À descoberta de Alhandra

Page 1

RUBEN RAMALHO

À DESCOBERTA DE ALHANDRA DICAS PARA APROVEITAR A SUA VISITA PELA VILA




À beira-rio e repleta de história São muitos os motivos para visitar Alhandra. A vila situa-se no município de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, e está dotada de boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, permitindo alcançar a capital portuguesa em menos de meia hora. Conhecida pela sua vida marítima e dispondo de uma vasta história e comércio de rua, Alhandra tem muito para oferecer aos seus visitantes. A sua localização privilegiada à beira-rio e as suas ruas históricas permitem passar um dia agradável de forma inesquecível. Venha connosco partir à descoberta desta vila banhada pelo rio Tejo.


ÍNDICE

Um pouco de história

06

Igreja Matriz de Alhandra

08

Passeio ribeirinho Alhandra a Vila Franca de Xira

10

Casa-museu Dr. Sousa Martins

12

Praça Soeiro Pereira Gomes

14

Monumento das Linhas de Torres

16

Associativismo

18

O melhor da gastronomia ribatejana

20

Acessibilidades

22

Contactos úteis

24

Visite o site da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz:

HTTP://ALHANDRA.PT/

Visita também a nossa página no Facebook:

HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/FREGUESIA.ALHANDRA


Um pouco de história Foi em 1203 que o bispo D. Soeiro Gomes atribuiu o foral que permitiu a fundação da vila de Alhandra. O nome original da vila era "Alhama", que vem do termo árabe "Alhoeda", ou "Alhodra", que significa "tributo". No entanto, esta hipótese não está totalmente confirmada, já que se desconhece a vida dos alhandrenses no período anterior à reconquista cristã.

Depois daquela que foi a Reconquista Cristã da Península Ibérica, a vila passou a ser conhecida como o lugar de Torre Negra. Antes da chegada dos árabes, já os os barcos romanos tiveram passagem por Alhandra. Uma evidência disso está nos fragmentos de ânforas que outrora eram usadas no transporte de vinho na região e que eram encontrados defronte da lezíria, na zona do Marquês, e entre o Mouchão de Alhandra e as Lezírias. Após a expulsão dos mouros, a Igreja denominou o local como Herdade de Alhandra. Para atrair povoadores, o bispo de Lisboa, D. Soeiro Gomes, concedeu aos habitantes alguns privilégios, o que beneficiou o clero e a nobreza que queriam cultivar a terra, contanto que as obrigações forais impostas fossem cumpridas. Os primeiros habitantes de Alhandra viveram no monte onde hoje se encontra a Igreja Matriz de São João Batista. Provas disso são mostradas através dos vestígios de habitações e moedas encontradas próximo do Poço Cravo.

6


Até 1855 Alhandra foi sede de concelho, englobando as freguesias de São João dos Montes e Calhandriz, e também Alverca do Ribatejo, mas apenas nos últimos cinco anos. A câmara municipal estava localizada no mesmo local onde hoje se encontra a junta de freguesia. Em 1856 foi inaugurado o caminho-de-ferro em Portugal. O primeiro troço ligava Lisboa ao Carregado. O comboio inaugural passou por Alhandra, e este inovador meio de transporte atraiu dezenas de habitantes da vila, curiosos com a novidade que tinha sido apresentada. Até finais do século XIX a população vivia da pesca, da agricultura e do fabrico de telhas e tijolos, até que surgiu o setor da industrialização. Deste modo, foram fundadas fábricas como a Empresa Nacional de Penteação de Lãs, na Quinta da Figueira, e a Fábrica de Cimento Tejo, de António Teófilo Araújo Rato, dando início a uma nova era, na medida em que permitiu aumentar a taxa de empregabilidade. O progresso que se tem feito notar aquando da mudança industrial fez com que boa parte das construções sejam da viragem do século XX, a maioria com fachadas de azulejos. Em 1991 o estatuto da fábrica Cimento Tejo foi alterado, passando a designar-se "CIMPOR - Cimentos de Portugal, SA", e em 1996 o CPA foi integrado na "CIMPOR - Indústrias de Cimento, SA". A chegada da CIMPOR permitiu a criação de mais um bairro fabril, com um pátio no centro, criando uma réplica de uma aldeia portuguesa, fiel aos valores do Estado Novo. Esta bairro encontra-se localizado junto ao campo de futebol da Hortinha, propriedade do Alhandra Sporting Club, o clube desportivo da vila.

Junto à estação ferroviária temos a Praça 8 de Maio de 1944, data que marca a primeira greve camponesa realizada na região. Esta paralisação teve um impacto histórico e político, pela coragem dos jovens que afrontaram o regime ditatorial da época, protestando contra as péssimas condições de trabalho, a baixa remuneração salarial e o racionamento alimentar, que vieram agravar as dificuldades das classes trabalhadoras da sociedade portuguesa aquando da Segunda Guerra Mundial. Os trabalhadores que aderiram ao protesto foram sancionados com penas de prisão e torturas, algo típico do regime salazarista.

7


Igreja Matriz de Alhandra A primeira Igreja Matriz de Alhandra foi fundada em 1558 pelo Cardeal D. Henrique, e na época era considerada um templo majestoso, atendendo à 21 sua qualidade artística e relevância. É dedicada a São João Batista, o santo padroeiro da vila.

O edifício original sofreu um violento incêndio no dia 21 de agosto de 1887, ficando totalmente destruído. A reconstrução ficou concluída em 1910, e até hoje permanece aberta a todos os fiéis. A igreja está localizada no chamado Alto do Castelo, ou Miradouro do Castelo, a cerca de 33 metros acima da vila, oferecendo uma esplêndida vista sobre Alhandra. Ao mesmo tempo, é possível admirar a sua arquitetura em praticamente toda a localidade, sendo, por isso, um magnífico cartão de visita. Existem vários horários para as celebrações. As eucaristias realizam-se aos sábados, pelas 18h30, e aos domingos, pelas 11h15. Outras iniciativas têm lugar na igreja, como reuniões, sessões formativas e outras celebrações pontuais. É também na igreja, bem como na capela de Nossa Senhora de Fátima, que as crianças e os jovens têm a catequese aos sábados.

8


O templo da Igreja Matriz é composto por três naves, e está decorado com um altar-mor de talha dourada, recentemente restaurado, com bases em mármore policrome, lavado e embutido artisticamente. O seu interior conta com um vasto e valioso espólio de arte sacra dos séculos XVII e XVIII, em maioria proveniente de outras igrejas de Lisboa, como é o caso do antigo Convento do Grilo, e é composto por vários quadros do pintor Bento Coelho da Silveira (1618-1708), destacando-se obras-primas como "A Adoração Artística" e "O Calvário". Ao longo da sua história, o espólio da igreja tem vindo a ser restaurado e integrado as exposições de artesacra do município de Vila Franca de Xira, promovidas pela respetiva câmara municipal. Duas vezes por ano, tem lugar procissões que percorrem as vilas de Alhandra: no domingo antes da Páscoa, e no último sábado das festas de São João Batista, que decorrem em finais do mês de junho. Esta iniciativa é aberta ao público, e conta com um movimento circular com partida e chegada ao largo da igreja.

9


Passeio ribeirinho Alhandra a Vila Franca de Xira Para os amantes da atividade física existe um caminho pedonal ribeirinho que liga Alhandra a Vila Franca de Xira. Este amplo espaço de lazer oferece aos seus visitantes ótimas condições para correr, caminhar, praticar exercício físico, fazer piqueniques ou simplesmente descansar, sempre tendo o rio Tejo como companhia.

O percurso começa junto à Casa-museu Dr. Sousa Martins, em Alhandra, e termina à entrada do Jardim Municipal Constantino Palha, em Vila Franca de Xira. Ao todo, conta com uma extensão de cerca de quatro quilómetros. Ao longo do caminho é possível encontrar um vasto património do concelho, como as antigas instalações da escola das máquinas da Marinha Portuguesa, entre Alhandra e Vila Franca de Xira (com um parque de merendas ao lado), o parque urbano e pavilhão multiusos do Cevadeiro, em Vila Franca de Xira, e a biblioteca municipal Fábrica das Palavras, também em Vila Franca de Xira. A primeira fase do projeto, com 700 metros, terminava junto da antiga fábrica da Cimianto, à saída de Alhandra, foi inaugurada no dia 26 de setembro de 2005. Mais tarde, no dia 4 de outubro de 2008 foi inaugurada a segunda fase, já em Vila Franca de Xira, com uma extensão 2000 metros e uma largura de 4,25 metros úteis em grande parte do percurso. Com exceção de 300 metros de terreno natural, o resto do caminho foi construído num aterro conquistado ao rio Tejo. O pavimento tem duas faixas, sendo uma dedicada aos ciclistas, no lado da linha do comboio, e uma pedonal, no lado do rio. A obra contou ainda com o alargamento e a estabilização da Plataforma Ferroviária paralela ao rio Tejo e a construção de uma passagem superior sobre a linha férrea, que permite aceder ao Parque Urbano do Cevadeiro, à entrada de Vila Franca de Xira, funcionando ainda como Miradouro ou Observatório da paisagem circundante a Este e a Oeste.

10


O contexto da obra insere-se no programa "Polis". A construção do percurso foi paga através de fundos comunitários, da administração central e ainda da própria Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Ao todo, o investimento rondou os sete milhões de euros. Os três quilómetros do percurso são preenchidos por um cenário composto pelo rio, os mouchões, a Reserva Natural do Estuário do Tejo, a Lezíria e outras maravilhas naturais que vão tornar inesquecível o seu passeio. Entre as diversas valências, conte com dois parques de estacionamento (um no parque urbano de Vila Franca de Xira e outro junto às piscinas de Alhandra), instalações sanitárias, um parque de merendas, uma ciclovia, zonas de descanso e um ginásio ao ar livre.

11


Casa-museu Dr. Sousa Martins Uma das personalidades ilustres de Alhandra é o Dr. Sousa Martins. Este médico nasceu na freguesia no dia 7 de março de 1843, tendo vir a falecer a 18 de agosto de 1897. Sousa Martins foi médico, farmacêutico e professor catedrático na Escola-Médico Cirúrgica de Lisboa, a antecessora da Faculdade de Medicina de Lisboa e a Faculdade de Medicina da UNL Universidade Nova de Lisboa. Especializou-se em Farmácia e Medicina.

Entre os contributos notáveis deste médico estão os esforços que tem feito no combate à tuberculose, tendo até sido escolhido para representar Portugal em diversos eventos na área da medicina. Infelizmente, foi precisamente esta doença que apanhou quando participava na Conferência Sanitária Internacional em Veneza, tendo regressado a Lisboa já debilitado. Aos 54 anos, já em fase terminal, não aguentou mais o sofrimento e resolveu pôr termo à própria vida, com de uma injeção de morfina. Foram várias as homenagens feitas ao Dr. Sousa Martins. Na zona do Campo Santana, em Lisboa, foi inaugurado um monumento em sua homenagem, estando o seu bordo repleto de ex-votos de pesar. Em Alhandra, berço deste médico, foi depositado um jazigo no cemitério da Igreja Matriz, inaugurou-se um busto na Praça 7 de março, em frente à junta de freguesia, e a sua antiga habitação foi reconvertida na Casa-Museu Dr. Sousa Martins, um espaço à beira-rio criado em sua homenagem.

12


O museu foi inaugurado no dia 3 de março de 1985, O seu espólio consiste numa exposição de documentos, livros, quadros , fotografias, instrumentos de trabalho, objetos de uso quotidiano e coleções particulares que retratam aspetos históricos da freguesia de Alhandra. Mas também são tidos em conta aspetos sociais e económicos, a industrialização, o associativismo, e as figuras de personalidades como Salvador Marques, Soeiro Pereira Gomes, Francisco Filipe dos Reis, e, claro, o próprio Sousa Martins. Com a ampliação do museu, foi acrescentado um espaço dedicado a exposições temporárias e colóquios, e também mais uma sala dedicada ao desporto, em homenagem ao antigo nadador alhandrense Batista Pereira.

13


Praça Soeiro Pereira Gomes Esta praça localiza-se na frente ribeirinha de Alhandra e foi batizada em homenagem ao antigo escritor neo-realista e militante comunista, que viveu na vila durante parte da sua vida.

No largo ergue-se um monumento em homenagem a Soeiro Pereira Gomes, esculpido por João Duarte e João Afra. De acordo com uma inscrição presente nesta obra de arte, o monumento homenageia tanto a figura de Soeiro como também "os filhos dos homens que nunca foram meninos", numa clara alusão ao seu livro "Os Esteiros", publicado em 1941 e ilustrada, na sua primeira edição, por Álvaro Cunhal, antigo secretário-geral do PCP. Esta obra-prima conta a história de um grupo de crianças que desde cedo abandonaram a escola para irem trabalhar numa fábrica de tijolos, revelando contrastes entre ricos e pobres.

14


Junto a esta praça ergue-se o Coreto de Alhandra, construído em 1934. Este marco histórico de Alhandra apresenta uma estrutura octogonal, de ferro fundido, e foi erguida sobre a base de alvenaria pelos mestres operários de Alhandra dos anos 30 do século XX, que aderiram à iniciativa oferecendo trabalho em vez de dinheiro. Os coretos representam a democratização da música e têm-se vindo a multiplicar pela Europa desde finais do século XVIII, estando associados às ideias de Liberdade e Igualdade da Revolução Francesa. Desde sempre são acarinhados pelo povo e constituem peças de elevada importância histórica e arquitetónica.

Não muito distante do coreto localiza-se o Monumento à Tauromaquia. Esta obra-prima é da autoria de Manuel Patinha e foi inaugurada em maio de 2006, sendo um tributo aos forcados e uma homenagem àquela que é uma tradição muito popular no concelho de Vila Franca de Xira. Inicialmente, esta escultura era para ser atribuída à cidade de Vila Franca de Xira. No entanto, a mesma foi rejeitada pelo grupo local de forcados amadores, por considerarem que é uma peça "demasiado abstrata", e em alternativa foi colocado um outro monumento, junto à Praça de Touros Palha Blanco, que inclui um forcado, um ajuda e um touro. Ambas as obras de arte foram custeadas pela câmara municipal de Vila Franca de Xira e tiveram um investimento a rondar os 50 mil euros.

15


Monumento às Linhas de Torres As denominadas Linhas de Torres Vedras foram construídas entre 1809 e 1812 pelas tropas luso-britânicas, com o objetivo de combater os exércitos napoleónicos.

De âmbito discreto, o futuro duque de Wellington desenhou uma estratégia de defesa que passou por construir fortes em pontos estratégicos colocados no topo de colinas, de modo a controlar os acessos a Lisboa. Com mais de 85 quilómetros de extensão, este sistema estendiase desde o oceano Atlântico ao rio Tejo. Aquando da sua conclusão, existiam cerca de 152 obras militares com 600 peças de artilharia, defendidas por cerca de 140 mil homens, o que o tornou no sistema de defesa mais barato e eficaz da história militar. Defronte destas linhas assistiu-se a três combates em outubro de 1810. O primeiro decorreu no Sobral de Monte Agraço, no dia 12 desse mês. No dia 13 aconteceu o combate de Dois Portos, e no dia 14 o combate de Seramena. Estes confrontos decisivos entre as tropas francesas e o exército anglo-luso foram dos mais curtos e menos sangrentos desde que o exército napoleónico invadiu Portugal. Após estas batalhas, as tropas de Napoleão ficaram sem o ímpeto atacante, o que deu provas da intransponibilidade das Linhas de Torres Vedras, enquanto esperavam por reabastecimentos e reforços. No dia 15 de novembro de 1810 dá-se início à retirada das tropas francesas, sob as ordens do marechal Massena, dando início à derrota de Napoleão Bonaparte, que viria a ser concretizada a 18 de junho de 1815 na batalha de Waterloo. Napoleão passou os seus últimos seis anos de vida confinado na ilha de Santa Helena, e a Europa iniciou um novo capítulo na sua história.

16


De forma a enaltecer a vitória das Linhas de Torres, foi erguido em 1883 um monumento comemorativo, no local de onde partiu a primeira linha de fortificações militares do complexo defensivo. A coluna em mármore branco, da autoria de Pêro Pinheiro, tem 7,95 metros de altura, pesa mais de 24 toneladas e está assente num pedestal com envasamento. No topo da coluna predomina uma estátua representativa do Hércules, o deus grego da força, com 2,5 metros de altura, construída por Simões de Almeida, um dos primeiros estatutários da época, que recebeu cerca de mil réis pelo seu trabalho, incluindo a pedra. Junto da estátua existe um miradouro, através do qual os visitantes podem fazer uma pausa nas suas deslocações para se deslumbrarem com uma magnífica vista para a Vila de Alhandra, as Lezírias, o rio Tejo e a zona industrial envolvente. O monumento está localizado num amplo espaço de lazer, com uma área destinada à realização de piqueniques.

17


Associativismo São várias as entidades coletivas que têm contribuído para dinamizar a vila de Alhandra ao longo dos tempos, e também atribuir uma posição de destaque fora de fronteiras.

Corpo Nacional de Escutas - CNE O agrupamento de escuteiros nº 1164 do CNE Corpo Nacional de Escutas foi fundado no dia 2 de abril de 2000, e atualmente integra jovens escuteiros com idades compreendidas entre os 6 e os 22 anos. A ideia surgiu em outubro de 1997 através dos chefes António Pinto Lopes e Fernando Mira Rodrigues, que até então pertenciam ao agrupamento 317 de Alverca do Ribatejo. As primeiras promessas (cerimónia de entrega dos lenços escutistas) realizaram-se no dia 2 de maio de 1999. Na altura apenas havia duas patrulhas de Exploradores (10 aos 14 anos): a Urso e a Lobo. Mas o ato de fundação só se deu no dia 2 de abril de 2000 na Igreja Matriz de Alhandra, e nesse dia foram entregues os símbolos da sua autonomia: a bandeira e a filiação no Corpo Nacional de Escutas. Nesse dia cerca de 41 elementos, entre Lobitos e Exploradores, realizaram as suas promessas, numa cerimónia presidida pelo Pe. António. Atualmente a sede do agrupamento situa-se na Quinta da Marquesa, em Alhandra, e pode ser visitada aos sábados à tarde entre as 15h e as 18h.

18

Alhandra Sporting Club O clube desportivo da vila foi fundado no dia 1 de dezembro de 1921 para demonstrar o sentido gregário, a unidade, a unidade, a força, a fraternidade e o orgulho de Alhandra. A modalidade base do clube foi sempre o futebol, que tem despertado a paixão de gerações de alhandrenses. Com efeito, em setembro de 1922 é inaugurado o Campo de Jogos da Hortinha, o que permitiu a formação de camadas jovens de equipas de primeira e segunda categoria. Entre os vários clubes que já jogaram com a equipa constam o Sport Lisboa e Benfica, o Sport Grupo Sacavenense, o Sporting Clube de Portugal, entre outros. Mas nem só de futebol vive o Alhandra Sporting Club. São várias as modalidades que têm dado destaque a este clube desportivo, nomeadamente a natação e o triatlo, na qual os respetivos atletas continuam a somar títulos e a arrecadar prémios em diversas competições. Um dos prestigiados nomes do desporto alhandrense é o antigo nadador Batista Pereira, conhecido por ter feito em agosto de 1954 a travessia a nado do Canal da Mancha, tendo batido o seu próprio recorde de prova.


Sociedade Euterpe Alhandrense

Moto Clube de Alhandra

A Sociedade Euterpe Alhandrense está localizada junto da Praça Soeiro Pereira Gomes. Atua nas vertentes cultural, desportiva e recreativa, e tem por missão promover o desenvolvimento na área do ensino, da difusão e promoção de eventos, e ainda na prática de atividades, que muito promovem para o crescimento individual e da sociedade em geral.

Para os amantes das duas rodas existe o Moto Clube de Alhandra. Esta associação está localizada junto ao monumento das Linhas de Torres.

Neste espaço cultural tem lugar diversas iniciativas, como palestras, concertos, peças de teatro, mostras cinematográficas, lançamento de livros, exposições, atuações de dança e de música, entre outras. É nesta associação que está localizado o Conservatório Regional Silva Marques, onde os alunos podem ter aulas de piano, violino, artes marciais, pintura, teatro, canto, dança contemporânea, e ainda explicações de linguas estrangeiras, como o inglês, o francês, o espanhol, o alemão, entre outras. São vários os alunos de diferentes escolas do concelho de Vila Franca de Xira que participam nestas atividades culturais.

Ocasionalmente, os sócios e simpatizantes reúnemse para confraternizar e participar em diversas atividades, nomeadamente debates acerca do mundo das motorizadas, jogos, festas, almoços, lanches e jantares de grupo, concentrações de motards, bênção das motos, passeios de moto pela região, entre outras iniciativas. O Moto Clube está aberto aos sábados, entre as 14h e as 20h, a todos os seus sócios e simpatizantes. Em dias de concentrações de motos, decorrem atividades que podem prolongar-se durante fins-desemana inteiros.

19


O melhor da gastoronmia ribatejana Um dos destaques da cultura ribatejana passa pela gastronomia, ligada à pesca e ao trabalho rural. Na Área Metropolitana de Lisboa (AML) o concelho de Vila Franca de Xira é aquele que possui a maior extensão de frente ribeirinha, contando com uma extensão de cerca de 23 quilómetros. Atualmente o rio Tejo continua a ser uma fonte de riqueza e de subsistência para muitas famílias que encontram a sua forma de vida na faina e na atividade piscatória. Dentro da gastronomia do município vilafranquense destaca-se o sável. Durante o mês de março é lançada uma campanha de gastronomia dedicada a este peixe, que na primavera escolhe as águas do rio Tejo para desovar. Há quem diga que o sável é responsável pelas migrações de avieiros e varinos para a região. Ao longo dos meses de março e abril a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira leva a cabo a campanha "Março, Mês do Sável", iniciada em 2016, que convida a população a dirigir-se aos restaurantes participantes da iniciativa, para experimentarem diversas especialidasdes ligadas a este peixe, nomeadamente sável frito em postas fritas finas com uma suculenta açorda de ovas. Em Alhandra é possível degustar esta iguaria em restaurantes como "Golfinho Branco", "A Grelha" e "Voltar ao Cais".

20


Em novembro o destaque vai para o torricado com bacalhau assado. A origem deste prato remonta ao tempo dos camponeses, que levavam o farnel em períodos que exigiam longas estadias fora de casa. Um dos alimentos desse farnel era o pão que, enquanto fresco, iam comendo. Porém, à medida que o mesmo ia ficando duro, tornava-se difícil ingerir, e por isso improvisavam uma receita reconfortante: esfregavam o pão com alho e torravam-no em cima das brasas, regando depois com azeite e salpicando com um pouco de sal. Como acompanhamento, levavam bacalhau salgado. Nos fins-de-semana do mês de novembro e em várias freguesias do município são vários os restaurantes que dão o seu toque especial a esta receita, dando seguimento a uma campanha gastronómica que todos os anos é levado a cabo pela autarquia, na qual os estabelecimentos aderentes convidam os visitantes a degustarem esta iguaria culinária. Nos restaurantes "Golfinho Branco", "A Grelha", "Petiscos na Mesa", "U14" e "Voltar ao Cais", em Alhandra, é possível saborear esta especialidade, e também outros petiscos, entre os quais galinha de cabidela, coelho no tacho, ensopado de enguias, e os bolos regionais "garraios" e "lezírias".

21


Acessibilidades É muito fácil chegar à vila de Alhandra. A localidade situa-se na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e conta com excelentes ligações rodoviárias e ferroviárias que permitem chegar à capital portuguesa em menos de 30 minutos.

A vila é se pela EN10, que liga Cacilhas a Sacavém. Se o seu ponto de partida for a zona norte de Portugal, poderá apanhar a direção sul na A1 e sair em Vila Franca de Xira, apanhando depois a estrada nacional até Alhandra. De sul utilize a Via do Infante, seguido da A2 e da A12 até Lisboa. Se optar por atravessar o rio Tejo pela Ponte 25 de Abril, utilize o Eixo Norte/Sul, a Segunda Circular e a A1, apanhando depois a saída em Alverca do Ribatejo, após as portagens, para alcançar a EN10 e assim chegar ao seu destino. Por outro lado, se fizer a travessia do rio Tejo através da Ponte Vasco da Gama basta apanhar a A1 até Alverca do Ribatejo, e depois a EN10 até Alhandra. Em alternativa, poderá seguir na direção do Porto Alto, onde tem início a Ponte Marechal Carmona, que termina em Vila Franca de Xira. A partir daqui, basta percorrer a EN10 durante o resto da sua viagem. Por fim, se vem de Lisboa basta dirigir-se a Sacavém e entrar na A1 (direção norte) até Alverca do Ribatejo. A partir daqui, atravesse as portagens que lhe levam à saída da autoestrada e apanhe a EN10 até Alhandra.

22


Se preferir, poderá deixar a sua viatura particular em casa e deslocar-se de transportes públicos. Ao nível rodoviário, a Boa Viagem é a operadora de autocarros que serve Alhandra e tem carreiras que ligam a vila a outros pontos da região, nomeadamente Lisboa, Arruda dos Vinhos, Vila Franca de Xira, Alverca do Ribatejo, Póvoa de Santa Iria, entre outras localidades. Antes de viajar, recomenda-se a consulta dos horários do percurso pretendido.

Ao nível ferroviário, Alhandra é atravessada pela Linha do Norte, que liga Lisboa ao Porto. A localidade dispõe de uma estação ferroviária, servida pela CP - Comboios de Portugal, onde efetuam paragem os comboios suburbanos da Linha de Azambuja. Viajando até estações como Santa Apolónia, Oriente, Entrecampos ou Vila Franca de Xira é possível usufruir de ligações rápidas ao resto do país. Como complemento de mobilidade, poderá transportar gratuitamente a sua bicicleta a bordo dos comboios. Para sua comodidade, consulte os horários antes de viajar e siga as indicações que lhe levam até ao seu destino

23


Contactos úteis Abaixo segue-se alguns contactos que poderá utilizar em caso de necessidade. Tome nota dos números indicados. Câmara Municipal de Vila Franca de Xira - 263 285 600 União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz - 219 519 050 Loja do Munícipe de Vila Franca de Xira - 263 285 600 Espaço do Cidadão de Vila Franca de Xira - 263 200 770 Conservatória do Registo Civil de Vila Franca de Xira - 263 270 640 Hospital de Vila Franca de Xira - 263 006 500 Unidade de Saúde Familiar de Alhandra - 219 518 320 Bombeiros Voluntários de Alhandra - 219 500 021 92ª Esquadra da PSP de Alhandra - 219 500 070 Destacamento Territorial da GNR de Vila Franca de Xira - 213 252 680 Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vila Franca de Xira - 263 274 523 Posto dos Correios CTT de Alhandra - 219 512 531 Mithós - Histórias Exemplares, Associação de Apoio à Deficiência - 263 209 507 CP - Comboios de Portugal - 707 210 220 Boa Viagem - 263 730 530 Praça de Táxis de Alhandra - 219 500 786

24


Š Ruben Miguel Pereira Ramalho - 2020 Visite o meu perfil no LinkedIn: ruben-ramalho/



Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.