Entrevista
A qualidade
como filosofia de gestão Farmacêutico de formação, Rui Rodrigues é, acima de tudo, um gestor. Em entrevista, faz o balanço da sua colaboração com a ANF e do projecto em que se envolveu há um ano, a aquisição da unidade de produção de uma multinacional, e perspectiva os caminhos para a indústria farmacêutica nacional num quadro de competitividade. Rui Rodrigues, administrador da LusoMedicamenta
armácia Portuguesa (FP) - Foi coordenador-geral da ANF durante três anos, de Setembro de 2001 a Janeiro de 2005. Que avaliação faz dessa experiência? Rui Rodrigues (RR): Atendendo à dimensão e complexidade da estrutura, sem esquecer a qualidade dos recursos humanos envolvidos, mentiria se não dissesse que se tratou de experiência muito enriquecedora sob o ponto de vista pessoal e em que conseguimos implementar alguns projectos importantes, nomeadamente nas áreas de organização e gestão.
F
FP: Esse vínculo específico já não existe, mas a colaboração manteve-se ao nível do IFAR-CT. Que leitura faz deste projecto? Que responsabilidades concretas assumiu? RR – O IFAR-CT é um projecto que está a ser discutido há vários anos e que foi sofrendo restruturações e redimensionamentos sucessivos por forma a adaptar-se o melhor possível às exigências Farmácia Portuguesa Nº 162 • Março/Abril de 2006
do mercado. Neste momento, já temos o edifício construído, as qualificações de equipamentos e infra-estruturas estão na fase final e muito em breve poderemos dizer que o projecto se tornou realidade. O IFAR-CT será um projecto muito abrangente em termos de valências disponibilizadas ao mercado e terá que continuar a assentar na mesma credibilidade, qualidade e confiança disponibilizadas até hoje e que notabilizou o LEF – Laboratório de Estudos Farmacêuticos (seu antecessor e cuja marca adoptará) junto dos seus clientes. O meu contributo no projecto será no sentido de lhe conferir uma abordagem mais empresarial, com tudo o que lhe seja inerente, desde a organização interna até à visibilidade externa, pois as componentes técnico-científicas sempre estiveram muitíssimo bem asseguradas. O LEF/IFAR-CT começou como uma estrutura simples, que foi crescendo e conquistando credibilidade externa. Mas sem uma organização de empresa, 43