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DIVULGAÇÃO/JBS

BAYENA SOSA

anos”, diz Azarias. “A capitalização do crescimento interno também se mostrou uma boa oportunidade de negócios para a JBS.” Outra iniciativa recente voltada para o mercado do agronegócio foi a criação da Peninsulpar, uma sociedade entre a brasileira Península Internacional e a paraguaia Dekalpar para construir a maior fábrica de fertilizantes do país, com cerca de 30 milhões de dólares em investimento. Ao lado do agronegócio, a indústria têxtil também vê vantagens em produzir no Paraguai. O chefe do setor comercial da Embaixada do Brasil em Assunção, Hélio Silva Filho, enumera alguns projetos recentes 1 2 no setor: o aporte de 25 milhões de dólares feito pela Paranatex — pro- mente para o mercado externo, que margem de lucro menor, em torno dutora de tecidos do Paraná, perten- responde por 85% do volume comer- de 10%, como os setores de calçados cente ao Grupo Têxtil Apucarana — cializado. e confecção. numa unidade produtiva no país; e a O diretor do departamento de As peculiaridades do Paraguai iniciativa do Grupo Guararapes, do relações internacionais e comércio atraem, além disso, um perfil de Recife (PE), dono da marca de vestu- exterior da Fiesp, Thomaz Zanotto, investidor diferente dos grandes ário Riachuelo, que estabeleceu uma ressalta que essa é uma consideração nomes já estabelecidos no Brasil: o joint venture com a paraguaia Texcin importante para o empresário que empreendedor jovem que cria um para produzir confecções a ser negócio novo no país vivendidas em suas lojas no Bra- CRESCIMENTO MÉDIO zinho para atender o mersil. A catarinense Buddemeyer, cado nacional. É o caso de fabricante de artigos de cama, Alexandre Bazzan, de 34 AMÉRICA LATINA PARAGUAI mesa e banho, também possui anos, o fundador da CorE CARIBE uma unidade produtiva na retinerias del Paraguay. A 2003-2007 4,8% 4,1% gião. empresa, de médio porte e 3,0% 5,3% Esses exemplos sublinham 2008-2014 capital 100% brasileiro, já uma diferença entre o Paraguai 2015-2016 nasceu no país vizinho em -0,3% 3,1% e a China como destinos de in- (projeção) 2008 utilizando o regime vestimentos industriais: para de maquila — está instalaos produtores têxteis brasilei- Fontes: FMI-WEO e Banco Central Del Paraguay. da em Ciudad del Este, a ros, o país vizinho é visto, prin10 quilômetros da Ponte cipalmente, como uma plataforma quer investir na internacionalização. da Amizade. de produção a custos mais baixos “O Paraguai é um país pequeno, com A Cortinerias tem, hoje, 180 funpara abastecer seus mercados de 7 milhões de habitantes; ou seja, me- cionários, todos paraguaios. Beneorigem, no Brasil, enquanto a Chi- nos da metade da população da área ficia matérias-primas brasileiras e na atrai também — ou principalmen- metropolitana de São Paulo”, ele ob- asiáticas e exporta sua produção de te — pelo potencial de crescimento serva. “Não podemos esperar que se cortinas para o Brasil, em parceria de seu enorme mercado interno. A torne um grande centro industrial; exclusiva com uma empresa de disJBS, multinacional global com ven- mas para alguns segmentos funciona tribuição para varejistas, entre eles das no mundo todo, também orienta muito bem.” Na visão de Zanotto, é o as Pernambucanas. Em números de sua produção no Paraguai principal- caso de indústrias que operam com 2014, a Cortinerias era a maior ex-


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