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mulher pode ser o que ela quiser! Esta frase descreve bem Geisebel Aparecida Caetano, 36 anos. Moradora de Lençóis Paulista, ao longo do dia ela desempenha vários papéis. Em casa é mulher, mãe e esposa, e no horário do trabalho é auxiliar de calheiro. Profissão masculina? Para ela não existe nada disso. “Meu marido começou a trabalhar com calhas e desde então me interessei pelo assunto. Já tive medo de subir em telhados, sim, mas passou”, brinca ela, que diz não conhecer outra mulher na região que faça o mesmo serviço. “TEM QUE TOMAR A profissão veio do fruto do relacionamento Ernaldo Balestra. CasaCUIDADO, ESTAR 100% dos há 20com anos, eles dividem a jornada ATENTA AO TRABALHO” entre o convívio em casa e no serviço. “No começo ele chegou a ter empregados, mas há seis anos somos só nós dois”, diz Geisebel. Entre as funções na empresa, ela auxilia no agendamento de orçamentos, na emissão de notas ficas e também na medição e instalação das calhas. GASTRONOMIA> Para saborear um“Subo almoçono telhado seja qual for a altura. Ajudo a saudável e com aqueledobrar gostinhocalhas, de a instalar, tiro as telhas, preparo o comida Delícia de Por: caseira, passe no local”, conta. Sabor. restaurante atende deDesafios? segunda Esses ela enfrenta todos os dias, mas PriscilaOPegatin a sábado, das 10h30 às 14h. O Delícia tira de letra. “Não é fácil trabalhar no sol quente. de Sabor fica nº 386,exige mais dedicação à colocação das caFotogrfi a: na Rua 28 de Abril, Também Lençóis Paulista. O telefone paraquando disk- a obra está só na estrutura. O resto é Cíntia Fotografias lhas entrega é o 3263-0703 e o 99718-7689. tudo normal”, garante.
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MOTIVO DE ADMIRAÇÃO Se para Geisebel a profissão é assim, comum, para quem a vê trabalhando não é. “Ah, tem bastante gente que acha bonito e legal trabalhar com calhas, ainda mais por eu ser mulher. Algumas pessoas olham e até brincam ‘as mulheres estão dominando o mundo’ (risos)”. Inclusive os amigos da filha, Larissa, de 17 anos. “Às vezes estou no telhado e eles me cumprimentam”. Mas para ela o que importa mes-
mo é gostar do trabalho que exerce. “Já fiz curso de cabeleireira, mas não adianta. Gosto de ajudar meu marido com as calhas”, reforça. “Apesar da rotina puxada, entre cuidar da casa, fazer a comida e trabalhar fora, pretendo continuar assim. Afinal, cada dia é mesmo um novo obstáculo”, finaliza.