MARCO REZENDE
EDUARDO MOODY
Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez, OAS, Camargo Corrêa e Odebrecht. O objetivo de todos, estimulados pelo governo brasileiro, é estar na linha de frente da ofensiva para conquistar espaço precioso na última fronteira econômica relativamente inexplorada no mundo: a África. Um mercado em crescimento acelerado e pronto acolher quem tiver os produtos, tecnologia, serviços e financiamentos de que o continente precisa.
Pavimentação de rua em Benguela e avenida congestionada em Luanda: tudo por fazer em Angola e na África
Terminadas as guerras civis em Angola e Moçambique e enterrado o apartheid na África do Sul, a África Austral começou a decolar. Com o PIB se aproximando dos US$ 100 bilhões, Angola vem crescendo perto de 20% ao ano desde 2005, graças às grandes reservas de petróleo, que lhe garantem 2 milhões de barris diários. A economia de Moçambique, segundo dados do Banco Mundial, é a segunda a crescer de modo mais
rápido e sustentável em toda a África, com média de 8,2% nos últimos dez anos. A África do Sul, por fim, um país no centro das atenções por sediar a Copa do Mundo de Futebol deste ano, é a maior economia africana, com um PIB per capita praticamente igual ao brasileiro – quase US$ 10 mil. A Odebrecht, pioneira em Angola (chegou em 1984, em meio à guerra civil), é hoje uma potência local: PIB
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