Revista Realiza maio 2014

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SAÚDE E BELEZA Dra Paula Leal CRM - SP 93528 Endocrinologista

IMC: ÍNDICE DE MASSA CORPORAL

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oje em dia, para afirmar que uma pessoa encontra-se dentro dos padrões corporais aceitáveis, não basta mais relacionar seu peso com sua altura (índice de massa corporal ou IMC). É necessário detectar qual a verdadeira composição corporal dessa pessoa. Por exemplo, uma mulher pode ter seu peso nos padrões do IMC, porém o que predomina em sua composição corporal é a gordura ou vice-versa: podemos ter uma pessoa com IMC um pouco mais alto, porém com predomínio de músculos (que são bem mais pesados que a gordura). Para detectarmos essa composição corporal com maior eficácia, dispomos hoje de

Fases A primeira fase será de coleta de dados em doze hospitais, na Nigéria e em Uganda, países da África, onde menos da metade das mulheres chegam a um hospital para o trabalho de parto, e será desenvolvida uma nova ferramenta para auxiliar médicos, parteiras e até pessoas leigas, na tomada de decisão sobre

aparelhos que realizam o método da BIOIMPEDÂNCIA. Este exame irá nos fornecer a composição corporal do paciente de modo rápido e preciso, usando uma corrente elétrica imperceptível que irá percorrer o corpo do paciente e nos permitir avaliar: percentual de gordura e peso gordo, massa magra (músculos, ossos e vísceras) e ainda o percentual de água corporal. Dessa forma, podemos programar melhor a dieta e rotina de exercícios do paciente, além de avaliar, seguidamente, sua perda de gordura corpórea e ganho de massa muscular e, portanto, a eficácia do tratamento proposto. Esqueça a balança convencional e procure já um especialista.

os procedimentos durante o trabalho de parto. Batizada de Simplified, Effective, Labour Monitoring-to-Action tool (SELMA), a ferramenta será um orientador, que vai guiar o manejo do trabalho de parto. A SELMA será desenvolvida e analisada pelos pesquisadores do DMS e virá como uma alternativa ao partograma, outra ferramenta que existe desde 1970, mas que tem apresentado problemas fundamentais, segundo Souza. “Imaginamos esse sistema orientando, por exemplo, que o usuário rompa a bolsa da paciente, ou que considere fazer uma cesárea”, diz o pro-

fessor. A duração desta fase será de dois anos. Com expectativa de início para 2016, a segunda fase terá duração de cinco anos e será de implementação e expansão do projeto. A ideia é que ele seja desenvolvido em mais dez países do continente africano. Em um mundo onde as diferenças se mostram cada vez maiores, a esperança parece estar naquilo que é uma das principais manifestações da desigualdade, a tecnologia. E é utilizando-se dela que a OMS, juntamente com seus parceiros pretende diminuir as mortes relacionadas à gestação.

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