Governo Lula segundo seus ministros - vol. 3

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estados para a criação de novas áreas de unidade de conservação. Mas não houve discussão com nenhum representante do setor produtivo, não do setor produtivo privado, mas público, para verificar como isso conflita com a eventual expansão de geração de energia elétrica neste País. Como isso conflita com a demanda de áreas de domínio para o acesso de dutos e oleodutos, ou mesmo a demanda dos portos? Como isso funciona? Não estou dizendo que isso agrega. Estou-me referindo aos conflitos. Tudo isso está na mesa de discussão. Há muitas questões novas na área de meio ambiente e no Ministério do Meio Ambiente. Este governo tem avanços excepcionais, especialmente na agenda socioambiental. É fantástico poder sair do debate sobre produtos extrativistas stricto sensu e colocar isso em uma cadeia de sociobiodiversidades e em uma política de preços mínimos, podendo traduzir o ganho para um programa de merenda escolar, assegurando o retorno. Há a possibilidade de induzir o mercado a um outro patamar. É possível pegar dez produtos e estudar o ciclo e dar solidez ao processo. Isso porque não basta só comprar pelo preço mínimo. Qual a perspectiva de ir além do preço mínimo? Isso representa ganho. Esse é um debate importante. Porém, para que isso esteja em uma escala sólida, aproprie-se como resultado de política pública e seja uma vertente, mesmo que sejam 2% ou 3%, o único caminho não está na área ambiental. É possível ter uma visão estratégica não só da Amazônia, mas também da Caatinga, do Cerrado, ou dos produtos da cadeia de sociobiodiversidade disponíveis. A discussão é que devemos trabalhar de maneira mais integrada, resgatar o espaço de negociação e de formulações estratégiPalestra da ministra izabella teixeira

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