Em Órbita n.º 134 - Março de 2013

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Dennis Tito quer levar um casal a Marte em 2018 Dennis Tito revelou o projecto de enviar um casal a Marte numa viagem de ida e volta em menos de cinco anos. Esta missão privada poderá utilizar uma trajectória de retorno livre em torno do planeta vermelho. Os dois tripulantes estarão num pequeno espaço durante 16 meses, num projecto denominado Inspiration Mars que será inicialmente financiado por Dennis Tito, o primeiro turista espacial a viajar numa cápsula espacial russa. Segundo os proponentes da missão, a agência espacial norte-americana NASA não estará envolvida no projecto e a missão irá utilizar um veículo lançador privado, bem como uma cápsula desenvolvida por uma empresa privada. Ainda segundo os proponentes da Inspiration Mars, os tripulantes terão o mínimo de alimentos e vestuário necessários para a viagem, e não terão fatos extraveículares que lhes permitam operar no exterior. A água será obtida em parte através da reciclagem de urina. A missão deverá ser lançada a 2 de Janeiro de 2018, passando por Marte a 20 de Agosto de 2018 e regressando à Terra a 21 de Maio de 2019.

Chang Zheng-7 fará voo inaugural em 2014 O foguetão Chinês CZ-7 Chang Zheng-7 fará o seu voo inaugural em 2014, segundo Liang Xiaohong Dirigente do PCC na Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos Lançadores. As investigações e desenvolvimentos levaram a avanços em tecnologias chave, incluindo no desenho e produção de um motor de querosene e oxigénio líquido que pode produzir uma força de 180 kN. Em relação ao foguetão CZ-5 Chang Zheng-5 o desenvolvimento parece processar-se de forma mais lente, pois o seu voo inaugural não deve ter lugar antes de 2016. No entanto, novas tecnologias foram desenvolvidas para a produção e teste da maior parte das estruturas do foguetão, incluindo a sua carenagem de 5,2 metros de diâmetro, além das tecnologias necessárias para a produção de um tanque criogénico com um diâmetro de 5 metros. De facto, e perante tal cenário, é legítimo questionar se a China pretende aceitar novos erros no desenvolvimento do projecto do CBERS-3 e do CBERS-4, que certamente verá o seu lançamento adiado. Nos últimos anos, a China tem-nos habituado a uma excelência na sua tecnologia espacial e nos seus feitos espaciais que numa altura destas não se coaduna com a aparente trapalhada que tem sido o desenvolvimento do CBERS-3. Fugindo de uma febre de lançamento, as autoridades espaciais chinesas certamente que preferirão adiar o lançamento do CBERS-3, a terem no futuro de justificar a falha de um satélite resultante de uma cooperação internacional que deu valorosos frutos no passado, e falha essa que certamente poderá vir a resultar da vontade de colocar em órbita custe o que custar um satélite condenado antes do seu lançamento, deitando-se assim a perder milhares de fundos.

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