Garotas de vidro

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— Não, ouça. — Ela sentou e agarrou meus braços. — É meia-noite, é um momento mágico. Qualquer coisa que jurarmos esta noite, se tornará realidade. Esta era a Cassie da terceira-quarta-quinta série, a garota forte o suficiente para socar meninos e louca o suficiente para jogá-los nas rosas. Eu a teria seguido até um poço de fogo. Ficamos de joelho. — Eu juro que sempre irei fazer o que eu quero. — Ela ofereceu suas mãos para a lua. —Eu serei feliz e rica e magra e gostosa. Tão gostosa que os garotos vão me implorar. Eu ri novamente. —Pare com isso, — ela sussurrou. —Sua vez. Pense antes de abrir a boca. Eu nunca seria popular. Eu não queria ser; eu gostava de ser tímida. Eu nunca seria a mais inteligente ou a mais gostosa ou a mais feliz. Na oitava série, você começa a descobrir seus limites. Mas havia uma coisa na qual eu era realmente boa. Eu peguei a faca do bolso e cortei minha mão, só um pouquinho. —Eu juro ser a garota mais magra na escola, mais magra que você.


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