Educação nas estradas é a chave para manutenção da vida, afirma Comandante Paganotto Quais os desafios de fazer o policiamento rodoviário 24 horas por dia? Quais os erros que os motoristas e pedestres mais cometem? Para responder a essas e outras perguntas nós fomos até o 1º Batalhão da Polícia Militar Rodoviária de São Bernardo do Campo, localizado na Rodovia Anchieta, para conversar com o Tenente Coronel Fábio Paganotto Carvalho, responsável interinamente pelo comando da polícia rodoviária do Estado de São Paulo. Com mais de 31 anos de experiência na polícia, o Comandante
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Paganotto dedicou ‟ de sua carreira ao policiamento rodoviário. Falando em dedicar, o 1º Batalhão é responsável pelo trecho que engloba a divisa de Curitiba até o município de São Bernardo, em um percurso que abrange 80% do litoral paulista. “Estamos distribuídos em quatro companhias. Cada uma delas tem um Capitão, dois Tenentes e 130 policiais e é responsável por uma área. Toda essa equipe atende o Sistema Anchieta e Imigrantes, a Padre Manoel da Nóbrega e a Cônego Domênico Rangoni. A gente pega lá da di-
Foto: Edmilson Magalhães
SEguRança naS RodoviaS
Tenente Coronel Fabio Paganotto Carvalho
visa com Curitiba, seguimos pela SP 55, que é Peruíbe, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Guarujá, Bertioga, até São Sebastião, onde é a nossa divisa com o 6º Batalhão”, explica Paganotto. Falando sobre os números de ocorrências nesta área atendida, as estatísticas acumuladas no ano passado são bem alarmantes. Conforme o comandante relata, somente em 2021 foram 23.000 autuações relacionadas ao uso de celulares em rodovias; 230.000 autuações por excesso de velocidade com radares; 9.000 ultrapassagens em locais proibidos e 27.906 autuações de caminhões andando pela faixa da esquerda.
A saída para que esses números caiam passa, em sentido obrigatório, pela conscientização dos motoristas, dos pedestres, que não raramente perdem suas vidas literalmente debaixo das passarelas tentando passar, de um lado para o outro, de maneira perigosa e, claro, combatendo aquele que, segundo o comandante, é o maior desafio de todos. “O carro-chefe são os motoristas que dirigem alcoolizados. Por isso a gente faz todo um trabalho para que, se beber, nem pense em pegar no volante, além das fiscalizações. Se cada um fizer a sua parte, de maneira consciente e responsável, muita coisa pode ser diferente e para muito melhor ”, finaliza.
