Ragga Drops #118

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ESTADO DE MINAS >> quinta-feira, 27 de maio de 2010

O METEORO DE C

Luan Santana, de 19 anos e 200 mil discos vendidos, promete ir ainda mais longe

É inevitável comparar a carreira de Luan Santana ao fenômeno que dá nome a seu maior sucesso: um meteoro. Esse raio luminoso rápido, forte e intenso, popularmente compreendido como “uma estrela cadente”, surge do nada, no meio da combustão de rochas perdidas na atmosfera, e risca a imensidão da madrugada, despertando pulos de euforia em quem assiste atônito, aqui debaixo, na Terra. Poucos resistem ao espetáculo. Não importa o tamanho da cidade, a classe social ou o lugar onde se vê (ou se escuta) o meteoro: no carro, no show, na fila da padaria ou no meio de uma conversa qualquer. Porém, da mesma maneira que aparecem, tão rápidas como um susto, as estrelas cadentes tendem a desaparecer abruptamente, sem deixar vestígios. Um fenômeno que em muito se assemelha com as inúmeras duplas sertanejas universitárias que vez ou outra aparecem estampadas em outdoors, em quadros de TV e em festas com programação duvidosa. Luan Santana, um garoto de recém-completados 19 anos, sabe muito bem dessa efemeridade, dessa volatilidade a que está sujeito. E, nesta entrevista exclusiva para o Ragga Drops, ele parece confiante de onde quer chegar: “Desde o início deste projeto, focamos em fazer muitos anos de carreira. Só estamos começando o trabalho. E agora vamos continuar trabalhando para fazer deste um projeto duradouro”, conta. De um menino que tocava clássicos sertanejos em casa, em Campo Grande, no começo dos anos 1990, no ano passado Luan ganhou o Brasil inteiro com os sucessos Meteoro e Tô de cara, cada qual com milhares de visualizações no YouTube. Em agosto, colocou mais de 50 mil pessoas para cantar suas músicas na Festa do Peão de Barretos. E, no mesmo mês, gravou um DVD ao vivo no Parque das

Nações Indígenas, em sua cidade natal, onde reuniu cerca de 85 mil conterrâneos. Amanhã, menos de dois meses depois de ter passado por Belo Horizonte, Luan volta a Minas para um show exclusivo na DivinaExpô, em Divinópolis. Em seguida, segue para Santa Catarina (sábado) e Rio Grande do Sul (domingo), só para ter uma ideia de como anda a sua agenda. O sucesso do prodígio do Mato Grosso está incandescente, pronto para explodir em chamas. Assim como os meteoros que gostamos de assistir. •••••••••••••••••••••••••• Luan, para começar: como está sendo lidar com tanto sucesso tão novo? Há muita pressão em cima de você, não? Procuro não pensar nisso e nos títulos que estão falando. Continuo o mesmo Luan Santana de Campo Grande. Se cheguei até aqui, é resultado de muito trabalho e determinação. E vou continuar trabalhando para dar ao meu público sempre o melhor. Não sinto pressão, faço o trabalho e procuro fazê-lo benfeito. Como você está lidando com as demandas do sucesso (entrevistas, participações em programas de TVs, rádio etc.)? Este lado da fama não chega a ser cansativo? Olha, o que posso falar para você é que quase não tenho mais dias de folga. É raro, mas às vezes tem algumas segundas ou terças-feiras em que não rola show, aí tem marcado programa de TV ou rádio. Enquanto a galera da banda vai para casa ver a família, eu estou trabalhando direto. Existe um momento que você deixa o Luan Santana de lado e vira apenas o Luan, de Campo Grande? Quem é você quando está em casa? Continuo sendo o mesmo Luan de sempre, mas em casa procuro falar de outras coisas que não seja da minha carreira. Procuro saber como está a família e curtir bastante a minha casa. As composições do Sorocaba (da dupla Fernando & Sorocaba) fazem muito sucesso


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