juventude

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Desse modo, o ativista do Núcleo Cultural Força Ativa é aquele que faz a leitura crítica dos órgãos oficiais e que busca a politização através da leitura, do ato de escrever, de refletir e de propor ações. Se um indivíduo almeja entrar para o Núcleo Cultural Força Ativa, terá que vir numa das reuniões realizadas sempre no primeiro domingo de cada mês. Nesse primeiro encontro o indivíduo é tido como visitante, e com uma maior freqüência no grupo passa a ser considerado como simpatizante, isto é, aquele que acompanha as discussões do grupo sem pegar nenhuma atribuição. O simpatizante só se tornará um membro efetivo quando participar do seminário anual, atividade obrigatória para aquele que deseja ser ativista do coletivo. Aqui a pessoa declara sua vontade em fazer parte do grupo. Cabe ressaltar que essa passagem é decidida coletivamente entre os ativistas. Como na primeira fase do Força Ativa, o Núcleo Cultural também perdeu ao longo de sua trajetória muitos integrantes, por diversos motivos.

“A gente perdeu muita gente boa, poço de conhecimento. (...) teve gente que foi trabalhar na polícia, teve gente que entrou no exercito, teve gente que teve que trabalhar e parou (...) E também você ir para outros bairros, vai perdendo contato com as pessoas” (Nando Comunista, membro do NCFA. Entrevista realizada em 18/08/2004).

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