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Conheça a técnica de rinoplastia secundária com o uso de cartilagem
Saiba o que pode levar à necessidade de uma cirurgia plástica revisional no nariz com emprego de enxerto cartilaginoso
A rinoplastia secundária é indicada quando o resultado da primeira cirurgia deixou a desejar. Isso ocorre por: • imperícia médica, resultando em falhas funcionais ou comprometimento estético; • descuidos do paciente no pós-operatório, ocasionando complicações cicatriciais; • fatalidades, como acidentes ou má cicatrização do paciente.
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O percentual de revisão entre pacientes operados varia entre 5% e 15%. Dentre eles, a presença de giba óssea residual, ponta caída e obstruções por desvio de septo são as principais queixas.
No pré-operatório, embora não seja obrigatório, o médico pode solicitar os registros operatórios anteriores. Também pode pedir para o paciente levar fotos de seu nariz antes da cirurgia.
A rinoplastia secundária pode ser feita via fechada, com incisões internas (para pequenas correções do contorno), ou aberta, com uma incisão na columela – pele que fica entre as duas narinas (para correções de defeitos mais importantes).
Como a estrutura nasal já passou por uma intervenção prévia, podem existir tecidos fibrosos, cicatrizes espessas e cartilagem septal insuficiente. Nesses casos, recorre-se a segmentos de cartilagem da orelha ou costela, os quais são moldados e modelados para a cirurgia nasal. Assim, algumas das maneiras de corrigir as irregularidades nasais podem ser: • com a colocação da cartilagem cortada em pequenos fragmentos de 1 mm ou menos através das incisões do nariz (para corrigir deformidades no dorso ou até mesmo na ponta do nariz); • por meio da colocação de lâminas ou hastes de cartilagem, reconstruindo deformidades mais acentuadas.
O resultado da rinoplastia secundária, com uso de enxertos de cartilagem autógenos, vem se mostrando bastante satisfatório, tanto funcional quanto esteticamente. Ao mesmo tempo, o índice de complicações se mostra aceitável, com baixa morbidade das áreas doadoras. Problemas que requerem uma rinoplastia secundária: • modelagem insuficiente ou excessiva; • projeção inadequada ou exagerada; • assimetria grave; • obstrução das vias aéreas nasais; • colapso da estrutura nasal (osso ou cartilagem).
Fontes: • Informações do blog do Dr. Fábio; • Secondary rhinoplasty, material publicado no site da Rhinoplasty Society; • Revision rhinoplasty, physician-patient aesthetic and functional evaluation, artigo publicado no Brazilian Journal of Otorhinolaringology; • Uma nova aplicação de enxertos de cartilagem em rinoplastia primária e secundária; • Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo (SBCP/SP); • Avaliação Funcional e Estética da Rinoplastia com Enxertos Cartilaginosos, artigo publicado na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.
DR. FABIO ZANINI
CRM 8373 | RQE 3904 | Otorrinolaringologia
CURRÍCULO • Médico pela UFSC; • Especialista em Otorrinolaringologia pelo Hospital Federal da Lagoa (HFL), com reconhecimento da
AMB e ABORL-CCF; • Mestre em Otorrinolaringologia, pela FCM Santa Casa SP; • Staff do Programa de Residência em Otorrinolaringologia do Hospital Governador Celso Ramos; • Professor do internato médico da Unisul; • Membro da ABCPF.