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TESTOSTERONA
Nos homens, um nível de testosterona total abaixo do normal pode indicar hipogonadismo, hipopituitarismo, hiperprolactinemia, insuficiência renal, cirrose hepática ou síndrome de Kleinfelter. Já os valores elevados podem ser causados por tumores das glândulas suprarrenais ou dos testículos, hiperplasia congênita das glândulas suprarrenais ou anomalias do eixo hipotalâmico-pituitário-testicular.
A testosterona, inativada predominantemente no fígado, é responsável pelo desenvolvimento e manutenção das características sexuais masculinas. Com o envelhecimento, há um incremento na prevalência de doenças cardiovasculares e, paralelamente a isso, ocorre redução progressiva na concentração sérica dos hormônios sexuais masculinos. Nas faixas etárias mais avançadas, a testosterona é reduzida em aproximadamente, 15 a 20%. não atingir ou manter níveis séricos satisfatórios de andrógeno, além de serem altamente hepatotóxicas. O adesivo transdérmico é o mais caro e requer aplicação diária, porém é o que mais se aproxima do nível fisiológico. Já a testosterona em gel é eficiente, porém possui o risco de transferência do andrógeno para as parcerias dos pacientes que o utilizam. A absorção de testosterona para a corrente sanguínea continua durante todo o intervalo de 24h e se aproxima de concentração sérica estável entre 2 a 3 dias da dose. Por sua ação estimulante sobre a atividade mental e física, o abuso de andrógeno pode produzir distúrbios de comportamento. Foram relatados casos de aumento incontrolável de libido e de frequência de ereção, além de seborreia, acne, ganho de peso por efeito anabolizante na massa muscular e retenção de fluido, ginecomastia, alopecia, aumento de pelos no corpo e mudança de timbre de voz. Esses dois últimos são efeitos irreversíveis, enquanto os anteriores são reversíveis com a suspensão de tratamento.
Os receptores de androgênios distribuem-se amplamente nos tecidos vasculares, como a artéria aorta, vasculatura periférica e células atriais e ventriculares. Dessa forma, é possível supor que os hormônios sexuais no homem exerçam influência no desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Ainda, após os 50 anos, a concentração sérica de testosterona apresenta queda de 1% ao ano. Outros fatores como genética, tabagismo, obesidade e alcoolismo também colaboram com essa queda.
A principal indicação da reposição hormonal é o tratamento de hipogonadismo, com o objetivo de restaurar libido, função sexual e bemestar. O tratamento com andrógeno previne também osteoporose, melhora a acuidade mental e restaura a níveis normais os hormônios de crescimento, especialmente em idosos.
Dra. Jane Marisa Acco

FARMACÊUTICA
CRF/MT631
• Formada em Farmácia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa/PR, 1988;
• Especialização em Análises Clínicas, 2006;
• MBA em Gestão Clínicas, 2016;
• Especialização em Microbiologia, ambas pela UNIC – Cuiabá, 2021;
• Pós-graduada em Gestão de Clínicas e Consultórios, pelo Instituto de Ensino Superior Blauro Cardoso de Mattos;
As fórmulas injetáveis possuem base oleosa, permitindo uma liberação lenta do hormônio e facilitando a liberação da testosterona livre na circulação. O cipionato de testosterona deve ser administrado em um intervalo de 10 a 21 dias para manutenção dos níveis adequados e os níveis fisiológicos são alcançados em, aproximadamente, 72h após a administração.
As fórmulas orais são rapidamente metabolizadas no fígado e podem
Os principais métodos bioquímicos disponíveis para monitorar o tratamento incluem a dosagem de hemoglobina, testosterona circulante e níveis de gonadotropina, além do controle lipídico e pressão sanguínea para evitar doenças cardiovasculares ateroscleróticas.
Fontes:
Instituto do Coração do Hospital das Clínicas e Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo - Otavio C.
E. Gebara,
W.
Luisa G. Calich, Eun J. Tai, Humberto Pierri, Mauricio Wajngarten, José M. Aldrighi Diagnóstico do Brasil (DB)
