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BEM ESTAR ANIMAL

SINAIS CLÍNICOS

O quadro clínico da doença normalmente resume-se a tumefações na zona dos linfonodos superficiais ou então lesões abertas que drenam o conteúdo purulento dos abcessos. São essencialmente os animais adultos a demonstrar estes abcessos, por maior exposição e porque provavelmente o período de incubação é longo. Os linfonodos mais afetados são os submandibulares, pre-escapulares, prefemoral e supramamários (Fig. 1). Em cabras, os linfonodos submandibular, parotideo e pre-escapular (cabeça e pescoço) são os mais frequentemente afetados e os abcessos apresentam diâmetros de 3 a 15 cm. Em ovelhas a distribuição dos abcessos é mais uniforme (Pugh, 2002; Smith and Sherman, 2009; Simpson & Washburn, 2012). As infeções externas raramente provocam outros sinais, embora possa estar presente caquexia e depressão em animais fortemente infetados. Os abcessos internos (tórax e abdómen) são mais raros e difíceis de diagnosticar. À medida que o animal envelhece os abcessos também se podem desenvolver à volta dos pulmões, coração, fígado, rins e espinal medula. Os sinais clínicos mais frequentes dos abcessos internos são: perda de peso, com ou sem febre intermitente, e, dependente da localização dos abcessos, sinais respiratórios como dispneia, ou abdominais como cólicas (Pugh, 2002; Smith and Sherman, 2009; Simpson & Washburn, 2012).

DIAGNÓSTICO

Embora o diagnóstico seja feito frequentemente pela observação dos abcessos e aspeto do pus, o diagnóstico definitivo de LC num animal com abcessos externos é baseado na cultura e isolamento da bactéria. Em animais com suspeita de terem abcessos internos, pode ser muito difícil conseguir um diagnóstico antemortem definitivo (Simpson & Washburn, 2012). Têm vindo a ser desenvolvidos testes serológicos que permitem identificar animais portadores, mas o procedimento recomendado para a identificação do organismo nestes casos é: 1) Na LC intratorácica, radiografia torácica e/ou ecografia, e no caso de abcessos pulmonares serem confirmados, lavagens transtraqueais com subsequente citologia e cultura; 2) Na LC intra-abdominal, a ecografia é o meio de diagnóstico de eleição (Simpson & Washburn, 2012).

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Fig. 1 – Localização mais comum dos linfonodos afectados por Linfadenite Caseosa

Ruminantes • abril | maio | junho • 2013

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