, ir para cama mais cedo. Descansar seria bom, se ela conseguisse. Havia apenas um último documento para revisar. Enquanto lia, ela sentiu o ar em seu quarto mudar, como se alguém tivesse entrado no escritório sem ser chamado. Ela ergueu os olhos e encontrou Becky sentada no sofá, olhos fechados e rosto concentrado. — Então você decidiu não nos abandonar afinal de contas — Miea comentou, animada. Becky abriu os olhos, analisou a sala desorientadamente. Ela olhou para Miea e deu um sorriso largo. — Eu consegui. — Parece que sim. — Tem de ser a cama. Poxa, isso fica cada vez mais bizarro. Miea não fazia ideia do que Becky estava dizendo. Independentemente disso, ver a menina fez com que seu coração se enchesse de alegria. — É bom vê-la novamente, Becky . Becky não havia parado de sorrir. — É bom vê-la também. Aqui é mesmo Tamarisk? — Você realmente está aqui. — Fantástico. Então tudo é real? Miea foi em direção à Becky e a pôs a mão em seu ombro. Tudo. — Você gostaria que eu te mostrasse o palácio? — Sim, eu adoraria. Naquele instante, Sorbus apareceu na porta.


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