Jornal do Frei

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dez. 18 N.º 13

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50 cêntimos

Jornal do Frei JORNAL DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS FREI JOÃO DE VILA DO CONDE

Projeto Eco-Escolas

P.14

Educação Especial P.3

P.16

Lugar para as Ideias Acontece nas escolas do agrupamento

P.17 Bibliotecas escolares

P.10

P.21 A brincar também se aprende

Viram a exposição?

P.22

P.12

Cantinho da História

P.25 Falar bem português

FICHA TÉCNICA

P.13

Árvore de Natal no Parque—Escola Frei João

Tiragem: 100 exemplares

Fotografia: Ana Margarida Fernandes

Edição: Lídia Sanches Mota

Coordenação: Lídia Sanches Mota

Logotipo do jornal: Miguel Sousa Pinheiro Jornalistas: Maria Gomes, João Paulo Pontes e Francisca Marques

P.26


2|Editorial

António Ventura Diretor do Agrupamento de Escolas Frei João de Vila do Conde Este é o ano do 50.º aniversário da Frei João. Comemorámos a efeméride no passado dia 29 de outubro e, nessa festa, tivemos a presença de muitos amigos, amigos que estiveram connosco nesse dia, mas que estão também connosco durante todo o ano e há muitos anos. De facto, e nas palavras do Jornal “Renovação”, em 28 de outubro de 1968 “abriu as portas a mais de duas centenas de alunos” a Escola Preparatória Frei João de Vila do Conde. “O que durante muitos anos foi um desejo de todos os vilacondenses começa a transformar-se, agora, em realidade”. Começava aqui o percurso de 50 anos da Escola Frei João de Vila do Conde, meio século de verdadeira vida e em que mesmo os momentos de dificuldade por que passou não podem nunca fazernos resvalar para o queixume fácil que tudo sustenta e tudo tenta justificar. Não! As escolas são instituições fortes e resistentes porque têm um serviço maior a prestar às comunidades em que se inserem e colocam aí o motivo e a força para a sua ação de todos os

dias, de todos os anos. A nossa escola, a nossa Frei João é um lugar de trabalho e esforço diários sempre na perspetiva do futuro. O que todos os dias todos aqui fazemos visa cuidar dos nossos jovens e, consequentemente, do nosso futuro enquanto sociedade. E se cinquenta anos estão percorridos, o nosso olhar continua a estar sempre e cada vez mais voltado para o futuro e para o muito que poderemos, deveremos e teremos que fazer. Claro que preparar para a diversidade dos dias de hoje implicará que seja maior – cada vez maior e abran-

Tudo isto assente sempre numa plena liberdade e respeito absoluto de todos e de cada um pelo outro. Neste ano de aniversário especial, percebamos que o tempo da Escola não é o tempo dos dias. Os tempos da Escola são sempre muitos e correm de forma diferente para e por cada um dos que por ela passam. E, em 50 anos de vida, a Escola recebeu, acolheu, cuidou e abraçou todos os que a ela vieram e dela fizeram, durante um tempo, casa sua. E em todos deixou sinais, marcas feitas gestos, sorrisos, olhares, sentimentos e palavras, que a cada um disseram algo único, foram vivência singular, mas que na vida de

gente – o lastro daquilo que os alunos aprendem, mas também com o que contactam, sobre o que refletem, com o que são chamados a preocupar-se, com o que entendem dever preocupar-se e com as questões e causas com que se envolvem.

todos ficaram! Por certo que em cada um de forma e num tempo diferentes, porque são muitos os tempos da Escola! A todos votos do melhor 2019 que formos capazes de construir!


3|Dia da Escola

Hino da Escola Nesta Escola eu vou crescer, Vou fazer o melhor de mim. Aprender com muita alegria, O mundo é melhor assim! Sou feliz por aqui estar, Nesta Escola, a Frei João, Onde me farei mais gente, Para me tornar melhor cidadão. O Dia da Escola comemorado no dia 29 de Outubro, deste ano letivo, foi um dia muito especial. Toda a comunidade escolar teve acesso a um conjunto de atividades dinamizadas por vários elementos da escola. A equipa do jornal gostou. Esperamos que também tenham gostado.

Refrão: E, aqui nesta Cidade, Entre rio e mar, eu gosto de cá estar. Entre heróis da nossa história Somos nós o livro recheado de memória. (BIS)

Viva a Escola Frei João Que nesta Cidade é futuro a construir Uma página da vida Que nós desfolhamos a cantar e a rir.

Com os olhos postos no futuro Bem lá longe sempre com certeza Para aprender a olhar o mundo E a respeitar a natureza. A olhar o mar ao meu redor, A ler o que a terra me diz. Farei o melhor desta cidade, E farei melhor este meu país.

Refrão: E, aqui nesta Cidade, Entre rio e mar, eu gosto de cá estar. Entre heróis da nossa história Somos nós o livro recheado de memória. (BIS) Viva a Escola Frei João Que nesta Cidade é futuro a construir Uma página da vida Que nós desfolhamos a cantar e a rir. Ana Campos, professora de Português


Jogos tradicionais — porque são divertidos

4|Dia da escola/ Fotorreportagem

MAGNIFICA BICICLETADA

Nas latas a derrubar: Intolerância; racismo; xenofobia; bullying; desigualdade; violência; discriminação; pobreza; exploração; poluição.


5|Dia da escola/Fotorreportagem


6|Dia da escola/Fotorreportagem


7|Dia da escola/Fotorreportagem


8|Acontece nas escolas do agrupamento

Dia Nacional da Paralisia

O convite para esta atividade foi temática desenvolvida. A dou-

Cerebral na Escola Básica de dirigido a turmas de todas as esco- tora Angelina Sá, mãe da Sofia, ao partilhar a sua experi-

Caxinas

ência de vida enquanto mãe de uma menina com Paralisia No dia 19 de outubro foi

Cerebral, captou a atenção de

assinalado, na Escola Básica de

todos os alunos e sensibilizou

Caxinas, o Dia Nacional da Parali-

a comunidade escolar para a

sia Cerebral.

importância de todos estar-

Como tal, foi apresentado um

mos abertos à inclusão.

pequeno filme “Mães com Histó- las do 1º Ciclo do nosso agruparia” e, de seguida, uma conversa mento. Desta feita, a atividade foi com a mãe da aluna Sofia Inês de dividida em duas sessões dado o Sá Quintas Sampaio, a frequen- número de turmas que aderiram. tar uma turma do segundo ano No espaço da nossa biblioteca to-

Escola Básica de Caxinas

e, parcialmente, o Centro de dos os presentes vivenciaram, reApoio à Aprendizagem.

fletiram e questionaram acerca da

Confeção e Mostra de compotas

abrilhantou todo o decurso da educação pela resposta dada atividade. Nas diversas áreas curri- ao pedido de colaboração feiculares foram desenvolvidas com- to pela escola, na reco petências transversais, nomeadamente a escrita e decoração do convite e da receita, conceito de

Uma atividade que potencia o desenvolvimento de competências transversais. Aprender fazendo. Para comemorar a chegada do outono, todos os alunos da Escola Básica Bento de Freitas, realizaram uma atividade que tanta motivação lhes aporta, confecionar marmeladas e compotas 100% artesanais. Claramente se conclui o excelente desempenho de todos os envolvidos, acompanhado de um espírito entusiástico que

lha de frutos da época, para a confeção das compotas. Mais uma vez, a Escola que somos se harmonizou em esforços pedagogicamente construtiquantidade, a importância da fruta vos e soube atingir os propósina nossa alimentação e o conhecitos previstos. mento das normas da higiene alimentar. Cumpre também realçar a participação dos encarregados de Escola Básica Bento de Freitas


9|Acontece nas escolas do agrupamento

xar bem claro que não devemos poluir o Mar. Na Escola do 1º Ciclo/Jardim de InTivemos em permanência uma magfância Violetas viveu-se a Semana do nífica exposição de trabalhos elaboMar com grande entusiasmo e emperados pelas famílias e nho, por parte de toda a Comunidade Educativa. No dia Nacional do Mar pudemos contar com a presença do senhor Carlos Rajão (pescador) e o senhor Filipe Rajão (mestre) com uma palestra em que transmitiram muitos ensinamentos sobre a vida no mar outrora e atualmente. Exemplificaram com a sua enorme experiência vivida no mar e em terra. pelos alunos, relacionados com o Também estiveram presentes a Asso- mar. ciação Promaior, Mestre Festas com Congratulamo-nos com a presença o tema “A segurança no mar” e tam- do Jardim de Infância Girassóis com bém a Associação de Nadadores Sal- as suas atividades de articulação com vadores “Os Delfins” sobre os cuida- a nossa escola. dos a ter no mar, rios e piscinas e Tudo porque o MAR NÃO NOS PODE ainda o CMIA com um jogo para dei- FALTAR!

SEMANA DO MAR

Idalina Maria A. Silva Educadora de Infância EB1/JI Violetas

“Os Delfins“ vieram à Escola Básica das Violetas

No passado dia 21 de novembro de 2018 a Associação de Nadadores Salvadores “Os Delfins“ vieram à Escola Básica das Violetas fazer uma apresentação/formação sobre os cuidados a ter quando se vai para a praia. Foram dadas todas as informações necessárias pelo formador Pinheiro. Na parte final fez uma demonstração de salvamento e o que se deve fazer. Aqui participaram dois alunos seguindo as informações que iam sendo dadas pelo formador.

No final os alunos enriqueceram os para enriquecer o acervo da Biblioteseus conhecimentos e estavam mui- ca Escolar. to contentes O professor Sérgio e a professora Fátima agradecem ao formador a forma excecional como o formador interagiu com os alunos. Foi ainda Escola Básica das Violetas oferecido pelo formador um livro


10|Acontece nas escolas do agrupamento

Uma manhã diferente e divertida! No dia 20 de novembro o Grupo Varazim Teatro veio à escola apresentar a peça “Do 1 ao 4 sem molhar o sapato”, esta abordava o tema das quatro estações do ano. A dinâmica dos atores e a interação com as crianças proporcionou momentos de aprendizagem sobre a temática, muitos sorrisos e gargalhadas. Em contexto de sala algumas crianças fizeram o registo da peça de teatro. Foi uma manhã diferente e divertida!

Jardim de Infância Benguiados Grupo: JI-B2

"Semear e transplantar" No passado dia vinte e três comemorou-se o Dia da Floresta Autóctone. As crianças semearam pinhões em diferentes vasos e transplantaram os pinheiros que foram semeados no passado ano letivo. Com esta atividade, como podemos ver nas fotos, sensibilizamos para a importância de preservar a flora autóctone para manter a biodiversidade. Alexandra Pires; Ana Paula Magalhães e Rosa Garrido Educadoras de Infância Jardim de Infância de Caxinas, sala 1,2 e 3


11|Acontece nas escolas do agrupamento

Exposição desportos náuticos e torneio Indoor A atividade decorreu no pavilhão desportivo da Frei João, no dia 16 de novembro, entre as 09h00 – 13 horas e das 14h00 – 16h30. Foi apresentada uma exposição dedicada à temática dos desportos náuticos e sua influência no desporto e cultura vila-condense. Em simultâneo decorreram competições de Remo e Kayak indoor. Participaram cerca de 450 alunos, sem esquecer os da educação inclusiva. colaboração dos clubes: Clube Naval O evento contou com a presença e Povoense, Clube Fluvial Vilaconden-

se, Kayak Clube de Vila do Conde, Núcleos Museológicos de Vila do Conde, Capitania, Polícia Marítima e ISN, Delfins, Associação de Nadadores Salvadores, Nelo, Federação Portuguesa de Canoagem e Câmara Municipal de Vila do Conde.

Celeste Dias Professora de Educação Física


12|Viram a exposição?

Arte na escola Desde o dia da escola, 29 de outubro, que a Escola Frei João de Vila do Conde tem uma “galeria“ onde se pode ver uma exposição de carácter permanente.

No âmbito da comemoração dos 50 anos da nossa escola, os alunos dos 5º 6º 7º 8º e 9º anos, nas aulas de Educação Visual foram convidados a participar nesta grande festa: retrataram o património de Vila do conde e utilizaram as mais variadas técnicas e materiais. Pela qualidade

demonstrada, muitos destes trabalhos foram expostos na galeria, junto ao auditório, espaço anteriormente desaproveitado mas que agora começa a ganhar vida com esta exposição de carácter permanente, a qual convidamos todos a visitar. Alunos, muitos parabéns!

Professoras de EV/ET


13|Poesia

A minha vida escolar

Vou para as aulas Mal toca para entrar Não quero chegar atrasada E ter faltas para justificar.

Olá eu sou a Ema E hoje vou levar-vos à minha vida Mesmo que esteja a ir sentados Duas vezes por semana Tenho aula de Geografia A ler este poema. Adivinhem quem leciona Sim! É a professora Lídia. Acordo todos os dias Às sete e meia da manhã Embora goste de ficar na sorna Não posso esperar até ao dia de amanhã.

A hora de saída da escola Varia de dia para dia É bom ter três tardes livres Mas à segunda-feira a hora de

saída é tardia. Ao final do dia Vou para a dança Todos os momentos que passo lá Ficam, para sempre, na minha memória. E pronto, aqui está a minha vida escolar Embora muito resumida Deu para perceber que é espetacular! Ema Rebelo, 8B

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM 10 DE DEZEMBRO DE 2018

70 ANOS 1948 –2018 No dia dez de dezembro, os alunos da escola Frei João de Vila do Conde colaboraram na construção de um mural alusivo aos Direitos Humanos.


14|Projeto Eco-Escolas

Comemoração do Dia da Floresta Autóctone No dia 22 de novembro, para comemorar o Dia da Floresta Autóctone, os alunos do 5ºD, foram convidados pelo professor Joaquim Neves, responsável pela Eco Escola, a plantar um sobreiro no jardim da Escola. Esta atividade passou-se na aula de Cidadania e Desenvolvimento no âmbito do tema Educação Ambiental. “Hoje, na aula de Cidadania, tivemos mais uma vez a presença do professor Joaquim que nos proporcionou uma aula diferente na qual eu e mais três colegas plantamos uma árvore, enquanto os restantes colegas da turma assistiam. Foi um dia muito especial. Nunca mais me vou esquecer deste dia e da nossa árvore, a árvore do 5ºD.” Beatriz – 5ºD “ O professor Joaquim, que já tinha estado connosco a falar da importância dos 3Rs, hoje ensinou-nos muito sobre as diferentes árvores e a

importância da plantação de sobreiros, pois, desta árvore podemos retirar a cortiça e isso demora muitos anos a acontecer. Gostei muito de plantar esta árvore e vou cuidar dela até ao 9º ano”. Bruno – 5º D “ Hoje plantamos uma árvore. Pegamos num sobreiro que estava num vaso e pusemo-lo na terra. Adorei a atividade. Acho que foi muito importante e no final o professor Joaquim

CANTO VERDE

3 Dicas simples para a reciclagem 1- As embalagens treta pack como os pacotes de leite devem ser colocadas no contentor amarelo do ecoponto 2- As embalagens que são colocadas no contentor amarelo do ecoponto não necessitam de ser lavadas ou limpas, podem ser sujas como as latas de atum ou as garrafas de óleo alimentar ou azeite. 3- O papel e cartão colocados no contento azul do ecoponto nunca devem ser cortadas, rasgadas ou amassadas, devem ser apenas estendidas ou espalmadas. Fátima Professora de Ciências Naturais

disse-nos que nós e até os nossos filhos , podíamos acompanhar o seu crescimento pela vida fora. Tenho a certeza que esta vai ser uma lembrança preciosa para a minha vida.” Érica – 5º D Alice Pinto Professora de Português


15|Projeto Eco-Escolas

Joaquim Neves Coordenador do Projeto Eco-Escolas

Prevenção de resíduos perigosos: hora de desintoxicação! “Mais um ano letivo, mais um ano de trabalho do Projeto EcoEscolas. E é mais um ano letivo em que o Projeto Eco-Escolas leva à prática um conjunto de atividades no âmbito da educação ambiental. Contribuir para um melhor ambiente é a ambição deste Projeto e leva-o à prática com um conjunto de atividades a desenvolver ao longo do ano letivo e em todo o Agrupamento. Conjunto de atividades registadas no seu Plano de Ação e constantes do Plano Anual de Atividades do Agrupamento. Novo neste ano letivo é também o desenvolvermos o nosso trabalho a nível do Agrupamento e não somente na EscolaSede. Assim, e neste primeiro período, já realizamos a “Semana Europeia da Prevenção dos Resíduos (EWWR) 2018 – Prevenção de resíduos perigosos: hora de desintoxicação!” e “Dia Mundial da Floresta Autóctone” (23 de novembro). Desenvolvemos estas duas atividades na semana de 19 a 23 de novembro em to-

dos os Jardins de Infância e Escolas do Agrupamento. Quanto à Semana Europeia da Prevenção dos Resíduos (EWWR) 2018 – Prevenção de resíduos perigosos: hora de desintoxicação!”, e atendendo ao tema escolhido pela EWWR (European Week for Waste Reduction) fez-se a recolha de resíduos elétricos e eletrónicos, tintas, tinteiros, pilhas usadas e lâmpadas fluorescentes. Na Escola-Sede esteve patente uma exposição cedida pela LIPOR alertando para a necessidade de reduzir a produção de resíduos bem como o correto tratamento daqueles que geramos. Pensamos poder dizer que se fez uma boa recolha de resíduos elétricos e eletrónicos e de pilhas usadas. Quanto aos outros resíduos a recolha expressou-se em quantidades reduzidas. Todos os resíduos recolhidos foram entregues às entidades competentes para o seu tratamento e reciclagem. Realizou-se ainda um workshop denominado “Oficina do Sabão” em que as turmas B do 5.º ano e E do 7.º ano tranformaram óleo alimentar usado em sabão –

atividade dinamizada por um técnico da LIPOR. No respeitante ao “Dia Mundial da Floresta Autóctone” promoveu-se a sementeira e plantação de espécies autóctones. Plantou-se um azevinho em todas as Escolas do 1.º Ciclo (à exceção da Escola Básica do 1.º Ciclo de Bento de Freitas por não dispor de espaço para tal), no Jardim de Infância de Girassóis. Na EscolaSede plantaram-se dois azevinhos, um loureiro e um sobreiro. A plantação destas espécies foi feita pelos alunos do 3.º e 5.º ano de descolaridade. As turmas do 1.º ano de escolaridade semearam pinheiros e castanheiros em “vasos” improvisados – embalagens de iogurte, por exemplo. Designamos esta atividade como “A Árvore da Minha Vida” pois pretende-se que, se germinarem com sucesso, estes exemplares de espécies autóctones acompanhem os alunos ao longo do 1.º Ciclo e só quando o terminarem as plantem. Cremos terem sido duas atividades mobilizadoras para a defesa do ambiente – objetivo primeiro do Projeto Eco-Escolas!”


16|Educação Especial

Laurentina R. Mesquita Gouveia Professora Educação Especial

A Escola no seu processo de mudança Numa sociedade em constante transformação, espera-se uma Escola que se assuma como motor dessa mesma mudança. A massificação da Escola trouxe consigo a diversidade cultural e social, assim como, ritmos de aprendizagem diferenciados, que exigem a promoção de atitudes de tolerância e de combate à discriminação. A função social da Escola é, portanto, cada vez mais relevante e exigente e as expectativas que se criam em torno do seu papel interventivo transcendem, muitas vezes, a sua capacidade de concretização. Paralelamente, a tutela lança-se num desenfreado ritmo de mudanças, onde os normativos chegam num chorrilho alucinante que caem como pedras num charco, não por uma questão de resistência à mudança, mas sim, de resistência à desordem e ao desrespeito pelos agentes educativos. E mais uma vez, a Escola supera-se na sua difícil tarefa de lutar contra o tempo, face a um emaranhado de transformações que implicam uma apropriação atempada da nova legislação e uma ação rigorosa e ponde-

rada de preparação do processo de mudança. E é precisamente numa dessas fases em todos nos sentimos mergulhados mas, sem baixar os braços, desdobramo-nos em mil tarefas o melhor que sabemos e podemos. O desgaste acumula-se, é um facto, mas o dever profissional fala mais alto. Hoje, mais do que nunca, esperamse profissionais flexíveis e capacitados em diferentes domínios. Centremo-nos um pouco nas mudanças ocorridas no âmbito da aplicação do novo diploma da Educação Inclusiva, o Decreto-lei nº54/2018 de 6 de julho que “estabelece os princípios e as normas que garantem a inclusão, enquanto processo que visa responder à diversidade das necessidades e potencialidades de todos e de cada um dos alunos, através do aumento da participação nos processos de aprendizagem e na vida da comunidade educativa” (n.º 1 do Art.º1.º). Assumindo uma perspetiva inclusiva, este Decreto-lei, assim como os normativos relativos ao currículo do ensino básico e secundário e o Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória, constitui-se, simultaneamente, como impulsionador e como suporte à implementação de mudanças a nível organizacional, bem como do próprio processo educativo. Obviamente que muitas arestas há a limar e não podemos escamotear o excessivo número de alunos por turma, a grande diversidade discente, a indisciplina, a falta de recursos humanos e materiais, a extensão dos currículos, a burocratização, entre outros problemas com que nos deparamos no dia a dia.

Mas como os grandes problemas exigem grandes soluções, a Escola não cruza os braços às dificuldades, assumindo o compromisso na construção de uma Escola Inclusiva, convocando todos os seus agentes educativos a dar o seu contributo na mudança que se impõe. Tudo isto implica uma mudança de paradigma perante a Escola e a sua estruturação, desde a importância do trabalho colaborativo, diferenciação pedagógica, currículos flexíveis, autonomia curricular, opções metodológicas, visão holística da Escola, entre outras opções educativas. E é no cruzamento de diferentes normativos que a intenção da abordagem inclusiva emerge, nomeadamente, o Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória, as Aprendizagens Essenciais, a Autonomia e Flexibilidade Curricular, o Currículo do Ensino Básico e Secundário, a Avaliação e a Promoção do Sucesso Escolar. E são integrados diferentes novos conceitos e opções metodológicas, nomeadamente o desenho universal para a aprendizagem (DUA) e a abordagem multinível que se orienta para o sucesso de todos alunos, através da organização de um conjunto integrado de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. Resta-nos aguardar que a Escola se consiga organizar dentro do que lhe é possível, apropriando-se de tudo o que ressalta das novas transformações que aí estão, sendo certo que a Escola do futuro se começa a preparar hoje mesmo. Que o caminho escolhido se identifique com aquilo que a sociedade precisa.


17| Lugar para as ideias

Lídia Sanches Mota Professora de Geografia

A propósito da responsabilidade, respeito e humor Escrever, é um exercício difícil. Obriga a ter ideias, a organiza-las e a exprimi-las, não esquecendo ainda, de respeitar as regras gramaticais, de conhecer a ortografia e, no caso em que se escreve para os outros, de conseguir motivá-los a ler o texto até ao fim. Há responsabilidade de quem escreve, há responsabilidade de quem dá uma aula; há responsa-

bilidade de quem conduz um automóvel, há sempre responsabilidade, estes serão apenas alguns exemplos. Há sempre responsabilidade na forma como nos relacionamos com o outro. Ou até, mesmo na relação com nós próprios. Porém, a responsabilidade é algo pesado, há vezes em que gostaríamos que esse peso fosse menor. Ou não? Com certeza as pessoas são diferentes na forma como assumem as suas responsabilidades. Qual será a dose certa de responsabilidade para cada pessoa em cada situação? Qual a importância de ser responsável? Como se educa para a responsabilidade? Outra atitude importante para a convivência com os outros é o respeito, que não será fácil de definir. Numa pesquisa breve, ficamos a saber que “na

sua origem em latim, a palavra respeito significava "olhar outra vez". Assim, algo que merece um segundo olhar é algo digno de respeito”. Mas podemos pensar que é algo mais, é outro dos valores importantes do ser humano, que nos permite interagir socialmente de uma forma positiva. Nem sempre valorizado, mas essencial para a convivência e para o nosso desenvolvimento social. Para finalizar, o sentido de humor é essencial nas relações, ajuda a quebrar o gelo que às vezes afeta a nossa capacidade de comunicar, a alertar para questões pertinentes na nossa sociedade e, pode ser, um elemento potenciador do sucesso, nas doses certas, para encarar os problemas. O sentido de humor é algo a cultivar.

Uma noite especial. Entrega dos quadros de valor e de excelência Numa noite de muita chuva, os alunos dos quadros de valor e excelência da Escola Frei João de Vila de Conde foram convidados com os respetivos familiares para uma cerimónia que lhes era dedicada. Decorreu no auditório do Teatro Municipal de Vila do Conde. Para além de dois fantásticos apresentadores, alunos do oitavo B, contou com dois belíssimos números de dança e um momento musical. A equipa do Jornal não teve oportunidade de recolher mais informações, mas realça que foi uma noite muito especial para todos os presentes.


18|Lugar para as ideias

Bullying O bullying está muito presente nas escolas, não só em Portugal, mas em todo o mundo. Este assunto é muito abordado, mas há muitas manifestações deste comportamento entre alunos e por vezes com professores. Este fenómeno pode-se manifestar de várias formas, seja apenas uma palavra ofensiva, até atos de violência física. Este também pode ocorrer no espaço virtual, o cyberbullying, que vai de ofensas até ameaças.

Este ato não é só praticado entre adolescentes e crianças, mas também por adultos. O bullying pode parecer para algumas pessoas algo inofensivo, mas pode levar à depressão ou em casos mais graves, ao suicídio de quem sofre este tipo de violência. A depressão não é apenas um estado emocional, é uma doença que pode acontecer em todas as idades e que associamos em alguns casos a situações de bullying. Geralmente nas escolas há grupos, onde se destacam líderes

que escolhem os “mais fracos” para “atacarem”. Os “atacados” podem simplesmente denunciar (o que, na nossa opinião, geralmente não acontece) ou ficar silenciosamente a sofrer, o que acreditamos ser a maior parte dos casos. Também associamos o bullying à automutilação, ou seja a pessoa corta-se em diferentes partes do corpo. Se tu sofres de bullying, não tenhas medo, denuncia, conta a alguém. Francisca Marque e João Paulo Pontes, 7B

Refletir sobre a desigualda- Espanha, Itália, Hungria e Portu- As imagens falam por si gal, numa iniciativa coordenada de de género A desigualdade de género é um fenómeno social e cultural em que ocorre uma descriminação de pessoas devido ao seu género, ou seja, entre homens e mulheres. O impacto da desigualdade de género pode ser notado em diferentes planos: trabalhista, social, familiar, etc. Existem vários projetos contra a desigualdade de género. Um desses exemplos e o projeto SUPERA, apresentado pela universidade de Coimbra. O projeto SUPERA (Supporting the Promotion of Equality in Research and Academia ) envolve a implementação de medidas para atenuar a desigualdade de género em quatro universidades de

pela Universidade Complutense de Madrid. Este é só um dos vários exemplo de projetos que tentam abolir a desigualdade de género, existem muitos mais. A desigualdade de género já existe desde o inicio da espécie humana, nos primeiros aldeamentos. Isso é preocupante pois já passaram se vários milénios e o assunto ainda não foi extinto. No século XXI a desigualdade de género já não deveria existir. NÃO HÁ DESIGULADADE DE GÉNERO! “O mundo de igualdade não é feito de pessoas iguais. Mas sim de pessoas com direitos iguais para serem diferentes”. Maria Gomes , 7 I

https://amenteemaravilhosa.com.br/causasdesigualdade-de-genero/


19|Lugar para as ideias

Discurso do Presidente do Conselho Geral, nos cinquenta anos da Escola Frei João de Vila do Conde Alípio Barbosa Presidente do Conselho Geral

A celebração de um aniversário é sempre momento de satisfação. Este sentimento é certamente redobrado quando festejamos cinquenta anos de existência. É assim, em ambiente de festa, que dou as boas vindas a todos que acederam ao convite para estarem presentes nesta sessão solene, comemorando connosco o quinquagésimo aniversário da Escola Frei João de Vila do Conde.

de educativa: a capacidade de abertura ao mundo; a capacidade de diálogo com a realidade exterior, muitas vezes incompreendida; o talento de fazer pontes onde, por vezes, aparecem barreiras; a aptidão para o diálogo; a capacidade de missão… Assinalar solenemente meio século de existência terá de ser forçosamente também um momento de reflexão, de avaliação, de pensar o futuro. De facto, num momento em que as mudanças acontecem à velocidade da luz, em que a toda a projeção é invadida pela incerteza, em que a autoridade e as instituições são constantemente questionadas, em que os valores e limites são contestados, em que a escola já não tem o "monopólio" do saber exclusivo, assume-se cada vez como mais importante saber analisar o presente e projetar o futuro.

Comemorar 50 anos é recordar um percurso que corresponde já a um conjunto significativo de realizações, à superação de um conjunto de contrariedades que nos tornam detentores de um património de saber fazer bastante significativo, concretizado numa intervenção na sociedade vilacondense com reconhecidos frutos ao nível do desenvolvimento cultural, pessoal e moral de várias geNa tentativa de contribuir para rações. essa análise, permitam-me uma Ao longo dos seus cinquenta anos breve apreciação dos principais de existência, a nossa escola já intervenientes no processo de enfuncionou em três edifícios, este sino/aprendizagem, que repreonde nos encontramos inaugura- sento geometricamente em forma do em 2015. Em todo este percur- de triângulo: a família, a escola e so, manteve sempre com o mes- o aluno. mo Patrono: Frei João de Vila do Conde. Este personagem é de fac- Comecemos pela família. Nos últito credor de qualidades que hoje mos tempos, a família tem oscilacontinuam a apresentar-se como do a sua intervenção na educação farol orientador desta comunida- escolar, entre uma postura de au-

sência, de intervenção excessiva e de delegação de toda a responsabilidade na escola. Ora, no meu entender, só uma postura de envolvimento, de colaboração escola-família contribuirá significativamente para uma educação de sucesso, para uma educação para o futuro. Neste contexto, o recurso às novas tecnologias pode assumir-se como facilitador dessa cooperação desejável, permitindo agilizar mais facilmente o necessário envolvimento da família na educação dos seus filhos. Olhemos agora para o segundo vértice do triângulo, a escola. A escola tem sido invadida, constantemente, por uma catadupa de mudança imposta que deixa os mais novos desorientados e os mais velhos saturados. Recentemente, apareceram um sem número de mudanças resultantes dos diplomas relativos à educação inclusiva e à flexibilidade curricular. Embora sem tempo para digerir estas alterações, as escolas parecem começar a ter dúvidas sobre os reais efeitos dos ambientes de homogeneidade previstos nestes normativos legais. A implementação destes diplomas pelas escolas não pode produzir o efeito enviesado da dupla exclusão. A exclusão dos que terão de ficar


20|Lugar para as ideias

parados para que todos andem ao mesmo passo e a exclusão daqueles a quem se pedem respostas que sabem que nunca poderão dar. Não correrão as escolas o risco aumentar o número de alunos cuja aprendizagem ou saber não corresponde ao que seria de esperar tendo em consideração o nível de escolaridade em que se encontram? Neste contexto de inevitável incerteza, aparece como crucial que a escola do futuro saiba promover inclusão, mas não é menos decisivo que a escola saiba dar aos seus alunos uma formação que corresponda às expetativas da sociedade. Por último, examinemos o terceiro vértice do triângulo: os alunos. O perfil do aluno do século XXI encontra-se traçado pelo Ministério da Educação: ser perseverante perante as dificuldades, querer aprender mais, desenvolver o pensamento reflexivo e crítico. A criatividade, o pensamento crítico, as competências sociais aparecem como requisitos cada vez mais valiosos para a educação do futuro, não fazendo sentido, deste modo, continuar a ensinar alunos do futuro como

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se fossem máquinas de armaze- formação integral dos alunos, nar e debitar conhecimentos. missão bem explicita no lema Por isso, se é certo que a escola que a Escola Frei João escolheu do futuro terá de saber encon- para celebrar os seus cinquenta trar formas de desconstruir a anos: educar cidadãos do e para sala de aula tradicional, onde o o mundo. professor inunda os alunos com um saber enciclopédico debitado, não é menos certo que todos os vértices deste triângulo, que toda a comunidade educativa, terá de perceber que um dos desafios identitários que se coloca à educação terá de passar por apresentar claramente valores e limites aos alunos e por envolver os pais nessa clarificação, a fim de evitar a desorientação de quem não sabe por onde orientar e de quem não sabe por onde ir. Será relativamente consensual que há muito que a educação deixou de ter apenas a ver com os chamados três ‘r’— reading, writing, aryhtmetics (ler, escrever e contar). Esta trilogia deu lugar à teoria dos quatro ‘c’ da aprendizagem — comunicação, colaboração, criatividade e pensamento crítico. É por isso que se apresenta como inequívoco que a missão futura da escola terá de passar por promover a

Nesta análise do passado e intuição do futuro, impõe-se uma palavra de agradecimento a todos os professores e pessoal não docente que dedicaram a maior parte da sua vida a esta escola e hoje se encontram aposentados e uma palavra de reconhecimento aos professores e pessoal não docente que continuam a dar o seu melhor para elevar bem alto o nome da Escola Frei João. Termino com um desafio intergeracional, servindo-me, para o efeito, das sábias palavras de Albert Einstein “tenha em mente que tudo que você aprende na Escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente-lhe algo e, um dia, deposite-a fielmente nas mãos dos seus filhos”. É este tributo intergeracional, este agradecimento a várias gerações que hoje estamos a celebrar e que, certamente, nos deixará a todos mais ricos.

‘C’ da aprendizagem — Comunicação, Colaboração, Criatividade e Pensamento Crítico.


21|Bibliotecas escolares

Dia Internacional da Tolerância O Município de Vila do Conde, através da Biblioteca Municipal José Régio que se encontra integrada na Rede das Bibliotecas Associadas à Comissão Nacional da UNESCO, dinamizou, durante o mês de novembro, diversas iniciativas junto da comunidade, para assinalar e comemorar o Dia Internacional da Tolerância. Nesse sentido, a partir de livros que abordam o tema da tolerância, tais como A Casa Grande de João Manuel Ribeiro e Não faz mal ser diferente de Todd Parr, foram elaborados pelos alunos das Escolas Básicas de Benguidos e Bento de Freitas outros trabalhos criativos, tais como pinturas, poemas, uma peça 3D ... para serem expostos na Biblioteca Municipal José Régio.

Maria Fernandes A Professora Bibliotecária

Dicas para melhorar os resultados escolares 

Ser organizado

Fazer registos nas aulas


22|A brincar também se aprende

Alunos do 8A com a coordenação da Professora Dores Fernandes


23|A brincar também se aprende

Alunos do 8B com a coordenação da Maria da Conceição Silva


24|A brincar também se aprende

Procura na sopa de letras. Observa o exemplo.

1. Chefe de Estado numa Monarquia. 2. Nome do hino nacional. 3. Moeda portuguesa introduzida na 1.ª República. 4. O edifício da antiga Assembleia Constituinte é, na atualidade, a … 5. Completa a frase do hino nacional: “Ó Pátria sente-se a voz dos teus (…) avós”. 6. Cor da bandeira nacional que representa o sangue derramado pelos Portugueses. 7. Simbolizam, na bandeira nacional, os sete castelos conquistados aos mouros. 8. Chefe de Estado numa República. 9. Primeiro nome do atual Presidente da República Portuguesa. 10. Refere o nome de dois países europeus que tenham, na atualidade, um regime monárquico constitucional.

Procura na sopa de letras. Observa o exemplo.

Sopas de letras — Areal Editores Proposta de Maria Antonieta Silva Professora de História

1. No dia 1 de dezembro, os portugueses comemoram a restauração da… 2. Nome pelo qual ficou conhecida a união das coroas espanhola e portuguesa. 3. Século em que se iniciou a União Ibérica (numeração romana). 4. Nome do rei que deu origem à crise de sucessão. 5. Nome da batalha em que D. Sebastião foi dado como morto. 6. Substituiu D. Sebastião no trono de Portugal. 7. Primeiro nome do candidato português ao trono de Portugal, após a morte do Cardeal D. Henrique. 8. Nome do rei espanhol que assumiu o trono português em 1581. 9. Cidade onde reuniram as Cortes que deram início à União Ibérica. 10. Nome da dinastia iniciada com a aclamação de Filipe I. 11. Rei português que deu início à dinastia de Bragança.


25|O Cantinho da História

Comemoração de datas históricas na Frei João

Maria Antonieta Silva Professora de História Comemorar datas históricas ajuda os alunos a lembrar o passado sempre presente. Juntos aprendemos a valorizar o nosso património, a proteger as nossas raízes, a aprender com o que outros, antes de nós, fizeram. Durante este primeiro período, os alunos da Frei João comemoraram algumas datas históricas.

Aquando do 5 de outubro (de 1910), Implantação da República, relembraram a passagem da Monarquia para a República. Decorria o ano de 1910 e Portugal vivia uma crise económica e uma forte instabilidade política e social. Crescia o descontentamento popular relativamente à Monarquia, que se revelava incapaz de solucionar a crise que o País atravessava! Durante a madrugada do dia 4 de outubro, os republicanos,

apoiados por militares e por um grande número de populares, saíram para a rua e, após alguns confrontos com as forças leais à Monarquia, saíram vitoriosos. Estava implantada a República em Portugal, proclamada por José Relvas, no dia 5 de outubro. Os alunos analisaram as diferenças entre os dois sistemas políticos, falaram sobre os símbolos da República, a Bandeira, a Moeda e o Hino, e, com bons pulmões, cantaram o Hino Nacional. No dia 9 de novembro, foi relembrada a Queda do Muro de Berlim; 29 anos já passaram (para muitos de nós, os adultos, parece que foi ontem…). O Centenário da Assinatura do Armistício que marcou o fim da 1ª Guerra Mundial, não podia ser esquecido. Os custos humanos e materiais da guerra foram devastadores. Destacou-se a participa ção portuguesa (CEP). Viram fotografias do Monumento aos Mor tos da 1ª Grande Guerra, de Vila do Conde. Viram ainda fotografias de outros Monumentos aos Mortos desta Guerra, de outras cidades portuguesas e francesas. Des tacou-se o Armistício, assinado

em 11 de novembro de 1918 (100 anos já passaram) entre os Aliados e a Alemanha, dentro de um vagão-restaurante, na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades.

Ainda este período, será comemorada outra data muito importante da nossa História, o 1 de dezembro de 1640, que marca a Restauração da nossa Independência. No dia 1 de dezembro de 1640, Portugal pôs fim a um período de governação espanhola que se estendeu de 1581 a 1640. Recuperamos a nossa independência política e deu-se início a uma nova dinastia em Portugal, a Dinastia de Bragança. Para o próximo período há mais! Viva a HISTÓRIA!


26|Falar bem português

Licínia Teixeira, Professora de Português e de Francês

Dá-se cada pontapé na pronúncia do Português…

lhos (môlhos) e a molhos (mólhos), é bem certo que estamos a referir-nos a conteúdos completamente distintos. Há palavras que mantêm o o fechado no plural. São elas, por exemplo: adorno, bolo, cachorro, coco, consolo, dorso, encosto, ferrolho, namoro, pescoço, polvo, reboco, rosto, sopro, suborno,… Outras palavras passam a ser pronunciadas com o o aberto no plural. Aqui ficam registados alguns exemplos: abrolho, almoço, caroço, contorno, coro, corvo, destroço, esforço, fogo, forno, imposto, osso, poço, porto, reforço, socorro, tijolo, tordo, tremoço, troco,… Já ouviram falar em rubrica e rúbrica? Pois é, em português, só existe a palavra rubrica. A palavra rubrica significa uma assinatura abreviada meio personalizada do nome de alguém, geralmente incidindo no primeiro nome e no apelido. Por exemplo:

Há palavras que se escrevem de maneira semelhante e que se pronunciam de forma diferente, logo têm significados distintos. A palavra acordo tem um plural que é acordos. O primeiro o do plural é fechado tal como o ô de avô (lê-se acôrdos)! Porque se abrirmos o primeiro o de acordos, esta palavra assemelha-se mais a acordes (acórdes) – palavra estritamente utilizada em termos de escalas musicais – que nada têm que ver com acordos (ô) de paz, por exemplo. Portanto, não confundir acordos com acordes. A palavra molhos (môlhos) é diferente da palavra molhos (mólhos) quer ao nível da pronúncia quer ao nível do significado. Senão vejamos: Se eu estiver a referir-me a vários molhos (môlhos) que acompanham alguns pratos da culinária mundial, o primeiro o da palavra molhos é pronunciado tal como o ô de avô. Pelo contrário, se me referir a molhos de lenha, de palha, de couves, etc., o primeiro o é pronunciado coA palavra rubrica provém da palavra mo o ó de avó. Agora já sabemos rubro (vermelho) e designava terra que quando nos referirmos a mo-

vermelha, que servia em tempos remotos para estancar o sangue. Nos missais (livros sagrados utilizados nas celebrações da missa na Igreja Católica), existem muitas notas escritas a vermelho como indicação acerca do modo de dizer ou de celebrar os ofícios. Antigamente, os títulos dos capítulos dos livros de Direito Civil e Canónico eram impressos na cor vermelha. Portanto, RUBRICA? SIM. E rúbrica? Nunca. NOTA: Todas as palavras escritas em itálico estão propositadamente mal escritas para que o leitor possa visualizar melhor como deve pronunciar. A palavra escrita em itálico e sublinhada simultaneamente não existe em Língua Portuguesa. Não custa nada fazer um pequeno esforço para falarmos corretamente a nossa Língua, já que Portugal é conhecido nos quatro cantos do Mundo! E mesmo que não fosse! É muito bom pertencer a esta “nação valente e imortal” (Henrique Lopes de Mendonça)! Votos sinceros de um Feliz Natal e de um Ano Novo muito Próspero!

COLABORA NO JORNAL DO FREI As tuas ideias contam.




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