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Lesões Meniscais O que temos de novo

Lesões Meniscais

O que temos de novo

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Os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas entre o fêmur e a tíbia. Cada joelho possui dois meniscos, um interno e outro externo. As suas funções são: absorção de impacto (amortecimento), realização da congruência articular (encaixe), auxílio na estabilidade da articulação, lubrificação e propriocepção (equilíbrio do corpo).

Existem diferentes tipos de lesões meniscais. As lesões meniscais são classificadas de diferentes formas. As lesões mais graves são a de raiz meniscal, lesões radiais, complexas e alça de balde.

A integridade do menisco é essencial para permanecer exercendo as suas funções. A ressonância magnética, hoje exame de escolha para o diagnóstico, apresenta um índice de acerto entre 80 e 90%.

Antigamente o procedimento adotado era a meniscectomia parcial ou total (simples retirada de parte ou totalidade do menisco). Devido a alta progressividade para osteoartrose (mais de 75% dos pacientes entre 5 e 15 anos após o procedimento cirúrgico), a preservação do menisco passou a ser prioridade. A reparação meniscal inicialmente foi realizada em pacientes mais jovens (abaixo de 40 anos) e locais específicos (tecidos bem vascularizados). Atualmente é realizada na maioria dos tipos de lesão (mesmo em lesões instáveis, extensas e de pouca vascularização), e em pacientes acima de 60 anos (dependendo da qualidade do tecido). Importante lembrar da opção de diferentes recursos biológicos para o aumento da probabilidade do sucesso cirúrgico.

A cirurgia consiste em suturar (costurar) ou reinserir (colocar na posição correta e fixar) a lesão seguida de tratamento fisioterapêutico. Diferentemente da meniscectomia aonde o retorno ao esporte pode ocorrer entre três e seis semanas, a sutura requer o tempo para a sua cicatrização, levando em média 6 meses para liberação completa a prática desportiva.

Em alguns casos, quando o tecido do menisco não é mais de boa qualidade, podemos utilizar uma membrana de colágeno (ChondroGide®) e suturar como wrap.

Nas pessoas que já foram submetidas a retirada de uma parte ou a totalidade do menisco, podemos fazer o transplante meniscal. Consiste em reinserir um menisco, proveniente do banco de tecidos, na articulação, na sua correta posição anatômica, para a preservação articular e melhora funcional.

Em virtude de tudo o que foi exposto acima, há um movimento mundial da preservação do menisco - “SAVE THE MENISCUS”.

Bibliografia: 1)Beaufils P, Verdonk R (2010) The Meniscus. Springer, Germany 2)Insall & Scott Surgery of the Knee (2018) Sixth Edition. Elsevier, USA 3)LaPrade, RF (2017) – The Menisci – Springer, Germany/USA 4)Noyes FR (2017) Knee Disorders – Second Edition. Saunders Elsevier, USA 5)Gobbi, A (2017) Bio-orthopaedics: A New Approach. Springer, Germany

DR. CARLOS ALBERTO ATHERINOS PIERRI

CRM/SC 7941 | TEOT 8293 | ISAKOS 70146 | AAOS 822121 Ortopedia e Traumatologia Desportiva | Videoartroscopia e Cirurgia do Joelho

CURRÍCULO

• Graduação em medicina pela FURB • Especialização em Ortopedia e Traumatologia • Cirurgia do Joelho e Traumatologia Desportiva: Hospital Governador Celso - Ramos e Hospital Infantil

Joana de Gusmão – Fpolis – SC, • Santa Casa de Misericórdia – Porto Alegre – RS e Santa Casa de - Misericórdia – São Paulo – SP • Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) • Membro American Academy Orthopaedic Surgeons (AAOS) • Membro ISAKOS • Membro ICR