Arturo Escobar

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Arturo Escobar

Autonomía y diseño Contra o terricídio

DD012- Design e sustentabilidade - Cristina Ibarra

Design é...

Aquecimento

um mundo onde cabem muitos mundos

O design é um convite aberto a todos nós para nos tornarmos tecelões conscientes e eficazes do tecido da vida (comunalitariamente, coletivamente). Ou seja, todas e todos estamos participando em fazer ou desfazer ou destruir a vida, então façamos isso conscientemente, sejamos tecelãs, sanadoras e cuidadoras conscientes desse tecido complexo que é a vida.

Arturo Escobar

Antr pól c l mbian -am rican

Pr f ss r mérit d antr p l ia da Univ rsidad da

Car lina d N rt

S us int r ss s d p squisa acadêmica inclu m:

Ec l gi p lític

Antr p l gi d de env lviment

M viment ci i

M viment ntigl b liz çã

Ont l gi p lític

Te ri pó -de env lviment

Autor

Texto

01:

Autonomía y diseño

Grupo

Débora Montenegro, Julia Paez e Lyvia Martins

Overview

crise de todo um modelo civilizacional

a responsabilidade do design na fabricação dessas crises

Estamos diante de uma crise multidimensional ou, em outras palavras, a . Como chegamos a tal situação e como poderíamos trilhar outros caminhos, coloca no centro da discussão um estilo de criação de mundos, uma prática de design em particular. Especificamente, Arturo Escobar nos diz que “o design é ontológico porque cada objeto, ferramenta, serviço ou mesmo narrativa em que está envolvido cria modos particulares de ser, saber e fazer”. Seu livro (Autonomía y diseño) é atravessado por uma constatação, , e uma preocupação fundamental: "o design pode ser reapropriado criativamente por comunidades subalternas para apoiar suas lutas, fortalecer sua autonomia e realizar seus projetos de vida para filosofias de bem viver que, enfim, estão em profunda harmonia com a Terra?”.

Conceitos-Chave

Diseño (design)

Produção de representações ontológicas sobre o real.

Quase tudo pode ser encarado como diseño, sejam instituições, relações interpessoais, a forma de ver o mundo, etc.

Dimensão político-ontológica

Encarar um enfoque político-ontológico do design implica considerar considerar as influências e relações globais no contexto de determinada comunidade.

Significa reconhecer que o design não é neutro.

Autonomía y diseño

01
02
Caráter nocivo do design 01 Redefinição do caminho do design 02 Conceito do termo Design (diseño) no contexto do livro 03 Reflexões do Design no mundo atual 04 Design e cultura 05 Introdução Autonomía y diseño

o progresso econômico rápido é impossível sem ajustes dolorosos. As filosofias ancestrais tem que se desfazer; os laços de casta, credo e raça devem quebrar-se; e se verão frustradas as expectativas de uma vida confortável de um grande número de pessoas que não conseguem acompanhar o ritmo do progresso. São pouquíssimas as comunidades que estão dispostas a pagar o preço do progresso econômico (Organização das Nações Unidas).

Projeto de eliminação destinado a acabar com o design vernacular e as práticas endógenas, ou seja, aquelas que partem das características e recursos locais.

‘design de eliminação’
Tony Fry
Noção do subdesenvolvimento 01 Design de eliminação 02 Novo sonho de design 03 Ascensão do pluriverso 04 Autonomía y diseño Do desenvolvimento ao pluriverso

O que está em jogo?

Problemas do mundo globalizado 01 Consideração Iván Illich 02 Claudia von Werlhof 03 Concepção ontológica das culturas do patriarcado e matriarcado 04 Autonomía y diseño
Desfuturização 01 Efeitos desfuturizantes 02 Duas ficções de design opostas 03 Capacidade destrutiva da tecnologia 04 Autonomía y diseño Design com ou sem futuro?

DICIONÁRIO Palavraschave

Projeto de eliminação destinado a acabar com o design vernacular e as práticas endógenas, ou seja, aquelas que partem das características e recursos locais.

Propõe a implantação de contratos sociais que garantam a cada indivíduo o maior e mais livre acesso aos instrumentos da comunidade, com a condição do não-infrigimento da liberdade do outro.

Um mundo onde cabem muitos mundos. Onde se constroem formas relacionais e cooperativas de vida com os humanos e natureza; onde o design amplia a gama de possíveis maneiras de ser através dos nossos corpos, espaços e materialidades; onde se criam alternativas culturais que nutrem e respeitam a vida na Terra.

Prática de fragmentação e destruição seguida da produção. Envolve a maioria dos aspectos da vida, e no faz reféns - como indivíduos - de um tipo de auto-realização, sempre nos refazendo através da produção e da chamada superação pessoal. Acontece um empobrecimento de espiritualidade e distanciamento da vida.

Fry (2010)

Comportamentos enraizados nas práticas modernistas e condições sistêmicas de insustentabilidade que eliminam múltiplos futuros possíveis.

Autonomia y diseño
01 Pluriverso
04
02 Design de eliminação Fry (2011)
Desfuturização 03 Convivialidade
Alquimia patriarcal von Werlhof 05

This is Not America

Extra

Contra o terricídio

Overview

Palestra principal da Participatory Design Conference 2020 - Manizales Colômbia).

Estrutura geral

Começa ol ando um pouco para o papel do design e o lugar do design na modernidade

Trás a visão geral muito breve do que são os conceitos de interdependência e comunalidade e as implicações que isso tem para repensar a participação

Abarca epistemologias da participação, aquelas epistemologias 'outras'

Participações Outras 01

De ir além das formas domesticadas e superficiais de participação, precisamos de uma epistemologia outra que vão além da visão entre sujeito e objeto

Relacionalidade 02

Surgimos de uma complexa rede de relações entre o humano e o mais-que-humano, não apenas tudo está relacionado a tudo, mas tudo depende de que todo o resto exista.

Comunalidade 03

Crescente na América Latina, comunalidade como uma nova visão de ver a vida em termos das relações que a sustentam.

Designs que não são

designs que não são, estão abaixo, ao lado, para além da herança europeia e que são chamados de outra forma". Em outras palavras, o que existe além do design. que tem implicações para o design, mas que não podemos chamar de design ou que nunca chamamos de design.

Podemos ter uma cultura e uma prática de design que não seja mais antropocêntrica, mas que abrace a ideia de interdependência radical e, ao mesmo tempo, tenha uma vontade pragmática de operar na realidade do mundo contemporâneo?

Interdependência Radical

Emerge para entender a realidade, no sentido de que não apenas tudo está relacionado a tudo, mas tudo depende de que todo o resto exista. Para que algo exista, todo o resto deve existir.

Contra o terricídio

Comunalidade

Qualidade do que é comunal. Ou seja, o sentipensar de se pertencer a um grupo de indivíduos que vive num mesmo local e se organiza coletivamente.

+ territorialidade

Dimensão que toda comunidade que habita um território sabe que é vital para sua existência: sua conexão indissociável com a terra e com todos os seres vivos.

Contra o terricídio

Tecido-Mundo

(território)

O território é outra forma de nomear a comunalidade. Ele surge como um espaço, um tecido-mundo de resistência e reexistência e, portanto, falamos do fato de que nas lutas contra o extrativismo, a luta pela defesa das florestas, das sementes, águas, das montanhas, há toda uma reativação política dessas cosmovisões e desses mundos relacionais.

Na América Latina, este conceito, também é muito válido como linguagem para sentipensar as lutas contra o modelo global de expropriação.

Contra o terricídio

Participações ‘Outras’

Trata-se de ir além das formas domesticadas e superficiais de participação, nos lemas do desenvolvimento do design. Ou seja, se queremos uma participação 'outra', precisamos de uma 'epistemologia outra' ou outras epistemologias, que vão além da visão entre sujeito e objeto, entre o indivíduo que investiga e a comunidade que tem saberes e experiências, mas não investiga.

Contra o terricídio

Design participativo relacional (DPR)

Uma forma de reconstruir e fazer mundos diferentes. O design que parte da vida como pluriverso, ou seja, que participa do fluxo da vida. É optar pelo projeto histórico de ser comunidade, é dotar de uma retórica de valor às formas de felicidade comunais que possam se opor à poderosa retórica do projeto das coisas, ao projeto de globalização.

Contra o terricídio

DICIONÁRIO Palavraschave

Qualidade de pertencer a povos ou comunidades, que articulam formas coletivas de existir baseadas na ancestralidade e que vão de contra a ideologia do mercado/individual.

Sinônimo de território. Local de conexão indissociável com a terra e com todos os seres vivos. Espaço vital para a existência comunal, de co-habitação de todos os seres vivos.

Emerge para entender a realidade, no sentido de que não apenas tudo está relacionado a tudo, mas tudo depende de que todo o resto exista. Para que algo exista, todo o resto deve existir.

Trata-se de ir além das formas domesticadas e superficiais de participação, nos lemas do desenvolvimento do design. Se queremos uma participação 'outra', precisamos de uma 'epistemologia outra' ou outras epistemologias, que vão além da visão entre sujeito e objeto, entre o indivíduo que investiga e a comunidade que tem saberes e experiências, mas não investiga.

Uma forma de reconstruir e fazer mundos diferentes. O design a partir/ com a vida como pluriverso, ou seja, que participa do fluxo da vida, em um design que seja 'um mundo onde cabem muitos mundos'.

Contra o terricídio
01 Interedependência 02 Comunalidade 04 Participações outras 03 Tecido-mundo 05 Design Participativo Relacional
01 Dinâmica
luriv r Convivi lid d Int rd ndên i Co un lid d R l ion l
01 Dinâmica

finalmente, o design é uma práxis para a cura e o cuidado do tecido da vida, de várias maneiras onde estamos, de onde estejamos. Na verdade, essas novas ideias, que estão surgindo, que reivindicam a centralidade da vida para o design, reivindicam a centralidade do comunal para o design, reivindicam a centralidade e a interdependência para o design, estão tentando realocar o design dentro deste novo contexto de pensar dentro da Terra e, sem dúvida, sem esquecer as múltiplas relações de poder que sempre estão presentes, aquelas que acabam com a Terra em particular, que devemos ter sempre em conta.

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