Rock Meeting Nº 93

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que queríamos. Esse álbum, além de ter uma sonoridade muito mais brutal, voltado para o Death Metal, mesclando com a sujeira Punk que já fazíamos anteriormente, é também um disco um pouco mais técnico. Fizemos doze músicas com a alma e é esse registro que importa, músicas verdadeiras com letras fortes que fazem o ouvinte refletir sobre o mundo atual que estamos fadados. Desde o último CD-EP ‘‘Bem -Vindos Ao Brasil’’ de 2014, a banda passou por várias mudanças na formação e consequentemente na pegada sonora, mas vejo como algo natural e até importante, porque hoje temos integrantes que realmente gostam e se dedicam ao propósito do Rastros De Ódio. A gravação levou seis meses e o resultado ficou excelente. Foi cansativo para nós as mudanças de integrantes, mas deu tudo certo. Outro processo que foi muito cansativo foi a criação dos metrônomos, eu e o Marconate (batera) sofremos por três meses com isso (risos), além de ensaiarmos três vezes por semana no estúdio e mais uma ou duas vezes na minha casa mexendo nos metrônomos e depois indo para o estúdio fazer a pré-produção. Durante a semana, sempre a noite, e finais de semanas, o dia inteiro, nossas vidas foram tomadas por esse disco, por quase três anos. Foi uma felicidade enorme e também um grande alívio o disco ter sido lançado. Esse álbum representa muito mais que apenas um disco. Já o conceito visual, capa e encarte, eu já tinha desenvolvido há muito tempo, antes mesmo das gravações. A capa, por exemplo, já estava pronta a uns dois anos atrás. Ela resume tudo que se passa nas músicas contidas nesse disco. Imagino que exista um personagem em “Escravos Modernos”, quem seria? Fala um pouco. Escravos Modernos somos nós. O personagem, ou os personagens, somos nós mesmos. - 104 -


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