Sirva ao Deus da liberdade

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˜ E D I C¸ A O D E E S T U D O ARTIGOS DE ESTUDO

27 DE AGOSTO–2 DE SETEMBRO

´ Permita que ` Jeova o conduza a verdadeira liberdade ´ ˆ PAGINA 7 ˙ CANTICOS: 107, 27

3-9 DE SETEMBRO

Sirva ao Deus da liberdade

´ ˆ PAGINA 12 ˙ CANTICOS: 120, 129

10-16 DE SETEMBRO

“De quem terei pavor?” ´ ˆ PAGINA 22 ˙ CANTICOS: 33, 45

17-23 DE SETEMBRO

´ ´ ´ “Um so Jeov ´ a” reune sua famılia

´ ˆ PAGINA 27 ˙ CANTICOS: 53, 124


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Vol. 133, No. 14 Semimonthly PORTUGUESE (Brazilian Edition)

O OBJETIVO DESTA REVISTA, ´ ´ A Sentinela, e honrar a Jeova Deus, o Supremo Governante do Universo. Assim como as torres de vigia nos tempos antigos possibilitavam que uma pessoa observasse de longe os acontecimentos, esta revista mostra para ´ nos o significado dos aconteci` mentos mundiais a luz das ´ profecias bÄąblicas. Consola as pessoas com as boas novas de que o Reino de Deus, um governo ´ ´ real no ceu, em breve acabara com toda a maldade e transfor´ ´ mara a Terra num paraÄąso. ´ Incentiva a fe em Jesus Cristo, ´ ´ que morreu para que nos pudessemos ter vida eterna e que agora reina como Rei do Reino de Deus. Esta revista, publicada sem Ëœ interrupc¸ ao pelas Testemunhas ´ Ëœ ´ ´ de Jeova desde 1879, nao e polÄą` ´ tica. Adere a BÄąblia como autoridade.

Ëœ Ëœ ´ Esta publicac¸ ao nao e vendida. Ela faz parte ´ de uma obra educativa bÄąblica, mundial, mantida por donativos. A menos que haja Ëœ ´ outra indicac¸ ao, os textos bÄąblicos citados Ëœ Ëœ sao da Traduc¸ ao do Novo Mundo das ˆ Escrituras Sagradas com Referencias.

´ A Sentinela e publicada e impressa Ëœ quinzenalmente pela Associac¸ ao Torre de ´ ´ Vigia de BÄąblias e Tratados. Sede e grafica: ´ Rodovia SP-141, km 43, Cesario Lange, SP, ´ 18285-901. Diretor e editor responsavel: A. S. Machado Filho. Revista registrada ´ sob o numero de ordem 508. 5 2012 Watch Tower Bible and Tract Society of Pennsylvania. Todos os direitos reservados. Impressa no Brasil.

OBJETIVO DOS ARTIGOS DE ESTUDO

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ARTIGOS DE ESTUDO 1, 2 PAGINAS 7-16 ´ Jeova deseja que todas as suas criaturas inteligentes tenham a maior medida de li´ berdade possĹvel. Veja nesses artigos como ele nos ensina a ser um povo livre. ´ ´ Veja tambem como Satanas procura roubar a nossa liberdade por nos tentar com as chamadas liberdades do mundo.

ARTIGO DE ESTUDO 3

´ PAGINAS 22-26

Por que prosseguimos corajosamente com Ëœ Ëœ a pregac¸ ao apesar de oposic¸ ao e da piora Ëœ ˆ das condic¸ oes economicas? Muitas das Ëœ Ëœ razoes sao destacadas no Salmo 27, que ´ e a base desse artigo.

CAPA: Pregando as ´ boas novas na lĹngua brasileira de sinais na Comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro

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ARTIGO DE ESTUDO 4 PAGINAS 27-31 Ëœ ´ A administrac¸ ao de Deus esta em funcionamento. Examinar trechos da carta de ´ ´ Paulo aos efesios nos ajudara a entender Ëœ o objetivo dessa administrac¸ ao e a trabalhar em harmonia com ela. ´ ´ TAMBEM NESTE NUMERO

3 ELES SE OFERECERAM — NO EQUADOR

´ 17 JEOVA ME ENSINOU A FAZER A SUA VONTADE

32 “MEU SONHO SE REALIZOU�

´ CAMPO DE LINGUA DE SINAIS NO BRASIL

Ëœ CONGREGAC¸ OES

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GRUPOS

460

CIRCUITOS

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ELES S E OFERECERAM

no Equador

˜ ´ ˜ BRUNO, um jovem irmao na Italia, estava sob pressao. Ele ´ havia terminado o ensino medio com as melhores notas da classe e seus parentes e professores o incentivavam a buscar o ensino superior. Mas alguns anos antes ele havia se dedica´ ` do a Jeova, prometendo dar primazia a vontade de Deus na vida. ´ O que decidiu? Ele explica: “Orei a Jeova, prometendo que cumpri˜ ria minha dedicac¸ ao e daria a ele o primeiro lugar na vida. Mas eu ´ ˜ ´ tambem disse, francamente, que nao queria uma vida monotona, mas sim cheia de variadas atividades no seu servico.” ¸

˜ ´ “Muitas orac¸ oes a Jeova e longas ˜ conversas com irmaos maduros ´ me ajudaram a ver que Jeova ´ abencoa um espırito disposto.” ¸ — Kayla, dos Estados Unidos

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Alguns anos depois, Bruno estava no Equador, ´ ´ ` America do Sul. Ele diz: “Jeova respondeu a mi˜ ´ nha orac¸ ao bem alem de minhas expectativas.” Para sua surpresa, quando chegou no Equador, ´ ele encontrou muitos outros jovens que tambem ´ haviam se mudado para la a fim de servir mais a ´ Jeova. JOVENS QUE ACEITARAM ´ O CONVITE DE JEOVA

Bruno, como milhares de outros jovens ao redor ´ do mundo, aceitou o convite de Jeova: “Experi˜ mentai-me, por favor, . . . se eu nao vos abrir as ´ comportas dos ceus e realmente despejar sobre ´ ˆ ˜ vos uma benc¸ ao.” (Mal. 3:10) Por amor a Deus,

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Jaqueline, da Alemanha ´ Bruno, da Italia ´ Beau, do Canada

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Siobhan, da Irlanda

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Joel, dos Estados Unidos

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Jonathan, dos Estados Unidos ˆ Anna, da Estonia ´ Elke, da Austria ´ Chantal, do Canada ´ Ines, da Austria

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eles aceitaram esse convite oferecendo seu tempo, energias e recursos para apoiar os interesses ´ ´ divinos num paıs onde ha mais necessidade de proclamadores do Reino. ` ˜ Assim que chegam a sua nova designac¸ ao, es´ ses voluntarios veem pessoalmente que “a co´ ˜ lheita e grande, mas os trabalhadores sao poucos”. (Mat. 9:37) Por exemplo, Jaqueline, da ` Alemanha, escreveu animadamente a sede no ´ Equador: “Sirvo no Equador ha dois anos e ´ ´ pouco e ja dirijo 13 estudos bıblicos, e 4 es` ˜ ˜ ´ ´ tudantes assistem as reunioes. Nao e otimo?” ´ Chantal, do Canada, conta: “Em 2008, mudei˜ me para uma regiao no litoral do Equador on-

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de havia apenas uma con˜ ´ ˆ gregac¸ ao. Agora ha tres ˜ congregac¸ oes e mais de 30 pioneiros ali. Nada se 10 compara com a alegria de ver tantos novos progredindo!” Ela acrescenta: “Recentemente me mudei para uma cidade a mais de 2.700 metros de altitude na cordilheira dos Andes. Com mais de ´ 75 mil habitantes, essa cidade so tem uma con´ ˜ ´ gregac¸ ao. E um territorio muito produtivo! Estou ´ gostando muito do meu ministerio.” OS DESAFIOS

Naturalmente, servir no estrangeiro envolve grandes desafios. Alguns jovens enfrentaram ´ obstaculos mesmo antes de se mudarem. Kayla, dos Estados Unidos, diz: “Onde eu morava, a rea˜ ˜ c¸ ao negativa de alguns irmaos bem-intenciona˜ dos era desanimadora. Eles nao entendiam por que eu queria servir como pioneira no estrangei` ro. Por isso, as vezes eu me perguntava: ‘Estou ˜ tomando a decisao certa?’ ” Mesmo assim, Kayla ˜ decidiu mudar-se. Ela explica: “Muitas orac¸ oes a 15 DE JULHO DE 2012

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´ ˜ Jeova e longas conversas com irmaos maduros ´ ´ me ajudaram a ver que Jeova abencoa ¸ um espırito disposto.” ´ ´ Um obstaculo para muitos e aprender um novo idioma. Siobhan, da Irlanda, se recorda: “Eu ´ ˜ achava difıcil nao poder me comunicar. Tive de ´ aprender a ser paciente, estudar a lıngua com ˆ diligencia e rir de mim mesma quando errava.” ˆ Anna, da Estonia, acrescenta: “Acostumar-me ´ com o calor tropical, poeira e falta de agua quen˜ ˜ te no chuveiro nao era nada em comparac¸ ao com ` aprender espanhol. As vezes, queria desistir. Tive de aprender a pensar mais no meu progresso, ˜ nao tanto nos meus erros.” ˜ ´ ´ Nao menos difıcil e a saudade. Jonathan, dos Estados Unidos, admite: “Pouco depois de ter chegado, fiquei um tanto desanimado por estar ´ longe dos amigos e da famılia. Mas venci esses sentimentos concentrando-me no estudo pes´ ´ soal da Bıblia e no ministerio. Em pouco tempo, ˆ as emocionantes experiencias no campo e os no˜ vos amigos que fiz na congregac¸ ao me ajudaram a recuperar a alegria.”

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Como se preparar para servir no estrangeiro ˙

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´ Crie bons habitos de estudo pessoal Recapitule o Nosso Minis´ terio do Reino de agosto ´ de 2011, paginas 4-6 ´ Fale com outros que ja serviram no estrangeiro Pesquise a cultura e ´ ´ a historia do paıs ´ Faca ¸ um curso basico do idioma

Alguns que servem ´ em outro paıs se sustentam por . . . ˙

trabalhar alguns meses ´ por ano no seu paıs

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alugar sua casa, aparta´ mento ou negocio

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trabalhar via internet

˜ ˜ Outro desafio sao as condic¸ oes de ˜ ˜ vida. Provavelmente nao serao as ˆ mesmas que voce tinha. Beau, do ´ ´ ˆ Canad a, diz: “No seu pa ıs, voc e ´ acha natural ter os servicos ¸ basicos, ´ como eletricidade e agua encanada. ˜ Mas aqui, essas coisas sao imprevi´ sıveis.” Pobreza, meios de transpor˜ te sem conforto e analfabetismo sao ´ comuns em muitos paıses ´ em desenvolvimento. Ines, da Austria, en˜ frenta essas condic¸ oes pensando mais nas boas qualidades do povo ˜ local. “Sao muito hospitaleiros, gentis, prestativos e humildes”, diz ela. ˆ “Acima de tudo, eles tem enorme interesse em aprender sobre Deus.” ˆ ˜ ´ “B EN C¸ AO AT E QUE ˜ N AO HAJA MAIS NECESSIDADE”

Embora esses jovens adultos que servem no Equador tenham feito sa´ ´ ˆ crifıcios, eles veem que Jeova prove “mais do que superabundantemen´ te alem de todas as coisas” que po´ diam esperar. (Efe. 3:20) De fato, ˆ eles sentem que recebem ‘uma ben˜ ´ ˜ c¸ ao ate n ao haver mais necessidade’. (Mal. 3:10) Veja o que eles ´ acham de seu ministerio: Bruno: “Iniciei meu servico ¸ aqui no ˜ Equador na fascinante regiao amaˆ zonica. Mais tarde, ajudei na amplia˜ c¸ ao da sede no Equador. Agora sirvo em Betel. Quando eu ainda estava ´ ´ na Italia, decidi colocar Jeova em pri´ meiro lugar, e ele esta realizando meu desejo de ter uma vida emocionante e variada no seu servico.” ¸ Beau: “Eu me acheguei muito mais ´ a Jeova porque no Equador eu posso dedicar todo meu tempo a atividades espirituais. E tenho a alegria

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extra de viajar a lugares fascinantes — algo que eu sempre quis.” ˜ Anna: “Eu achava que, como irma ˜ solteira, nao podia levar uma vida ´ ´ de missionaria. Mas agora sei que e ´ ` ˆ ˜ poss ıvel. Gra cas as b en c¸ aos de ¸ ´ Jeova, estou muito feliz fazendo dis´ ˜ cıpulos, construindo Saloes do Reino e conquistando novos amigos.” ´ ´ Elke: “No meu paıs, a Austria, eu ´ muitas vezes pedia a Jeova pelo ´ menos um estudo bıblico. Aqui, tenho 15! Ver os rostos felizes de estu´ dantes que fazem progresso me da ˜ uma enorme satisfac¸ ao.” ´ ˆ Joel: “E uma experiencia e tanto chegar num lugar desconhecido para ´ ˆ servir a Jeova. Voce aprende a con´ fiar ainda mais em Deus, e e emocionante ver como ele abencoa ¸ seus esforcos! Depois que cheguei dos ¸ Estados Unidos, em um ano o grupo em que sirvo aumentou de 6 para ˆ ` 21 publicadores. A assistencia a Co˜ memorac¸ ao foi de 110 pessoas.” ˆ E VOC E?

˜ ˜ ˆ Jovens irmaos e irmas, voces podem ´ servir num paıs onde a necessidade ´ de proclamadores do Reino e maior? ˜ Naturalmente, tomar uma decisao ˜ ´ tao grande exigira bom planejamento. Acima de tudo, uma mudanca ¸ as´ sim exige forte amor a Jeova e ao ´ ˆ proximo. Se voce tiver esse amor ˜ e as demais qualificac¸ oes, ore com ´ fervor a Jeova sobre servir no estran´ geiro. Tambem, fale com seus pais ˜ ˜ cristaos e com os anciaos na con˜ gregac¸ ao sobre seu desejo. Talvez ˆ ´ conclua que voce tambem pode participar nessa emocionante e satisfa´ toria forma de servico ¸ sagrado. 15 DE JULHO DE 2012


PERMITA QUE ´

JEOV ` A O CONDUZA A VERDADEIRA LIBERDADE

“[Olhe] de perto para a lei perfeita que per` tence a liberdade.” — TIA. 1:25. SABE EXPLICAR?

` Que lei conduz a verdadeira liberdade, e quem se beneficia dessa lei?

´ Qual e o segredo de ganhar a verdadeira liberdade?

˜ Que liberdade terao os que permanecem no caminho da vida?

ˆ IVEMOS em tempos de crescente ganancia, ` ˆ desrespeito a lei e violencia. (2 Tim. 3:1-5) Diante disso, os governos fazem mais leis, fortalecem as forcas ¸ policiais e instalam sistemas de ˆ ˆ ´ ˜ vigilancia eletronica. Em alguns paıses, os cidadaos procuram aumentar sua seguranca ¸ instalando alar´ ´ mes nas suas casas, alem de fechaduras extras e ate ´ ˜ ` mesmo cercas eletricas. Muitos nao saem a noite ou ˜ nao deixam seus filhos brincar fora de casa sem su˜ pervisao — nem mesmo de dia. Obviamente, a liber´ ˆ dade esta diminuindo e essa tendencia com certeza ´ continuara. ´ ´ 2 No jardim do Eden, Satanas afirmou que a cha´ ve para a verdadeira liberdade e ser independente ´ de Jeova. Que maldosa e enorme mentira! Quanto mais as pessoas desrespeitam os limites morais e espirituais fixados por Deus, tanto mais a sociedade ˜ como um todo sofre. Essa piora de condic¸ oes tam´ ´ bem afeta os servos de Jeova. No entanto, temos a ˜ esperanca ¸ de ver o fim da escravidao da humanida` ˜ ´ de ao pecado e a corrupc¸ ao e de ter o que a Bıblia chama de “liberdade gloriosa dos filhos de Deus”. ´ ´ (Rom. 8:21) Na verdade, Jeova ja comecou a prepa¸ rar seus servos para essa liberdade. Como? ´ ´ 3 A resposta esta no que o escritor bıblico Tiago ` chamou de “lei perfeita que pertence a liberdade”. ˜ ´ (Leia Tiago 1:25.) Outras versoes da Bıblia traduzem ´ ` essa frase assim: “A lei perfeita que da liberdade as ´ pessoas” (Bıblia na Linguagem de´ Hoje) e “a lei perfei´ ´ ta da liberdade” (Bıblia Vozes). E obvio que, em geral,

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´ ˆ ˜ ´ do, e por que? (b) Que liberdade terao os servos de Jeova? ´ 3. Que lei Jeova deu aos seguidores de Cristo, e que perguntas consideraremos? 1, 2. (a) O que esta acontecendo com as liberdades do mun-

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˜ as pessoas associam lei com restric¸ oes, ˜ ´ nao com liberdade. Mas o que e “a lei ` perfeita que pertence a liberdade”? E como essa lei nos liberta? A LEI QUE LIBERTA

` “A lei perfeita que pertence a liber˜ ´ dade” nao e a Lei mosaica, pois esse ´ codigo tornou manifestas as transgres˜ soes e se cumpriu em Cristo. (Mat. 5:17; ´ ˜ Gal. 3:19) Entao, a que lei Tiago se referia? Ele tinha em mente “a lei do Cristo”, ´ ´ tambem chamada de “lei da fe” e “lei ´ dum povo livre”. (Gal. 6:2; Rom. 3:27; Tia. 2:12) “A lei perfeita”, portanto, en´ ´ globa tudo o que Jeova requer de nos. ˜ Tanto os cristaos ungidos como as “ou˜ tras ovelhas” se beneficiam dela. — Joao 10:16. 5 Diferentemente das leis de muitos ´ ˜ ´ paıses, “a lei perfeita” nao e complexa nem opressiva, mas consiste em man´ ´ damentos simples e princıpios basicos. ˜ ´ ´ (1 Joao 5:3) “O meu jugo e benevolo e ´ minha carga e leve”, disse Jesus. (Mat. ´ 11:29, 30) Alem disso, “a lei perfeita” ˜ nao precisa de uma longa lista de san˜ ´ c¸ oes, ou penalidades, pois e fundada no ˜ amor e gravada em mentes e corac¸ oes, ˜ ´ nao em tabuas de pedra. — Leia Hebreus 8:6, 10. 4

COMO “A LEI PERFEITA” NOS LIBERTA

´ Os limites fixados por Jeova para suas criaturas inteligentes visam benefi´ ˆ cia-las e protege-las. Veja, por exemplo, ´ as leis fısicas que governam a energia ´ ˜ e a materia. As pessoas nao se sentem oprimidas por essas leis. Em vez disso, elas as valorizam, reconhecendo que 6

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4. O que e “a lei perfeita que pertence a liber-

dade”, e quem se beneficia dela? ˜ ´

5. Por que a lei da liberdade nao e opressiva?

˜ ´ ´ Jeova, e por que a lei da liberdade e libertadora? 6, 7. O que se pode dizer sobre os padroes de

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˜ as leis naturais sao essenciais para seu ˜ bem-estar. Da mesma forma, os padroes ´ morais e espirituais de Jeova, refletidos ˜ na “lei perfeita” de Cristo, sao em bene´ fıcio dos humanos. ´ ˜ 7 Alem de ser uma protec¸ ao, a lei da liberdade nos permite satisfazer todos os nossos desejos corretos sem nos prejudicar ou sem usurpar os direitos e liberdades de outros. Portanto, o segredo para sermos realmente livres — poder ´ fazer o que desejamos — e cultivar os de´ sejos corretos, compatıveis com a perso˜ ´ nalidade e os padroes de Jeova. Em outras palavras, temos de aprender a amar ´ o que Jeova ama e odiar o que ele odeia, algo que a lei da liberdade nos ajuda a ´ fazer. — Amos 5:15. ˜ ´ 8 Na nossa condic¸ ao imperfeita, nos lutamos para vencer desejos errados. No entanto, ao obedecermos lealmente ` a lei da liberdade, provamos agora mesmo os seus poderes libertadores. Para ilustrar: Jay, quando comecou a estudar ¸ ´ a Bıblia, fumava. Ao aprender que seu ´ vıcio desagradava a Deus, ele teve de to˜ mar uma decisao. Continuaria a se submeter ao seu corpo ou se sujeitaria a ´ Jeova? Com sabedoria, ele escolheu servir a Deus, embora sofresse muito com a falta de nicotina. Como ele se sentiu ´ depois de vencer o vıcio? “Eu me senti maravilhosamente livre e super alegre”, disse ele mais tarde. ˆ ´ 9 Jay aprendeu por experiencia propria que as liberdades do mundo, que ` permitem a pessoa ‘ter a mentalidade segundo a carne’, na realidade escravizam. Por outro lado, as liberdades de ´ Jeova, que significam ter “a mentalidade ´ segundo o espırito”, libertam e condu` zem a “vida e paz”. (Rom. 8:5, 6) Onde `

8, 9. Como se beneficiam os que obedecem a

ˆ lei da liberdade? De um exemplo.


´ Sera que ainda anseio algumas “liberdades” do mundo?

Tenho feito da verdade meu modo de vida?

´ Jay encontrou a forca ¸ para vencer seu vı˜ cio escravizante? Nao dentro de si; ela ´ veio de Deus. “Eu estudava a Bıblia re´ gularmente, orava por espırito santo e aceitava a amorosa ajuda que a congre˜ ˜ gac¸ ao crista de bom grado me oferecia”, ˜ disse ele. Essas mesmas provisoes po´ dem ajudar a todos nos na busca de verdadeira liberdade. Vejamos como. OLHE DE PERTO A PALAVRA DE DEUS

Tiago 1:25 diz: “Aquele que olha de ` perto para a lei perfeita que pertence a liberdade e que persiste nisso, este, por´ que se tornou . . . fazedor da obra, sera ˆ feliz em faze-la.” A palavra grega original traduzida ‘olhar de perto’ significa “abaixar-se para ver bem”, o que implica 10

10. O que significa ‘olhar de perto’ para a lei de

Deus? 15 DE JULHO DE 2012

esforco ¸ concentrado. Se queremos que a lei da liberdade afete nossa mente e ˜ ´ corac¸ ao, temos de estudar a Bıblia com ˆ ˜ diligencia e meditar com orac¸ ao no que lemos. — 1 Tim. 4:15. 11 Ao mesmo tempo, temos de ‘persistir’, ou perseverar, em aplicar a Palavra de Deus, fazendo da verdade o nosso modo de vida. Jesus disse algo semelhante para alguns que criam nele: “Se permanecerdes na minha palavra, ´ sois realmente meus discıpulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos li´ ˜ bertara.” (Joao 8:31, 32) “Conhecer”, diz ˆ certa obra de referencia, aqui signi´ ´ fica tambem ter apreco ¸ pois “o que e 11, 12. (a) Como Jesus enfatizou a necessida-

de de fazer da verdade o nosso modo de vida? (b) Conforme ilustrado acima, que perigo os jovens em especial devem evitar?

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´ ˆ ‘conhecido’ e de valor ou importancia ´ para aquele que conhece”. Assim, nos ‘conhecemos’ a verdade no pleno sentido quando fazemos dela o nosso modo de vida. Nesse caso, podemos dizer com ˜ razao que ‘a palavra de Deus opera’ ´ em nos, moldando nossa personalidade para refletirmos melhor o nosso Pai celestial. — 1 Tes. 2:13. ´ 12 Pergunte-se: ‘Sera que realmente conhe ¸co a verdade? Fiz dela meu modo de vida? Ou ainda anseio algumas “liberdades” do mundo?’ Recordando sua ˜ juventude, uma irma criada por pais ˜ ´ ´ cristaos escreveu: “Quando alguem e ´ ´ criado na verdade, Jeov a est a sempre presente, por assim dizer. Mas eu ˆ realmente nunca cheguei a conhece-lo. Nunca aprendi a odiar o que ele odeia. ´ Nunca acreditei que Jeova se importasse com o que eu fazia. E nunca aprendi ´ a procura-lo nas dificuldades. Eu confia´ va no meu proprio entendimento, que ´ ˜ agora sei que era ridıculo, pois eu nao sabia nada.” Felizmente, mais tarde ela percebeu que seu modo de pensar era muito errado e fez grandes mudancas. ¸ ´ Ate mesmo passou a servir como pioneira regular.

´ ser genuinamente livre ´ — um fato obvio no mundo de hoje. E interessante que, depois de alistar os aspectos do fruto ´ ´ do espırito, o apostolo Paulo acrescen˜ ´ tou: “Contra [esses] nao ha lei.” O que ´ ele quis dizer? O fruto do espırito de ˜ ´ Deus nao e restrito por alguma lei que ´ limite seu desenvolvimento. (Gal. 5:18) Afinal, qual seria o sentido de uma lei ´ ´ assim? A vontade de Jeova e que cultive˜ mos qualidades cristas para sempre e as ˜ demonstremos sem restric¸ oes. ˜ ´ 14 Os que sao dominados pelo espırito do mundo e se entregam a dese˜ jos carnais talvez pensem que sao livres. (Leia 2 Pedro 2:18, 19.) Mas a realidade ´ ˜ ´ e exatamente o oposto. Sao necessarias montanhas de regras e regulamentos para coibir seus apetites e conduta pre´ ˜ judiciais. “A lei e promulgada, nao para ˜ o justo, mas para os que sao contra a lei e os indisciplinados”, diz Paulo. (1 Tim. ˜ ´ 1:9, 10) Eles sao tambem escravos do pecado, levados a praticar “as coisas da ´ vontade da carne”, um amo cruel. (Efe. ˜ 2:1-3) De certo modo, tais pessoas sao como insetos que entram num pote de mel. Levados por seu apetite, logo ficam atolados. — Tia. 1:14, 15.

´ O ESPIRITO SANTO PODE ´ AJUDAR A LIBERTA-LO

˜ ˜ LIBERTADOS NA CONGREGAC¸ AO CRISTA

´ Em 2 Corıntios 3:17, lemos: “Onde ´ ´ ´ estiver o espırito de Jeova, ali ha liber´ dade.” Como o espırito santo contribui para a nossa liberdade? Entre outras coi´ sas, ele produz em nos qualidades es` senciais a liberdade — “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bon´ ´ ´ dade, fe, brandura, autodomınio”. (Gal. 5:22, 23) Sem essas qualidades, em especial o amor, nenhuma sociedade pode 13

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13. Como o espırito santo de Deus ajuda a nos

libertar?

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Ao passar a se associar com a con˜ ˜ ˆ ˜ gregac¸ ao crista, voce nao ingressou em ˆ algum tipo de clube social. Voce entrou ˜ ´ na congregac¸ ao porque Jeova o atraiu. ˜ (Joao 6:44) O que moveu Deus a fazer ´ ˆ isso? Sera que viu em voce uma pessoa justa, temente a ele? “De modo alˆ ˜ gum!”, voce talvez diga. O que, entao, ˜ Deus viu? Ele viu um corac¸ ao que seria 15

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14. De que maneiras o espırito do mundo es-

craviza os que se submetem a ele? ´ ˜ ˜ a congregac¸ ao, e que liberdade temos?

15, 16. De que valor e a nossa associac¸ ao com


` receptivo a Sua lei libertadora e que se ` ˆ submeteria a Sua bondosa influencia. ˜ ˜ Na congregac¸ ao, seu corac¸ ao foi edu´ cado por Jeova por meio de alimento ˆ espiritual. Deus libertou voce de falsi˜ dades religiosas e superstic¸ oes e o ensinou a desenvolver a personalidade cris˜ ´ ˆ ta. (Leia Efesios 4:22-24.) Assim voce ´ ´ tem o privilegio de fazer parte do unico ˜ povo no mundo que pode com razao ser chamado de “povo livre”. — Tia. 2:12. ˆ ´ 16 Considere: quando voce est a na ´ companhia dos que amam a Jeova de ˜ ´ todo o corac¸ ao, sente medo? Esta sem´ pre olhando para tras? Ao conversar ˜ ˜ com os irmaos no Salao do Reino, fica ˜ segurando seus pertences para que nao ´ ˆ desaparecam? Pelo contrario! Voce se ¸ ` sente a vontade e livre. Seria assim num ˜ evento secular? Provavelmente, nao! ˆ E essa liberdade que voce sente agora ´ entre o povo de Deus e apenas um antegosto da liberdade futura. “A LIBERDADE GLORIOSA DOS FILHOS DE DEUS”

´ Ao falar da liberdade que Jeova tem em reserva para seus servos terrestres, Paulo escreveu: “A expectativa ansiosa ˜ ´ ˜ da criac¸ ao esta esperando a revelac¸ ao ´ dos filhos de Deus.” Daı acrescentou: ´ ˜ ´ ´ “A propria criac¸ ao tambem sera liber˜ ` ˜ ´ ta da escravizac¸ ao a corrupc¸ ao e tera a liberdade gloriosa dos filhos de Deus.” ˜ (Rom. 8:19-21) “Criac¸ ao” refere-se aos ˆ humanos que tem esperanca ¸ terrestre, ˜ ˜ que se beneficiarao de uma “revelac¸ ao” ´ dos filhos de Deus ungidos por espıri˜ ´ to. Essa revelac¸ ao comecar ¸ a quando es´ ses “filhos”, ressuscitados ao domınio espiritual, participarem com Cristo em livrar a Terra da perversidade e em pre17

˜

17. Que relac¸ ao a liberdade dos humanos tem

˜ com a “revelac¸ ao dos filhos de Deus”? 15 DE JULHO DE 2012

˜ servar “uma grande multidao” para a entrada no novo mundo. — Rev. 7:9, 14. ´ ˜ 18 A humanidade salva tera ent ao uma liberdade totalmente nova — a liˆ ´ berdade da influencia de Satanas e dos ˆ ´ demonios. (Rev. 20:1-3) Que alıvio isso ´ sera! Depois, os 144 mil reis e sacerdo˜ tes que atuam com Cristo continuarao a libertar a humanidade aplicando pro´ ´ gressivamente os benefıcios do sacrifı´ ˜ cio de resgate ate a eliminac¸ ao total do ˆ ˜ pecado adamico e da imperfeic¸ ao. (Rev. ´ 5:9, 10) Tendo sido fieis mesmo sob pro˜ va, os humanos alcancar ¸ ao a perfeita li´ ˆ berdade que Jeova se propos a lhes dar — “a liberdade gloriosa dos filhos de ˆ ˜ Deus”. Pense! Voce nao vai mais lutar ´ para fazer o que e certo aos olhos de ´ Deus, pois seu inteiro organismo tera sido aperfeicoado e sua personalidade ¸ ´ tera sido plenamente transformada segundo a imagem de Deus. ˆ 19 Voce anseia “a liberdade gloriosa dos filhos de Deus”? Em caso afirma˜ tivo, permita que sua mente e corac¸ ao continuem a ser influenciados pela “lei ` perfeita que pertence a liberdade”. Estude com afinco as Escrituras! Viva a verdade, tornando-a parte de sua vida. ´ Ore por espırito santo. Tire pleno be´ ˜ ˜ nefıcio da congregac¸ ao crista e do ali´ ˆ ˜ mento espiritual que Jeova prove. Nao ´ permita que Satanas o engane, como fez com Eva, levando-o a pensar que os ca˜ minhos de Deus sao muito restritivos. O Diabo pode ser muito esperto. Mas, ´ ˜ como veremos no proximo artigo, nao precisamos ser “sobrepujados por Sata´ ˜ nas, pois nao desconhecemos os seus ´ desıgnios”. — 2 Cor. 2:11. 18. Como a liberdade dos humanos obedientes ´ ˜ aumentara, e que liberdade finalmente terao? 19. O que temos de fazer para permanecer no ` caminho a verdadeira liberdade?

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SIRVA AO DEUS DA LIBERDADE “O amor de Deus significa o seguinte: que observemos os seus mandamentos; contudo, os seus ˜ mandamentos nao ˜ sao pesados.” ˜ — 1 JOAO 5:3.

SABE RESPONDER?

´ Como Satanas tenta fazer as leis de Deus parecerem pesadas?

Por que temos de ser extrema` mente cautelosos quanto as nossas amizades?

´ O que nos ajudara a permanecer leais ao Deus da liberdade?

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´ ´ ´ EOVA e a unica Pessoa que tem liberdade absoluta. Mas ele nunca a usa mal; nem monopoliza a liberdade por controlar seus servos em todos os detalhes. Em vez disso, ele lhes deu a liberdade de escolha, que lhes permite usar a iniciativa e satisfazer todos os seus desejos corretos. Por exemplo, Deus ˜ deu a Adao e Eva apenas um mandamento restritivo ˜ ´ ´ — nao comer da “arvore do conhecimento do que e ´ ˆ bom e do que e mau”. (Gen. 2:17) Que espantoso grau de liberdade eles tinham em realizar a vontade de seu Criador! 2 Por que Jeova´ deu aos nossos pais originais tama` nha liberdade? Ele os formou a sua imagem e lhes ˆ deu uma consciencia, esperando corretamente que o amor deles ao seu Criador os guiasse no caminho cerˆ ˜ to. (Gen. 1:27; Rom. 2:15) Infelizmente, Adao e Eva perderam o apreco ¸ pelo seu maravilhoso Dador da Vida e pela liberdade que lhes dera. Eles preferiram ´ ´ a liberdade ilegıtima oferecida por Satanas, a indeˆ pendencia moral. Mas, em vez de encontrar mais liberdade, nossos pais originais venderam a si mesmos e seus futuros descendentes como escravos do pecado, com efeitos desastrosos. — Rom. 5:12. ´ 3 Assim como Satanas conseguiu induzir dois humanos perfeitos (sem falar nas muitas criaturas espirituais) a rejeitar a soberania de Deus, ele poderia ´ ´ ´ tambem nos enganar. A sua estrategia ainda e basicamente a mesma. Ele tenta nos levar a pensar que ˜ as normas de Deus sao pesadas e nos privam do pra-

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´ 1. Como Jeova encara a liberdade, e como mostrou isso nos ˜ seus tratos com Adao e Eva? 2. Por que os nossos pais originais perderam a liberdade que Deus lhes dera? ´ ˜ ` 3, 4. Como Satanas tenta nos enganar com relac¸ ao as nor´ mas de Jeova?


˜ ˜ zer e da emoc¸ ao. (1 Joao 5:3) Esse racio´ ˆ cınio pode exercer forte influencia se ficarmos repetidas vezes expostos a ele. ´ “Fui muito influenciada pelas mas companhias, em especial porque eu temia pensar diferente de meus colegas”, disse ˜ uma irma de 24 anos que havia cometido ˆ ´ imoralidade sexual. Talvez voce ja tenha ˜ sofrido esse tipo de pressao de colegas. ´ ˆ 4 Infelizmente, a ma influencia de co´ legas pode vir tambem de dentro da con˜ ˜ gregac¸ ao crista. “Conheci alguns jovens que namoravam descrentes”, disse um ´ jovem Testemunha de Jeova. “Mas com o tempo descobri que, quanto mais eu andava com eles, tanto mais parecido com eles eu ficava. Isso comecou a prejudi¸ ˜ car a minha espiritualidade. Eu nao gostava mais do alimento espiritual nas reu˜ ´ nioes e quase nunca saıa ao servico ¸ de campo. Esse foi o sinal de que eu tinha de parar de me associar com eles, e foi ˆ o que eu fiz!” Voce se apercebe da forca ¸ que suas amizades podem ter sobre ˆ voce? Considere um oportuno exemplo ´ bıblico. — Rom. 15:4. ˜ ‘FURTOU SEUS CORAC¸ OES’ ´ ´ 5 Na Bıblia ha muitos exemplos de ´ ˆ pessoas que exerceram ma influencia so´ ˜ bre outros. Um desses e Absalao, um dos filhos do Rei Davi. Ele era um homem excepcionalmente bonito. Mas, com o tem´ po, assim como Satanas, ele encheu seu ˜ ˜ corac¸ ao de ambic¸ ao gananciosa passando a cobicar ¸ o trono de seu pai, ao qual ˜ ele nao tinha direito.1 Numa sagaz tenta˜ tiva de usurpar o reinado, Absalao fingiu 1 A promessa de Deus a Davi, de que um futuro “descendente” herdaria o trono, foi feita depois do ˜ ˜ ´ nascimento de Absalao. Portanto, Absalao sem duvi´ ˜ da sabia que Jeova nao o escolhera para suceder a Davi. — 2 Sam. 3:3; 7:12.

˜ ´ ˆ sera que essa trama teve exito?

5, 6. Como Absalao desencaminhou outros, e

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profundo interesse pelos israelitas, insinuando astutamente que a corte do rei ˜ nao se importava com eles.´ Assim como ˜ o Diabo agiu no jardim do Eden, Absalao se apresentou como benfeitor, ao mesmo ´ tempo difamando cruelmente seu proprio pai. — 2 Sam. 15:1-5. 6 Deu certo a astuta trama de Absa˜ ´ ´ lao? Ate certo ponto, sim, pois a Bıblia ˜ ˜ diz: “Absalao furtava os corac¸ oes dos homens de Israel.” (2 Sam. 15:6) Mas a sua ˆ ´ arrogancia resultou na sua propria que´ da. E, tragicamente, tambem na sua mor´ te e na morte dos milhares de vıtimas de ´ sua astucia. — 2 Sam. 18:7, 14-17. ˜ ´ 7 Por que foi tao facil enganar aqueles israelitas? Talvez porque desejas˜ sem as coisas que Absalao lhes prometia. Ou pode ser que se deixaram levar ˆ ´ pela sua aparencia fısica. Seja como for, ˜ temos esta certeza: eles nao eram leais a ´ Jeova e a Seu rei designado. Hoje, Sata´ ˜ nas continua a usar “Absaloes” na ten˜ tativa de ‘furtar’ os corac¸ oes dos servos ´ ´ ˜ de Jeova. ‘As normas de Jeova sao muito restritivas’, talvez digam. ‘E veja todas ˜ ´ essas pessoas que nao servem a Jeova. ˆ ´ Como se divertem!’ Voce discernira que ˜ ´ sao mentiras desprezıveis e permanece´ ´ ra leal a Deus? Reconhecera que apenas ´ a “lei perfeita” de Jeova, a lei do Cristo, ` pode conduzi-lo a verdadeira liberdade? (Tia. 1:25) Em caso afirmativo, preze essa ` ˜ lei e nunca ceda a tentac¸ ao de usar mal a ˜ sua liberdade crista. — Leia 1 Pedro 2:16. ˜ 8 Em especial os jovens estao na mira ´ ˜ de Satanas. Um irmao, de 30 e poucos ˆ anos, falou sobre sua adolescencia: “Para ´ mim, as normas de moral de Jeova eram ˜ ˜ ˜ uma restric¸ ao, nao uma protec¸ ao.” Como resultado, ele cometeu imoralidade ˜ ˜ ˜ ´ salao? (Veja a ilustrac¸ ao na pagina 14.) ` 8. Que exemplos ilustram que o desrespeito as ´ ˜ normas de Jeova nao traz felicidade? 7. Que lic¸ oes aprendemos do relato sobre Ab-

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˜ Como podemos identificar os Absaloes modernos e nos proteger deles?

˜ sexual. Mas isso nao lhe trouxe felicidade. “Por muitos anos eu sentia fortes sentimentos de culpa e de remorso”, disse ˜ ele. Certa irma, ao refletir sobre sua adoˆ ´ lescencia, escreveu: “Apos cometer imoˆ ´ ralidade, voce se sente melancolico e sem ´ valor. Depois de 19 anos, as mas recorda˜ ˜ c¸ oes ainda voltam.” Outra irma declarou: “Para mim, a ideia de que a minha conduta deixou arrasadas pessoas a quem tanto amo foi mental, espiritual e emocional´ ´ mente devastadora. E terrıvel viver sem ´ ´ ˜ o favor de Jeova.” Satanas nao quer que ˆ voce pense em tais efeitos do pecado. ´ ˜ 9 Como e triste que muitos cristaos ´ jovens — e mesmo um bom numero 9. (a) Que perguntas ajudam a analisar nosso

´ ´ conceito sobre Jeova e suas leis e princıpios? ´ (b) Por que e vital conhecer bem a Deus?

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dos de mais idade — tiveram de apren´ der pelo caminho difıcil que os praze˜ res pecaminosos nao raro cobram um ´ custo elevado. (Gal. 6:7, 8) Assim, per´ gunte-se: ‘Reconheco ¸ as taticas de Sata´ ˜ nas pelo que realmente sao — enganos ´ ´ crueis? Considero Jeova meu melhor Amigo, que sempre me diz a verdade e quer o meu melhor? Tenho plena con˜ vicc¸ ao de que ele jamais me privaria de ´ algo que e realmente bom e me desse ´ a maior felicidade?’ (Leia Isaıas 48:17, 18.) Para responder com um sincero ˆ “sim” voce precisa ter mais do que um ´ conhecimento superficial sobre Jeova. ˆ ˆ Voce precisa conhece-lo bem, e reco´ ´ nhecer que as leis e princıpios bıblicos ˆ ˜ refletem Seu amor por voce, nao o desejo de restringi-lo. — Sal. 25:14.


˜ ORE POR UM CORAC¸ AO ´ SABIO E OBEDIENTE ˜ 10 Ainda jovem, Salomao disse humil˜ demente em orac¸ ao: “Sou apenas um ra˜ pazinho. Nao sei como sair e como en´ ˜ ´ trar.” Daı ele orou por um corac¸ ao sabio ´ e obediente. (1 Reis 3:7-9, 12) Jeova aten´ deu a esse pedido sincero, e fara o mesˆ mo por voce, jovem ou idoso. Natural´ ˜ ´ ˜ mente, Jeova nao lhe dara compreensao ´ e sabedoria milagrosas. Mas ele lhe dara ˆ sabedoria se voce estudar com serieda´ de a sua Palavra, orar por espırito santo ˜ e aproveitar as provisoes espirituais dis˜ ponibilizadas por meio da congregac¸ ao ˜ crista. (Tia. 1:5) De fato, por esses meios, ´ ´ Jeova faz com que ate mesmo seus ser´ vos jovens se tornem mais sabios do que todos aqueles que desprezam Seus con´ ´ selhos, ate mesmo os chamados ‘sabios e intelectuais’ do mundo. — Luc. 10:21; leia Salmo 119:98-100. ´ 11 Para ilustrar o valor de estudar a Bıblia e meditar sobre o que lemos visan´ do conhecer bem a Jeova, considere os ˆ seguintes textos. Todos eles contem um ´ princıpio importante a respeito de nos˜ sa escolha de amizades: “Nao me sentei ˜ com homens de inveracidade; e nao en˜ tro com os que ocultam o que sao.” (Sal. ´ 26:4) “Quem anda com pessoas sabias ´ ´ ´ tornar-se-a sabio, mas ira mal com aque´ le que tem tratos com os estupidos.” ´ ˜ (Pro. 13:20) “Mas associac¸ oes estragam ´ ´ habitos uteis.” — 1 Cor. 15:33. ˜ 12 Que li c¸ oes valiosas aprendemos ´ desses textos? (1) Jeova deseja que sejamos seletivos a respeito de nossas amizades. Ele quer nos proteger moral e espiri-

´ tualmente. (2) Nos somos influenciados para o bem ou para o mal pelas pessoas ´ com quem nos associamos; isso e um ´ fato da vida. A fraseologia dos versıculos ´ citados mostra que Jeova apela ao nosso ˜ corac¸ ao. Como assim? Note que nenhum ´ ´ desses versıculos e em forma de regra, ˜ ˜ como “nao deves . . .”. Em vez disso, sao escritos como claras verdades. Na reali´ ˜ dade, Jeova nos diz: ‘Esses sao os fatos. ˆ ´ ´ Como voce agira? O que ha em seu cora˜ c¸ ao?’ 13 Por fim, sendo apresentados como ´ ˆ ´ verdades basicas, esses tres versıculos ˆ ˜ tem valor eterno e uma aplicac¸ ao muito ampla. Para ilustrar, pergunte-se: ‘Como evitar me associar com pessoas “que ˜ ˜ ocultam o que sao”? Em que situac¸ oes ´ seria possıvel entrar em contato com tais ˜ pessoas? (Pro. 3:32; 6:12) Quem sao as ´ ´ “pessoas sabias” com as quais Jeova de˜ seja que eu me associe? Quem sao os ´ “estupidos” que ele deseja que eu evite? ´ (Sal. 111:10; 112:1; Pro. 1:7) Que “habi´ ´ tos uteis” eu arruinarei por escolher mas ´ ´ ´ companhias? Sera que ha mas companhias apenas no mundo?’ (2 Ped. 2:1-3) ˆ Como voce responderia a essas perguntas? ˜ ` 14 Depois dessa ponderac¸ ao a base das Escrituras, que acha de examinar ou´ tros textos bıblicos que revelam o que Deus pensa sobre assuntos que dizem ˆ ´ respeito a voce e sua famılia?1 Pais, talvez possam considerar tais temas na ˜ ´ Noite de Adorac¸ ao em Famılia. Ao fazerem isso, lembrem-se de que seu objeti´ ´ vo e ajudar cada um na famılia a aumentar seu apreco ¸ pelo grande amor de Deus ´ por nos, conforme revelado em suas leis

10. Por que devemos nos esforcar ¸ em imitar o ˜ jovem Rei Salomao? ˜ 11-13. (a) Que lic¸ oes valiosas podemos apren´ ´ der de Salmo 26:4, Proverbios 13:20 e 1 Corınˆ ´ tios 15:33? (b) Como voce aplicaria esses princı´ pios bıblicos?

˜ ´ 1 Bons exemplos sao 1 Corıntios 13:4-8, onde Paulo descreve o amor, e Salmo 19:7-11, que apresenta ´ ` ´ os muitos benefıcios de obedecer as leis de Jeova.

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ˆ ˜ ´ Adorac¸ ao em Famılia?

14. Como voce pode enriquecer a sua Noite de

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´ e princıpios. (Sal. 119:72) Realmente, esse estudo deve fazer com que todos na ´ ´ famılia se acheguem mais a Jeova e uns aos outros. 15 Como voceˆ pode saber se esta´ de˜ ´ senvolvendo um corac¸ ao sabio e obe´ diente? Uma maneira e comparar seu ´ modo de pensar com o de fieis do passado, como o Rei Davi, que escreveu: “Agra´ dei-me em fazer a tua vontade, o meu ´ Deus, e a tua lei esta nas minhas partes internas.” (Sal. 40:8) E o escritor do Sal´ mo 119 tambem disse: “Quanto eu amo a ´ tua lei! O dia inteiro ela e a minha preocu˜ ˜ pac¸ ao.” (Sal. 119:97) Esse amor nao cresce num solo raso. Resulta de estudo pro˜ ˜ ˆ fundo, orac¸ ao, meditac¸ ao e experiencia ´ ´ ˆ — ver na propria vida as incontaveis ben˜ c¸ aos de seguir as normas de Deus. — Sal. 34:8. ˜ LUTE POR SUA LIBERDADE CRISTA ´ ˜ ˆ 16 Ao longo da Historia, as nac¸ oes tem travado guerras brutais em nome da li˜ ˆ berdade. Quanto mais, entao, voce deve estar disposto a lutar em sentido espiri˜ tual pela sua liberdade crista! Lembre-se ˜ ˜ de que seus inimigos nao sao apenas Sa´ ´ tanas, o mundo e seu espırito venenoso. ˆ ´ Voce tem de lutar tambem contra suas ´ ˜ proprias imperfeic¸ oes, incluindo um co˜ ´ rac¸ ao traicoeiro. (Jer. 17:9; Efe. 2:3) Mas, ¸ ´ ˆ com a ajuda de Jeova, voce pode vencer a ´ ´ luta. Alem do mais, toda vitoria — grande ´ ou pequena — tera pelo menos dois resulˆ ´ tados positivos. Primeiro, voce alegrara o ˜ ´ corac¸ ao de Jeova. (Pro. 27:11) Segundo, sentir o poder libertador da “lei perfei` ta [de Deus] que pertence a liberdade” ´ ˜ aumentara sua determinac¸ ao de perma` necer na ‘estrada estreita’ que conduz a ˆ ´ 15. Como voce pode discernir se esta desenvol˜ ´ vendo um corac¸ ao sabio e obediente? 16. O que temos de reconhecer para vencer a luta pela verdadeira liberdade?

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ˆ ´ vida eterna. Com o tempo, voce tera a li´ berdade mais abrangente que esta em re´ serva para os leais a Jeova. — Tia. 1:25; Mat. 7:13, 14. ` ´ 17 As vezes, e´ claro, todos nos cometemos erros. (Ecl. 7:20) Quando isso acon˜ tece, nao se sinta sem valor ou excessiˆ vamente desanimado. Se voce ‘tropecar’, ¸ levante-se e siga em frente — mesmo ´ que seja necessario pedir a ajuda dos an˜ ˜ ´ ˜ ciaos. A “orac¸ ao de fe” dos anciaos, es´ creveu Tiago, “fara que o indisposto fi´ ´ ´ que bom, e Jeova o levantara. Tambem, ´ se ele tiver cometido pecados, ser-lhe-a isso perdoado”. (Tia. 5:15) Nunca se es´ queca ¸ de que Deus e realmente miseriˆ ` cordioso e que ele atraiu voc e a con˜ grega c¸ ao porque viu seu potencial. (Leia Salmo 103:8, 9.) Assim, enquanˆ ˜ to voce mantiver um corac¸ ao pleno para ´ ´ ˆ com Jeova, ele jamais desistira de voce. ˆ — 1 Cro. 28:9. ´ 18 Ao orar na sua ultima noite com ´ ´ seus 11 ap ostolos fi eis, Jesus profe´ riu estas inesquecıveis palavras em favor deles: ‘Vigia sobre eles, por causa ´ ˜ ˜ do inıquo.’ (Joao 17:15) A preocupac¸ ao ˜ ´ de Jesus nao se limitava aos apostolos, mas se estende a todos os seus seguido´ res. Assim, temos certeza de que Jeova ´ ` ˜ respondera a orac¸ ao de Jesus ‘vigiando ´ ´ sobre nos’ nestes tempos crıticos. “Para ´ ´ os que andam em integridade [Jeova] e ´ ´ escudo . . . Ele guardara o proprio cami˜ nho dos que lhe sao leais.” (Pro. 2:7, 8) Sim, o caminho da integridade tem seus ´ ´ ` desafios, mas e o unico que conduz a ` ´ vida eterna e a genuına liberdade. (Rom. ´ 8:21) Que ninguem o seduza a sair desse caminho! ˜

17. Por que nao devemos ficar abatidos por

˜ causa de nossas imperfeic¸ oes, e que ajuda ´ ˆ Jeova prove? 18. Como podemos agir em harmonia com a ˜ ˜ orac¸ ao de Jesus registrada em Joao 17:15?


´ Jeova me ensinou a fazer a sua vontade NARRADA POR

MAX LLOYD

Era tarde numa noite em 1955. Eu e outro ´ ´ ˜ missionario estavamos na nossa designac¸ ao no ´ Paraguai, America do Sul, quando a casa em que nos abrigamos foi cercada por uma turba furiosa que gritava: “O nosso deus tem sede de sangue e ele quer o sangue dos gringos.” Como foi que ´ nos, os gringos, viemos a estar ali?

´ ´ PARA mim, tudo comecou ¸ anos atras na Austra´ lia, onde me criei e onde Jeova comecou ¸ a me ensinar a fazer a sua vontade. Em 1938, meu pai ´ adquiriu de uma Testemunha de Jeova o livro Ini˜ ´ migos. Ele e minha mae ja estavam descontentes ´ com o clero local, que se referia a partes da Bı´ blia como fabulas. Cerca de um ano depois, meus ´ pais foram batizados em sımbolo de sua dedica˜ ´ c¸ ao a Jeova. Dali em diante, fazer a vontade de ´ Jeova tornou-se a coisa mais importante na nossa ´ ˜ vida em famılia. Minha irma, Lesley, cinco anos mais velha do que eu, foi batizada a seguir. Eu fui batizado em 1940, aos 9 anos de idade. ´ Pouco depois do inıcio da Segunda Guerra ˜ ˜ Mundial, a impressao e distribuic¸ ao das publica˜ ´ ´ c¸ oes bıblicas das Testemunhas de Jeova foi proi´ bida na Australia. Assim, ainda crianca, ¸ aprendi ´ ´ a explicar a base de minha fe usando apenas a Bı` blia. Eu a levava a escola para mostrar por que eu ˜ nao saudava a bandeira nem ¸ ˆ apoiava os esforcos ˜ de guerra das nac¸ oes. — Exo. 20:4, 5; Mat. 4:10; ˜ ˜ Joao 17:16; 1 Joao 5:21. 15 DE JULHO DE 2012

Muitos na escola me evitavam por eu ser tacha˜ ˜ do de “espiao alemao”. Naquele tempo, passavam filmes na escola. Antes do filme comecar, ¸ todos deviam se levantar e cantar o hino nacional. ˆ Por eu permanecer sentado, dois ou tres meninos tentavam me levantar puxando meus cabelos. ` Fui expulso da escola por me apegar as minhas ´ crencas ¸ baseadas na Bıblia. Mas fiz cursos por ˆ correspondencia em casa. CONSEGUI ATINGIR MEU ALVO

´ Meu alvo era iniciar o ministerio de tempo integral como pioneiro quando completasse 14 anos. Assim, fiquei muito desapontado quando meus pais disseram que eu precisava primeiro procurar um emprego. Eles insistiam que eu tinha de pagar casa e comida, mas prometeram que, quando fizesse 18 anos, eu poderia iniciar o ´ servico ¸ de pioneiro. Tınhamos frequentes discus˜ soes sobre o dinheiro que eu ganhava. Eu dizia ´ que desejava poupa-lo para o servico ¸ de pioneiro, mas eles pediam o dinheiro.

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pre atingia esse alvo, dando bom exemplo para mim e Lesley. ˆ PIONEIRO NA TASMANIA

` ´ A esquerda: servindo` no circuito na Australia A direita: com meus pais

Quando chegou o tempo de ser pioneiro, meus pais me explicaram que haviam depositado no ´ banco o dinheiro que eu lhes dera. Daı eles me devolveram tudo para comprar roupas e outras necessidades para o servico ¸ de pioneiro. Eles estavam me ensinando a cuidar de meu sustento, e ˜ nao esperar que outros o fizessem. Hoje eu entendo que esse treinamento foi muito valioso. ´ Enquanto eu e Lesley crescıamos, pioneiros muitas vezes se hospedavam na nossa casa, e ´ era um prazer participar com eles no ministerio. Os fins de semana eram usados para pregar de ´ casa em casa e nas ruas, e dirigir estudos bıblicos. O alvo para um publicador naquele tempo ˆ ˜ era 60 horas por mes. A minha mae quase sem-

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˜ Minha primeira designac¸ ao de pioneiro foi na ˆ ` Tasmania, uma ilha australiana, onde me juntei a ˜ minha irma e seu marido. Mas eles logo partiram para cursar a 15.a turma da Escola de Gilea´ ´ de. Eu era muito tımido e nunca havia saıdo de ˜ casa. Alguns imaginavam que eu nao aguentaria ˆ ali mais de tres meses. Mas, em menos de um ano, em 1950, fui designado servo de companhia, um cargo de responsabilidade similar ao do que ´ agora e chamado coordenador do corpo de an˜ ciaos. Mais tarde, fui designado pioneiro especial ˜ junto com outro irmao jovem. Fomos designados para uma isolada cidade de ˜ ˜ minerac¸ ao de cobre, onde nao havia Testemu´ ˆ nhas de Jeova. Chegamos de onibus no fim da tarde e ficamos num velho hotel. No dia seguin´ te, ao pregarmos de casa em casa, perguntavamos aos moradores se sabiam de um quarto para ´ alugar. Quase no fim do dia, alguem disse que a ` casa do pastor anexa a igreja presbiteriana esta´ ´ va vazia e que devıamos falar com o diacono. Ele ´ ´ foi amigavel e disponibilizou a casa para nos. Parecia estranho ir pregar todos os dias saindo da casa que era do pastor. ´ ´ ´ O territorio era frutıfero. Tınhamos boas con´ versas e iniciamos muitos estudos bıblicos. Quando as autoridades da igreja na capital souberam disso e ouviram que Testemunhas de ´ Jeova moravam na casa que era do pastor, orde´ ´ naram ao diacono que nos retirasse de la imedia˜ ´ tamente. Mais uma vez nao tınhamos onde morar. ´ No dia seguinte, depois de pregarmos ate o meio da tarde, procuramos um lugar para passar ´ a noite. A arquibancada coberta de um estadio foi o melhor lugar que encontramos. Escondemos as nossas malas ali e continuamos a pregar. Estava escurecendo, mas resolvemos visitar mais algumas casas para terminar a rua. Numa delas, um homem nos ofereceu hospedagem numa casinha ˆ de dois comodos nos fundos de sua propriedade.


CIRCUITO E GILEADE

˜ Depois de uns oito meses nessa designac¸ ao, a ´ sede na Australia me convidou para ser superintendente de circuito. Levei um susto, pois eu tinha apenas 20 anos. Depois de umas duas semanas de treinamento, passei a fazer visitas para ˜ encorajar as congregac¸ oes. Os mais velhos do ˜ que eu (quase todos eram) nao desprezavam a minha pouca idade e respeitavam o meu trabalho. Quanta variedade nas viagens entre as congre˜ ˆ gac¸ oes! Numa semana eu ia de onibus, em outra, de bonde ou de carro, ou ainda na garupa de uma motocicleta, equilibrando uma mala e a pasta de ˜ ´ campo. Ficar na casa de irmaos era muito agradavel. Certo servo de companhia queria muito me hospedar, apesar de sua casa ainda estar inacabada. Naquela semana eu dormi numa banheira improvisada como cama, mas foi uma semana muito alegre de atividades espirituais! Tive outra surpresa em 1953, quando recebi ˜ uma petic¸ ao para cursar a 22.a turma da Escola de Gileade. Fiquei alegre e preocupado ao mesmo ˜ tempo. Isso porque quando minha irma e seu marido se formaram em Gileade, em 30 de julho de ˜ 1950, foram designados para o Paquistao. Menos ´ de um ano depois, porem, Lesley ficou doente e morreu ali. Eu me perguntava o que meus pais achariam de eu ir logo depois disso para outro ´ canto do mundo. Mas eles disseram: “Va e sirva ´ a Jeova onde ele indicar.” Nunca mais vi meu pai. Ele faleceu em 1957. Pouco depois de receber o convite, eu e outros ˜ cinco irmaos australianos embarcamos num na´ vio para uma viagem de seis semanas ate Nova ´ York. Na viagem, usamos o tempo para ler a Bıblia, estudar e pregar a outros passageiros. Antes de partirmos para a escola, em South Lansing, mais ao norte no Estado de Nova York, assistimos ao congresso internacional de julho de 1953 no ´ ˆ Estadio Ianque. O auge de assistencia foi de 165.829 pessoas. A nossa turma de 120 estudantes de Gileade ´ veio de todos os cantos da Terra. So no dia da ´ formatura soubemos onde irıamos servir. Assim 15 DE JULHO DE 2012

´ ` que foi possıvel, corremos a biblioteca de Gilea` ˜ ´ de a procura de informac¸ oes sobre os paıses aos quais fomos designados. Fiquei sabendo que mi˜ ´ nha designac¸ ao, o Paraguai, tinha um historico ˜ ´ de revoluc¸ oes polıticas. Pouco depois de chegar ˜ ´ ali, certa manha perguntei aos outros missionarios o que havia sido “celebrado” naquela noite. Eles riram e disseram: “Essa foi sua primeira re˜ voluc¸ ao. Olhe pela porta da frente.” Havia soldados em cada esquina. ˆ ´ EXPERIENCIA DRAMATICA

˜ Certa ocasiao, acompanhei o superintendente ˜ de circuito para visitar uma congregac¸ ao isolada e exibir o filme A Sociedade do Novo Mundo ˜ em A ¸cao. Viajamos oito ou nove horas, primeiro

Numa semana eu ia ˆ de onibus, em outra, de bonde ou de carro, ou ainda na garupa de uma motocicleta, equilibrando uma mala e a pasta de campo

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de trem, depois de charrete e por fim num car´ ro de boi. Carregavamos um gerador e um projetor. Quando finalmente chegamos ao nosso destino, passamos o dia seguinte visitando fazendas ˜ e convidando a todos para a exibic¸ ao do filme naquela noite. Umas 15 pessoas compareceram. ˜ Depois de uns 20 minutos de projec¸ ao, fomos ´ ´ exortados a entrar na casa o mais rapido possıvel. ˜ Pegamos o projetor e entramos. Foi entao que homens comecaram a gritar, a disparar armas de ¸ fogo e a repetir em coro: “O nosso deus tem sede de sangue e ele quer o sangue dos gringos.” Ha´ via so dois gringos ali, e eu era um! Os que estavam assistindo ao filme impediram que a turba invadisse a casa. Mas os opositores voltaram ´ ˜ la pelas 3 da manha, disparando armas e prome´ tendo nos pegar quando voltassemos para a cidade naquele dia. ˜ ` Os irmaos chamaram o delegado, que veio a ` tarde com dois cavalos para nos levar a cidade. ´ No caminho de volta, sempre que nos aproxima´ ´ vamos de arbustos ou arvores, ele sacava o revol´ ver e ia na frente inspecionar a area. Deu para ver que o cavalo era um importante meio de trans˜ porte, entao mais tarde comprei um. ´ CHEGAM MAIS MISSIONARIOS

˜ A pregac¸ ao prosseguia bem, apesar de cons˜ tante oposic¸ ao clerical. Em 1955 chegaram mais

Nosso casamento, em 31 de dezembro de 1957

´ cinco missionarios, entre eles Elsie Swanson, uma jovem canadense formada na 25.a turma de Gileade. Servimos juntos na sede por algum tempo, e depois ela foi designada para outra cidade. Elsie havia devotado sua vida ao servico ¸ de ´ Jeova com pouco apoio dos pais, que nunca aceitaram a verdade. Em 31 de dezembro de 1957, eu e Elsie nos casamos e fomos morar sozinhos ´ num lar missionario no sul do Paraguai. ˜ ´ A casa nao tinha agua encanada, mas havia ˜ um poco ¸ no quintal dos fundos. Assim, nao havia chuveiro ou banheiro dentro de casa, nem ´ maquina de lavar e muito menos geladeira. Os ´ alimentos perecıveis eram comprados diariamente. Mas essa vida simples e a amizade com ˜ ˜ os irmaos na congregac¸ ao tornaram muito feliz ´ esse perıodo de nossa vida. ` ´ Em 1963, pouco depois de eu voltar a Austra˜ lia para visitar minha mae, ela teve um ataque ´ ˜ cardıaco, possivelmente causado pela emoc¸ ao de ver o filho depois de dez anos. Quando se aproxi-


mava a data para voltarmos ao Paraguai, tivemos ´ ˜ de tomar uma das mais difıceis decisoes na nos´ ˜ sa vida. Devıamos deixar minha mae num hospi´ tal, confiando que alguem cuidaria dela, e voltar ˜ para a nossa designac¸ ao no Paraguai, que tanto ´ ˜ amavamos? Depois de muita orac¸ ao, eu e Elsie ˜ decidimos ficar e cuidar de minha mae. Fizemos ´ isso e continuamos no ministerio de tempo inte´ gral ate ela falecer, em 1966. ´ Foi um privilegio ser usado no servico ¸ de cir´ ´ cuito e de distrito na Australia por varios anos ´ ´ e tambem como instrutor na Escola do Ministe˜ ´ rio do Reino para anciaos. Daı veio outro ajuste na nossa vida. Fui designado membro da primei˜ ´ ˜ ra Comissao de Filial na Australia. Entao, quando foi decidido construir uma nova sede, fui de˜ ˜ signado presidente da comissao de construc¸ ao. Com a ajuda de muitos trabalhadores experien´ tes e cooperadores, foi construıda uma bela sede. Depois fui designado para o Departamento de ˜ ´ Servico, ¸ que supervisiona a pregac¸ ao num paıs.

´ ´ Recebi tambem o privilegio de visitar outras sedes ao redor do mundo como superintendente zonal a fim de dar ajuda e encorajamento. O que ´ mais fortalecia minha fe era visitar em alguns ´ ˜ ´ paıses irmaos que passaram anos — ou decadas — ˜ ˜ em prisoes e campos de concentrac¸ ao por causa ˆ ´ de sua obediencia fiel a Jeova. ˜ NOSSA DESIGNAC¸ AO ATUAL

Depois de uma cansativa viagem como superintendente zonal em 2001, recebi um convite para ir a Brooklyn, Nova York, a fim de servir ´ ˜ como parte da recem-formada Comissao de Filial dos Estados Unidos. Eu e Elsie oramos a respeito desse convite e o aceitamos com prazer. Mais de 11 anos depois, ainda estamos em Brooklyn. Sou muito grato de ter uma esposa que se agra´ da em fazer qualquer coisa que Jeova nos peca. ¸ ´ ´ Eu e Elsie ja passamos dos 80 anos e temos sau´ ´ de razoavel. Aguardamos ser ensinados por Jeova ˆ ˜ por toda a eternidade e receber as ricas benc¸ aos ˜ que terao os que sempre fizerem a Sua vontade.

Aguardamos ser ensinados ´ por Jeova por toda a eternidade

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“DE QUEM TEREI PAVOR?” “Ainda que estoure uma guerra contra mim, mesmo assim estarei confiante.” — SAL. 27:3. DE ACORDO COM OS ´ VERSICULOS ABAIXO, ´ O QUE PODE AJUDA-LO A TER CORAGEM?

Salmo 27:1

˜ OR QUE a nossa pregac¸ ao prospera apesar ˜ da piora das condic¸ oes mundiais? Por que damos liberalmente de nosso tempo e enerˆ gia enquanto muitos sofrem reveses economicos? Como podemos manter a coragem quando muitos ˆ outros temem o futuro? Um cantico inspirado do Rei Davi, registrado no Salmo 27, nos responde. ´ ´ 2 Davi comeca ¸ esse salmo dizendo: “Jeova e a mi˜ nha luz e a minha salvac¸ ao. De quem terei medo? ´ ´ Jeova e o baluarte da minha vida. De quem terei pa´ vor?” (Sal. 27:1) Embora o medo possa ate certo pon´ to enfraquecer a pessoa, o pavor e ainda mais grave. Mas nenhum sentimento de pavor deve abalar ´ ´ ´ quem teme a Jeova. (1 Ped. 3:14) Se Jeova e nosso baluarte, ‘residimos em seguranca ¸ e estamos despreocupados do pavor da calamidade’. (Pro. 1:33; 3:25) Como assim?

P

´ ´ ˜ “JEOVA E A MINHA LUZ E A MINHA SALVAC¸ AO”

´ ´ ´ A metafora “Jeova e a minha luz” destaca que ´ ˆ ˜ Jeova nos liberta da ignorancia e escuridao espiritual. (Sal. 27:1) A luz literal pode revelar um peri´ ˜ go ou obstaculo no nosso caminho, mas nao o re˜ move. Temos de agir com sabedoria em relac¸ ao ao ´ que vemos. De modo similar, Jeova nos revela o sig´ nificado basico dos acontecimentos mundiais. Ele nos alerta dos perigos deste sistema mundial e nos ˆ ´ ´ prove de princıpios bıblicos que sempre funcionam. Mas temos de aplicar o que aprendemos. Fazendo assim, agiremos com mais sabedoria do que nossos 3

Salmo 27:4

Salmo 27:11

´

1. O que o Salmo 27 nos ajudara a entender? 2. O que o pavor pode causar a uma pessoa, mas que con-

fianca ¸ temos?

´ ´

3. Em que sentido Jeova e a nossa luz, mas o que temos de fa-

zer?

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“inimigos” ou nossos “mestres”. — Sal. 119:98, 99, 130. 4 As palavras de Davi no Salmo 27:1 mostram que ele com certeza se lem´ brava de como Jeova o havia livrado, ou ˜ salvo, em ocasioes anteriores. Por exem´ plo, Jeova o havia livrado “da pata do ˜ ´ ´ leao e da pata do urso”. Jeova tambem ´ lhe dera a vitoria sobre o gigante Go˜ ´ ´ ˜ ‘Jeova e a minha salvac¸ ao’? (b) Quando, em es´ ´ ˜ pecial, Jeova se tornara a nossa salvac¸ ao?

lias. Mais tarde, o Rei Saul tentou mais de uma vez matar Davi com uma lan´ ca, ¸ mas Jeova o livrou. (1 Sam. 17:37, 49, ˜ ´ 50; 18:11, 12; 19:10) Nao e de admirar ˜ ´ que Davi dissesse com convicc¸ ao: ‘Jeova ´ ˜ ´ e a minha salvac¸ ao’! Jeova novamente ´ se tornara para seus servos o que ele ˜ foi para Davi — salvac¸ ao. Como? Por livrar seus adoradores na iminente “gran˜ de tribulac¸ ao”. — Rev. 7:14; 2 Ped. 2:9.

4. (a) Por que Davi podia dizer com convicc¸ ao:

˜ A lembranca de salvac¸ ao ¸ dos atos ´ de Jeova fortalecia Davi

ˆ LEMBRE-SE DE CADA EXITO

` ˜ O Salmo 27:2, 3 nos traz a atenc¸ ao um fator importante para se ter coragem. (Leia.) Davi lembrava-se de incidentes em que foi livrado com a ajuda ´ de Jeova. (1 Sam. 17:34-37) Essas recor˜ dac¸ oes o encheram de confianca ¸ para ´ enfrentar ate mesmo as piores adverˆ ˜ sidades. Voce tira conclusoes similares ´ das coisas que ja lhe aconteceram? Por ´ exemplo, ja orou alguma vez com fervor sobre um problema aflitivo e viu depois ´ como Jeova lhe deu sabedoria ou forca ¸ ˜ para enfrentar a provac¸ ao? Ou lembra´ se de como foram removidos obstaculos ´ que o impediam de servir a Jeova com alegria, ou como se lhe abriu uma porta larga de atividades? (1 Cor. 16:9) Como ˜ a recordac¸ ao dessas coisas o afeta ago˜ ´ ra? Nao e verdade que essas lembran´ cas ainda o convencem de que Jeova ¸ ´ pode ajuda-lo a vencer ou superar ad´ ´ versidades ou obstaculos ainda mais serios? — Rom. 5:3-5. 6 Que dizer se um governo poderoso armasse um golpe para exterminar ´ as Testemunhas de Jeova como organi˜ zac¸ ao? Muitos homens nos tempos modernos tentaram fazer isso, mas fra´ cassaram. Lembrar-se de como Jeova 5

˜

5, 6. (a) Como as nossas recordac¸ oes nos aju-

dam a ter coragem? (b) Como o registro dos tra´ tos de Jeova com os seus servos fortalece sua coragem?

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´ ajudou seu povo no passado nos dara confian ca ¸ para enfrentar o futuro. — Dan. 3:28. ˜ APRECO ¸ PELA ADORAC¸ AO PURA 7 Outro componente essencial de agir ´ ˜ com coragem e a nossa afeic¸ ao pela ado˜ rac¸ ao verdadeira. (Leia Salmo 27:4.) Nos ´ dias de Davi, a “casa de Jeova” era o ´ tabernaculo. Foi Davi quem fez os preparativos para a elaborada estrutura do ´ templo que seria construıdo por seu fi˜ ´ lho Salomao. Seculos mais tarde, Jesus ˜ ´ ´ revelou que a adorac¸ ao aceitavel a Jeova ˜ nao dependeria mais de uma grande es˜ trutura abencoada por Deus. (Joao 4:21¸ ´ 23) Em Hebreus, capıtulos 8 a 10, o ´ apostolo Paulo indicou que um grande ` ˆ templo espiritual veio a existencia no batismo de Jesus em 29 EC, quando ele se apresentou para fazer a vontade de ´ Jeova. (Heb. 10:10) Esse grande templo ´ ˜ ´ espiritual e a provisao de Jeova para po´ dermos nos dirigir a ele de modo aceita` ´ ´ vel, a base de nossa fe no sacrifıcio de resgate de Jesus. Como adoramos ali? ˜ Por orar “com corac¸ oes sinceros na ple´ na certeza da fe”, declarar publicamente ˜ a nossa esperanca ¸ sem vacilac¸ ao, mos˜ ˜ trar considerac¸ ao pelos irmaos, moti˜ vando-os e encorajando-os nas reunioes ˜ ´ congregacionais e na adorac¸ ao em famılia. (Heb. 10:22-25) O apreco ¸ pela provi˜ ˜ sao da adorac¸ ao verdadeira nos fortale´ ´ ce nestes crıticos ultimos dias. ´ 8 Em toda a Terra, fi eis servos de ´ ˜ Jeova estao ampliando a sua partici˜ ´ pac¸ ao no ministerio, aprendendo novos idiomas e se mudando para re˜ gioes onde a necessidade de pregadores ´ ˜ do Reino e maior. As suas ac¸ oes reve-

7, 8. (a) Segundo o Salmo 27:4, o que Davi pe´ ´ diu a Jeova? (b) O que e o grande templo espiri´ ˜ tual de Jeova, e como se realiza a adorac¸ ao ali?

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´ ˆ lam que eles, como o salmista, so tem ´ uma coisa a pedir a Jeova: desfrutar de Sua afabilidade e participar no servi˜ co ¸ sagrado nao importa o que aconteca. ¸ — Leia Salmo 27:6. CONFIE NA AJUDA DE DEUS

Davi expressa enfaticamente sua ´ confianca ¸ na ajuda de Jeova, dizendo: ´ ´ “Caso meu proprio pai e minha propria ˜ ´ ´ mae me abandonassem, o proprio Jeova me acolheria.” (Sal. 27:10) Com base nos acontecimentos mencionados em 1 Sa´ muel, capıtulo 22, podemos concluir ˜ que os pais de Davi nao o abandonaram. Mas muitos hoje tiveram de su˜ ´ portar extrema rejeic¸ ao da famılia. Mui´ tos deles, porem, encontraram ajuda e ˜ ˜ protec¸ ao no aconchego da congregac¸ ao ˜ crista. ´ 10 Visto que Jeova apoia prontamente seus servos quando outros os aban˜ ´ donam, nao os sustentaria tambem em ˜ qualquer outro tipo de tribulac¸ ao? Se estamos preocupados com o sustento da ´ famılia, por exemplo, podemos ter cer´ ´ teza de que Jeova nos ajudara. (Heb. ˆ 13:5, 6) Ele entende as circunstancias e necessidades de todos os seus servos leais. 11 Veja o caso de Victoria, uma estu´ ´ dante da Bıblia na Liberia. Enquanto ela estudava para se qualificar para o batismo, o homem com quem vivia a largou ˆ com tres filhos. Mesmo sem ter casa e emprego, ela continuou a fazer progresso espiritual. Depois do batismo de Victoria, sua filha de 13 anos achou uma carteira cheia de dinheiro. Para evitar a ˜ tentac¸ ao, elas decidiram nem contar o 9

´

9, 10. Qual e o significado da garantia no Sal-

mo 27:10? ´ 11. Que impacto a nossa confianca ¸ em Jeova ˆ pode ter em outros? De um exemplo.


dinheiro. Em vez disso, logo procuraram o soldado que era o dono da carteira. Ele lhes disse que se todos fossem honestos ´ como as Testemunhas de Jeova o mun´ do inteiro seria melhor e mais pacıfico. ´ Victoria lhe mostrou na Bıblia a promes´ sa de Jeova de um novo mundo. Impressionado com a sua honestidade, ele deu ` a Victoria uma boa recompensa pelo di´ nheiro recuperado. Sem duvida, a abso´ ´ luta fe na capacidade de Jeova prover o ´ ` necessario tem dado as Testemunhas de ´ ´ ˜ Jeova uma impecavel reputac¸ ao de honestidade. 12 Ou imagine como Thomas, um pu˜ blicador nao batizado de Serra Leoa, deve ter se sentido. Ele comecou ¸ a lecio´ nar numa escola de ensino medio, mas ˜ ´ nao recebeu salario por quase um ano ˜ por causa de documentac¸ ao. Qual era o ´ ultimo requisito que ele tinha de cum´ prir antes de receber seus salarios? Uma entrevista com o administrador da escola — um sacerdote, que disse que as ´ ˜ crencas ¸ das Testemunhas de Jeova nao ´ eram compatıveis com as do estabelecimento. Ele quis que Thomas escolhesse ´ entre seu emprego e suas crencas ¸ bıblicas. Thomas largou esse emprego e per´ deu quase um ano de salarios, mas en´ controu outro trabalho: consertar radios e telefones. Como mostram esse e muitos exemplos similares, o medo de ficar sem o sustento pode ser causa de pavor ˜ ´ para muitos, mas nao para nos, que temos a bem fundada confianca ¸ no Criador de todas as coisas e Protetor de seu povo. ´ ´ 13 Em varios paıses em que as con˜ ˜ ´ dic¸ oes de vida sao difıceis, os procla-

˜ ˜ madores do Reino nao raro sao notaˆ velmente ativos. Por que? Uma sede escreveu: “Muitos moradores que aceitam ´ ˜ estudos bıblicos estao desempregados, tendo assim mais tempo para estudar ˜ ´ ˆ durante o dia. Os irmaos tambem tem mais tempo para pregar. As pessoas, em ˜ ´ ˜ especial nas regioes mais crıticas, nao precisam ser convencidas de que esta´ mos nos ultimos dias; elas veem as con˜ ´ dic¸ oes ao seu redor.” Um missionario, ´ ´ que serve ha mais de 12 anos num paıs ´ em que cada publicador dirige em meˆ ´ dia mais de tres estudos bıblicos, escreveu: “Visto que muitos publicadores levam uma vida simples, com poucas ˜ ˆ distrac¸ oes, em geral eles tem mais tem´ po para o servico ¸ de campo e estudos bıblicos.” 14 Jeova´ prometeu ajudar, proteger e ˜

14. De que maneiras a grande multidao pode

˜ ter protec¸ ao divina?

´ Sera que encaramos a dificuldade financeira como ´ oportunidade para expandir o nosso ministerio?

˜ ´ ´ mos de servir a Jeova apesar de uma possıvel ˆ perda material? De um exemplo. ˜ 13. Como a pregac¸ ao do Reino progride em ´ ´ paıses onde ha poucos recursos materiais? 12. O que demonstramos quando nao deixa-

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livrar seu povo como grupo, em senti´ ´ do fısico e espiritual, e nos confiamos ˜ nele. (Sal. 37:28; 91:1-3) A multidao que ´ ` ˜ sobrevivera a “grande tribulac¸ ao” deve de fato ser grande. (Rev. 7:9, 14) Assim, ˜ ´ essa multidao, como grupo, sera prote˜ gida contra a extinc¸ ao durante o restante ´ ´ dos ultimos dias. Recebera tudo de que ˜ precisa para suportar provac¸ oes e pre˜ ´ servar sua relac¸ ao com Jeova. E, duran˜ te toda a fase final da grande tribulac¸ ao, ´ ´ Jeova protegera seu povo. “INSTRUI-ME´ NO TEU ´ CAMINHO, O JEOVA”

˜ Para nao perder a coragem, preci˜ samos de constante instruc¸ ao nos cami´ nhos de Deus. Isso e evidente no apelo de Davi: “Instrui-me no teu caminho, ´ ´ o Jeova, e guia-me na vereda da reti˜ ´ dao por causa dos meus adversarios hostis.” (Sal. 27:11) Agir em harmonia com ˜ ˜ ` essa orac¸ ao significa prestar atenc¸ ao as ˜ ´ ˆ instruc¸ oes bıblicas que vem por meio ˜ ´ ´ da organizac¸ ao de Jeova e aplica-las imediatamente. Muitos que se livraram de ´ ´ dıvidas desnecessarias podem atestar ˜ ´ que a aplicac¸ ao do sabio conselho de simplificar a vida os beneficiou nas recentes crises financeiras. Em vez de estarem sobrecarregados com bens que ˜ nao podiam mais pagar ou manter, es´ tavam livres para expandir seu ministe´ rio. Cada um de nos deve se perguntar: ´ ‘Aplico logo tudo o que leio na Bıblia e ˜ nas publicac¸ oes da classe do escravo fiel ´ e discreto, mesmo a custo de possıveis ´ sacrifıcios?’ — Mat. 24:45. ´ 16 Se permitirmos que Jeova nos instrua e nos guie no caminho da reti˜ ˜ dao, nao teremos motivo para medo. Quando um pioneiro regular nos Estados Unidos se candidatou a um cargo 15

15, 16. Como nos beneficiamos de acatar as ˜ ˆ instruc¸ oes divinas? De um exemplo.

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que o ajudaria a manter toda sua fa´ mılia no servico ¸ de tempo integral, seu supervisor lhe disse que jamais conse˜ ˜ guiria essa func¸ ao sem formac¸ ao uni´ ˆ versitaria. Se fosse com voce, teria se arrependido de ter entrado no servico ¸ de tempo integral em vez de buscar ins˜ truc¸ ao superior? Duas semanas depois, aquele supervisor perdeu o emprego e ˜ outro gerente perguntou ao irmao quais eram seus alvos. Ele prontamente explicou que ele e a esposa eram ministros de tempo integral das Testemunhas de ´ Jeova e desejavam continuar a ser. An˜ tes que o irmao dissesse qualquer outra coisa, o gerente disse: “Eu sabia que ˆ havia algo diferente em voce! Quando meu pai estava em fase terminal, duas ´ Testemunhas de Jeova o visitavam todos ´ os dias e liam a Bıblia para ele. Prometi a mim mesmo que, se algum dia tivesse oportunidade de ajudar uma Teste´ ˜ munha de Jeova, eu o faria.” Na manha ˜ seguinte, esse irmao recebeu o mesmo cargo que o ex-supervisor lhe havia re´ cusado. Sem duvida, se colocarmos o Reino em primeiro lugar na nossa vida, ´ ´ ` ˜ Jeova sera fiel a sua garantia de que nao ´ ´ nos faltara o necessario sustento. — Mat. 6:33. ´ ˜ FE E ESPERANCA ¸ SAO ESSENCIAIS

A seguir, Davi enfatiza a necessida´ de de ter fe e esperanca, ¸ dizendo: “Se eu ˜ ´ nao tivesse tido fe em ver a bondade de ´ Jeova na terra dos viventes . . .!” (Sal. 27:13) De fato, que seria de nossa vida ´ sem a esperanca ¸ que Deus nos da e sem o nosso apreco ¸ pelas coisas considera´ das no Salmo 27? Portanto, nestes ultimos dias, precisamos continuar a orar a ´ Jeova para nos dar forca ¸ e para nos salvar no Armagedom. — Leia Salmo 27:14. 17

17. Como podemos enfrentar o futuro com confianca? ¸ 15 DE JULHO DE 2012


´ ´ “UM ´SO JEOVA” REUNE´ SUA FAMILIA ‘Eu suplico que observem a unidade ´ do espırito.’ ´ — EFE. 4:1, 3.

COMO EXPLICARIA?

´ Qual e o objetivo da administra˜ c¸ ao de Deus?

Como ‘observamos a unidade ´ do espırito’?

´ O que sera de ajuda para ‘nos tornar benignos uns para com os outros’?

´ ` AMILIA. O que essa palavra lhe traz a mente? Aconchego? Felicidade? Trabalho unido por um mesmo objetivo? Um porto seguro em que crescer, aprender e partilhar ideias? Provavelmente ˆ ´ ´ tudo isso, se voce tem uma famılia amorosa. O pro´ ´ ´ ´ prio Jeova e o Originador da famılia. (Efe. 3:14, 15) ´ Ele queria que todas as suas criaturas no ceu e na ´ ˜ Terra tivessem seguranca, ¸ confianca ¸ mutua e uniao ´ genuına. 2 Depois que pecaram, os humanos deixaram de ´ ˜ ser parte da famılia universal de Deus, mas isso nao ´ ´ frustrou o proposito divino. Deus se certificara de ´ que a Terra paradısica seja habitada pela descenˆ ˜ ˆ ´ dencia de Adao e Eva. (Gen. 1:28; Isa. 45:18) Ele ja ´ fez todos os preparativos para cumprir esse propo´ ˜ ` ˜ sito. Varios desses sao trazidos a nossa atenc¸ ao no ´ ´ ´ ˜ livro bıblico de Efesios, cujo tema e a uniao. Veja´ mos alguns versıculos desse livro e como podemos ´ ´ cooperar com o proposito de Jeova de unir a sua ˜ criac¸ ao.

F

˜ A ADMINISTRAC¸ AO E O QUE ELA REALIZA

´ ´ 3 Moises disse aos israelitas: “Jeova, nosso Deus, ´ ´ ´ ˜ ´ e um so Jeova.” (Deut. 6:4) As ac¸ oes e o proposi´ ˜ to de Jeova sao harmoniosos. Assim, “no pleno liˆ mite dos tempos designados”, Deus pos em ope˜ ˜ ´ rac¸ ao “uma administrac¸ ao” — isto e, um programa para unir todas as suas criaturas inteligentes. (Leia ´ ˜ ´ Efesios 1:8-10.) Essa administrac¸ ao cumprira seu objetivo em duas etapas. A primeira prepara a ´

´

´

1, 2. Qual e o proposito de Jeova para a Terra e a humani-

dade? ´ ˜ ´ 3. O que e a administrac¸ ao de Deus mencionada em Efesios ˜ 1:10, e quando comecou a primeira etapa de sua operac¸ ao? ¸

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˜ congregac¸ ao de ungidos para a vida no ´ ceu sob Jesus Cristo como Cabeca ¸ espiritual. Essa etapa comecou no Pente¸ ´ costes de 33 EC, quando Jeova passou a reunir os que governariam com Cris´ to no ceu. (Atos 2:1-4) Visto que, com ´ base no sacrifıcio de resgate de Cristo, ˜ os ungidos sao declarados justos e dignos de receber a vida, eles reconhecem ˜ prontamente sua adoc¸ ao como “filhos de Deus”. — Rom. 3:23, 24; 5:1; 8:15-17. 4 A segunda etapa prepara os que vi˜ ´ verao no Paraıso na Terra sob o Reino ˆ messianico de Cristo. A “grande multi˜ dao” constitui a parte inicial desse grupo. (Rev. 7:9, 13-17; 21:1-5) Durante o ˜ Reinado Milenar se juntarao a ela bi˜ lhoes de ressuscitados. (Rev. 20:12, 13) ˜ ´ Imagine como a ressurreic¸ ao realcar ¸ a ˜ ainda mais a nossa uniao! No fim dos mil anos, as “coisas [pessoas] na ter˜ ra” serao submetidas a uma prova final. ´ ˜ As que forem fieis serao adotadas como terrestres “filhos de Deus”. — Rom. 8:21; Rev. 20:7, 8. ˜ 5 As duas etapas da administrac¸ ao de ˜ Deus estao em andamento — a celestial e a terrestre. Mas como cooperamos in˜ dividualmente com a administrac¸ ao de Deus? ´ ‘OBSERVEM A UNIDADE DO ESPIRITO’ 6 As Escrituras indicam que os cris˜ t aos devem se reunir literalmente. (1 Cor. 14:23; Heb. 10:24, 25) Isso significa mais do que simplesmente passar algum tempo juntos num mesmo espaco, ¸ como quem vai ao mercado ou a um ´ ˜ ´ ´ estadio. A uniao genuına vai alem disso. ˜ Conseguimos essa uniao por seguir as

´

˜ ˜ administrac¸ ao? ´ ˜ 6. Que textos bıblicos indicam que os cristaos devem se reunir?

4, 5. Qual e a segunda etapa de operac¸ ao da

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˜ ´ instruc¸ oes de Jeova e nos deixar moldar ´ pelo espırito santo de Deus. ´ ` ´ 7 Embora Jeova, a base do sacrifıcio de resgate de Cristo, declare justos os ungidos, como filhos, e os das outras ˜ ovelhas, como amigos, surgirao diverˆ gencias pessoais enquanto vivermos na Terra neste sistema mundial. (Rom. 5:9; ˜ Tia. 2:23) Se nao fosse assim, seria des´ necessario o conselho inspirado de ‘nos suportar uns aos outros’. Como se con˜ segue a uniao entre os adoradores de ´ Jeova? Temos de desenvolver a “comple´ ta humildade mental e brandura”. Alem disso, Paulo nos exorta a procurar seria´ mente “observar a unidade do espırito ´ ´ no vınculo unificador da paz”. (Leia Efesios 4:1-3.) Aplicar esse conselho envol´ ve deixar-se influenciar pelo espırito de Deus e permitir que produza seu fruto ´ ˜ em nos. Esse fruto elimina divisoes entre pessoas, em contraste com as obras ˜ ´ da carne, que sao sempre divisorias. 8 Note como “as obras da carne” pro˜ ´ duzem desuniao. (Leia Galatas 5:19˜ ´ 21.) A fornica ¸cao separa de Jeova e da ˜ congregac¸ ao a pessoa que a pratica, e ´ o adulterio pode separar cruelmente os filhos dos pais e o parceiro inocenˆ te de seu conjuge. A impureza prejudica ˜ a uniao da pessoa com Deus e com os ´ que a amam. Quem ja tentou colar algo ´ sabe que as duas superfıcies precisam estar limpas antes de aplicar a cola. E a conduta desenfreada mostra total desrespeito pelas leis justas de Deus. Todas as demais obras da carne separam pessoas umas das outras e de Deus. Tal condu´ ta esta totalmente em desacordo com a ´ personalidade de Jeova. ´

7. O que significa “observar a unidade do espı-

rito”? 8. Como as obras da carne produzem desu-

˜ niao?


Jesus disse: “Se tu, pois, trouxeres ´ a tua dadiva ao altar e ali te lembrares ˜ de que o teu irmao tem algo contra ti, ´ deixa a tua dadiva ali na frente do altar e vai; faze primeiro as pazes com o ˜ ˜ teu irmao, e entao, tendo voltado, ofere´ ce a tua dadiva. Resolve prontamente os assuntos.” (Mat. 5:23-25) Tiago escreveu que “o fruto da justica ¸ tem a sua semen˜ ´ te semeada sob condic¸ oes pacıficas para os que fazem paz”. (Tia. 3:17, 18) Assim, ˜ nao podemos manter uma conduta jus˜ ta se nao houver paz. 11 Para ilustrar, calcula-se que em al´ guns paıses que foram afligidos pela guerra, 35% mais terras poderiam ser ˜ cultivadas se os habitantes nao tivessem de se preocupar com a presenca ¸ de mi´ nas terrestres. Quando uma mina e de˜ tonada, os campos sao abandonados pelos lavradores, as aldeias ficam sem o seu meio de vida e as cidades sofrem com a falta de alimentos. De modo similar, o nosso crescimento em assuntos espirituais pode ser prejudicado se temos tracos de personalidade que podem ¸ ˜ romper a paz com nossos irmaos. Mas, por estarmos sempre prontos a perdoar e a nos empenhar pelo bem-estar de ou´ ˜ tros, nos produzimos condic¸ oes que resultam em verdadeira prosperidade. ´ ´ 12 Alem disso, “dadivas em homens” podem ser uma verdadeira forca ¸ em fa˜ vor da uniao. Eles foram ‘dados’ para ˜ ´ nos ajudar a ‘alcancar ¸ a uniao na fe’. ´ ˜ (Efe. 4:8, 13) Quando os anciaos trabalham conosco no servico ¸ sagrado e fa˜ zem observac¸ oes ponderadas com base na Palavra de Deus, eles nos ajudam a 10

´ Deixando sua dadiva no altar, ˜ ele vai fazer as pazes com seu irmao

´ Assim, cada um de nos deve se perguntar: ‘Com que seriedade eu procu´ ro “observar a unidade do espırito no ´ vınculo unificador da paz”? Como reajo diante de problemas? Divulgo amplamente os meus ressentimentos, espe´ rando obter o apoio de varios amigos? ˜ Espero que os anciaos intercedam por mim, em vez de eu mesmo fazer verdadeiro empenho para restaurar uma rela˜ ´ ˜ c¸ ao pacıfica? Evito outros para que nao se lembrem de algo que tenham contra mim, procurando, por exemplo, manter ˆ ´ ´ suficiente distancia entre nos?’ Sera que esse comportamento mostraria que esta´ mos agindo em harmonia com o propo´ sito de Jeova de reunificar todas as coisas no Cristo? 9

´ 9. Como podemos examinar a nos mesmos para ver se ‘diligenciamos observar a unidade ´ ´ do espırito no vınculo unificador da paz’? 15 DE JULHO DE 2012

ˆ ´ 10, 11. (a) De que importancia e estar em paz ˜ ˜ ˜ com os irmaos? (b) Que ac¸ oes produzirao paz e prosperidade espiritual? ˜ 12. Como os anciaos podem nos ajudar a ser unidos?

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fazer progresso em nos revestir da nova ´ ˆ ˆ personalidade. (Efe. 4:22-24) Voce ve ˜ nos conselhos dos anciaos os esforcos ¸ ´ ´ de Jeova para prepara-lo para a vida no novo mundo sob o governo de Seu Fi˜ ˆ lho? Anciaos, voces procuram reajustar outros com esse objetivo em mente? ´ — Gal. 6:1. ‘TORNEM-SE BENIGNOS UNS PARA COM OS OUTROS’

´ Efesios 4:25-29 identifica certos tipos de conduta que devemos evitar. Entre esses, falar mentiras, ficar furioso, ser indolente e proferir palavras pervertidas em vez de boas e edificantes. A ˜ pessoa que nao acata esse conselho en´ ´ tristece o espırito de Deus, pois o espı´ rito santo e uma forca ¸ que promove a ˜ ´ uniao. (Efe. 4:30) Aplicar o que Paulo es´ ´ creveu a seguir e tambem essencial para ˜ ´ a paz e uniao: “Sejam tirados dentre vos toda a amargura maldosa, e ira, e furor, e brado, e linguagem ultrajante, junto com toda a maldade. Mas, tornai-vos benignos uns para com os outros, ternamente compassivos, perdoando-vos liberalmente uns aos outros, assim como ´ tambem Deus vos perdoou liberalmen´ te por Cristo.” — Efe. 4:31, 32. ˜ 14 A expressao ‘tornar-se benigno’ su´ gere que, pelo menos ate certo ponto, ˜ talvez nao tenhamos sido bondosos e ´ precisemos melhorar. Como e apropriado que nos treinemos a colocar os sentimentos dos outros acima dos nossos! ` (Fil. 2:4) Talvez nos venha a mente dizer algo que provocaria risadas ou nos faria parecer espertos, mas seria bondoˆ so? Pensar nisso com antecedencia aju´ dara a ‘nos tornar benignos’. 13

˜ ´ selhos em Efesios 4:25-32? ˜ 14. (a) O que a expressao ‘tornar-se benigno’ ´ sugere? (b) O que nos ajudara a ser bondosos? 13. O que resultaria de nao acatarmos os con-

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´ AMOR E RESPEITO NA FAMILIA

´ ˜ A Bıblia compara a relac¸ ao de Cris˜ ` to com a congregac¸ ao a de um marido com a esposa. Isso logo nos faz pensar ˜ na orientac¸ ao que o marido deve prover e no amor e nos cuidados que ele tem de ˜ manifestar, bem como na sujeic¸ ao que ˜ a esposa deve mostrar na uniao conju´ gal. (Efe. 5:22-33) Quando Paulo escreveu: “Deste modo, os maridos devem estar amando as suas esposas como aos ´ seus proprios corpos”, a que “modo” ´ ele se referiu? (Efe. 5:28) As suas pa˜ lavras anteriores chamaram atenc¸ ao ao modo como “Cristo amou a congrega˜ c¸ ao e se entregou por ela, . . . purifican´ do-a com o banho de agua por meio da palavra”. Com certeza, para agir em har´ ´ monia com o proposito de Jeova de reunificar todas as coisas no Cristo, o marido precisa alimentar espiritualmente a ´ sua famılia. 16 Os pais devem se lembrar de que ˜ ˜ est ao cumprindo uma designac¸ ao de ´ Jeov a. Infelizmente, no mundo de ˜ ˆ ˜ hoje, muitos nao tem “afeic¸ ao natural”. ´ ´ (2 Tim. 3:1, 3) Um incontavel numero de homens se esquiva de suas responsabilidades como pais — para tristeza e pre´ juızo dos filhos. Mas Paulo aconselhou ˜ ˜ aos homens que sao pais: “Nao estejais irritando os vossos filhos, mas prosse´ gui em cria-los na disciplina e na regula˜ ´ ´ c¸ ao mental de Jeova.” (Efe. 6:4) Onde, a ˜ ´ nao ser na famılia, as criancas ¸ formam ˜ suas primeiras impressoes sobre amor e autoridade? Os pais que ensinam bem ˜ essas lic¸ oes agem em harmonia com a ˜ ´ administrac¸ ao de Jeova. Por fazer de ´ nosso lar um refugio de amor onde evi15

15. A que aspecto dos tratos de Cristo com a

˜ ´ congregac¸ ao Paulo se referiu em Efesios 5:28? 16. O que resulta de os pais cumprirem suas ´ responsabilidades bıblicas no lar?


tamos toda ira, furor e linguagem ultra˜ jante, ensinamos a nossos filhos lic¸ oes vitais sobre mostrar amor e respeitar au´ toridade. Isso os preparara para a vida no novo mundo de Deus. 17 Temos de entender que o Diabo, o primeiro a quebrar a paz universal, se ´ opora fortemente ao nosso empenho ´ em fazer a vontade de Deus. Sem du´ vida, o enorme aumento de divorcios, a dispensa do casamento em favor de viˆ ver juntos e a tolerancia do casamento homossexual favorecem os objetivos ´ ´ ˜ de Satanas. Nos nao pautamos o nosso comportamento ou atitudes pelas tenˆ dencias da sociedade moderna. O nos´ ´ so modelo e Cristo. (Efe. 4:17-21) Assim, somos exortados a ‘nos revestir da armadura completa de Deus’ para resistir ˆ ´ ao Diabo e seus demonios. — Leia Efesios 6:10-13. ‘PROSSIGAM ANDANDO EM AMOR’

A verdadeira chave para a nossa ˜ ˜ ´ ˜ uniao crista e o amor. Com corac¸ oes ´ cheios de amor pelo nosso “um so Se´ nhor”, pelo nosso “um so Deus” e uns pelos outros, estamos decididos a “ob´ ´ servar a unidade do espırito no vıncu´ lo unificador da paz”. (Efe. 4:3-6) Jesus orou a respeito desse amor: “Faco ¸ soli˜ ˜ citac¸ ao, nao somente a respeito destes, ´ mas tambem a respeito daqueles que ´ ´ depositam fe em mim por intermedio da palavra deles; a fim de que todos se´ jam um, assim como tu, Pai, estas em ˜ ˜ uniao comigo e eu estou em uniao con´ tigo, para que eles tambem estejam em ˜ uniao conosco . . . E eu lhes tenho dado a conhecer o teu nome e o hei de dar a 18

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17. O que e necessario para resistirmos ao

Diabo?

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18. Qual e a chave para a nossa uniao crista? 15 DE JULHO DE 2012

conhecer, a fim de que o amor com que ˜ me amaste esteja neles e eu em uniao ˜ com eles.” — Joao 17:20, 21, 26. ´ 19 Se temos um conflito ıntimo por ˜ causa de nossa imperfeic¸ ao, que o amor nos mova a orar como o salmista: “Unifi˜ ca meu corac¸ ao para temer o teu nome.” (Sal. 86:11) Estejamos decididos a resistir aos esforcos ¸ do Diabo de nos distanciar de nosso Pai amoroso e dos a quem Ele aprova. Empenhe-se a fundo para ‘se tornar imitador de Deus, como filho amado, e prosseguir andando em amor’ ´ ´ — na famılia, no ministerio e na congre˜ ´ gac¸ ao. — Efe. 5:1, 2. ˆ

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19. O que voce esta decidido a fazer?

Pais, ensinem seus filhos a ser respeitosos


“Meu sonho se realizou”

´ Quinze anos atras, Emilia servia como pioneira regular. Mas teve de deixar esse servico ¸ de tempo integral. Em anos recentes, ela muitas ´ ˜ vezes refletia sobre aquele perıodo tao feliz de sua vida, e desejava ´ novamente expandir seu ministerio.

No entanto, o emprego de Emilia lhe to´ mava muito tempo, e esse obstaculo a entristecia. Certo dia, na frente de colegas de trabalho, ela ‘suspirou’: “Eu gostaria de trabalhar menos horas!” A sua chefe soube disso e lhe perguntou se era verdade. Emilia confirmou. Mas para isso ser ´ ´ ˜ possıvel seria necessaria a aprovac¸ ao de um diretor, pois a norma da empresa exi˜ gia dedicac¸ ao integral de todos os funcio´ ˜ ˜ narios. A irma preparou-se para a reuniao com o diretor e orou por calma e coragem. ˜ Na reuniao, com tato, mas destemida˜ mente, Emilia pediu uma reduc¸ ao na jornada de trabalho. Explicou que usa o tempo livre para ajudar outros: “Sou Tes- O diretor lhe disse: “Eu admiro pessoas ´ ˜ ´ temunha de Jeova e ajudo pessoas em que com altruısmo dao de seu tempo ´ sentido espiritual. O carater moral de mui´ tos hoje esta enfraquecido. Eles precisam a outros.” de normas e valores claros, e a sabedo´ ´ ria da Bıblia que lhes transmito e de valor ´ ˜ inestimavel para eles. Nao quero que minhas atividades fora do expediente prejudiquem a as pessoas.” O diretor lhe disse: “Eu admiro pes´ ˜ qualidade do meu servico gostaria de soas que com altruısmo dao de seu tempo a ou¸ aqui, mas eu ´ ter mais tempo para ajudar pessoas. E por isso que tros.” ˜ ´ preciso de uma reduc¸ ao nas horas de trabalho.” Nunca antes um funcionario daquela empresa ˜ ˜ ´ O diretor ouviu com atenc¸ ao e disse que ja havia havia recebido tal considerac¸ ao especial. Emilia pensado em prestar servicos ¸ assistenciais algum trabalha agora apenas quatro dias por semana. ´ ˆ dia. Daı ele falou: “Pelos motivos que voce apre- Para sua grande surpresa, ela recebeu um aumensentou, eu acho que tenho de concordar com o to e ganha tanto quanto antes! Ela diz: “Meu sonho ˆ ´ seu pedido. Mas voce sabe que ganhara menos?” se realizou, e posso novamente ser pioneira regu´ Emilia disse que sabia e que, se fosse necessa- lar!” ´ ˆ rio, simplificaria a sua vida, e acrescentou: “Meu Ja pensou em ajustar suas circunstancias para ´ ´ maior alvo e fazer algo realmente satisfatorio para ser ou voltar a ser pioneiro?

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