Revista Rock Meeting #7

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6 - Toda banda passa por algum momento estranho/bizarro/engraçado. O que têm para nos dizer sobre isso? ALLAN - Além dos vários momentos de estrutura precária, som ruim ou microfone dando choque, temos outras lembranças esquisitas. Um componente da banda chegou a ser preso certa vez, em um show, porque “deu dedo” para a polícia; outra vez, um componente arrumou briga (na mão mesmo!) com outra banda; em outra situação, fomos tocar numa cidade do interior e o motorista do ônibus que a organização alugou nos deixou no Farol, às cinco horas da manhã, sendo que moramos todos na região do Vergel e da Ponta Grossa. Tivemos que voltar andando para casa... São situações que, hoje em dia, a gente ri, mas que na hora n o s deixaram putos, ou pelo menos um pouco ten sos... ANDERSON - Já tivemos a oportunidade de tocar fora do Estado, e nessas viagens ocorrem muitas coisas engraçadas no caminho. Nos deparamos com costumes diferentes, e algumas coisas nos fazem rir e descontrair durante a viagem. Cada lugar tem seus “roqueiros”, que se vestem ou se comportam diferente, o que se torna engraçado. IVALTER - Com certeza, muitos momentos. (risos) Vou citar um apenas: quando viajamos para tocar em Petrolândia (PE), chegamos ao lugar do show e ficamos, do início ao fim do show, no local. Chega a primeira banda: todo mundo de preto, piercings, tattoos, até sobretudos. Imaginamos: “deve ser uma banda de metal extremo, Black Metal ou algo do tipo!” Fomos falar com um dos caras mais estranhos da banda, que tinha um piercing que ia do nariz até a orelha. Quando perguntamos o que ele tocava, ele respondeu que era “metal”. Quando perguntamos sobre o repertório, ele falou que a banda era cover de Los Hermanos. A gente teve que se segurar para não cair na gargalhada na frente dele! (risos) 7 - Qual(ais) o(s) plano(s) para 2010? Lançamentos, shows...? ALLAN - O que eu mais queria era que todos tivéssemos tempo para ensaiar, como tínhamos há uns 7 anos atrás. Esse é meu plano! (risos)

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Além disso, temos uma ideia de fazer um show para comemorar os dez anos da banda. Estamos tentando resolver isso... ANDERSON - Estamos compondo novas músicas e pretendemos dar início às gravações do nosso CD ainda este ano. Queremos participar do máximo de shows, tocando um novo repertório sempre que possível. IVALTER - Pelos dez anos de banda, pensamos em fazer um evento legal pra marcar nossa história, já começamos a planejar algumas coisas. Hoje em dia, temos uma grande facilidade, que é o nosso próprio estúdio de gravação. As coisas vêm andando bem depressa toda vez que nos encontramos. Quando tem ensaio e surge algo novo, já gravamos de cara, e isso é muito bom. Quem sabe não rola um novo lançamento para esse ano? 8 - Até chegar a formação de uma banda, é preciso ter algo em comum. Qual(ais) particularidade(s) musical(ais) que os componentes da 'Abismo' ouvem? ALLAN - Eu ouço muita música, de muitas vertentes diferentes. Só não sou chegado a essas músicas da maioria das rádios FM de Maceió. Gosto do rock'n'roll das bandas surgidas nos anos de 1960 e 70, inclusive as nacionais; escuto muito samba tradicional; curto os artistas relacionados à tropicália; de vez em quando, baixo algumas coisas de jazz ou blues que são interessantes; às vezes, escuto coisas eruditas; e, lógico, escuto as bandas locais, seja por gostar, ou para dar um feedback para os amigos. IVALTER - Eu ouço diversas vertentes do rock: Metal Extremo, New Metal, Grunge, Metal Hardcore (Metalcore)... Uma porrada de coisas. Tudo é influência para botar as idéias na Abismo. Pelo menos, para mim, na bateria. ANDERSON - Todos nós ouvimos rock, obviamente, mas cada um tem seu estilo musical preferido. Assim, creio que fica até melhor, porque juntamos os nossos gostos para criar coisas novas, e não músicas iguais que pareçam plágio. Tentamos fazer algo novo.

RM


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