Submundods5

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Tiamat World

Gena Showalter Senhores do Submundo 05

— Você me disse que estava com fome. Vamos procurar algo para você comer. Novamente mudando de assunto. Dessa vez, ela odiou, mas deixou passar, sentindo que outro argumento seria inútil. Além disso, ela estava com fome. Ela rastejou de joelhos, em seguida ficou de pé. Um passo, dois... Três... Logo ela estava na frente de Aeron, sorrindo por seu sucesso. — O que foi isto? — Ele perguntou. — Caminhando. — Você demorou tanto que eu estou oficialmente, cinquenta anos mais velho. Ela levantou seu queixo, seu orgulho não diminuindo. — Bem, eu não caí. Ele agitou sua cabeça – em exasperação? – e pegou suas mãos nas dele. — Vamos, anjo. — Caída. — Ela automaticamente corrigiu. O toque de seus dedos enrolados ao redor dos dela, mornos e fortes, fez com que ela se arrepiasse. Uma sensação que ela não tinha permissão para apreciar. Quando ele a arrastou adiante, ela tropeçou sobre seus próprios pés. Agradecidamente, antes dela poder beijar o chão novamente, ele a puxou para seu lado, ancorando-a lá. — Obrigada. — Ela murmurou. Agora isto era a vida. Ela se aconchegou tão perto dele quanto ela podia conseguir. Ao longo dos séculos, ela viu muitos humanos sucumbirem a seus desejos mais básicos, mas até que aquele dourado aparecesse abaixo em suas asas, ela verdadeiramente não se perguntou por que eles faziam isso. Agora ela soube: cada toque era tão delicioso quanto a maçã de Eva provavelmente tinha sido. Ela queria mais. — Você é uma ameaça. — Aeron murmurou. — Uma ameaça útil. — Talvez, se ela o lembrasse o suficiente, ele começaria a perceber que ele, de fato, precisava dela. Ele não ofereceu uma resposta, mas a levou abaixo por um corredor, mantendo-a ereta o tempo inteiro. Muito melhor, ele teve que levá-la até a escadaria. Algo que ela teria apreciado muito mais se ela não estivesse tão distraída. As paredes eram forradas com retratos dos céus – ela reconheceu anjos voando pelas nuvens – como também do inferno. Esse último ela evitou examinar, não querendo quaisquer lembranças de seu tempo lá. Também tinha retratos de homens nus enfileirando as paredes, a maioria descansando nas camas de seda. Ela olhou para eles, um fato que não a envergonhou. Realmente. Mesmo quando ela teve que enxugar sua saliva. Toda aquela pele... Aquela força muscular... Aquele nervo... Pena que eles não estavam tatuados da cabeça aos pés. — Anya está decorando alguns ambientes. Você devia cobrir seus olhos. — Aeron disse, sua voz profunda cortando sua cobiça. — Por quê? — Cobrir seus olhos seria um crime. Um que seguramente insultaria sua Deidade, por que não era seu dever admirar suas criações? — Você é um anjo, pelo amor de Deus! Você não deveria olhar para essas coisas. 53


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