Catalogo Recine 2017

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16ª Edição do REcine FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE ARQUIVO O REcine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo realiza em 2017 a sua 16ª Edição. O Festival, que desde 2002, quando iniciou suas atividades como uma Mostra Temática, tem o objetivo de tornar películas raras oriundas de cinematecas e arquivos de filmes mais acessíveis ao público em geral,. Nesta 16ª Edição o REcine traz para os espectadores, na sua tradicional Mostra Informativa, o Tema : “Cinema Diálogos Visuais”, um recorte na relação entre o cinema e as artes plásticas focado em realizadores que fazem e abordam as artes visuais pelas lentes cinematográficas e em artistas plásticos que utilizam o audiovisual como meio de expressão de suas idéias e inquietudes. O Multiartista Arthur Omar, um dos maiores nomes da cena artística imagética experimental e expoente da intersecção destes diferentes universos de criação dentro do audiovisual brasileiro é quem recebe a nossa Homenagem Especial na Sessão de Abertura, no dia 17 de outubro às 19:30 h, na Tradicional CINEMATECA DO MAM, com a exibição do documentário , “ MINIDOC/Diretores - ARTHUR OMAR” de Cristina Mendonça, um mergulho no mundo visual do homenageado, e em seguida do cultuado filme “ O NERVO DE


PRATA” realizado por Arthur Omar, uma viagem do cineasta dentro do universo incomum e paradoxal do artista Tunga. A Mostra Competitiva é constituída de filmes documentários, ficcionais e experimentais feitos em boa parte a partir de materiais de arquivos. Dezenas de filmes (longas, médias e curtas), alguns inéditos, outros raros e atualmente pouco vistos, divididos pelas mostras Informativa e Competitiva do festival, compõem a programação apresentada abaixo. Destaque para as sessões com os filmes retratos de Andy Warhol, as cinebiografias de artistas brasileiros de Luis Carlos Lacerda, os virtuosismos visuais de Peter Greenaway e a exibição de “Pendular” de Julia Murat seguida de debate. O REcine é uma realização da Rio de Cinema Produções em parceria com a tradicional Cinemateca do Museu de Arte Moderna (MAM), e a Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM/Rio, evento que traz ao público obras raras da cinematografia mundial e debate a realidade do trabalho de guarda e preservação dos registros filmográficos. O REcine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo se propõe a promover a conscientização sobre a preservação de acervos audiovisuais públicos e privados e, por este motivo, todas as suas atividades são pensadas para cumprir esse objetivo, que é, antes de mais nada, difundir, rever, reinventar, realizar e experimentar a partir da pesquisa e da reutilização de imagens e sons oriundas de materiais arquivo.


Pontos de encontro Que o cinema seja herdeiro da fotografia e mais longinquamente da pintura ninguém tem dúvida mais, depois de tantos estudos. Como artes do quadro emoldurado por uma simples barra preta, sobra ou madeira entalhada, entre outra variações, as três formas de expressão intercambiaram elementos de composição, estilos, temas. Como artes “visuais” também conjugam a imagem como conceito de base extraindo conseqüências sígnicas, estéticas, culturais, da presença do referente figurativo ou abstrato como elemento de articulação de sentido e reflexão sobre o mundo. No entanto, a moldura foi progressivamente desaparecendo ao longo do século XX com novas equações e expansões das obras para além de seus limites físicos, com novas inserções e apropriações dos espaços no seu entorno, com a formulação de novas temporalidades, traduzidas na proeminência da tridimensionalidade e da imersão através de instalações, intervenções, apropriações, performances, interações. O cinema institucionalizado procurou não ficar para trás, abolindo a barra preta em salas de exibição instaladas em shoppings e multiplexes, reincorporando a terceira dimensão e tentando adicionar uma quarta, quinta, sexta, sem muito sucesso além do perfil hollywoodiano de parque de diversões e dieta blockbusteres. Um cinema realmente expandido permaneceu nas margens, sob o manto do experimental,


descobrindo novos sítios, relações, instrumentos e resultados, seja através de Vjs, Live Cinema, Videomapping, videoarte e outras proposições envolvendo a imagem audiovisual em movimento. Em pleno século XXI a questão de fundo já se mostra mais clara e pode ser explorada pela 16ª. edição do REcine Festival Internacional de Cinema de Arquivo. Quais são efetivamente as relações/hibridações/contaminações/ expansões entre cinema e artes visuais, particularmente as propostas dos anos 1960 para cá? Como pensar múltiplas práticas conjuntas? Como articular discursos entrecruzados? Qual o olhar lançado pelo cinema sobre as múltiplas plasticidades imagéticas, sensoriais, corpóreas, materiais, advindas de aproximações possíveis? O REcine deste ano relembra e atualiza obras audiovisuais que exploram esses vastos territórios, traçando algumas genealogias, promovendo algumas aproximações, discutindo através dos filmes todo um legado da arte ocidental que permeia a visualidade contemporânea a partir do seus maior herdeiro, a sétima arte.

Hernani Heffner Curaor Adjunto Cinemateca do MAM


REcine e a Cinemateca do MAM A Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro sempre abrigou iniciativas que celebrem, expandam, investiguem, promovam, divulguem, materializem a cultura cinematográfica em suas diversas formas e manifestações. A história da Cinemateca do MAM passa por eventos dessa natureza desde o famoso e seminal História do Cinema Americano, promovido em 1958, e que sinalizou a existência da instituição e impactou a cidade com a descoberta que o cinema tinha um passado significativo como arte, cultura e história. Foi também o momento em que a Cinemateca começou a contribuir com a formação de novas gerações, apresentado aos futuros realizadores do Cinema Novo, Cinema Marginal e do cinema independente e comercial não só uma programação de clássicos, como de filmes brasileiros e de obras contemporâneas. É preciso lembrar que naquele momento, a Cinemateca do MAM era a única forma de acesso tanto a um passado fílmico, como a um presente que não passava pelo mercado. Não havia VHS, DVD, Blu-ray, web e links por todos os lados. Manter esse compromisso nem sempre foi fácil e não o é neste momento de tempos sombrios e perspectivas incertas. Se a Mostra do Filme Científico brilhou na programação da Cinemateca do MAM de 1968 a 1983, foi um dos raros eventos


a serem integralmente acolhidos no contexto ditatorial, Já mais próximo da virada para o século XXI, as sucessivas crises minaram espaços, compromissos e investimentos necessários à manutenção de uma inserção do calendário de festivais na programação regular. Em 2015 a Cinemateca mudou sua atuação no relacionamento com o segmento, abrindo suas instalações às mais diferentes iniciativas, novas e antigas, e com vistas tanto a ampliar sua atuação na divulgação do audiovisual, em particular o brasileiro, como apoiar os promotores em um contexto de esvaziamento e suspensão do fomento à atividade cultural. Muitos eventos tradicionais viram-se privados de verbas que lhes permitissem um mínimo de infra-estrutura, e os novos sequer conseguissem alavancar uma primeira edição. Sensibilizada com o contexto momentâneo, a Cinemateca do MAM abriu suas portas ao máximo de iniciativas que suas limitadas condições e grade comportavam no momento.


Uma das poucas exceções a esse movimento geral da cultura cinematográfica no país é o REcine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, que se transferiu em 2015 para a Cinemateca do MAM. Pioneiro absoluto da preocupação e formalização de um evento voltado para o campo da preservação audiovisual no Brasil, distinguiu-se desde o início por tratar o passado não de forma aurática e cerimoniosa, mas por ver nele também a fonte inesgotável de novas formas, relações, interpretações a partir do chamado “material de arquivo”, isto é, a partir de trechos, segmentos, planos e imagens e sons que pudessem ser reutilizados como matéria-prima de novas criações, em um movimento paralelo à formalização de um novo campo, o chamado “cinema de arquivo” e sobretudo de uma nova etapa da criação cinematográfico. O REcine se antecipou à nova onda e a acompanhou. Mas sua participação no processo não se esgota na divulgação dessas criações. Procurando participar ativamente, promove a valorização das novas obras por meio de uma estratégia competitiva, sem descuidar da apresentação das clássicas e mesmo das obras desconhecidas a esta altura junto a um novo público, e por meio de oficinas que estimulam a descoberta e manipulação criativa das imagens e sons em movimento vindos do passado. A formação se completa com visitas, debates e a reflexão. Para a Cinemateca, ao receber este evento era a oportunidade para dar prosseguimento a sua missão institucional e para apoiar uma das iniciativas mais meritórias no campo da


preservação audiovisual. Como promoção e valorização do passado em suas múltiplas formas e possibilidades, o REcine reforça e reverbera o trabalho de um arquivo de filmes, trazendo à tona o que muitas vezes passa completamente despercebido do público, a conservação física de rolos, fitas, arquivos digitais, sua catalogação para fins de pesquisa e acesso, e o compromisso de fazer chegar ao futuro o patrimônio audiovisual acumulado por um país como o Brasil, sempre carente de recursos e desdenhoso, de sua trajetória histórica. Nesse sentido, o acolhimento do REcine veio preencher uma lacuna importante, um grande evento dedicado inovadoramente à preservação audiovisual. Um evento que já funciona como uma comemoração antecipada do Dia Mundial da Preservação Audiovisual, comemorado em 27 de outubro. Por conta de tudo isso, a Cinemateca do MAM acolhe com grande alegria mais uma edição do REcine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo em suas instalações e mais do que isso em seus cotidiano de 62 anos dedicados à preservação do patrimônio audiovisual mundial Hernani Heffner Conservador-Chefe da Cinemateca do MAM


MOSTRA INFORMATIVA Cinema Diálogos Visuais Nesta 16ª Edição o REcine traz para os espectadores, na sua tradicional Mostra Informativa, o Tema : “Cinema Diálogos Visuais”, um recorte na relação entre o cinema e as artes plásticas focado em realizadores que fazem e abordam as artes visuais pelas lentes cinematográficas e em artistas plásticos que utilizam o audiovisual como meio de expressão de suas idéias e inquietudes.


`` Mapplethorpe - Look at the pictures Direção: Robert Mapplethorpe 2016 - Eua / Alemanha - 109’ Longa - 18 Anos Uma analise sobre a vida e a obra do fotografo Mapplethorpe que revolucionou o mundo da fotografia com seu modo de retratar a nudez, a sexualidade e o fetichismo. `` Zoo - Um Z & Dois Zeros Direção: Peter Greenaway 1985 - Reino Unido - 1h 55m - 16 anos Irmãos Gêmeos ficam fascinados com a decomposição de objetos orgânicos e paralelamente começam a fantasiar com uma certa mulher amputada.

Sessões Especiais `` Pendular Direção: Júlia Murat 2017 - Brasil - 108’ - 16 anos Um jovem casal se instala em um grande galpão abandonado. Uma fita colada ao chão separa o espaço em partes iguais: à direita um atelier de escultura; à esquerda um espaço de dança. Neste ambiente, onde arte, performance e intimidade se misturam os personagens perdem aos poucos a capacidade de distinguir entre seus projetos artísticos, o passado de cada um e sua relação amorosa. Sessão seguida de debate na área da exposição Pendular sobre a relação entre cinema e artes plásticas.


Filmes de Andy Warhol `` BlowJob 1964 - EUA - 18 anos Filme Mudo. O Rosto de um homem e suas expressões faciais enquanto ele recebe o ato sexual. `` Kiss 1963 - EUA - 18 anos Kiss mostra casais, em todas as combinações, que se beijam, São beijos profundos, sensuais desesperados e também suaves. `` Eat 1964 - EUA - 18 Anos Este filme filmado em preto e branco sem p trilha sonora, e é estrelado por Robert Indiana, um conceituado artista de pop art `` 13 most beautiful songs 2009 - EUA - 18 Anos Coleção de testes de tela filmados na década de 1960 por Andy Warhol com estrelas da The Factory incluindo Lou Reed, Nico e EdieSedgwick .


Sessão Especial Luiz Carlos Lacerda `` O Enfeitiçado 1968 - Brasil - 12’ - Curta - Livre Documentário sobre o Escritor Lucio Cardoso que impedido de continuar a escrever descobre na pintura uma nova forma de expressão. `` ZE.COM 2016 - Brasil - 15’ - Curta - Livre Filme sobre a vida do Pintor, artista intermídia, gravador, escultor, cenógrafo e figurinista Zé Tarcísio `` A Morte de Narciso 2003 - Brasil - 43’ - Média - 14 anos Documentário sobre o trabalho de Alair Gomes, precursor do nu masculino na fotografia brasileira. `` Luiz Áquila 2017 - Brasil - 25’ - Média - Livre Filme-documentário sobre a obra de Luiz Aquila `` Paiva Brasil 2017 - Brasil - 25’- Média - Livre Filme sobre a Obra do Pintor Construtivista Paiva Brasil


MOSTRA COMPETITIVA Descoberta e Experimentação A Mostra Competitiva do REcine deste ano traz uma seleção de 26 filmes entre curtas, médias e longas-metragens. O objetivo é incentivar a produção de filmes com imagens de arquivos de acervos públicos ou privados. Uma Comissão de seleção avalia a qualidade técnica e estética, originalidade, pesquisa e relevância do tema abordado nos filmes inscritos e seleciona os melhores para a competição. Os filmes concorrem nas seguintes categorias: `` Melhor filme de longa metragem `` Melhor filme de média metragem `` Melhor filme de curta metragem `` Melhor direção `` Melhor roteiro `` Melhor edição de imagem/som `` Melhor pesquisaMelhor utilização de material de arquivo


O juri Oficial escolhe os vencedores das 8 categorias da Mostra Competitiva, que serão anunciados na Cerimônia de Encerramento do REcine. JURI REcine 2017 CRISTINA LEAL é formada em Letras pela USP, com pós-graduação emLiteratura Portuguesa. Roteirista e Diretora de Cinema. ResponsávelpelaComtexto Produções e Publicações Artísticas Ltda. Em 1986 teve seu teletema, “A principal causa do divórcio”, produzido pelaTV Globo. Dirigiu os curtas “Estação Aurora“(1992) e “Não MeCondenes Antes Que Me Explique”(1998). Em 2001/02, fez a curadoria para o Brasil no “Palm Springs InternationalFilm Festival”. Foi bolsista na Semana dos Produtores de Sundance. Codirigiu e co-produziu o infanto-juvenil. A Turma do Pererê de Tim Rescala em (2005). Lançou em setembro (2007), o documentário-longa premiado sobre fotógrafos do cinema brasileiro, “Iluminados.” SAMANTHA BRASIL é graduada em Direito e em Ciências Sociais, pesquisadora e crítica de cinema, com mestrado em Sociologia e Antropologia (UFRJ). Curadora do Cineclube Delas, no Tempo Glauber, que tem enfoque no cinema realizado por diretoras. Integrante das Elviras - Coletivo de Muleres Críticas de


Cinema, do podcast Feito por Elas que visa debater e divulgar o protagonismo de mulheres no audiovisual, do canal A Lente Escarlate, que analisa filmes brasileiros, além de colaborar regularmente escrevendo sobre cinema no Delirium Nerd e no canal Sobre Elas. FILIPPO PITANGA é advogado e jornalista, atuando como crítico e professor de cinema. Membro da ACCRJ (Associação de Críticos de Cinema do RJ), realizando Mostras, catálogos e debates. Professor na AIC-RJ (Academia Internacional de Cinema do Rio de Janeiro), na Escola de Filosofia Passagens fundada por Marcia Tiburi, no Estação NET, no Projeto AmadureSer e no Ilumina, e em Oficinas no Tempo Glauber, onde também é curador do Cineclube Ação e Reflexão e do Tempo de Cinema junto com Cavi Borges e a Cavídeo Produções. Editorchefe do site “Almanaque Virtual – UOL”, com coberturas e entrevistas exclusivas em Festivais e Mostras Nacionais e Internacionais. Colaborador na coluna Justificando da Carta Capital e da Revista Moviement. Redator de Cinema na revista “Conceito A”. Participou como membro de Júris do Canal Brasil em Festivais Nacionais, do Júri FIPRESCI do Festival Internacional de Cinema do Rio, Festival Internacional Pequeno Cineasta, entre outros. Comentarista de Cinema convidado no programa “Você na MPB” da rádio MPB-FM e do programa Cine Rooftop do canal Paramount.


FILMES SELECIONADOS PARA MOSTRA COMPETITIVA 2017 longas `` 1. Cinema Novo Direção: Eryk Rocha `` 2. Clara Estrela Direção: Suzanna Lira e Rodrigo Alzuguir `` 3. Desarquivando Alice Gonzaga Direção: Betse de Paula `` 4. Guarnieri Direção: Francisco Guarnieri `` 5. Henfil Direção: AngelaZoé `` 6. Menino 23 Direção: Belisário Franca `` 7. O Cinema foi à Feira Direção: Paulo Hermida `` 8. Rosemberg - Cinema, Colagem e afetos Direção: Cavi Borges e Christian Caselli `` 9. Serguei oUltimo Psicodélico Direção: Ching Lee e Zahy Tata `` 10. Silêncio no Estudio Direção: Emilia Silveira


Médias Metragens `` 1. A Balada do SrWatson Direção: Firmino Holnada `` 2. Armanda Direção: Liliane Leroux e Rodrigo Dutra `` 3. Casa da Xiclet Direção:Sofia Amaral `` 4. Cine Rio Branco Direção: Eudaldo Monção Jr `` 5. ELÃ! Direção:Lucio Branco `` 6. Mulheres Luminosas Direção: Pedro Pontes `` 7. Túlio Piva - Pandeiro de Prata Direção: Marco Martins


Curtas Metragens `` 1. Antonieta Direção: Flávia Person `` 2. Divina Luz Direção: Ricardo Salles de Sá `` 3. Filme Reverso Direção: Juliana Ludolf `` 4. Gêne Ocular DireçãoLuiz Otávio Izidoro de Menezes `` 5. Laura Direção:Tânia Diniz `` 6.*Para não Esquecer Direção: Rafael de Almeida `` 7.*Passeio Público Direção:Andréa França e Nicholas Andueza `` 8. Universo Preto Paralelo Direção: Rubens Passaro `` 9. Utopia Direção:Aline Portugal e Tonia Marta.


HOMENAGEM Á ARTHUR OMAR Arthur é um artista brasileiro contemporâneo. Trabalha com fotografia, cinema, instalações e artes plásticas. Foi considerado, nos anos 80, um dos primeiros artistas no Brasil a lidar com novas mídias, como o vídeo. “Nada pode parar o fluxo de imagens, palavras, sons e idéias contidos numa obra de Arthur Omar.” — Paulo Herkenhoff Arthur Omar é um artista brasileiro múltiplo, com presença de destaque em várias áreas da produção artística contemporânea. Realizou o longa-metragem Triste Trópico em 1974 e mais de 30 filmes e vídeos. Trabalha com cinema, vídeo, fotografia, instalações, música, poesia, desenho, além de ensaios e reflexões teóricas sobre o processo de criação e a natureza da imagem. Em todos os campos, Arthur Omar introduziu novas maneiras de pensar, e contribuições radicais a uma renovação das linguagens e das técnicas. Temas como o êxtase estético, a violência sensorial e social e a construção de metáforas visuais marcam toda sua obra, voltada para busca de uma nova iconografia da realidade brasileira. Documentário experimental, fotografia, vídeo-arte, moda, filme de ficção e vídeo-instalações, suas imagens migram e se transformam através dos meios, suportes, linguagens.


Em 1999, teve retrospectiva completa de sua obra em filme e vídeo no MOMA, Museu de Arte Moderna de Nova York, e em 2001 no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio e de São Paulo. Na Bienal de São Paulo de 1997, apresentou a instalação fotográfica Antropologia da Face Gloriosa, painel com 99 fotografias preto e branco em grande formato, parte da um estudo do rosto e do êxtase fotográfico como dimensão transcendental, série hoje reconhecida como um clássico da fotografia brasileira. Algumas dessas imagens vão dar origem a atual série colorida A Pele Mecânica. Foi destaque na Bienal de São Paulo de 2002 com a série Viagem ao Afeganistão, conjunto de 30 fotografias em grandes dimensões compondo paisagens paradoxais e perspetivas impossíveis, onde as imagens realizadas na zona de catástrofe, entre Cabul e Bamyan, desconstroem o olhar jornalístico, apontando para um realismo póscontemporâneo.


Em 2001 foi premiado por duas exposições individuais pela Associação Paulista de Críticos de Arte: O Esplendor dos Contrários (Centro Cultural Banco do Brasil-SP), série de fotografias de paisagens amazônicas, em que reinventa o espaço e a luz e trabalha com efeitos em 3D e a exposição Frações da Luz (Galeria Nara Roesler), série de caixas de luz em que explora a serialidade e a luminosidade “interna” de imagens vindas de diferentes suportes. Sua produção contemporânea em vídeo traz uma linguagem extremamente sofisticada, com a criação de metáforas visuais e relações inusitadas entre imagens e sons (Atos do Diamante, Pânico Sutil, A Lógica do Êxtase e o longa-metragem em vídeo Sonhos e Histórias de Fantasmas, com desdobramentos no campo das vídeo-instalações, suporte para o qual desenvolveu uma linguagem própria de forte impacto sensorial e marcada pela imersão do espectador (Inferno, Fluxos). Publicou os livros de fotografias Antropologia da Face Gloriosa, O Zen e a Arte Gloriosa da Fotografia, e O Esplendor dos Contrários . A Lógica do Êxtase é o livro de referência sobre sua obra em filme e vídeo. Participa de mostras de Arte dentro e fora do Brasil: Bienal de Valência 2000, Bienal do Mercosul 1999, Bienal de Havana em 2000, Babel-Museu de Arte Contemporânea da Coréia 2002, ARCO 2000 e 2003, Foto Arte Brasília 2003, e Lisboa Photo 2003, onde ocupou a totalidade do Pavilhão de Portugal da Expo com uma grande retrospectiva de suas fotografias em preto e branco.”


Programação 16ª Edição - 2017 17/10/2017 - TERÇA FEIRA 19:30 h Sessão Abertura `` MiniDoc/Diretores - Arthur Omar Direção: Cristina Mendonça 2014 - Brasil - 13’- Curta - Livre Em um raro registro documental sobre sua vida e carreira, o artista visual, fotógrafo, cineasta e experimentador Arthur Omar comenta suas idéias, realizações e concepções sobre a arte, a invenção, as linguagens, os materiais de trabalho e o êxtase do criador. `` O Nervo de Prata Direção : Arthur Omar 1987 - Brasil – 20’ - Média - Livre O universo incomum e paradoxal do artista Tunga é visto através de suas próprias esculturas, misturando emoções arcaicas e um leve sentimento de alta tecnologia. O espectador é jogado em um túnel sem começo ou fim, onde ocorrem cenas extremamente incomuns envolvendo gemeos siameses amarrados pelo cabelo e cobras trançadas.


18/10/2017 - QUARTA - FEIRA 15:00 h Mostra Competitiva `` Armanda Direção: Liliane Leroux e Rodrigo Dutra 2017 - Brasil - 42’- Média- Livre Armanda Álvaro Alberto foi uma professora e intelectual brasileira precursora do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova. Como militante feminista fundou a União Feminina do Brasil (UFB) e foi presa pelo governo de Getúlio Vargas. Influenciada pelas ideias de Montessori criou em Duque de Caxias (RJ) a Escola Regional de Meriti, sendo o primeiro colégio brasileiro a servir alimentação para os estudantes: o famoso mate com angu.

16:00 h Mostra Informativa `` Cavalos de Goethe Direção: Arthur Omar 2011 - Brasil - 70 ‘- Longa - Livre Documentário experimental contendo cavalos, homens e uma imagem deguerra encarnada em quadros que se movem aos milímetros. Combates entre cavaleiros suspensos no tempo, filmados no Afeganistão em 2002. Através de um prisma, a teoria das cores de Goethe


informa sobre a relação entre luz e escuridão, entre história e o esquecimento, entre a morte e a resistência do instante. O Olho do espectador é chamado ao tribunal da percepção histórica.

18:00 h Mostra Competitiva `` “ELÔ! Direção: Lúcio Branco 2017 - Brasil – 19:13’- Curta - 14 Anos Brasil agosto de 1961 e abril de 1964. Quase três anos separam duas situações de crise política aguda. Nelas, dois personagens se destacam. Leonel Brizola e Carlos Lacerda exortam as massas a resistir às tentativas de golpe e contragolpe, respectivamente, em pronunciamentos radiofônicos improvisados. O que há em comum em ambos os eventos é a atmosfera de alarme. Apoiado em material iconográfico, ELÃ! aborda o choque ideológico daqueles dias através da performance retórica passional de dois ícones da vida pública brasileira `` Rosemberg- cinema, colagem e afetos Direção: Cavi Borges e Christian Caselli 2017 - Brasil - 70’ - Longa - 12 anos A vida e a obra do cineasta Luiz Rosemberg Filho


20:00 h Mostra Competitiva `` Silêncio no Estúdio Direção: Emilia Silveira 2016 - Brasil - 81’ - Longa - Livre Edna Savaget viveu mais de 30 anos nos estúdios da televisão carioca fazendo história e amigos. Precursora dos primeiros programas femininos da TV brasileira, era dela a maior audiência vespertina. Escritora e poeta, recebia em seus programas grandes personalidades da cultura do país. Hoje, sua memória ainda vive e é contada por aqueles que puderam dividir um espaço por trás e diante das câmeras. Uma saborosa volta aos tempos em que a televisão começou no Brasil.

19/10/2017 – QUINTA - FEIRA 15:00 h Mostra Competitiva `` Universo Preto Paralelo Direção: Rubens Passaro 2017 - Brasil - 12’ - Curta - 16 Anos Um paralelo traçado entre as violações de direitos humanos do passado escravocrata brasileiro e da ditadura militar por obras do século XIX e depoimentos dados a Comissão Nacional da Verdade. Quem são os heróis nacionais brasileiros?


`` Casa da Xiclet Direção: Sofia Amaral 2016 - Brasil - 47’ - Média - 16 Anos Documentário sobre a Casa da Xiclet, galeria de arte independente em São Paulo com 15 anos de existência. Xiclet é uma artista plástica capixaba que se estabeleceu em São Paulo no início dos anos 2000 e desde então transformou a casa onde mora em um espaço público, voltado para a divulgação de artistas que ficam de fora do grande circuito das artes. Além de artista e galerista, Xiclet é uma provocadora incansável do \”status quo\”.

16:00 h Sessão Especial Acervo Cinemateca do MAM 18:00 h Mostra Competitiva `` Antonieta Direção: Flávia Person 2016 - Brasil - 15’ - Curta - Livre “Antonieta”, um documentário sobre Antonieta de Barros (1901-1952), mulher, negra, professora, cronista, feminista e em 1935 se tornou a primeira negra a assumir um mandato popular no país.


`` Clara Estrela Direção: Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir 2017 - Brasil - 71’ - Longa - Livre CLARA ESTRELA é um documentário sobre Clara Nunes,feito exclusivamente com imagens de arquivo, que sintetiza com elegância o caldeirão cultural brasileiro. O filme narra, apenas em primeira pessoa, a trajetória da cantora que conquistou o Brasil e vários países do mundo. Além do minucioso trabalho de pesquisa audiovisual, o filme traz ao público a oportunidade de ouvir os depoimentos de mídia impressa na narração da atriz Dira Paes e a possibilidade de conhecer um pouco mais da personagem que, mesmo passados mais de 30 anos de sua morte, permanece em lugar de destaque na história da música popular brasileira.

20:00 Mostra Competitiva `` Henfil Direção: AngelaZoé 2017 - Brasil - 74’ - Longa - 14 Anos O documentário vai revelar narrativas paralelas que apresentam a vida do cartunista e ativista, Henrique de Souza. O filme explora um movimento de descoberta do personagem junto aos jovens a partir de uma turma de animadores que tenta trazer o trabalho de Henfil para os dias atuais. Juntam-se às descobertas feitas, a partir dos depoimentos de amigos, revelações sobre a maneira como o artista usou seus


desenhos como um aparato para “driblar” a censura política e também como um recurso para lidar com sua saúde frágil, causada pela hemofilia, e expor sua inquietação criativa.

20/10/2017 – Sexta-feira 15:00 h Mostra Competitiva `` \”Gene Ocular\” Direção: Luiz Izidoro 2017 –Brasil - 8:49’ - Curta – 14 anos Gene: Na definição da genética clássica, é a unidade fundamental da hereditariedade. Ocular: Que pertence ao olho: globo ocular. Testemunha ocular, a que viu a coisa sobre a qual dá seu testemunho. Percebemos o mundo como ele é, devido às nossas experiências. Talvez para alguns, é difícil conviver com os fatos que se repetem pela luta ao poder e continuar observando e testemunhando tamanhas atrocidades. Uma barbárie cíclica ao nosso convívio humano. `` Filme Reverso Direção: Juliana Ludof 2017 - Brasil – 9’ - Curta - Livre Um mundo que não tem conexões com uma realidade imediataque talvez atinjamos muito rapidamente, um tempo de total esquecimento. Um momento de total irrelevância para a memória individual e coletiva, e de um total desprezo pela


permanência destas memórias, quer sobre a forma de um registro físico de um filme, quer sobre a forma de um registro etéreo, alguma coisa que a ciência ainda venha a criar. `` Mulheres Luminosas Direção : Pedro Pontes 2012 - Brasil- 33’ - Media - Livre Documentário. A música de Chiquinha Gonzaga, a escultura de Nicolina Vaz Assis, a poesia de Gilka Machado e a pintura de Georgina Albuquerque são o tema do documentário Mulheres Luminosas. A partir da história dessas criadoras, que revolucionaram a arte no Brasil, o filme faz uma reflexão sobre a posição da mulher na virada do século XIX para o XX. Ao mostra-las como exemplos da luta contra a opressão social, através de seus esforços na busca por espaço dentro das artes, o documentário mostra como essas quatro artistas foram capazes de calçar o caminho das próximas gerações de mulheres artistas brasileiras

16:00 h Mostra Informativa `` Mapplethorpe - Look at the pictures Direção: Robert Mapplethorpe 2016 - Eua / Alemanha–109’ - Longa – 18 Anos Uma analise sobre a vida e a obra do fotografo Mapplethorpe narrada por ele mesmo. Completam o retrato depoimentos de familiares, amigos, colaboradores e amantes do infame


fotógrafo que revolucionou o mundo da fotografia com seu modo de retratar a nudez, a sexualidade e o fetichismo.

18:00 h Mostra Competitiva `` Serguei O Ultimo Psicodélico Direção: Ching Lee e Zahy Tata 2017 – Brasil – 115’ - Longa – 16 anos Sergio Bustamante cantor de 83 anos de idade, com mais de 50 anos de carreira. precursor da psicodelia no Brasil e ícone do rock lutou pelas liberdades em praça pública, se assumiu Serguei e partiu em busca do seu lugar ao sol. seus shows nada convencionais para um rapaz de classe média carioca, nos cabarés e boates do centro antigo do rio de janeiro fizeram história , através do escracho, ousadia , ineditismo e originalidade. Apresentou o rock n roll para o público brasileiro, com todo o sex apell requebrou tanto quanto Elvis Presley.

20:00 h Mostra Competitiva `` Desarquivando Alice Gonzaga Direção: Betse de Paula 2017 – Brasil –85’ - Longa – Livre “Desarquivando Alice Gonzaga” é um documentário que revisita uma parte importante da históriado cinema brasileiro através da vida e da obrade Alice Gonzaga, filha de


Adhemar Gonzaga,cineasta sonhador que, em 1930, fundou aCinédia, primeiro estúdio de cinema no Brasil.

21/10/2017 – SÁBADO 13:00 h REcine: Especial `` Pendular Direção: Júlia Murat 2017 = Brasil -108’ - Longa - 16 anos Com Raquel Karro e Rodrigo Bolzan. Exibição em DCP. Um jovem casal se instala em um grande galpão abandonado. Uma fita colada ao chão separa o espaço em partes iguais: à direita um atelier de escultura; à esquerda um espaço de dança. Neste ambiente, onde arte, performance e intimidade se misturam os personagens perdem aos poucos a capacidade de distinguir entre seus projetos artísticos, o passado de cada um e sua relação amorosa. Sessão seguida de debate na área da exposição Pendular sobre a relação entre cinema e artes plásticas.

15:00 h Mostra Competitiva `` Divina Luz Direção: Ricardo Salles de Sá 2017 – Brasil - 14.57’ - Curta - 12 Anos


Atrajetória e o pensamento de Luz Del Fuego, a bailarina naturalista que balançou o Rio de Janeiro nos anos 50, e que completaria 100 anos em 2017. `` Túlio Piva - Pandeiro de Prata Direção: Marco Martins 2016 – Brasil - 55’ - Media – Livre O filme retrata a vida e a obra do compositor e sambista gaúcho Túlio Piva. Natural de Santiago do Boqueirão, Túlio consolidou sua carreira musical em Porto Alegre. Dono de uma batida muito própria no violão, viveu mais de 50 anos de samba, foi proprietário do bar \”Gente da Noite\”, onde compôs grande parte de sua obra e gravou quatro LPs.

16:00 h Mostra Informativa Sessão Especial Luiz Carlos Lacerda `` O Enfeitiçado 1968 – Brasil – 12’ - Curta – Livre Documentário sobre o Escritor Lucio Cardoso que impedido de continuar a escrever descobre na pintura uma nova forma de expressão. `` ZE.COM 2016 – Brasil – 15’ - Curta -Livre Filme sobre a vida do Pintor, artista intermídia, gravador, escultor, cenógrafo e figurinista. Zé Tarcísio


`` A Morte de Narciso 2003 – Brasil – 43’ - Média – 14 anos Documentário sobre o trabalho de Alair Gomes, precursor do nu masculino na fotografia brasileira. `` Luiz Áquila. 2017 – Brasil – 25’ - Média - Livre Filme-documentário sobre a obra de Luiz Aquila `` Paiva Brasil 2017 – Brasil – 25’ - Média - Livre Filme sobre a Obra do Pintor Construtivista Paiva Brasil

18:00 h Mostra Competitiva `` Cine Rio Branco Direção: Eudaldo Monção Jr. 2017 – Brasil -17’ - Média – Livre Em seu aniversário de noventa anos, o majestoso Cinema Rio Branco vira filme e estréia nele mesmo. Breve Sinopse: Em seu aniversário de noventa anos, o majestoso Cinema Rio Branco vira filme e estréia nele mesmo `` Guarnieri Direção: Francisco Guarnieri 2017 – Brasil – 71’ - Longa –Livre Gianfrancesco Guarnieri foi ator de grande sucesso na televisão, autor fundamental na história do teatro brasileiro e imagem-


síntese do artista engajado. Seus filhos Flávio e Paulo, também atores, assumiram um total distanciamento entre arte, trabalho e política. A partir desses dois retratos geracionais, o neto e diretor Francisco procura refletir sobre o papel do indivíduo na sociedade, na arte e na família.

20:00 h Mostra Competitiva `` O Cinema foi à Feira Direção: Paulo Hermida 2016 – Brasil - 75’ - Longa – 12 Anos Um documentário sobre os bastidores do filme “A Grande feira”, realizado na década de 60 numa Bahia que ainda aprendia a fazer cinema. Trazendo uma reflexão sobre um momento marcante da produção cinematográfica baiana e em particular, como um acontecimento real “imita” a tragédia anunciada neste que foi o filme seminal do cinema novo .

22/10/2017 – DOMINGO 15:00 h Mostra Competitiva `` Para não esquecer Direção: Rafael de Almeida 2016 - Brasil – 9’ - Curta - Livre Todas as fotos, nunca ampliadas, foram perdidas por um dano no cartão de memória. Que belo nome para um cartão.


Consigo me lembrar dessas imagens mais do que a maioria das que fiz durante esse tempo. `` Laura Direção: Tania Dinis 2017 - Portugal – 10’ - Curta - Livre Laura um filme ensaio, um trabalho de pesquisa e recolha de arquivos fotográficos familiares. A exploração da ideia da imagem, numa experiência do tempo que passou, e do tempo que não passa, numa memoria que se expande no espaço, criando assim, pequenos momentos narrativos `` Passeio Público Direção: Andréa França e Nicholas Andueza 2016 – Brasil -15’ - Curta – Livre PASSEIO PÚBLICO conta uma história poética a respeito das imagens da cidade do Rio de Janeiro do início do século XX. A revisitação desses pedaços de filmes se dá por meio de repetições, reenquadramentos, desacelerações e interrupções. São interferências feitas na montagem que fazem ver o que está no fundo da cena – aquilo que não tinha importância na época em que as imagens foram feitas, mas que salta aos olhos do espectador a partir de sua retomada. `` A Balada do Sr. Watson Direção: Firmino Holanda 2017 – Brasil - 22’ - Média – Livre Nos tempos da iluminação a gás, em Fortaleza, um engenheiro inglês casa-se com uma cearense e aqui se enraiza. Dois de


seus netos tentam rever sua vida, unindo memórias da família aos lances da história de um Brasil à época dependente e colonizado pelo Império Britânico.

16:00 h Mostra Informativa Filmes de Andy Warhol `` BlowJob 1964 - EUA - 18 anos Filme Mudo. O Rosto de um homem e suas expressões faciais enquanto ele recebe o ato sexual. Representado no título `` Kiss 1963 – EUA - 18 anos Kiss mostra diversos casais, homens e mulheres em todas as combinações, que se beijam, ora em close ora em plano aberto. São beijos profundos, sensuais desesperados e também suaves.

`` Eat 1964 - EUA - 18 Anos Este filme filmado em preto e branco, não possui trilha sonora, e é estrelado unicamente por Robert Indiana, um conceituado artista de pop art. O filme se concentra o tempo todo em Robert comendo um cogumelo. Há uma aparição do gato de Robert sobre seu ombro.


`` 13 most beautiful songs. 2009 - EUA - 18 Anos É o terceiro álbum de estúdio de Dean & Britta. Foi encomendado pelo Pittsburgh Cultural Trust e The Andy Warhol Museum foi escrito para acompanhar uma coleção detestes de tela filmados na década de 1960 por Andy Warhol com estrelas da The Factory incluindo Lou Reed, Nico e Edie Sedgwick .

18:00 h Mostra Competitiva `` Utopia Direção: Aline Portugal e Tonia Marta 2017 – Brasil -15’ - Curta –Livre Utopia é um ensaio fílmico sobre a descoberta de uma cidade: o Rio de Janeiro e sua beleza oculta, que mantém-se distante de quem não a vive de dentro. A beleza do que não é óbvio, do suor cotidiano, dos olhares que se cruzam em meio a ruídos incessantes, do caos urbano, do calor intenso que aquece e ao mesmo tempo estabelece distâncias. A partir de uma metáfora sobre a grandiosidade e beleza de duas cidades – Paris e Praga, é realizado um relato observacional e poético da trajetória de uma jovem imigrante, que conhece e apresenta a cidade para além dos mitos e da imagem vendida pela TV.


`` Menino 23: Infâncias Perdidas do Brasil Direção: Belisário Franca 2016 – Brasil – 79’ - Longa- 10 Anos A partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os anos 1930, cinquenta meninos negros foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados. Lá, passaram a ser identificados por números e foram submetidos ao trabalho escravo por uma família que fazia parte da elite política e econômica do país, e que não escondia sua simpatia pelo ideário nazista. Dois sobreviventes dessa tragédia brasileira, Aloízio Silva (o “menino 23”) e Argemiro Santos, assim como a família de José Alves de Almeida (o “Dois”), revelam suas histórias pela primeira vez.

20:00 h Mostra Competitiva `` Cinema Novo Direção: Eryc Rocha 2016 –Brasil – 93’ - Longa – 12 anos CINEMA NOVO é um ensaio poético que investiga um dos principais movimentos cinematográficos latino-americanos, através do pensamento e fragmentos de filmes dos seus principais autores. O filme mergulha na aventura da criação de uma geração de cineastas que inventou uma nova forma


de fazer cinema no Brasil - a partir de uma atitude política que juntava arte e revolução - e que tinha como desejo um cinema que tomasse as ruas e fosse ao encontro do povo brasileiro.

23/10/2017 – SEGUNDA-FEIRA 15:00 h Mostra Informativa `` Zoo - Um Z & Dois Zeros Direção: Peter Greenaway 1985 - Reino Unido - 1h 55m - Longa – 16 anos Copia em 35mm Duas mulheres morrem em um acidente de trânsito. A motorista perde uma perna. Os maridos das vítimas, no entanto, ficam fascinados com a decomposição dos corpos e começam a fantasiar com a mulher amputada

17:00 Mostra Informativa `` Moça com Brinco de Pérola Direção: Peter Webber 2003 – Brasil – 100’ - Longa – 12 anos Em pleno século XVII vive Griet, uma jovem camponesa holandesa. Devido a dificuldades financeiras, Griet é obrigada a trabalhar na casa de JohannesVermeer, um renomado


pintor de sua época. Aos poucos Johannes começa a prestar atenção na jovem de apenas 17 anos, fazendo dela sua musa inspiradora para um de seus mais famosos trabalhos, a tela “Girl with a Pearl Earring”.

19:00 h Premiação e Encerramento do REcine 2017 Cerimônia de Premiação e Encerramento `` Exibição de filme do Acervo da Cinemateca “Bienal, Mão do Povo Direção Davi Neves e Gilberto Santeiro Brasil 10 min - Curta – Livre Exibição em 16 mm


CRÉDITOS GERAIS

CINEMATECA DO MAM

CURADORIA GERAL

Conservador-Chefe e Curador

Ricardo Favilla

Adjunto da Cinemateca do MAM

Hernani Heffner

Hernani Heffner

RIO DE CINEMA PRODUÇÔES

Diretor e Curador da Cinemateca do MAM Ricardo Cota

Equipe Cinemateca do MAM Fabio Vellozo Kadu Pereira

Produtor Diretor

Projecionistas

Ricardo Favilla

Sidney Vieira Mattos

Produção Executiva Janet Rockenbach Direção Técnica e de Produção Rafael Favilla Gestão Financeira Adriana Oliveira Identidade Visual Carolina Borges– DIP

Edson Gomes dos Santos ESPM - RIO ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA e MARKETING Pedro Curi Ricardo Cavalcanti Hadija Chalupe da Silva Alunos ESPM (Monitores) Paula Moraes

Vinheta

Daniel Saeta

Teotônio Porto - Carambolas

Igor Nolasco

Site Pedro Hertha

Gabi Roias Alice Souza Matheus Costa


MOSTRA COMPETITIVA Comissão de Seleção Coordenação – Geral Janet Rockenbach Ana Maria Piazera Davison Plinio Bariviera Tatiana Maciel Catálogo

Armazem da Utopia Luiz Fernando Lobo Tuca Moraes Caique Novis Bruna Ribas Hsu Chsien Hsi Flavia Galvão EBC Caique Novis MPC

Coordenação: Janet Rockenbach Projeto Gráfico e Diagramação: Carol Borges

E todos os diretores, produtoras e distribuidores Que cederam os filmes para exibição no Festival.

Cerimônia de Abertura Apresentadora

Agradecimentos Especiais

Luciana Costa

Clovis Molinari Junior

Agradecimentos Carlos Alberto de Mattos Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA) Canal Brasil Canal Curta Giselia Globonews André Saddy

Sylvio Gonçalves Arthur Favilla Ricardo Cavalcanti REcine @ Marca Registrada . Todos os direitos reservados para a Rio de Cinema Produções Culturais. Recine criado por Clovis Mollinari JR. e Ricardo Favilla


CINEMATECA DO MAM Av. Infante Dom Henrique, 85 Parque do Flamengo.

www.recine.com.br

realização

apoio

cinemateca brasileir a

secretaria do audiovisual - min c

estúdio


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