RelatórioFinalVolume2

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A Figura B.1-1 confirma a tendência observada mais acima, ilustrando por setores industriais a evolução da participação chinesa. Figura B.1-1 – Market-Share de Brasil e China nas importações de produtos do MERCOSUL por setor industrial

Fonte: DA SILVA, 2010

Percebe-se claramente a expansão da China em setores com maior tecnologia, tais como: Eletrônica e Telecomunicação e Equipamentos Elétricos, além de setores como Couro e Calçados e Produtos Diversos. No caso do Brasil o que geralmente ocorre é a exportação de bens primários de menor valor agregado e a importação de bens com alto conteúdo tecnológico e, portanto mais caros. Visando a melhoria das condições de competitividade, as empresas, sobretudo as grandes, estão dispostas à transferir parte ou integralmente a sua produção para a China. As empresas que já tomaram essa iniciativa, pertencem a quatro setores: veículos automotores, máquinas e equipamentos, máquinas e materiais elétricos e material eletrônico e de comunicação. Por outro lado, observou-se uma reação preventiva por parte das empresas nacionais: metade das empresas industriais definiu estratégias para enfrentar a competição de produtos chineses, sobretudo as que ainda não sofreram efeitos diretos. Destacam-se o investimento na qualidade e no design de produtos; redução de custos e ganhos de produtividade. Considerando particularmente alguns setores, podem ser tiradas as seguintes conclusões: No setor têxtil, o qual é diretamente dependente do setor de corantes e pigmentos, 71,8% das empresas entrevistadas concorrem com produtos chineses no mercado nacional, e em 54,9% houve redução do percentual de vendas. No mercado internacional, 9,9% das empresas brasileiras concorrem com chineses, sendo que 4,5%

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