Jornal roraima em tempo – edição 934

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Economia A11

Boa Vista, quarta-feira, 16 de maio de 2018

ADRIANO VIZONI/FOLHAPRESS

ECONOMIA EM ALTA

Balança comercial tem superávit de US$ 3,1 bilhões no começo de maio Resultado anunciado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) é das duas primeiras semanas. No acumulado do ano, saldo positivo soma US$ 23,42 bilhões Restrições As exportações somaram, no acumulado deste mês, US$ 8,870 bilhões (alta de 23,3% na comparação com o mesmo período do ano passado) e, as importações, US$ 5,765 bilhões (alta de 30,7%)

BRASÍLIA - A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 3,105 bilhões nas duas primeiras semanas de maio, confirmou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta terça-feira (15). Quando a balança comercial registra superávit, significa que as exportações brasileiras superaram as importações. Quando ocorre o contrário, tem-se um déficit (resultado negativo). Segundo o governo, as exportações somaram, no acumu-

lado deste mês, US$ 8,870 bilhões (alta de 23,3% na comparação com o mesmo período do ano passado) e, as importações, US$ 5,765 bilhões (alta de 30,7%). Avançaram, nesta comparação, as vendas externas das três categorias de produtos: semimanufaturados (+8,9%), manufaturados (+7,9%) e básicos (+38,5). Do lado das importações, cresceram as compras de farmacêuticos (+50,6%), equipamentos mecânicos (+45,8%), equipamentos eletroeletrônicos (+33%), combustíveis e lubrifi-

cantes (+31,1%) e químicos orgânicos e inorgânicos (+30%). Na parcial deste ano, até 13 de maio, a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 23,427 bilhões. O resultado é 4% menor do que o verificado no mesmo período do ano passado, quando o saldo positivo da balança foi de US$ 24,390 bilhões. No acumulado deste ano, as exportações somaram US$ 83,402 bilhões, com média diária de US$ 926 milhões (alta de 9,1% sobre o mesmo período do ano passado). As importações, por sua vez,

totalizaram US$ 59,975 bilhões, ou US$ 666 milhões por dia útil (aumento de 15,3% em relação ao mesmo período de 2017). Em todo ano passado, a balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 67 bilhões, o melhor resultado para um ano fechado desde o início da série histórica do ministério, em 1989. A expectativa do mercado financeiro para este ano é de piora do saldo comercial na comparação com 2017, segundo pesquisa realizada pelo Banco Central com

mais de 100 instituições financeiras na semana passada. A previsão dos analistas dos bancos é de um superávit de US$ 55,8 bilhões nas transações comerciais do país com o exterior para 2018. Para o Ministério da Indústria, o saldo positivo ficará na casa de US$ 50 bilhões neste ano. O Banco Central, por sua vez, prevê um superávit da balança comercial de US$ 56 bilhões para este ano, com exportações em US$ 225 bilhões e importações no valor de US$ 169 bilhões. (Fonte: AG).

Brasil avança na criação de peixes de água doce e já é um dos maiores produtores do mundo ROOSEVELT CÁSSIO/AE

SÃO PAULO- A produção brasileira de tilápias, o peixe de água doce mais consumido no País, cresceu 8% em 2017, em comparação com 2016, atingindo 357 mil toneladas. O incremento fez com que o Brasil superasse Filipinas e Tailândia, assumindo o quarto lugar entre os maiores produtores mundiais desse pescado. A produção de tilápia representa 51,7% da aquicultura nacional – criação de peixes, moluscos e crustáceos em ambientes aquáticos. O Estado de São Paulo assumiu, no ano passado, o terceiro lugar entre os Estados produtores, com 69,5 mil toneladas, atrás de Paraná e Rondônia. Para discutir os avanços e o potencial do setor, produtores, técnicos, empresários e outros integrantes da cadeia produtiva realizam, desta quarta até sexta-feira, 16 a 18 de maio, a 10.ª edição da Aquishow Brasil, em Santa Fé do Sul, interior de São Paulo. “É o maior evento de aqui-

cultura do País e vamos levar informações técnicas importantes sobre pesquisas e inovações que acabam de se tornar disponíveis para os produtores”, adiantou ontem (15) o diretor de departamento do Instituto de Pesca da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, Luiz Marques da Silva Ayroza. Segundo ele, o evento acontece num momento em que a criação de peixes em ambientes cultivados avança mundialmente, levando à previsão de que, em 2020, ultrapassará a pesca de captura em rios e mares, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). “O Brasil tem um tremendo potencial, não só para a produção de tilápias, mas também de outros peixes. Além dos chamados peixes redondos, como o tambaqui e o pacu, e seus híbridos, o tambacu e o patinga, vamos apresentar aspectos interessantes

sobre a criação do pintado e do pirarucu”, disse Ayroza. Outra novidade a ser mostrada no evento é o panga, peixe com grande potencial e já teve a produção regulamentada no Estado e é produzido na região de Mococa, interior paulista. O técnico lembra que o Brasil importa grande quantidade por ano desse peixe, principalmente dos Estados Unidos.“O panga está sendo comparado com o salmão do Chile e tem grande potencial para criação no Estado de São Paulo”, disse. Entre os órgãos que participam da Aquishow, no Complexo Turístico Roberto Rollemberg, em Santa Fé, estão a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral e o Fundo de Expansão do Agronegócio, ligados à Secretaria, além da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Governo Federal, da Agência Nacional de Águas e da Embrapa Pesca e Aquicultura. (Fonte: AE).

País já é o 4º produtor mundial de tilápia. Sua produção representa 51,7% da aquicultura nacional


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