Revista Quintindica

Julho de 2019 - Ano I - N

Escalada esportiva

A Serra do Lenheiro é o point do novo esporte olímpico... e que point! P-5

eSTUDANTES GASTAM 1 MIL/MÊs Saiba como o corte de verbas da UFSJ afeta a economia P-14

Fazer cinema é pra todo mundo?

Estudante prova que sim, barbeiro e porteiro também P-29 e 31

EDITORIAL Gestão do tempo, workaholic, estafa, burnout... quantas vezes você, caro leitor, escuta ou diz por semana essas palavras ou alguma similar? Pois é. Tais termos ascenderam na atualidade do ambiente de trabalho, mas já afetam o círculo universitário.

Segundo levantamento divulgado, em maio de 2019, pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a situação da saúde dos estudantes das universidades federais é alarmante.

Da pesquisa, enfatizo alguns pontos: 83,5% dos universitários alega passar por alguma dificuldade psicológica, onde a ansiedade é a mais recorrente; quanto ao consumo alimentar, que varia de acordo com a renda, os graduandos fazem - em média - 3,5 refeições por dia; já 40% dos entrevistados não realizam qualquer tipo de atividade física.

Isso tudo compromete o rendimento acadêmico e a própria qualidade de vida.

Daí surge o objetivo da Revista Quintindica: ser uma mídia que apresenta opções são-joanenses de lazer, para contemplar os mais de 7,8 mil universitários, com informações úteis sobre a cidade.

O lazer abrange toda atividade que a gente faz no nosso tempo livre, seja para relaxar, divertir ou se entreter. Destaca-se ainda que ele é um direito do cidadão, conforme cita a Constituição de 1988.

Reservar momentos para o lazer é fundamental para que os estudantes tenham o seu desenvolvimento profissional completo, evitando danos físicos e mentais por sobrecarga de certas demandas dos cursos em que estão matriculados.

Em nome da equipe, espero que goste do conteúdo.

Boa leitura!

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Arthur Raposo Gomes, editor-chefe

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Confira Andar com fé eu vou…................................................................................................04 Turismo de Aventura .................................................................................................05 Resistência Negra.......................................................................................................09 Trilogia Catifunda........................................................................................................12 Cortes na UFSJ retiram R$ 17,4 mi na economia................................................14 Sentinelas Sonoras.....................................................................................................19 Veganismo e vegetarianismo fazem bem para a saúde e o bolso...................24 O cineasta, a modernista e o parnasiano...............................................................28 Uma nova alternativa cultural...................................................................................31 Para os cinéfilos de plantão!.....................................................................................33 Suas Férias com a Netflix..........................................................................................34 Roteiros poéticos, ler o que se vê............................................................................35 Vem aí, Del Rei Expo!..................................................................................................38 Memórias e protagonismo feminino inspiram peça infantil .............................39

Expediente

Professora Coordenadora: Najla Passos (RP: 646-MT).

Editor-Chefe: Arthur Raposo Gomes.

Editoras Assistentes: Júlia Ribeiro e Yasmim Nascimento.

Editora de Arte: Isabela Souza.

Publicidade: Emerson Alves, Mariana Carvalho, Rafaela Pelegrino e Yasmim Nascimento.

Pauta: Ana Tomassini, Daniela Mendes e Júlia Ribeiro.

Site: Felipe Souza, Mayara Resende e Thauana Gomes.

Redes Sociais: Bárbara Morais, Emerson William, Fernanda Nakashima e Mayara Resende.

Diagramação: Giulia Muraro, Isabela Souza, Jéssica Rios, Kamila Amaral e Karen Lino.

Revisão de texto: Cléo Morais e Mariana Carvalho.

Revista produzida pelo 5º período do 1º semestre/2019 do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da UFSJ. Contato pelo e-mail: revistaqu31intindica@gmail.com

junho de 2019

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Andar com fé eu vou…

Feriado em São João del-Rei homenageia mulher preta, pobre e milagreira Ana Gualda, Karen Lino e Rafaela Pelegrino

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partir deste ano, São João del-Rei vai parar em todo 14 de junho para homenagear uma mulher negra, simples, filha de ex-escrava, que dedicou sua vida aos pobres. No último dia 21 de maio, a Câmara aprovou o feriado municipal que resgata a memória de uma das mais emblemáticas personalidades da cidade, a beata Francisca de Paula de Jesus, a Nhá Chica.

Mais conhecida como “Santa de Baependi”, Nhá Chica nasceu em meados de 1810, em Santo Antônio do Rio das Mortes, distrito de São João del-Rei. Poucos documentos contam a história desta mulher que passou seus dias aconselhando e cuidando dos menos afortunados, ganhando o título de “Mãe dos Pobres”.

O início da campanha de canonização de Nhá Chica se deu em meados de 1952, mas foi só em 1991 que a Congregação das Causas dos Santos

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Monumento de Nhá Chica que marca entrada do distrito do Rio das Mortes Foto: Karen Lino

do Vaticano lhe concedeu o título de “Serva de Deus”. O grande milagre atribuído à ela é o caso da professora Ana Lúcia Leite, moradora de Caxambu, que teria sido curada de um grave problema no coração apenas pelas orações à Nhá Chica.

Em 2011, o milagre foi reconhecido. A comissão médica da Congregação chegou à conclusão de que a cura da professora não teria explicações científicas plausíveis.

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Nova modalidade olímpica ganha espaço na Serra do Lenheiro Foto: Cleo Moraes

Turismo de Aventura Opções alternativas para fugir dos roteiros turísticos tradicionais Mariana Carvalho

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ncluída na lista de novas modalidades para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, a escalada esportiva é uma opção para quem quer se aventurar na natureza, curtir belas paisagens e de quebra se exercitar. A prática, que ganha cada vez mais cobertura da mídia, tem origens que remetem ao

século XVIII, quando alpinistas começaram a desenvolver técnicas que os permitissem avançar por caminhos mais difíceis nas montanhas. Em termos gerais, considera-se escalada a subida vertical com superação de obstáculos, podendo ser praticada em montanhas, falésias e paredões junho de 2019

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Q rochosos ou de gelo.

Não demorou muito para que diferentes modalidades e estilos surgissem. Escalada livre, esportiva e boulder são três das nove opções que o escalador pode escolher, variando entre níveis de dificuldade e segurança, com utilização de equipamentos ou não.

Em São João del Rei, localizada na mesorregião do Campo das Vertentes, como o próprio nome já diz, possui um relevo ondulado popularmente conhecido como “mares de morro”, ideal para os amantes de escalada. E é na Serra do Lenheiro que tudo acontece.

Webert Resende pratica o esporte há nove anos e conta como tudo começou. “Foi em um dia de recreação do cursinho pré-vestibular em 2010. Fomos para a serra fazer escalada e rapel. Depois não parei mais.

Ele desenvolveu a técnica e atualmente dá cursos de escalada para iniciantes.

Um dos grupos, orientado por Webert, se encontra religiosamente aos sábados de manhã. A modalidade escolhida por eles é a esportiva, onde o escalador fica o tempo todo 06

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preso a uma corda conectada à “cadeirinha”, equipamento de segurança preso ao quadril e às pernas para dar sustentação. “A gente brinca que é mais seguro do que jogar futebol”, conta.

A corda de proteção é ligada a uma estrutura de metal pregada na rocha e que recebe o nome de chapeleta. Cada trajeto de escalada é chamado de via e faz parte de um setor.

A criação de um novo trajeto é “conquistar a via” e ela será batizada com um nome que remeta a uma história do conquistador. Na serra uma delas tem o nome de Ave Maria, porque o escalador caiu e na hora chamou o nome da santa.

Existem também as vias Chega de Graça, Purgatório, Livre Arbítrio e por aí vai.

William Teixeira participou da escalada pela segunda vez e conta que no início dá um pouco de insegurança até aprender a confiar no equipamento. “É uma luta com você mesmo, para perder o medo, aprender a ter força e resistência”, diz.

Escalar exige muitos movimentos de braços e pernas, por isso, é importante estar equipado se quiser garantir um bom

Foto: Cleo Moraes

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Escalar exige muitos movimentos de braços e pernas, por isso, é importante estar equipado se quiser garantir um bom desempenho.

Foto: Cleo Moraes

desempenho. Para as mãos, é utilizado o pó de magnésio para diminuir o suor e melhorar o atrito com as agarras. Nos pés, o calçado ideal é a sapata, uma espécie de sapatilha que garante mais precisão de movimentos.

Glaucio Silva participa de grupos que utilizam outros setores da serra. Ele, que escala há cinco anos, percebe como a prática melhorou sua forma de encarar a vida. “Ter mais paciência nas dificuldades, na tomada de decisões e o equilíbrio de saber a hora de recuar ou continuar”, conta.

A divulgação dos encontros é 08

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feita principalmente através do boca a boca e também em grupos de WhatsApp. O ponto de encontro é na serra e o acesso é pelo bairro Tejuco. Sempre tem carona solidária!

Guia de Sobrevivência na Serra Nunca vá sozinho; Leve sempre água e lanche para passar o dia; Para a escalada, é importante ter o sapato adequado e cadeirinha; E lembre do protetor solar e boné!

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Resistência negra Espaço P trabalha auto-estima das pessoas periféricas e pretas Luciana Petersen

Lara posando com suas tranças azuis.

Foto: Bárbara Morais

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Brasil tem um passado escravocrata e um presente racista. É o país que mais traficou africanos para o trabalho escravo e o último a “abolir” a escravidão.

O censo geral do Brasil de

1872 indicava que, em Minas Gerais, 370 mil pessoas eram escravizadas, sendo a província de maior estatística do Brasil.

No mesmo ano, São João-del Rei apresentava uma população total de 36 mil habitantes, entre eles 8 mil escravizados.

São João del-Rei é uma cidade construída com sangue negro.

Uma caminhada por suas ruas é suficiente para atestar isso.

Mas, para além do legado de violência, é um lugar onde negros existem e resistem. Segundo o IBGE, 41% da população são-joanense é negra.

A geógrafa Bruna Lúcia dos Santos afirma que um dos legados da escravidão na cidade é a segregação espacial. “Mesmo que o número da população negra autodeclarada seja menor em São João, a maior parte dele se concentra nos morros e bairros periféricos da cidade”, afirma. junho de 2019

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Q São João, a maior parte dele se concentra nos morros e bairros periféricos da cidade”, afirma.

Essa história de resistência negra está marcada na ancestralidade de Damyana Silva, trancista e idealizadora do Espaço P, um estúdio de estética negra com foco em tranças. Sua família biológica foi uma das primeiras a morar no Ribeirão, uma cachoeira no final do bairro Senhor dos Montes. “É um buraco, muito longe. Eu fico pensando porque os pobres vão se afastando do centro, principalmente uma família preta. Não por ser um lugar escasso, mas

um lugar escondido. Um lugar só nosso”, acredita.

Damyana é militante e considera a resistência negra na cidade massacrante e cansativa. Ela conta que os grupos de Maracatu e Congado enfrentam há anos os mesmos problemas enfrentados pela organização do “Rap na Bika”, evento de rap e hip-hop que ocorria na praça da Biquinha, no Tijuco, mas está paralisado por falta de apoio. “É muito cansativo e bem desrespeitoso. O que salva é o amor que a gente tem pelo que a gente faz”, explica.

Na Igreja do Rosário os negros escravizados faziam seus cultos e reuniões religiosas.

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Foto: Bárbara Morais

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Estética Negra Quando chegamos ao Espaço P, Damyana estava trançando o cabelo de Lara, uma menina negra que queria ficar igual a Rapunzel. “Mas a Rapunzel dela é diferente, é pretinha e trançada”, conta Damyana. Essa é a missão do Espaço P: trabalhar a estima das pessoas periféricas e pretas.

Damyana considera a estética importante porque é uma forma de brincar com a moda, se empoderar e transmitir uma mensagem. “Quando as meninas colocam trança, eu acho que elas querem dizer para o mundo que estão se encontrando consigo mesmas”, comenta.

O Espaço P funciona na R. Joaquim de Assis Pereira Mestre, n. 380, no bairro Dom Bosco, e oferece aplicação de tranças nagô, dread de lã e box braid. Os preços variam de R$25 a R$130.

Para agendar, basta entrar em contato pelo WhatsApp (32) 9 9809-9861.

Resistência em forma de tranças.

Foto: Bárbara Morais

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tRILOGIA CATIFUNDA Driblando a falta de recursos, Grupo de Teatro do Sr. dos Montes lança 3º filme João Justino

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cinema é uma arte acessível para todos? O grupo de teatro são-joanense do bairro Senhor dos Montes aposta que sim. Com o filme “O Milagre da Catifunda” já em fase de edição, eles provam que é possível driblar até mesmo a falta de recursos. “Você tem que fazer um pouquinho de tudo: produção, direção, edição e artista... e sem ter nenhum centavo para estrutura”, afirma o barbeiro Fernando Souza, que dirigiu o filme ao lado do porteiro Flávio da Costa.

Na arte do teatro amador desde 1995, Fernando é membro atuante do grupo do Sr. dos Montes, voltado para espetáculos bíblicos em São João del-Rei. Um deles você talvez já tenha visto: “Soltem Jesus, prendam Barrabás” - a

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Encenação feita pelo grupo em 2018 Foto: Acervo pessoal

encenação da Paixão de Cristo - conta com mais de 500 mil visualizações no YouTube.

Com orçamento praticamente zero, eles contaram com a atuação voluntária de 70 artistas. A trupe vendeu rifas para custear os R$ 2 mil dos câmeras Arimateia e filho.

A edição, também voluntária, está por conta do Michel Montadon, técnico da UFSJ e

Q coordenador do projeto de extensão CineNave.

Sucesso no bairro e reconhecido na cidade, o primeiro filme “O Velório da Catifunda” foi lançado em 2012 no CineGlória, e alcançou 3 mil pessoas no YouTube. Em 2014, foi a vez de “Herdeiros da Catifunda”, que já tem mais de 21 mil visualizações. Com o terceiro filme, Fernando espera encerrar a trilogia.

“A história da Catifunda surgiu num bate papo da barbe-

aria, com o Flávio (co-diretor).

Queríamos mostrar o velório que ninguém comenta. As conversas de pessoas que vão à cerimônia para prestar homenagem, que não são da família e, portanto, não ficam tão tristes”, conta Fernando.

Planos para o futuro? Lançar um livro com a história desse já clássico são-joanense. “Temos que valorizar o amador.

Nada nasce perfeito. E todo mundo pode fazer qualquer coisa”, disse o barbeiro.

SINOPSE Catifunda era uma senhora de muitas posses que faleceu.

O primeiro filme fala sobre o seu velório. No segundo, seus herdeiros disputam a herança. De repente, o delegado da cidade descobre que ela morreu envenenada. Enquanto isso, um deputado que teve campanhas patrocinadas pela Catifunda tenta aliciar os herdeiros para que mantenham o financiamento. O padre também entra na disputa por uma boquinha na grana da morta. Para o terceiro curta, as eleições acontecem e o resultado abala a cidade. Só um milagre pode salvar essa história.

Será que Catifunda é santa?

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Cortes na UFSJ retiram

Felipe Souza e Fernanda Nakashima

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ão são raros os “estranhamentos” entre os barulhentos estudantes da UFSJ e a conservadora população de São João del-Rei, que abriga três dos sete campi da instituição. Mas uma coisa é certa: o corte de 32% das verbas da UFSJ afeta a todos. Além dos prejuízos para o ensino, a pesquisa e a extensão, pelo menos R$ 17,4 milhões deixarão de circular na economia.

De acordo com o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFSJ, Gustavo Melo Silva, o orçamento geral da instituição para 2019 era de aproximadamente R$ 337 milhões. Desse total, R$ 278 milhões são direcionados ao pagamento de aposentados, professores e técnicos

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administrativos e estão garantidos. O corte atingiu em cheio foram os R$ 57,9 milhões restantes, destinados às chamadas despesas discriminatórias.

Conforme o orçamento, a verba para essas despesas seria distribuída da seguinte forma: R$ 12 milhões para o Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes); R$ 3 milhões em bolsas de iniciação científica, extensão, mestrado e doutorado; R$ 30 milhões em pagamento de contratos; R$ 2,5 milhões em energia elétrica e o restante para manutenção de cursos e departamentos.

Silva assegura que, por hora, as bolsas dos estudantes estão garantidas, assim como o pagamento dos funcionários terceirizados e das despesas já contratadas. Mas se o bloqueio de verbas continuar por um período maior ou for ampliado, os contratos entre a UFSJ e os funcionários da limpeza, vigilância, jardinagem, dentre outros, serão revi-

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R$ 17,4 mi da economia

Pesquisa aponta que 99,1% dos universitários são-joanenses utilizam os supermercados.

Foto: Leonardo Emerson

sados a fim de adequar à nova expectativa orçamentária. Em outras palavras, haverá desemprego.

Segundo o professor de Economia da UFSJ, Múcio Gonçalves, os cortes acarretam queda na geração de lucro para o comércio e para o setor de serviços. Não é só a universidade que deixa de comprar insumos e contratar insumos na região. Estudantes, professores e junho de 2019

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Q técnicos também deixam de consumir nas cidades que sediam os campi da UFSJ, em casos de greves e paralisações, por exemplo.

Gonçalves alerta que, se a situação se agravar, há risco de que o público do meio acadêmico que não é da cidade em que estuda ou trabalha retorne ao seu município de origem – potencializando esse prejuízo.

Só a UFSJ possui cerca de 7,8 mil estudantes que gastam, em média, R$ 1 mil por mês para cursarem a faculdade, conforme pesquisa inédita realizada com 457 alunos pela reportagem da Quintindica. Somam-se a eles, os 850 professores e 550 técnicos, com poder aquisitivo maior.

A estudante de Arquitetura e Urbanlismo da UFSJ, Lavínia Gregatti, está preocupada. Natural de Lambari, sul de Minas, ela gasta em torno de R$ 800 por mês para se manter em São João del-Rei. Seus principais gastos são com supermercado e farmácia, os mesmos locais frequentados pela maioria dos estudantes que respondeu à pesquisa.

Moradora de república não tradicional, ela divide R$ 975 de despesas com as colegas. “Se ocorrer uma greve duradoura, podemos até vir a rescindir nosso contrato de aluguel”, menciona.

Diretor-jurídico do SindComércio de São João Segundo o professor de economia da UFSJ, Múcio Gonçalves, a UFSJ tem del-Rei, Emanuel Vitoregrande influência na economia local. li, afirma que a entidade Foto: Leonardo Emerson

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não possui uma pesquisa sobre o impacto da universidade e seus agentes na economia do município, mas reconhece que tal grupo tem grande relevância em setores como o de mão de obra, construção civil, alimentício, mobiliário, entre outros. junho de 2019

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Corte x contingenciamento

Segundo a pesquisa, repúblicas tradicionais representam 29,5 % das moradias na cidade. Na foto, as meninas da República Maria Cuervo.

Foto: Leonardo Emerson

O governo Bolsonaro e seus apoiadores afirmam que o que houve foi um contingenciamento – bloqueio de verbas feito para conter gastos. Já seus críticos alegam que foi um corte – que é definitivo. Mas, a respeito da disputa de narrativas, o efeito prático imediato do contingenciamento ou do corte é o mesmo: menos dinheiro circulando na 18

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economia.

O processo de bloqueio de verbas da educação vem ocorrendo de forma contínua desde o início da crise econômica e política do país. Segundo o pró-reitor, de 2014 a 2018, a UFSJ sofreu cortes de aproximadamente R$ 50 milhões.

O congelamento de recursos é determinado após análise da Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima a quantidade de impostos arrecadados para a elaboração do planejamento de quanto e onde se deve gastar. “Quando o valor está abaixo é que acontece bloqueio de orçamento, então deve-se gastar menos”, explica Silva.

O novo corte anual em maio pelo governo Bolsonaro traz impactos mais profundos pela sua proporção. No país inteiro, foram R$ 5,8 bilhões bloqueados para a educação infantil, universidades públicas e institutos federais.

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Sentinelas Sonoras Museu dos Sinos, localizado em São João del-Rei, resgata uma das principais tradições da cidade Kamila Amaral

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m uma cidade com forte influência barroca, como São João del-Rei, talvez um ambiente moderno e minimalista não seja o que se espera de um museu. Essa é a primeira surpresa que o Sentinelas Sonoras, o Museu dos Sinos, localizado na Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, oferece aos visitantes.

As peças que compõem o acervo são muitas vezes centenárias, mas o espaço conta com painéis interativos, tablets e até uma pequena sala de documentário. Os sinos expostos no museu são uma atração à parte.

De antiquários e coleções particulares ao Mercado Livre, eles vieram de vários cantos do país.

Além das diversas peças expostas, o museu conta a história e evolução dos sinos, como eles surgiram, o processo de fundição e transformação da

fôrma e os toques. “Os sinos sempre foram e continuam sendo um meio de comunicação”, é o que diz o sineiro e funcionário do museu, Samuel Viegas Morais. Ele destaca que os toques dos sinos em São João del-Rei são muito antigos e que os moradores dos entornos das igrejas muitas vezes acabam aprendendo os significados de tanto escutar.

Sobre a visitação, Morais conta que, em finais de semana normais, o museu recebe cerca de 100 pessoas por dia, mas em feriados esse número chega a dobrar. “O nosso grande público são os turistas, o pessoal da cidade normalmente vem uma vez só para conhecer mesmo”, diz. O museu está aberto a visitação de quinta a domingo, exceto nos horários de missa. A entrada é gratuita.

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Vista da torre da igreja Nossa Senhora do Carmo.

Foto: Bรกrbara Morais

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O museu propicia a mistura do antigo e do digital Foto: Bรกrbara Morais

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Outra atração do museu é a visitação à torre dos sinos, para a qual é cobrada uma taxa de seis reais por pessoa. A visita guiada pode ser feita durante o horário de funcionamento do museu e a torre comporta um grupo de até oito pessoas. As escadarias são estreitas e tem muitas curvas, mas apesar dos contratempos, ao chegar lá no alto a vista da cidade compensa.

Vale lembrar aos visitantes que não adianta insistir, pois os sinos não podem ser tocados fora dos horários de missa.

O museu está localizado no 2° andar da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na Praça Carlos Gomes, Centro de São João del-Rei.

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Veganismo e vegetarianismo fazem bem para a saúde e o bolso Emerson Wilian

Torta de batata doce com recheio de cogumelos.

Foto: Ana Tomassini

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rutas, verduras, legumes… e nada de carne. Essas são as bases do veganismo e vegetarianismo, cada vez mais apreciados pelo público universitário.

Uma pesquisa do Ibope de maio de 2018, indica que o número de adeptos deste tipo de dieta dobrou nos últimos seis anos, chegando a 29 milhões de pessoas.

Os estudantes da UFSJ Pedro Henrique Lopes e Carlos Eduardo

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Cores e sabores. Foto: Ana T

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Toques finais.

Foto: Ana Tomassini

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Portela acreditam que este tipo de alimentação faz bem para a saúde e para o bolso. Moradores da República A, B ou C, eles alternam entre fazer almoço em casa, almoçar no restaurante mais próximo e nos restaurantes Popular e Universitário.

Na República, existe ainda mais um vegetariano e um carnista. Os vegetarianos acabam gastando menos com alimentação. Quando almoçam em restaurante, cada vegano ou vegetariano gasta R$ 6. Quem opta por um prato com carne paga adicional.

Uma boa dica que eles dão para equilibrar os gastos é cozinhar em casa: um almoço caseiro sem carne custa, em média, R$ 25, dividido para os quatro. E, geralmente, ainda sobra para o jantar.

O R.U. oferece opção vegetariana variada e a refeição sai por R$ 2,75. Já no Restaurante Popular, o almoço é R$ 2,50 e não dispõe de opção vegana ou vegetariana.

“As pessoas creem que nós só somos saudáveis se comermos carne. Mas isso não é verdade”, afirma Pedro Lopes. junho de 2019

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Q Os estudantes percebem que, ao adotar essa dieta, obtiveram uma melhora em relação ao corpo, principalmente, no funcionamento intestinal, além de se considerarem mais saudáveis.

A nutricionista Maria Reis concorda com os efeitos identificados pelos estudantes e completa citando outros benefícios, como a redução do colesterol, diminuição da propensão ao câncer e do índice de glicose sanguínea, através da quantidade de fibras, frutas e legumes.

No entanto, Maria pondera que “é importante que não ocorra a ex-

clusão de nutrientes. Por exemplo,a combinação de proteínas vegetais, como arroz e feijão, forma proteína completa. Ao excluir alimentos de origem animal, estamos deixando de consumir nutrientes como a vitamina B12, cálcio, ferro e zinco.

A B12, por exemplo, é um micronutriente encontrado exclusivamente em produtos de origem animal e utilizado na síntese de glóbulos vermelhos, atuando na prevenção da anemia. Uma das possíveis alternativas para suprir o consumo desses nutrientes é através de suplementação”.

Rabanete ao molho agridoce.

Foto: Ana Tomassini 26

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Direto da horta.

Foto: Ana Tomassini

Anote a dica!

A administradora e cozinheira Rose de Deus comanda o Espaço Calêndula e foi a pioneira deste tipo de culinária na cidade. Iniciou vendendo pães integrais em São João del-Rei e depois ampliou pela região, principalmente Tiradentes, onde é chamada de “Arroz Integral”.

Em 2002, criou o Calêndula para oferecer comidas vegetarianas e veganas sem glúten. ores”, conta. egundo ela, seu principal público sempre foi o da universidade: “muitos alunos e professores vinham comer no restaurante e meu objetivo sempre foi fazer comida a preço acessível. Hoje, abro

meu espaço para que estudantes sejam meus colaboradores”, conta.

Atualmente, o Espaço Calêndula só funciona através de reserva, tendo também um hostel, comércio de congelados das culinárias vegana e vegetariana e produção de buffet em eventos. Rose ainda ministra workshops para levar esse padrão de dieta adiante, já que considera importante o conhecimento por parte da população.

O Espaço Calêndula fica na R. Tenente Gentil Palhares, n. 175, Largo da Cruz, São João del-Rei. junho de 2019

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Entre tragos e reflexões, o cineasta narra sua trajetória. Foto: Thauana Gomes

O cineasta, a modernista e o parnasiano Cleo Moraes

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ércules Gouveia é calmo e sucinto. O diretor do curta “Modernistas e Parnasianos” acendeu um cigarro antes do início da entrevista. Era como conversar com Clarice Lispector, naquela icônica entrevista à TV Cultura. Com apenas 21 anos, o estudante de Teatro da UFSJ sempre teve o projeto do filme, já que começou estudando cinema por conta própria. Encontrou em São João del-Rei as pessoas certas para realizá-lo. “Cheguei aqui no Teatro e ator é que não

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falta”, destaca.

“Todo mundo que cresceu estudando cinema comigo queria fazer um filme, mas ninguém fazia. Eu falei ‘Cara, eu vou fazer, não deve ser difícil’”, conta Hércules com muito bom humor. Ele começou escrevendo a história em uma aula de literatura, antes mesmo da faculdade. Obstinado, quer lançá-lo em festivais para dar visibilidade ao seu produto.

“Quando passei em Cinema em São Carlos, desisti e vim fazer Teatro aqui. O Coppola não é for

Q mado em Cinema, mas em Teatro, e fez ‘O Poderoso Chefão’!

Então se tem alguma resposta, tá lá. E tava mesmo, tá aqui na UFSJ”. Como diretor e roteirista, Hércules contratou uma produtora. Amaury Lopes, da Octa Filmes, fez a direção de fotografia e edição. Gravado em São João del-Rei, com cenas no Solar da Baronesa, Barteliê, Estação, Leite de Castro… o filme é um verdadeiro roteiro turístico. “A gente explorou a cidade. São João é muito bonita”, explica.

Os personagens Marcelo, Clarice e Isaac são interpretados por Hércules Gouveia, Halina Cordeiro e Nelson Bruno Delfino: “Eu, Halina e Nelson ficamos três meses ensaiando. Foram três meses conversando pra gravar em três dias”, diz.

O nome “Modernistas e Parnasianos” faz referência aos personagens Marcelo e Clarice. “É uma metáfora do encontro do modernismo e do parnasianismo que tá nos personagens. O romance deles é o embate artístico entre os dois movimentos”, narra o diretor.

O trailer, lançado no YouTube, mostra o que esperar da obra

completa: é extremamente estético, com uma fotografia agradável e com referências artísticas.

“Tenho costume, nos roteiros, de sempre escrever a luz, o que eu aprendi nas aulas de iluminação da faculdade. A ideia era trabalhar o vermelho e o que ele simboliza, e os quadros do Edward Hopper que retrata a solidão moderna urbana”, explica Hércules sobre a fotografia.

Edward Hopper, Stairway at 48 Rue de Lille, Paris, 1906 junho de 2019

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Q Sobre a escolha da trilha sonora melancólica, ele responde: “música clássica é de graça, aí eu uso a rodo”. Mas tem um segundo motivo: “sempre estudei música clássica. Quando passei para os filmes, fiquei nesse gênero mesmo. Aos poucos, vou quebrando isso, mas por enquanto dá um toque artístico, já que é um filme sobre arte”.

O momento chave para a concretização de filme foi a depressão de Hércules. “No começo do ano passado tive depressão muito forte, daí voltei pra casa por um semestre e já tinha desistido. Não queria nem voltar pra cá”. Após meses pensando em desistir, no primeiro dia do semestre seguinte, decidiu

Cena retirada do trailer faz referência aos quadros de Edward Hopper.

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Hércules, com um quê de Lispector, no Campus Dom Bosco (UFSJ).

Foto: Thauana Gomes

fazer o filme. “Halina aceitou o importante papel de Clarice e deu tudo certo, porque pessoas acreditaram em mim também”, desabafa.

Ao final da entrevista, Hércules se mostra grato: “Nesse momento que a gente tá, eu posso agradecer de coração a influência que a universidade pública me deu. Temos sempre que mantê-la, fazer de tudo para não reduzir e sucatear. O filme surgiu na universidade por causa da universidade, então tenho que agradecer”.

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Uma nova alternativa cultural Emerson Alves

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Cine Museu é realizado pelo Museu Regional de São João del-Rei com o intuito de promover a discussão de temas relevantes através de filmes. Sendo uma atrativa opção cultural para moradores e turistas, as exibições acontecem duas vezes por mês e são escolhidas pelos setores educativo e da comunicação, após sugestões dos outros colaboradores da instituição.

Ana Maria Oliveira é técnica em assuntos educacionais e participa da definição dos longas desde a primeira sessão, em março. Para ela, “além da função tradicional (que é preservação e exposição de acervos), museus devem ser espaços de encontro, diálogo e partilha de conhecimento e experiência. As sessões de cinema seguidas pelo debate criam o ambiente propício para isso”.

Casarão histórico se transforma em sala de cinema.

Foto: Rafaela Pelegrino

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Confira os filmes de julho Túmulo dos Vagalumes 10/07 Uma animação japonesa de 1988, que se passa na cidade de Kobe, Japão Imperial, e é amplamente aclamada pela crítica.

Esse filme traz a história de dois irmãos, Seita e Setsuko, na luta para sobreviverem aos últimos meses da Segunda Guerra Mundial.

Mesmo sendo situado em um triste período, o esforço dos protagonistas para proteger seus entes queridos é inspirador. A única luz que eles têm para se apegar e acompanhá-los nessa jornada sombria são as dos vagalumes.

jecionista que tinha um enorme coração.

Em seguida, todos os episódios do jovem chegam em forma de lembrança quando Toto, consolidado como um grande cineasta, fica sabendo que Alfredo faleceu. Lágrimas são certas nesse clássico que encerra as dicas de cinema alternativo.

O Museu Regional fica na R. Marechal Deodoro, n. 12, no Centro de São João del-Rei.

Cinema Paradiso 24/07 Também de 1988, retrata anos que antecederam a chegada da televisão em uma pequena cidade italiana. Lá, o garoto Toto ficou encantado pelo cinema local e virou amigo do Alfredo, pro32

Quint indica

A sede do Museu pertenceu ao comendador João Antônio da Silva Mourão (1806-1866) Foto: Rafaela Pelegrino

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Para os cinéfilos de plantão!

Emerson Alves

Para você que ama ver um bom filme na grande tela, nós da Revista Quintindica temos uma notícia maravilhosa: ótimos filmes entram em cartaz nas próximas semanas. Confira!

de criaturas elementais que vem aterrorizando a Europa.

O Rei Leão 18/07/2019

Homem-Aranha: Longe de Casa 04/07/2019

Foto: Poster de divulgação

Foto: Poster de divulgação

Após os acontecimentos de “Vingadores: Ultimato”, Peter Parker volta para mais uma aventura, ainda tentando superar a traumática batalha contra Thanos.

Nesse filme, o Homem-Aranha tenta curtir um período de férias com seus amigos, mas os planos serão interrompidos por Nick Fury, que pedirá sua ajuda para solucionar o mistério de ataques

Uma história clássica que ultrapassa gerações. O remake de O Rei Leão chega as telonas, 25 anos depois da animação original.

Não importa a idade, você tem que assistir a jornada de Simba, desde a morte de seu pai Mufasa, até a sua reivindicação do trono de rei da selva que havia sido roubado pelo tio malvado, Oscar.

Não vai querer perder, né?

junho de 2019

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Suas Férias com a Netflix Lorena Neri

Está sem programação para as férias? Não se preocupe: a Netflix traz produções que vão te fazer viajar sem sair do sofá.

Se liga nos lançamentos!

La Casa de Papel

Stranger Things

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

“Depois de 4 de julho, nada será como antes.” – A série de ficção científica ficou popular, principalmente, por ser uma verdadeira carta de amor dos anos 80.

A promessa para terceira temporada é de fortes emoções.

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Quint indica

A série mais procurada pelos brasileiros no Google em 2018 se tornou a produção de língua não inglesa mais assistida da plataforma de streaming.

“As férias acabaram.” – Foi assim que a Netflix divulgou a continuação da saga do roubo da Casa da Moeda. Com estreia prevista para 19 de julho, a terceira temporada promete te deixar sem fôlego, assim como nas duas primeiras.

Acho que você vai maratonar, né?

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Roteiros poéticos, ler o que se vê Eugênio Sávio. Foto: Divulgação do autor

Daniela Mendes

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ara quem gosta de viajar e viver uma experiência além de só passear superficialmente por calçadas, o aconselhável é ler e se informar sobre o lugar visitado. Um leitor está sempre mais sensível às belezas de um lugar. Mesmo o morador, que se deixa banalizar pelo cotidiano, pode se beneficiar de livros sobre sua cidade para redescobrir o lugar que habita com o mesmo prazer de um turista.

Um bom exemplo é o livro “Uma

história de amor e música – São João Del Reisica – São João Del Rei, Prados, Tiradentes”, de 2013. Trata-se de uma reportagem do casal de jornalistas Celso Nucci e Marilia Scalzo. Eles possuem uma casa de veraneio em Tiradentes e, ao perceber a íntima ligação do Campo das Vertentes com a música, decidiram pesquisar sobre o assunto.

Assim, os dois partiram junto com o fotógrafo Eugênio Sávio, numa pequena expedição por junho de 2019

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Q essas cidades.

Foram mais de 70 entrevistas com instrumentistas desses municípios, além das fotografias. Ao tentar entender como uma atividade nascida ainda no período colonial continua sendo realizada com fidelidade até o século XXI, o trio percebeu a maneira que essas comunidades preservaram o seu reportório de música sacra e profana – captando, assim, uma parte essencial da identidade local.

Essa forma mais apurada de registro é, segundo o fotógrafo e arquiteto, Cristiano Mascaro, “a essência”. Ele traz no eixo da sua obra uma visão mais íntima

das cidades e consegue fazer a passagem do particular para o universal.

O livro “Tiradentes - um olhar para dentro” ilustra isso. Ao invés de se prender aos altares cobertos de ouro, às igrejas barrocas e às construções solenes, o foco é no interior das casas, nos moradores e no cotidiano da cidade, além dos detalhes das ruas e dos becos. Aspectos mais íntimos, que chamam para uma reflexão sobre a identidade da cidade a partir do olhar do visitante.

Lívia Gallo. Foto: Divulgação da autora 36

Quint indica

Vem aí, Del Rei Expo!

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Com agenda de shows regionais e nacionais, evento fomenta economia e entretenimento Thaís Fernanda

Parque de Exposições fica lotado em recorde de público com Maiara & Maraísa na Del Rei Expo 2017. Foto: Divulgação

Gustavo Lima, Zé Neto & Cristiano e Diego & Victor Hugo são algumas das atrações da Del Rei Expo, realizada de 14 a 19 de agosto no Parque de Exposições de São João del-Rei. 30 mil pessoas são aguardadas para curtir as atrações nacionais, regionais e do gospel. Além de trazer diversão, o encontro reúne produtores rurais em ações como torneio leiteiro e exposição de animais.

O passaporte pista para todos os dias pode ser comprado a partir de R$ 100. Os ingressos individu-

ais variam de R$ 40 a R$ 70, inteira e meia-entrada. Setores open bar estão disponíveis a partir de R$ 150 para Camarote e R$ 70 para Área Vip. Os portões abrem às 21h. Promoções de cerveja e descontos no estacionamento oferecidos na edição 2018, que teve recorde de público, serão divulgados a poucos dias do evento.

Para conferir a programação completa e pontos de venda, acesse: facebook.com/delreiexpooficial. junho de 2019

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AGENDA QUINTINDICA 3 QUARTA

Aniversário Barteliê – Viva Novas Experiências!

18h

Rua da Cachaça, em São João del-Rei O famoso bar, ateliê e galeria no centro histórico da cidade irá celebrar o seu funcionamento.

12 E 13

Carrancas Blues – 1ª edição

SEXTA E SÁBADO

Começa dia 12 às 19h

Hostel e Camping Tira Prosa, em Carrancas

Duas noites com grandes shows de blues nacional e internacional.

13

SÁBADO

Festival de Inverno BQ - Skank 19h

Estacionamento do Barbacena Shopping, em Barbacena Turnê da banda traz grandes sucessos como “Garota Nacional” e “Partida de Futebol”.

19

SEXTA

NeanderTais & Band of Tinahalla: Homenagem a Delmo 21h Gino’s il Candelabro, em Barbacena

Evento em homenagem a Delmo, ex-vocalista do Cabeça Dinossauro – Titãs Cover

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Inverno Cultural

Programação a ser divulgada

O tradicional evento da UFSJ chega a sua 31ª edição.

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Agenda fechada em 06 de junho de 2019 Quint indica

JULHO

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Memórias e protagonismo feminino inspiram peça infantil As descobertas de duas meninas em um mundo imaginário são contadas por grupo teatral Thaís Fernanda

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Teatro da Pedra tradicionalmente leva encanto e emoção em suas apresentações por São João del-Rei. Dessa vez, o grupo apresenta o espetáculo “A Incrível Aventura de Agnes Sabida e Joana Destemida”, destinado ao público infantil, envolvendo muito ritmo e música ao vivo.

A história é inspirada nas escritas infantis do são-joanense Ronaldo Simões Coelho e apresenta as aventuras de Agnes e Joana, duas meninas curiosas que constroem aventuras imaginárias a partir de memórias e objetos no sótão da avó.

Foto: Reprodução

Foto: Reprodução

Confira os dias e horários: Compondo a programação do Inverno Cultural, poderá ser vista no dia 20/7, a partir das 16h, na sede do Teatro da Pedra.

Já em agosto, estará em cartaz durante os dias 17, 18, 24 e 25, também na sede do grupo, localizada na Av. Luiz Giarola, n. 2564, no bairro Colônia do Marçal. junho de 2019

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