Jornal Roraima em tempo – edição 1199

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Boa Vista, terça-feira, 16 de abril de 2019

VERBA PÚBLICA

Ex-secretário é suspeito de pagar R$ 93 mil por reforma não realizada no prédio da Seapa Ação foi ajuizada no dia 11 de abril pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público Arquivo

O Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) informou, nessa segunda-feira (15), ter entrado com ação civil pública contra o ex-secretário da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado Gilzimar de Almeida Barbosa e a empresa Castelo Construções Ltda. Segundo o órgão, eles, juntamente com o fiscal do contrato firmado em 2017, são responsá-

JUSTIÇA A ação civil requer a indisponibilidade dos bens e ressarcimento integral do valor referente ao dano causado ao erário

veis por desvio de R$ 93,3 mil. Eles são investigados por improbidade administrativa, já que o pagamento foi feito, mas as obras não realizadas. O valor é referente à reforma da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O Roraima em Tempo tenta contato com os envolvidos. A ação ajuizada no dia 11 de abril, pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, requer a indisponibilidade dos bens e ressarcimento integral do valor referente ao dano causado ao erário, além da suspensão de futuros pagamentos decorrentes do contrato firmado com a empresa. Conforme a investigação do órgão, por meio de procedi-

Gilzimar de Almeida Barbosa estava como gestor da pasta em 2017

mento preliminar, que apesar da liquidação e pagamento de fatura no valor de R$ 106.543,30, a obra está paralisada e praticamente nenhum serviço foi executado. As investigações iniciaram a partir de representação noticiando precárias condições do prédio da Seapa. “Em visita ao local, o setor

técnico de engenharia do MPRR constatou que os únicos serviços executados pela empresa contratada foram a colocação de placa de obra em chapa de aço galvanizado e retirada de forro de madeira em tabique”, detalhou o MP. Relatório fotográfico de janeiro e fevereiro deste ano

apontam situação precária em que se encontra o prédio. Cabines sanitárias interditadas, forro de madeira deteriorado e com marcas de infiltração, parede tomada pelos cupins e vigas trincadas e apoiadas por madeira foram algumas das irregularidades encontradas. Para o promotor de Jus-

tiça de Defesa do Patrimônio Público, Luiz Antônio Araújo de Souza, mesmo com a crise financeira que assola o Estado, chamou atenção o pagamento realizado à empresa que sequer realizou os serviços contratados. “O ordenador de despesas tinha plena ciência que efe-

tuou o pagamento por serviços não prestados. O agente público, ao ser investido na função pública, assume o dever legal de pautar suas condutas com base na probidade e na legalidade, de forma que, ao agir de maneira diversa, sem zelo pelo patrimônio público, pratica ato ímprobo”, destacou.

Manutenção em termelétricas deixa bairros de Boa Vista sem energia no fim de semana ANDERSON SOARES

anderson.soares@roraimaemtempo.com.br

No último fim de semana, alguns bairros de Boa Vista ficaram sem o fornecimento de energia elétrica, o que gerou

revolta e reclamação dos consumidores. Em algumas regiões, a interrupção do serviço foi de quase 1h e ocorreu mais de uma vez, conforme apurado pela reportagem do Roraima

em Tempo. Pelo menos nove bairros da Capital ficaram às escuras. O problema ocorreu três dias após o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anunciar durante coletiva à

imprensa, na quinta-feira (11), melhorias no fornecimento de energia elétrica do estado. A situação energética em Roraima tem sofrido com instabilidades nas últimas semanas. A interrupção do serviço

já ocorreu, inclusive, durante o dia. Municípios também têm sido afetados com o problema. De acordo com a empresa responsável pelo serviço, a Roraima Energia, as usinas termelétricas estão em funcionaArquivo Roraima em Tempo

Manutenção nas usinas ocorreu no período da noite e causou apagão

mento 24h por dia, durante os sete dias da semana. Essa situação está ocorrendo desde o dia 7 de março, quando o fornecimento foi interrompido no Linhão de Guri, na Venezuela. “Diante da operação continuada, há necessidade de paradas para manutenção das unidades geradoras. Nesse domingo houve necessidade de interrupção do fornecimento de aproximadamente 6% do sistema de Roraima, entre 21h30 e 1h, pois havia unidades geradoras em manutenção”, informou a empresa. A instituição acrescentou que é priorizado o fornecimento das regiões que possuem cargas prioritárias como hospitais, postos de saúde, clínicas, postos da polícia, bombeiros, entre outros. “Informamos que com autorização do Ministério de Minas e Energia, estão sendo tomadas ações para ampliação do parque termelétrico em mais 28,5 megawatts, com previsão para entrada em operação até agosto de 2019. A Roraima Energia reafirma seu compromisso de melhoria do fornecimento à população e o desenvolvimento do estado de Roraima”, frisou.


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