Atos dos apóstolos

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Atos dos Apóstolos

Com profunda humildade, pediu aos apóstolos que lhe mostrassem o caminho da vida. “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”, responderam eles; “e lhe pregavam a Palavra do Senhor, e a todos os que estavam em sua casa”. Atos 16:31, 32. O carcereiro, então, lavou as feridas dos apóstolos e serviu-os, sendo a seguir batizado por eles, juntamente com todos os que estavam em sua casa. Uma santificadora influência foi difundida entre os prisioneiros, e a mente de todos foi aberta às verdades expostas pelos apóstolos. Eles estavam convictos de que o Deus a quem esses homens serviam os havia milagrosamente libertado da servidão. Os cidadãos de Filipos haviam ficado grandemente atemorizados com o terremoto e quando, pela manhã, os funcionários da prisão contaram aos magistrados o que havia ocorrido durante a noite, eles ficaram alarmados, e enviaram oficiais para libertar os apóstolos. Paulo, porém, declarou: “Açoitaram-nos publicamente e, sem sermos condenados, sendo homens romanos, nos lançaram na prisão, e agora encobertamente nos lançam fora? Não será assim; mas venham eles mesmos e tirem-nos para fora”. Atos 16:37. Os apóstolos eram cidadãos romanos, e era contra a lei açoitar um romano, ou privá-lo da liberdade, sem justo julgamento, salvo no caso do mais flagrante crime. Paulo e Silas haviam sido presos publicamente, e agora se recusavam a aceitar a liberdade secreta, sem as necessárias explicações da parte dos magistrados. Quando esse fato foi levado ao conhecimento das autoridades, estas ficaram alarmadas, temendo que os apóstolos apelassem para o imperador; indo imediatamente à prisão, se desculparam diante de Paulo e Silas pela injustiça e crueldade a eles feita, e pessoalmente conduziram-nos para fora da prisão, suplicando-lhes que partissem da cidade. Os magistrados temeram a influência dos apóstolos sobre o povo, e temeram também o Poder que se interpusera em benefício desses homens inocentes. Agindo segundo as instruções dadas por Cristo, os apóstolos não insistiram em permanecer onde sua presença não era desejada. “E, saindo da prisão, entraram em casa de Lídia, e, vendo os irmãos, os [122] confortaram, e depois partiram”. Atos 16:40. Os apóstolos não consideraram infrutíferas suas atividades em Filipos. Haviam encontrado muita oposição e perseguição; mas a intervenção da Providência em seu favor, e a conversão do carcereiro


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