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do mercado chinês. E os processos lá são muito diferentes dos que há no Brasil. Por exemplo, a China tem enorme processo de usinas eólicas e simplesmente proibiu que as empresas estrangeiras que estão no país produzindo equipamentos para elas participassem das concorrências e das estações dessas usinas. Não faríamos isso aqui no Brasil. Dificilmente o faríamos com as empresas instaladas no Brasil. Não o estamos fazendo nem com as empresas que não estão instaladas no Brasil. A China será fornecedora de grandes geradores para usinas que estão sendo feitas no Amazonas, em Jirau, em Santo Antônio. No caso, por exemplo, do trem-bala, duvido que, na China, alguma empresa estrangeira pudesse ser grande fornecedora desse trem-bala chinês. Aqui o faremos, em boa parte, com a participação de empresas estrangeiras. Mas concordo com você que temos de avançar muito na questão do financiamento público, que, embora mais barato que o financiamento do setor privado, deverá ser pago. O BNDES cobra juros, etc. De qualquer forma, deveríamos, no caso dos financiamentos do próprio BNDES, ter tratamento especial para isso. Lembro-me de que, em 1995, negociei com o BNDES investimento para instalar uma fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais. Foram negociados pelo BNDES o processo do emprego e também a parte social em relação à fábrica. De lá para cá, avançou muito pouco o processo de induzir. Agora há os casos, por exemplo, dos subsídios, dos incentivos fiscais que deveriam, realmente, exigir contrapartidas importantes. Registro aqui a presença do presidente de um instituto que hoje tem papel fundamental no processo da competitividade da empresa brasileira – o professor João Alziro Herz da Jornada, do Inmetro (Instituto Nacional de Metrificação). O Inmetro tem feito um trabalho fundamental na certificação Palestra do ministro miguel jorge

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