
1 minute read
CÂNCER DE MAMA E DE COLO DE ÚTERO
from REVISTA APM #27
Ambas são as neoplasias que mais matam mulheres ao redor do mundo, o que se configura como um dos mais graves problemas de saúde pública, de acordo com a OMS. Mundialmente, 2,3 milhões de mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama em 2020, o que totaliza 7,8 milhões nos últimos cinco anos. Também em 2020, 685 mil mortes por câncer de mama foram registradas em todo o mundo, enquanto 28 mil mulheres perderam a vida por câncer de colo de útero na América Latina e no Caribe. De 2010 a 2021, 643.889 mortes prematuras (30 a 69 anos) de mulheres por câncer de mama foram registradas no Brasil, de modo que a doença ocupa o primeiro lugar no grupo mais frequente em mulheres, enquanto o câncer de colo de útero está no terceiro lugar.

Advertisement


No entanto, para ambas as enfermidades, houve redução nas taxas de mortalidade entre 2019 e 2021 – podendo estar associada à mortalidade por Covid-19. De 2010 a 2021, foi observado que os óbitos por câncer de mama e de colo de útero foram maiores entre mulheres de 50 a 59 anos.
São Paulo e Rio de Janeiro são as unidades federativas com os maiores percentuais de mortalidade por câncer de mama, ao passo que Goiás, Amazonas, Amapá e Maranhão registraram as maiores taxas de óbitos por câncer de colo de útero.

Fatores De Risco E Prote O Para Dcnts
As informações da análise apontam que aconteceu uma notável redução na prevalência de fumantes para ambos os sexos entre os anos de 2006 e 2021, chegando a 6,7% para as mulheres. Além disso, o sexo feminino apresenta menor prevalência de consumo abusivo de bebidas alcoólicas em todos os anos de análise, apesar de estar havendo uma tendência de aumento neste cenário, passando de 7,8% em 2006 para 12,7% em 2021.
A maior prevalência de fumantes está na faixa etária de mulheres de 40 a 59 anos. O consumo de álcool, por sua vez, está mais presente em mulheres de 18 a 24 anos. Em relação à obe- sidade, houve maior incremento para as mulheres, que passaram de 12,1% em 2006 para 22,6% em 2021.
A prevalência nas práticas de atividades físicas foi menor entre as mulheres, variando de 22,2% em 2009 para 31,3% em 2021. O Ministério da Saúde destaca que a prática regular de atividades físicas contribui para evitar doenças crônicas não transmissíveis, além de ser uma importante ferramenta para aumentar a qualidade de vida.



As desigualdades observadas apontam a necessidade de políticas, programas e serviços que busquem diminui-las nos grupos expostos aos fatores de vulnerabilidade apresentados neste estudo. Tais ações devem contemplar promoção de Saúde, além de campanhas de prevenção, tratamento e reabilitação, possibilitando o acesso da população aos serviços integrais para, assim, promover uma vida mais saudável a todas as mulheres.
