Sylviaday todasua

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“Não, nunca precisei. Fazer papai-e-mamãe, ficar de quatro, brincar com o vibrador... meu repertório se resume a isso, basicamente.” Seu rosto perdeu um pouco da seriedade que ostentava até então. “Graças a Deus. Caso contrário eu poderia ficar maluco.” E a ponta do seu dedo ainda estava me massageando ali atrás, despertando um desejo perverso. Gideon provocava aquilo em mim, fazendo-me esquecer de tudo o que havia acontecido antes. Eu não tinha gatilhos negativos com ele, nem medos e hesitações. E queria retribuir tudo isso com o corpo que ele havia libertado dos eventos do passado. O relógio perto da porta começou a badalar a hora. “Gideon, sumimos faz um tempão. Daqui a pouco vão vir atrás de nós.” Ele tirou um pouco da pressão do dedo, tocando-me bem de leve. “E você está preocupada com isso?” Meus quadris se arquearam ao toque. Já estava ficando com tesão de novo, só de pensar no que estava por vir. “Não me preocupo com mais nada quando você está me tocando.” Sua mão livre subiu até meus cabelos e os agarrou pela raiz, mantendo minha cabeça imóvel. “Você já gostou de fazer anal? Mesmo sem querer?” “Nunca.” “E ainda assim confia em mim a ponto de me pedir isso.” Ele beijou minha testa enquanto lambuzava meu traseiro com seu sêmen. Eu me agarrei em sua cintura. “Se não quiser, não precisa...” “Quero, sim.” Sua voz ganhou um tom perversamente agressivo. “Se você está a fim de alguma coisa, sou eu quem tem que fazer. Sou eu o responsável por satisfazer todas as suas necessidades, Eva. Custe o que custar.” “Obrigada, Gideon.” Meus quadris se mexiam sem parar enquanto ele continuava a me lubrificar. “Eu também quero ser o que você precisa.” “Eu já disse do que preciso, Eva... controle.” Ele roçou seus lábios contra os meus. “Você está me pedindo para fazê-la revisitar lugares dolorosos, e eu vou, se é isso que você quer. Mas precisamos tomar muito cuidado.” “Eu sei.” “A confiança é uma coisa difícil de conquistar, tanto pra você como pra mim. Se acabar, corremos o risco de perder tudo. Pense em uma palavra que você associe ao poder. Sua palavra de segurança, meu anjo. Escolha uma.” A pressão da ponta do dedo dele foi se tornando mais insistente. Eu gemi: “Crossfire”. “Humm... Gostei. Bem apropriado.” A ponta de sua língua percorreu minha boca, tocando-me apenas de leve antes de se retrair. Seu dedo circulava meu ânus de novo e de novo, empurrando o sêmen para aquele orifício apertado, que se abria pedindo mais, enquanto ele soltava um gemido. Quando ele o pressionou de novo, fiz força para fora e seu dedo escorregou para dentro de mim. A sensação da penetração foi surpreendentemente intensa. Assim como antes, minhas pernas cederam ao peso do corpo, deixando-me toda mole. “Está tudo bem?” Gideon perguntou assustado quando eu quase caí sobre ele. “Quer que eu pare?” “Não... Não pare.” Ele entrou mais um pouquinho, e eu me apertei um pouco, uma relação inevitável


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