Revista NovaCer Edição 79º de novembro 2016

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• Aumento da umidade geral da edificação: formação de bolores e proliferação de fungos, expondo o usuário (habitante) a uma série de doenças; • Alteração de condições de habitabilidade (salubridade) e conforto; • Manchas e/ou degradação da tinta e dos revestimentos, rebocos e decoração com gesso; • Descolamento do reboco, revestimentos cerâmicos ou semelhantes; • Diminuição do desempenho térmico devido à concentração de água nos materiais da fachada, tornando a alvenaria mais permeável ao calor.

Criptoflorescência

ARTIGO TÉCNICO

a superfície externa do reboco e a camada de pintura e eflorescências nas superfícies das paredes. Em casas populares habitadas por moradores de baixa renda é comum que permanecem "cruas", ou seja, sem recobrimento que preserve suas paredes e, devido à exposição às chuvas, os problemas são ainda mais gritantes. As patologias podem ser amenizadas molhando as faces de assentamento dos blocos, porém geram outro problema: o maior consumo de água na construção, acarretando em maiores impactos ambientais. Além do exposto, este fenômeno tem ainda outras consequências, tais como:

Foto: Mundo da Tinta

Eflorescência

Foto: Mundo da Tinta

A impermeabilização em paredes com infiltrações e/ou umidade ascensional proveniente da alta AA na maioria dos casos é ineficaz. Este procedimento acaba limitando a capacidade de evaporação da água presente na parede, que é forçada a procurar outras zonas para atingir o exterior. O atendimento à norma de desempenho (ABNT NBR 15.575) também pode ser afetado pelo excesso de AA, com relação à estanqueidade de vedações verticais internas e externas, sejam de áreas molhadas ou molháveis. Por outro lado, blocos com baixo índice

de absorção fazem com que a argamassa não absorva a quantidade necessária de água da mesma, resultando em baixa aderência, pois tendem a “flutuar” sobre a argamassa, prejudicando ainda a resistência à flexão do elemento e, consequentemente, sua durabilidade. A forma mais eficaz de evitar todas essas patologias é optar por blocos em conformidade com as normas técnicas, que neste caso trata-se da ABNT NBR 15.270. Atualmente, a norma estabelece que a AA não deve ser inferior a 8% nem superior a 22%, tanto para blocos de vedação como para estruturais.

NovaCer • Ano 7 • Novembro • Edição 79

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