Mamoplastia de aumento com implantes de silicone - a famosa cirurgia de próteses de mama

Quando se fala em cirurgia plástica, uma das primeiras a serem lembradas é a cirurgia de “próteses de mama”. Não é por menos, já que essa é uma das cirurgias estéticas mais realizadas não só no Brasil, mas também no mundo.

De fato um dos atributos femininos mais notados são as mamas e as pacientes que passam por esse procedimento relatam um grande salto na autoestima, o que justifica a grande procura por essa cirurgia, que parece ser simples, mas que tem vários detalhes com os quais o cirurgião e a paciente devem se preocupar para se obter o melhor resultado. Atualmente são várias as opções de implantes à disposição e a escolha é primariamente baseada no desejo da paciente, porém, é dever do bom cirurgião informar sobre qual tamanho, formato, tipo e projeção são ideais para o biotipo de cada uma. Quanto ao formato, existem basicamente implantes cônicos, anatômicos e redondos. Quanto ao tipo existem os texturizados padrão, nanotexturizados e poliuretano. Quanto à projeção, temos a baixa, média, alta e extra-alta, nesse quesito as marcas possuem denominações diferentes para cada uma dessas projeções, mas o conceito é o mesmo. E quanto ao tamanho, bem, existem diversos tamanhos e volumes. As vias de acesso são inframamária, periareolar e axilar. Particularmente eu prefiro a via inframamária, que resulta em uma cicatriz discreta no sulco, de aproximadamente 4 a 5 cm, pois há menos agressões à glândula e comprovadamente menores taxas de complicações.

O local de posicionamento do implante pode ser submuscular, subglandular ou subfascial, dependendo do corpo e do desejo da paciente. No plano submuscular, há a possibilidade de adaptar no que chamamos de Dual Plane, que é quando o cirurgião posiciona o implante de modo que uma parte fica sob o músculo e outra parte fica sob a glândula, e aqui há diferentes formas de se fazer esse posicionamento. No subglandular, o implante fica acima (ou à frente) do músculo e abaixo da glândula. Esse plano é adequado para pacientes jovens com pouca mama, magras, sem flacidez nenhuma e que desejam colo bem marcado. O subfascial é praticamente igual ao subglandular, com a diferença de que naquela o implante é posicionado abaixo da fáscia, que é a membrana que recobre o músculo e nesta a fáscia é seccionada para melhor acomodação do implante. Voltando ao Dual Plane, atualmente há artifícios cirúrgicos que têm se tornado importante para maior estabilidade do resultado como a alça muscular de sustentação lateral e o chamado “sutiã interno”. Essas manobras são realizadas para reduzir as chances de o implante mudar de posição com o tempo. Atualmente também tem se difundido a técnica de recuperação rápida, que é quando a paciente fica desobrigada de ficar com os braços imóveis por muito tempo, podendo voltar as suas atividades diárias no dia seguinte a cirurgia. Pode ser também denominada de “arms free” ou “fast recovery”, pois são termos em inglês que se traduzem em “braços livres” e “recuperação rápida, respectivamente”. Essa técnica só pode ser aplicada para casos de aumento mamário sem mastopexia, ou seja, quando não houver a necessidade de “tirar pele e/ ou glandula”. Além disso, os implantes devem ser os adequados para cada paciente, não podendo utilizar implantes muito grandes. Como se vê, a mamoplastia de aumento com implantes não é uma cirurgia simples, mas sim cheia de nuances que influenciam diretamente no resultado. As escolhas do implante da via de colocação e do posicionamento do mesmo são os três pontos chaves e cada passo desses tem que ser adaptado para cada paciente para se obter o resultado desejado. Caso esteja pensando em fazer essa cirurgia, faça uma avaliação com um bom profissional e converse com ele sobre o que você leu nesse texto e tire todas as suas dúvidas.

DR. ALEX SASAKI CRM/PR 25.613 | RQE 22006 | Cirurgia Plástica

CURRÍCULO • Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) • Especialista em Cirurgia Geral, com Residência Médica realizada no Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto

Alegre-RS • Especialista em Cirurgia Plástica, com Residência Médica realizada no Hospital Federal do Andaraí, Rio de Janeiro-RJ • Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica • Título de Especialista em Cirurgia Plástica: • - Conselho Federal de Medicina (CFM) • Ministério da Educação (MEC) • Associação Médica Brasileira (AMB) • Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) • Área de atuação: Cirurgia Plástica Estética e Reparadora • Membro da ABCRC - Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar