Submundods1

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Senhores do Submundo 01

depois um vermelho que brilhava espantosamente. Um nó se formou na gargante de Ashlyn. « O que faz aqui parada? Corre!» A expressão de Maddox se torceu como se soubesse o que ela queria fazer. —Não —lhe disse.— A única coisa que conseguiria é me enfurecer mais. Isto passará em um momento. Agora me diga quem a tocou. —Todos —respondeu ela— acredito. Mas tiveram que fazê-lo. Era a única maneira de que pudessem me colocar na cela. Ele relaxou, embora só um pouco. A imagem esquelética e o brilho vermelho se desvaneceram. —Não lhe tocaram sexualmente? Ela negou com a cabeça e também relaxou um pouco. — Então perdoarei suas vidas —disse Maddox. Depois se esqueceu de sua própria regra, pôs as mãos nas suas têmporas e a obrigou a que fixasse a atenção em seu rosto. Ela experimentou aquele comichão elétrico de novo e sentiu sua respiração quente no nariz. Maddox era tão grande que a seu lado parecia diminuta, e tinha os ombros tão largos que a abrangiam por completo. —Ashlyn —disse com ternura. Aquela rápida mudança, de besta a cavalheiro preocupado, era assombrosa. —Não queria falar disto ainda, mas acredito que devo ouvir sua resposta agora. Ontem à noite matei esses quatro homens. Os que a seguiam. —Que me seguiam? —perguntou ela. Acaso a tinha encontrado alguém do Instituto, depois de tudo? E tinham...? O resto das palavras apenas se registrou em sua mente, porque sentiu um calafrio.— Os matou? ─ Sim. —Como eram? —perguntou ela, horrorizada. Se o doutor Mclntosh tinha morrido por sua culpa... Apertou os lábios para reprimir um gemido de dor. Maddox descreveu aos homens. Eram guerreiros capazes e fortes. Ela relaxou lentamente. A maioria dos empregados do Instituto eram velhos, como McIntosh. Muitos deles eram pálidos, com pouco cabelo e óculos, e com os olhos debilitados de olhar constantemente os monitores dos computadores. Sentiu um imenso alívio, mas também culpabilidade: a noite anterior tinham morrido quatro pessoas. Não deveria lhe importar se os conhecia ou não. —E por que fez algo semelhante? —Estavam armados e estavam preparados para a batalha. Tinha que escolher: ou eu os matava ou me matavam. Disse isso sem o menor sinal de remorso. Claramente, seu salvador falava como um soldado veterano. .. ou como um assassino cruel e frio, parecido a seus companheiros. Não duvidavam em matar. Então por que seguia desejando que a abraçasse? Fosse qual fosse a emoção que Maddox leu em seu semblante, respondia a pergunta que este não tinha chegado a formular. Ele franziu o cenho e apertou os lábios. Com desagrado? Por que? Se perguntou Ashlyn. Antes de que pudesse observá-lo melhor, ele deu a volta e subiu dois degraus mais. —Esquece que o mencionei. —disse. —Espera. De um salto, Ashlyn se aproximou dele, apesar da dor do tornozelo, e o agarrou pelo braço. Ele se deteve. Ficou muito rígido, e depois voltou a cabeça e grunhiu lhe olhando os dedos. —Sinto muito —sussurrou ela, e afastou a mão. Nada de tocar, recordou. — Maddox... ─ Sim? —Não se zangue, mas já é muito tarde, assim vou voltar para o tema original. O que é? Eu respondi suas perguntas, assim por favor, responde você à minha.


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