.A Cama da Paixão

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Laura LeeGuhrke

diga, será a coisa errada, e eu vou perder. — Isso não é um jogo. Não tem nada a ver com ganhar ou perder. Mereço uma resposta sincera. Se eu voltar para você, for uma esposa fiel e lhe der um filho, será um marido fiel? — Não sei. — Viola meneou a cabeça. — Não sabe? Que tipo de resposta é essa? — Uma honesta! Eu lhe disse que essa é uma daquelas questões para as quais não há como responder. Dependerá de você. — Ou seja, toda a responsabilidade pelo sucesso de nosso matrimônio está em meus ombros, e não tenho nem o direito de exigir fidelidade? — Você terá fidelidade se fizer com que isso valha a pena, se não se transformar na cruel rainha de gelo que não consegue perdoar. Aquilo doeu. Viola mordeu o lábio, vendo o ressentimento no semblante do visconde. Ressentimento dirigido a ela; algo que não merecia. — É cruel demais de sua parte dizer isso. — Você queria a verdade. — Pelo amor de Deus! — Viola ficou de pé, zangada. — Você fala como se eu não estivesse sendo razoável. Como se fosse um absurdo uma esposa esperar que seu marido seja fiel. Ele também se ergueu. — Faz sentido um marido esperar que a fidelidade valha a pena. O som de soluços do outro lado da porta interrompeu qualquer resposta que ela pudesse ter dado. Ambos se voltaram quando a porta foi aberta e Beckham entrou com Nicholas, que chorava como se o mundo fosse acabar. — Desculpe, senhor — a babá disse a John, com uma rápida reverência. Viola agradeceu aos Céus pela interrupção. Começava a concordar com o que ele dissera sobre não gostar de respostas honestas. — O que houve, Beckham? — Sinto muito, milady, mas tenho de encontrar Mr. Poppins.


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